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I. No primeiro parágrafo, o segmento elas são variáveis expressa uma causa da qual a expressão fraqueza dos homens constitui o efeito. Errado. É uma relação de comparação e não uma relação de causa-efeito.
II. No segundo parágrafo, considera-se que a multiplicidade de interpretações da lei, acionadas por glosadores interesseiros, acaba por comprometer a implementação da justiça. Correto. Esse trecho é o segundo parágrafo escrito com outras palavras. Comprometer a implementação da justiça, no caso, seria "alguns chegaram a perguntar se a melhor das legislações não consistiria em não se ter nenhuma. "
III. No terceiro parágrafo, a interrogação final de Voltaire pode ser considerada retórica pois implica uma resposta já encaminhada pela pergunta. O autor utiliza de recursos para deixar claro a resposta desejada, vide os adjetivos negativos empregados para o primeiro item (por aquela turba de palradores orgulhosos, tão interesseiros quanto ininteligíveis) e o adjetivo positivo empregado para o segundo item (respeitáveis).
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Na dúvida fui na errada , porém acho mais desatenção...
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Caro Mateus, sua interpretação está perfeita, mas no item II fique com dúvida:
II. No segundo parágrafo, considera-se que a multiplicidade de interpretações da lei, acionadas por glosadores interesseiros, acaba por comprometer a implementação da justiça.
Acho que item se refere ao seguinte trecho do texto, escrito com outras palavras: "A lei transformou-se numa faca de dois gumes que degola tanto o inocente quanto o culpado."
O que acha? Estaria certo tb a minha afirmação?
Luciana
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Cara Luciana, acredito que sua interpretação também esteja correta, afinal todo o parágrafo tem esse sentido. No entanto, considero que o seu trecho ("A lei transformou-se numa faca de dois gumes que degola tanto o inocente quanto o culpado") diz respeito à lei já implementada, e o trecho por mim selecionado "alguns chegaram a perguntar se a melhor das legislações não consistiria em não se ter nenhuma." põe em xeque, ameaça, a implementação da justiça.
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As leis não podem deixar de ressentir-se da fraqueza dos homens. Elas são variáveis como eles.
(Relação de comparação) Alternativa errada!
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Posso errado, Mas no segundo paragrafo, ele fala que há um interesse econômico em tentar interpretar a lei, e depois cita que a lei é injusta. E mais fala que é obscuro o que os "interesseiros" tentam explicar. Ai te falo, como posso concluir que uma coisa liga a outra sendo que não posso somar o que o autor quer no texto? Em nenhum momento ele falou, em agregar, somar.
Se alguém puder me explicar.
Grato
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As leis não podem deixar de ressentir-se da fraqueza dos homens. Elas são variáveis como eles.
Eu discordo com os colegas sobre o Por Que da questão está errada. Existe uma relação de causa e efeito sim:
As lei não podem deixar de ressentir-se pois(por que) elas são variáveis. A relação de comparação
Está em: Elas são variáveis como são os homens!
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a fraqueza dos homens é que constitui a causa de as leis serem variáveis, e não o contrário, como consta da alternativa A.
Este é o erro.
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I - No primeiro parágrafo, o segmento elas são variáveis expressa uma causa da qual a expressão fraqueza dos homens constitui o efeito. O trecho ao qual a assertiva diz respeito é: "As leis não podem deixar de ressentir-se da fraqueza dos homens. Elas são variáveis como eles". Esse trecho pode ser reescrito da seguinte forma: As leis são suscetíveis às fraqueza dos homens. Elas (as leis) são variáveis como eles (os homens). Dessa forma fica claro que as leis são variáveis como os homens e que isso se dá porque as leis são suscetíveis às fraquezas dos homens. Logo fraqueza dos homens é a causa das leis serem variáveis e não o contrário. Assertiva errada.
II. No segundo parágrafo, considera-se que a multiplicidade de interpretações da lei, acionadas por glosadores interesseiros, acaba por comprometer a implementação da justiça. Pode-se tirar o seguinte trecho do 2º parágrafo: "Eram tão equívocas que mil intérpretes se apressaram a comentá-las (multiplicidade de interpretações da lei); e, como a maioria só fez sua glosa como quem executa um ofício para ganhar algum dinheiro (glosadores interesseiros), acabou o comentário sendo mais obscuro que o texto (acaba por comprometer a implementação da justiça)." Assertiva correta.
III. No terceiro parágrafo, a interrogação final de Voltaire pode ser considerada retórica pois implica uma resposta já encaminhada pela pergunta. Para responder essa alternativa pegarei emprestado a resposta do Diennes C (retirada da questão 1 dessa prova):
Percebe-se que o autor faz dois levantamentos quanto aos julgadores do processo:
No primeiro: sabidos e prepotentes(arrogantes, opressores) ele faz o leitor desprezá-los.
No segundo: ...sendo anciãos isentos das paixões que corrompem o coração (isento de paixão demasiada pelo poder, paixão que corrompe o juízo de valores...etc) ele faz o leitor ter apreço aos vinte juízes.
Com essas informações podemos concluir que os melhores julgadores são os vinte juízes, os sensatos e experientes."
Portanto na pergunta de Voltaire já se encontra a resposta. Assertiva correta.
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I. Incorreto. Relação de Comparação.
A título de elucidação, seguem as conjunções adverbiais comparativas: quanto, do que (superioridade ou inferioridade), tal... qual, assim como, bem como, tão... quanto.
Conjunções adverbiais causais: que, porque, porquanto, como (só no início de frase), já que, pois, pois que, etc.
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Senhores, descordo do item II: a causa da multiplicade de interpretações vem das leis criadas de forma equivocada para o domínio do forte pelo fraco, corroborada através das interpretações de outros fracos, que na sua aplicação geram dificuldades na implementação da justiça. Mas essas dificuldades só existem porque a causa - origem - foram as leis criadas equivocadamente, e não suas interpretações. enfim, esse é meu entendimento, mas a banca foi mais simplista - no meu ponto de vista equivocada - na sua resposta.
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Não comprometeu a implementação da justiça. A banca forçou a barra.