David Hume é um pensador muito importante do período Iluminista (séc XVIII a XIX) que defendia a tese empirista.
Iluminismo - crê que a razão é capaz de evolução e progresso, ao libertar-se da superstição e do medo, graças as conhecimento, às ciências, às artes e à moral.
Empiristas (nível básico) - Nossos conhecimentos começam com a experiência dos sentidos (vemos cores, sentimos sabores), as sensações se reúnem e formam uma percepção (cor vermelha, forma arredondada e odor adocicado = uma rosa), as percepções se combinam formando as ideias (criamos hábitos de pensar que toda forma arredondada, de cheiro adocicado e de certa cor é uma rosa) e as impressões (sensações, emoções e paixões). As ideias, trazidas pela experiência, isto é, pela sensação, pela percepção e pelo hábito, são levadas à memória e, de lá, a razão as apanha para formar os pensamentos.
Empiristas (nível intermediário) nas teorias empiristas, a percepção é a única fonte de conhecimento, estando na origem das ideias abstratas formuladas pelo pensamento. Hume, por exemplo, afirma que todo conhecimento é percepção e que existem dois tipos de percepção: as impressões (sensações, emoções e paixões) e as ideias (imagens das impressões);
Pensador importante - Hume sempre é tema porque seu pensamento questiona várias vertentes (rompe com os pensamentos do passado e permite evoluir em novos pensamentos no futuro:
1 - Teoria do conhecimento - Diz que o conhecimento é um efeito psíquico que não permite a universalidade ("não da pra saber se o sol nascerá amanhã" - porque o que temos são apenas hábitos de causalidade que veio de nossa percepção de que o sol sempre nasceu todos os dias). A causa e o efeito são reformulados na ciência do conhecimento com Hume.
2 - Metafísica - Hume modifica o entendimento sobre a metafísica que vinha desde Platão e Aristóteles quando Hume demonstra que os conceitos metafísicos não correspondem a nenhuma realidade externa, existente em si mesma e independente de nós, mas são meros nomes gerais para as coisas, nomes que nos vêm pelo hábito mental ou psíquico de associar em ideias.
3 - Kant - Immanuel Kant utiliza os conceitos de Hume para defender seu pensamento, principalmente na obra A crítica da razão pura.
Imagine que no século XVIII, no ocidente, diante da afirmação da existência de um Ser Infinito (Deus) que garantia a realidade e a inteligibilidade de todas as coisas, dotando os humanos de um intelecto capaz de conhecê-las tais como são em si mesmas, chega Hume e diz que isso não é verdade! É muito forte o pensamento de Hume.
Fonte: CHAUI, Marilena - Convite à Filosofia.Ed Ática (2000).