SóProvas


ID
927700
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SERPRO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O reconhecimento do desempenho apresentado pelas equipes
constitui parte da dinâmica da gestão de pessoas. Acerca desse
tema, julgue os itens a seguir.

Para que haja percepção de eqüidade no processo de recompensa, devem ser utilizados padrões que eliminem diferenciações inválidas de desempenho.

Alternativas
Comentários
  • Alguém consegue sinalizar o erro dessa questão?
  • Acredito que o erro esteja em afirmar que deve-se utilizar padrões para eliminar diferenciações inválidas.

    Para que haja a percepção de equidade por um
    colaborador, com relação a outros que tenham atribuições iguais, por exemplo, não há que se falar em PADRÃO. O que é VÁLIDO para uma pessoa, pode não ser para a outra, ou seja, há muita subjetividade envolvida.
  • Mais discussão sobre o assunto :Q34601 -> Banco da amazonia, nível técnico 2010 - Questão idêntica!

    Sobre a questão, acredito que o que está negativando a mesma é justamente a definição de "válido" e "inválido".

         Segundo a teoria da equidade ou equilíbrio tem por definição: a percepção  de que as recompensas devem ser proporcionais ao esforço e iguais a todos, e esta percepção se dá particularmente no indivíduo afetando o clima organizacional.
         
         Portanto, a questão propõe uma possível solução para a percepção de equidade, "devem ser utilizados padrões que eliminem diferenciações inválidas de desempenho".  Eu grifo estas duas palavras que ao meu ver invalidam a questão. 
    • "DEVEM" - Conduz ideia de imperatividade, portanto imaginem a relação lógica:
    •  Prejuizo na percepção de equidade -> Solução -> eliminar diferenciações "inválidas"
    •  Quando na verdade segundo a teoria da equidade, outros fatores afetam essa percepção que culmina no prejuizo da motivação.

    • "INVÁLIDAS" - No meu ponto de vista as diferenciações deveriam ser classificadas como válidascom fundamento. Partindo do pressuposto que todos somos diferentes e temos traços que outras pessoas não tem, e estas devem sim ser diferenciadas e valorizadas, tanto a minha quando a sua. Imagine um indivíduo sentindo-se no prejuizo pois seu companheiro de trabalho recebeu uma gratificação por conseguir um patrocínio ou colaboração de um fornecedor graças as suas qualidades comunicativas.
    Somente então as consideradas "validas" e procedentes deveriam ser elimandas, já que o indivíduo teria razão de se sentir inferiorizado quando, por exemplo, um colega (amigo do chefe) recebeu um aumento do superior sem explicação. Lembrando que na teoria da equidade ou equilibrio também influem valores externos (outras organizações por exemplo)


    Conclusão: A diferenciação considerada válida, deve ser eliminada e esta atitude contribuirá, mas não solucionará por completo o prejuizo na percepção de equidade. Lembre-se que os critérios utilizados para a definição de recompensas tem por base os padrões externos (mercado de trabalho) e os padrões internos de equidade. - Vide a questão  Q309229!
  • Acredito que haja diferenciações válidas e inválidas de desenpenho, porém, é difícil padronizar essas diferenciações, pois trata-se de um prcesso de indentificação e consequente eliminação extremamente dinâmico. A partir do momento que o profissional resposável identifica o crtério invalido de avaliação de desenpenho, só então poderá fazer a tentativa de eliminação. 
  • QUESTÃO: "Para que haja percepção de eqüidade no processo de recompensa, devem ser utilizados padrões que eliminem diferenciações inválidas de desempenho.ERRADO!
        Eu acredito que com o exposto abaixo MAIS os excelentes comentários dos outros colegas, dá para perceber o erro da questão!
    "Comentado por Gabriel Cunha há 2 meses.
     Segundo a teoria da equidade ou equilíbrio tem por definição: a percepção  de que as recompensas devem ser proporcionais ao esforço e iguais a todos, e esta percepção se dá particularmente no indivíduo afetando o clima organizacional." 
        Como iremos julgar diferentes pontos de vista como inválido, se esta percepção é particular à cada indivíduo? 
        O que é válido para um, pode ser inválido para outrem; portanto, não há que se falar em padrão! Com esse pensamento, já conseguimos julgar a questão, mas...
        O reconhecimento consiste em distinguir e premiar atuações e comportamentos que, de uma forma excepcional, contribuem para alcançar os objetivos da empresa. Os mecanismos para formalizar o reconhecimento vão depender da cultura da empresa dos objetivos do próprio negócio, os quais podem ir de um simples feedback positivo das tarefas à programas mais estruturados e complexos.
        A organização necessita recompensar os seus profissionais porque procura neles determinados tipos de comportamento, os quais, por outro lado, em troca do seu comprometimento à organização, esperam da organização algumas recompensas extrínsecas, sob a forma de salário, incentivos, benefícios e símbolos de estatuto, procurando também recompensas intrínsecas, tais como oportunidades de desenvolvimento profissional, envolvimento dos empregados, autonomia e responsabilidade, bom clima organizacional e estilo de gestão e mecanismos de reconhecimento.
        Ao reconhecer um desempenho notável, ou mesmo excelente, proporciona-se diversos feitos nos profissionais, como por exemplo a visibilidade na organização, o prestígio entre os colegas, o sentimento de orgulho e de pertencer à organização, motivação acrescida pelo sucesso e reforço positivo em termos de cultura organizacional.
        Robbins (2003) por meio da teoria da expectativa   explica que um funcionário será motivado a se esforçar no trabalho quando acreditar que seu esforço levará a uma boa avaliação de desempenho,
    uma vez que esta boa avaliação 
    resultará em recompensas organizacionais – tais como gratificação, aumento de salário ou promoção – e essas recompensas satisfarão suas metas pessoais.
        Se o profissional fizer o máximo de esforço, ele será devidamente reconhecido em sua avaliação de desempenho? Não necessariamente!
        
    Mas por quê? O profissional pode ter se esforçado, mas o seu nível de habilidade pode ser deficiente, o que significa que, não basta o esforço que venha a despender, seu desempenho não tenderá a ser alto, por exemplo, se esforçou, porém teve que fazer horas extras para conseguir realizar o trabalho. Ou, se o sistema de avaliação de desempenho da organização for projetado para avaliar fatores não ligados diretamente ao desempenho ou esforço, mas a aderência aos valores da organização como honestidade, lealdade, iniciativa, etc., assim mais esforço não resultará necessariamente em uma avaliação melhor.
        Porém, o profissional ao se receber uma boa avaliação de desempenho, isso resultará em recompensas organizacionais?
        As organizações recompensam muitas outras coisas além do desempenho, como o tempo de serviço, os resultados do departamento, da divisão ou mesmo de toda a organização, como também o alcance dos objetivos empresarial. Quando a remuneração é distribuída aos funcionários com base em fatores tais como tempo de casa ou grau de cooperação, é provável que os funcionários venham a considerar a relação desempenho x recompensas como fraca e desmotivadora (Robbins, 2003).
  • Segundo Chiavenato "o objetivo da remuneração é criar um sistema de recompensas que seja equitativo tanto para a organização como para os funcionários", ou seja, cada funcionário deseja receber uma retribuição adequada ao seu esforço, dedicação e conhecimento; enquanto que toda organização se propõe a investir em recompensas para as pessoas desde que contribuam no alcance dos seu objetivos.


    Dessa forma, a equidade é o equilíbrio entre interesses (interno ou externo), por isso não há motivos para se pensar em eliminação de diferenciações inválidas,  devem ser estipulados/utilizados apenas padrões de desempenho (entre funcionários, entre empresas ou mesmo entre a empresa e o funcionário).
  • Redação desse texto é tão difícil que toda vez erro essa questão.

  • Segundo o professor Renato Lacerda em sua apostila de questões comentadas, referenciando a bibliografia de Idalberto Chiavenato: Comportamento Organizacional, 2ª ed. (pág. 257), a equidade compreende o senso de justiça percebido pelas pessoas e esse senso pode ser dividido em dois:

    JUSTIÇA DISTRIBUTIVA: maneira como se percebe a distribuição e alocação de recompensas entre as pessoas na organização. É o que mais influencia a (des)motivação das pessoas e, desde que haja discrepâncias, afeta o senso de justiça das pessoas. 

    JUSTIÇA DE PROCESSO: ocorre quando os superiores comunicam os motivos da distribuição desigual de recompensas, utilizando processos coerentes e sem vieses, para assim melhorar a percepção das pessoas acerca da desigualdade.

    Como se pode perceber, não há o apontamento da adoção de padrões. O que deve haver para diminuir e não garantir a percepção da equidade é a informação e o esclarecimento acerca dos motivos que levaram o gestor à tomada de decisão, explicando o processo de tomada de decisão. Segundo Chiavenato, a justiça distributiva é mais efetiva para a satisfação ou insatisfação. Na justiça de processo, que é sobre o que trata a questão, a explicação do gestor acerca da decisão de retribuir os indivíduos de maneira diferenciada pode até melhorar a percepção, mas não impede que as pessoas sintam-se insatisfeitas. Ademais, para a tomada de decisão, a eliminação de diferenciações inválidas de desempenho pode ser UMA justificativa, mas não necessariamente um PADRÃO, que é invariável. Percebam: o "que" da questão é restritivo, ou seja, só há essa opção. A assertiva ficaria correta se falasse da seguinte maneira:

    Para que haja a melhoria da percepção de eqüidade por parte dos subordinados, ao retribuir as pessoas de maneira desigual o gestor deve justificar os motivos que o levaram a tomar tal decisão, que pode dar-se, por exemplo, pelo resultado da avaliação de desempenho, em que se eliminam diferenciações inválidas de desempenho.