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ID
1097674
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Geração do diploma” lota faculdades,
mas decepciona empresários

    Na última década, o número de matrículas no ensino superior no Brasil dobrou. Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um diploma, segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do IBGE. 
    “Mas, mesmo com essa expansão, na indústria de transformação, por exemplo, tivemos um aumento de produtividade de apenas 1,1% entre 2001 e 2012, enquanto o salário médio dos trabalhadores subiu 169% (em dólares)”, diz Rafael Lucchesi, diretor de educação e tecnologia na Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
    O desapontamento do mercado com o que já está sendo chamado de “geração do diploma” é confirmado por especialistas, organizações empresariais e consultores de recursos humanos. 
    “Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar respostas e de apreender coisas novas. E, quando testam isso nos candidatos, rejeitam a maioria”, diz o sociólogo e especialista em relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore. 
    Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento, arquitetos que não conseguem resolver equações simples ou estagiários que ignoram as regras básicas da linguagem. Isso significa que uma parte dos universitários no país até sabe ler textos simples, mas é incapaz de interpretar e associar informações.
    Um exemplo de descompasso entre as necessidades do mercado e os predicados de quem consegue um diploma no Brasil é um estudo feito pelo grupo de Recursos Humanos Manpower. De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão. 
    É claro que, em parte, isso se deve ao aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. Mas, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), os brasileiros com mais de 11 anos de estudo formariam 50% do contingente de desempregados. 
    “Mesmo com a expansão do ensino e maior acesso ao curso superior, os trabalhadores brasileiros não estão conseguindo oferecer o conhecimento específico que as boas posições requerem”, explica Márcia Almstrom, do grupo Manpower.

(Ruth Costas. http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131004_ mercado_trabalho_diplomas_ru.shtml. 09.10.2013. Adaptado)

Considere os trechos:

• “Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar respostas”…

• Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento...

Mantendo-se inalterado o sentido dos trechos, os termos em destaque podem ser substituídos, correta e respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • DE: introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva adjunto adnominal e adverbial...

    PARA: introduz complemento nominal e adjunto adverbial.

    A RESPEITO DE: locução prepositiva, poderia ser trocada por SOBRE: introduz adjunto adverbial e indica estas relações: assunto: conversar sobre política; falar sobre futebol...

  • LOCUÇÃO ADVERBIAL- Começa com uma preposição

    LOCUÇÃO PREPOSITIVA- Termina com uma preposição essencial

  • O sentido (semântica) tem continuidade ao texto original utilizando a preposição PARA (finalidade)  e locução prepositiva A RESPEITO DE (conteúdo);


  • A respeito de = acerda de

    Aproximadamente = a cerca de

  • de = no intuito de  = para

    de = a respeito de

  • Assertiva D

    para; a respeito de

  • Primeiro De tem sentindo-se finalidade Logo a opção que tem isso é a certa Gabarito D
  • Gabarito letra D

    Para → Noção de finalidade

    A respeito de → Noção de assunto

  • Essa foi fácil.