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ID
925735
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma empresa resolveu reavaliar o seu custo médio ponderado de capital (CMPC) utilizado em suas análises econômico- financeiras, e seu Diretor Financeiro solicitou a uma equipe que recalculasse o CMPC da empresa. A equipe, baseando-se no balanço patrimonial da empresa, na alíquota de imposto de renda, no custo da dívida e no custo do capital próprio, chegou a um novo resultado.

Considerando-se os procedimentos necessários para que se atenda corretamente à solicitação, nessas condições esse resultado

Alternativas
Comentários
  • Letra D,


    O CMPC (ou WACC) considera: participação dos capitais próprio e de terceiros (percentual de participação de cada um na estrutura de capital), o custo dessas duas fontes de capital (o quanto se espera de retorno) e a alíquota do imposto de renda. O BP não entra nessa conta. Logo, já se descartam as letras A, B e C. A letra E está errada pelo motivo explicado anteriormente.


    Bons estudos!

  • Só uma correção , Leonardo: o BP entra sim na conta, só que não reúne todas as informações necessárias como afirma a questão. De onde é tirado a estrutura de capital (participação de capital próprio e de terceiros)? Diretamente do BP.

    A resposta é a letra D, pois o que está sendo calculado pelos analistas é o CMPC teórico e não o real. Considerando o modelo de Gordon( precificação de acões), é possível calcular o valor teórico ou justo de uma ação, como base na distribuição de dividendos e no CMPC teórico.
    Preço Ação (teórico) = D/CMPC - sem crescimento de dividendos ou   Preço Ação (teórico) = D(1+g)/(CMPC-g) - com taxa de crescimento de dividendos igual a g. Assim, tendo as variáveis reais ( Preço da Ação, valor do dividendo distribuído e sua taxa de crescimento) é possível calcular o valor real do CMPC real.

    Gabarito: D.

  • As justificativas dos colegas estão erradas: no BP é possível achar a proporção entre capital de terceiros e próprio. segundo Gitman (princípios da adm financeira, p445) :

    É simples calcular o custo médio ponderado de capital (CMPC): multiplica -se o custo específico
    de cada modalidade de financiamento por sua participação na estrutura de capital da empresa e
    somam -se os valores ponderados. Como equação, o custo médio ponderado de capital, ra, pode ser
    especificado da seguinte maneira:
    ra = (wi × ri) + (wp × rp) + (ws × rr ou n)

    Os pesos baseados em valores contábeis usam dados extraídos do balanço para medir a proporção
    de cada tipo de capital na estrutura financeira da empresa

    Logo a A está correta

     

  • Tentando dar minha contribuição para análise dos colegas:

     

    Eu entendo que o motivo pelo qual a equipe está errada, tendo em mãos o BP, os custos de capital próprio (Ke) e de terceiros (Kt) e o IR (T), o que lhes faltaria para estimar um CMPC, seriam os pesos (proporções) dos capitais próprios (We) e de terceiros (Wt) na estrutura de capital da empresa.

     

    CMPC = Ke.We + Kt .( 1 - T).Wt         We = E/(D + E)     e    Wt = D / (D + E).

     

    O capital próprio E e o capital de terceiros D podem ser obtidos no BP? SIM.     Porém, o capital próprio E, no BP, possui valor contábil, isto é, não condiz com o valor corrente de mercado, pois este depende do valor das ações da empresa, assim como o capital de terceiros D, no caso de financiamentos por títulos negociáveis (debêntures), que também devem ser ajustados ao valor de mercado.

     

     

     

    E como foi dito, no BP, os valores são históricos e geralmente defasados, portanto, ambas proporções de capitais obtidas a partir do BP não corresponderão à realidade atual da empresa.

     

    Por isto, o gabarito é a letra D.

  • 1º Em termos simples: O valor de mercado é preferível em relação ao valor contábil porque mensura um determinado bem por um valor mais aceito no mercado (considerando as variáveis da economia), enquanto o valor contábil é resultado do custo de aquisição menos a sua depreciação (reflete portanto, um valor que considera as variáveis da economia relativos à data de aquisição do bem). Dessa forma, é sempre mais vantajoso avaliar um bem pelo valor de mercado do que pelo custo de aquisição.

    Segundo o livro do Lawrence J. Gittman (10ª ed) o valor de mercado é preferível em relação ao valor contábil por 3 motivos:

    1 - Aproximam o valor dos títulos ao valor que efetivamente será recebido pela venda do mesmo.

    2 - Os custos dos vários tipos de capital são calculados usando-se os preços vigentes no mercado.

    3 - Os fluxos de caixa dos investimentos de longo prazo, nos quais o custo de capital é aplicado, são estimados em termos de valores correntes de mercado.

    De modo geral, o Gitman deixa claro que existe preferência pelo valor de mercado. O ponto-chave da questão está no trecho: "baseando-se no balanço patrimonial da empresa". Nesse caso, utilizou-se o valor contábil e não o valor de mercado.