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ID
957412
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Detalhes da retórica das autoridades podem ser presságios de estratégias do governo, suas motivações e sua solidez.  
O ministro Guido Mantega tem repetido que o governo conseguiu reduzir sua principal despesa, o pagamento de juros da dívida pública, o que finalmente permitirá a tão demandada redução da carga de impostos do país, sem riscos para a solidez fiscal. Seus auxiliares acrescentam que, com os credores tranquilos e a economia andando devagar, não faz mais sentido promover tanto aperto nas contasdo Tesouro.  
Tudo parece muito razoável, mas, começando do começo, os juros da dívida pública não são a principal despesa do governo federal.  
Há mais de uma década, o posto, com folga, é da Previdência Social, e o quadro de pessoal disputa a segunda colocação. (...)  
Em sinal de que a desoneração tributária pode ser radicalizada, propôs-se reduzir os rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal, pela qual queda de receita deve ser compensada por corte de despesa. O artigo foi incluído em um projeto sobre outro tema e enviado a um Congresso em recesso. E ninguém falou. 

(Folha de S. Paulo, 21/01/2012. Gustavo Patu. p. A2)



No texto, o articulista Gustavo Patu analisa alguns argumentos do ministro Guido Mantega e de seus auxiliares. A partir dessa análise, pode-se inferir que Patu

Alternativas
Comentários
  • Detalhes da retórica das autoridades podem ser presságios de estratégias do governo, suas motivações e sua solidez.

    O ministro Guido Mantega tem repetido que o governo conseguiu reduzir sua principal despesa, o pagamento de juros da dívida pública, o que finalmente permitirá a tão demandada redução da carga de impostos do país, sem riscos para a solidez fiscal. Seus auxiliares acrescentam que, com os credores tranquilos e a economia andando devagar, não faz mais sentido promover tanto aperto nas contas do Tesouro.

    Tudo parece muito razoável, mas, começando do começo, os juros da dívida pública não são a principal despesa do governo federal. Há mais de uma década, o posto, com folga, é da Previdência Social, e o quadro de pessoal disputa a segunda colocação. (...) Em sinal de que a desoneração tributária pode ser radicalizada, propôs-se reduzir os rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal, pela qual queda de receita deve ser compensada por corte de despesa. O artigo foi incluído em um projeto sobre outro tema e enviado a um Congresso em recesso. E ninguém falou.


    (Folha de S. Paulo, 21/01/2012. Gustavo Patu. p. A2)


  • Discorda do argumento: Por haver redução da dívida, poderemos ter redução da carga tributária.

  • a) discorda dos argumentos, questionando a premissa de que o governo reduziu sua principal despesa e demonstrando preocupação com a redução dos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Perfeito. Veja... não é interpretação de texto pura e simples... ele questiona a premissa, pois informa que as maiores despesas provêm da folha de pagamento do governo e das aposentadorias/auxílios do INSS. Ora... se as maiores despesas são essas, então os juros da dívida não são as principais despesas.

    b) discorda dos argumentos, questionando a suposta tranquilidade dos credores e indicando que, sem alterações na Previdência Social, não será possível reduzir a carga de impostos do país.

    Em momento nenhum ele questionou a tranquilidade dos credores, apenas mencionou que os auxiliares acrescentaram essa informação, durante a entrevista concedida pelo Mantega, não fazendo qualquer juízo de valor a respeito. Também não faz juizo de valor sobre alterações na Previdência Social ISOLADAMENTE, já que menciona também a dívida com a folha d epagamento. Num esforço muito sem-noção, até poderíamos inferir que as duas coisas teriam de ser alteradas em conjunto para que se pudesse reduzir a carga, mas nem isso podemos afirmar.

    c) discorda dos argumentos, opondo-se à ideia, cristalizada nos governos da última década, de que a queda da receita fiscal deva ser compensada por corte de investimentos em infraestrutura.

    Putz. LSD, talvez? Que viagem foi essa? O texto já confunde desoneração tributária x redução da carga fiscal, que são coisas diferentes. Agora... não se menciona no texto a queda da receita fiscal como contraponto da redução de investimento, ele menciona queda como contraponto do corte de despesa e não INVESTIMENTO.

    d) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que a redução do pagamento de juros da dívida pública permitirá diminuir o aperto nas contas do Tesouro.

    Não há essa aferição de "razoável" no texto.

    e) considera os argumentos muito razoáveis, uma vez que é favorável à radicalização da desoneração tributária, desde que ela seja compensada por corte de despesas.

    Não tem como deduzir que ele seja favorável a essa radical desoneração conpensada com corte nas despesas.