A
ameaça ao Pantanal não vem somente da expansão da agricultura e a
cana-de-açúcar não está entre as culturas principais da região pantaneira. Os
principais estados produtores de cana são São Paulo, Minas Gerais, Paraná e
Goiás, que respondem por aproximadamente 80% de toda a produção do Brasil. As
plantações de soja são, de fato, uma ameaça ao Pantanal, mas outros fatores,
como as plantações de milho e arroz, o desmatamento para a pecuária extensiva,
a construção de hidrelétricas, a utilização de agrotóxicos e a exploração de
ouro e diamante, com a utilização de mercúrio, têm gerado muitos impactos
ambientais. Ressalta-se que muitos dos impactos ocorrem na área de planalto, o
que gera consequências negativas na planície pantaneira. As hidrelétricas
afetam a principal bacia hidrográfica da região (Rio Cuiabá), com redução no
nível de água, reduzindo, consequentemente, a área inundada do Pantanal, o que
causa perdas enormes em termos de fauna e flora do local. Já os agrotóxicos e o
mercúrio contaminam os rios e os animais que lá vivem.
A questão está errada.