Hans
Selye foi o primeiro estudioso que tentou definir estresse, atendo-se à sua
dimensão biológica. Segundo ele o estresse é um elemento inerente a toda
doença, que produz certas modificações na estrutura e na composição química do
corpo, as quais podem ser observadas e mensuradas. O estresse é o estado que se
manifesta através da Síndrome Geral de Adaptação (SGA). Esta compreende:
dilatação do córtex da suprarenal, atrofia dos órgãos linfáticos e úlceras
gastro-intestinais, além de perda de peso e outras alterações. A SGA é um
conjunto de respostas não específicas a uma lesão e desenvolve-se em três
fases: 1) fase de alarme, caracterizada por manifestações agudas; 2)
fase de resistência, quando as manifestações agudas desaparecem e; 3)
fase de exaustão, quando há a volta das reações da primeira fase e pode haver o
colapso do organismo. Selye afirma que o estresse pode ser encontrado em
qualquer das fases, embora suas manifestações sejam diferentes ao longo do
tempo. Além disso, não é necessário que as três fases se desenvolvam para haver
o registro da síndrome, uma vez que somente o estresse mais grave leva à fase
de exaustão e à morte.
No
ambiente de trabalho o estresse pode gerar influências negativas na saúde do
trabalhador, o que pode repercutir negativamente para o próprio empreendimento
econômico, pois o seu desdobramento é o portal de acesso para as enfermidades e
para a incapacidade acidentária.
Existem
fatores individuais, pessoais e culturais, capazes de sucumbir alguns
indivíduos mais e outros menos às pressões do dia-a-dia e ao estresse, não
atuando essas causas da mesma forma perante todos os trabalhadores.
O
estresse não é uma condicional à adaptação no trabalho, visto que muitos não vão
necessariamente desenvolver tais sintomas. Inclusive, diferentemente da típica manifestação
de estresse apontada acima, conhecida como distresse, existe o chamado estresse
positivo, ou eustresse, que é uma manifestação eufórica de satisfação e
felicidade que pode esgotar o indivíduo, especialmente se vier acompanhado de
ansiedade. O eustress pode trazer sintomas como insônia, alteração no apetite,
ansiedade, euforia e falta de concentração. Ele pode se tornar uma felicidade
desmedida e incontrolável, consumindo toda a energia do
indivíduo. Tal manifestação pode ser muito observada também nos ambientes
organizacionais em situações de adaptação a mudanças.
GABARITO: C