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ID
1126642
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             PORTUGUÊS

                            Diabruras etimológicas


       Desde que assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos na Câmara, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) não saiu mais do noticiário. Com um discurso religioso fundamentalista, declarou-se contra o casamento homossexual e atacou os africanos, dizendo que descendiam de “ancestral amaldiçoado por Noé”. E como se não fosse o bastante, o pastor-deputado afirmou em abril, num culto em Minas Gerais, que a comissão era “dominada por Satanás”. Ao justificar-se, porém, atropelou a etimologia*: alegou que usara “satanás” como sinônimo de “adversário”, conforme a linguagem litúrgica do judaísmo.
       De forma marota, enfatizou um sentido há muito esquecido da palavra para suavizar o estrago “demoníaco” decorrente do uso leviano do termo. Segundo o etimologista Mário Eduardo Viaro, “satanás” é uma latinização do hebraico satan, que passou ao grego e, de lá, ao latim. No Velho Testamento significa, de fato, apenas “o contrário, o adversário, o opositor, o contendente, o competidor, o antagonista, o rival, o inimigo”. A questão é que a acepção não persiste hoje, dado o contexto religioso. Como pastor, Feliciano sabe disso.
       - Para o evangélico, Satanás é o diabo, entendido como a entidade maligna da visão dualista e maniqueísta assumida pelo cristianismo, além do seu significado etimológico, que ninguém usa hoje em dia - explica Viaro.


                             (Edgard Murano, Língua Portuguesa, no 91, 2013.)

* Etimologia: Estudo da origem e formação das palavras de determinada língua.


“... alegou que usara ‘satanás’ como sinônimo de ‘adversário’”.

O verbo grifado poderia ser adequadamente substituído por:

Alternativas
Comentários
  • Preterito mais que perfeito simples: usara

    Preterito mais que perfeito composto: tinha usado (pret. imperfeito + particípio)
    Mantem o mesmo sentido
    Gabarito Letra E
  • Regrinha rápida:tinha / havia   +  Particípio = "ra"  (Lembrando que, tinha de, tenho)
    Exemplo:  O aluno tinha aprendido . = O aluno aprendera
  • Verbo usara: pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

  • ESSAS PROVAS ESTAO MUITO DIFICIES

  • O Verbo usara , pretérito mais-que-perfeito - Terminação ra.


  • Gabarito: letra E.

    O que sempre usamos no cotidiano é a locução verbal com particípio. O que lemos nos livros é seu equivalente (e elegante) pretérito-mais-que-perfeito.

    Exemplos:
    tinha usado = usara;
    tinha estudado = estudara;
    tinha resolvido = resolvera;
    tinha acertado = acertara.

  • O tempo mais que perfeito do indicativo possui o período simples e composto, podem ser trocados.

    Simples: terminação RA, comprara

    Composto: tinha comprado

  • A forma “usara” é flexão de pretérito mais-que-perfeito do indicativo. A forma composta desse tempo consiste nos verbos auxiliares “ter” ou “haver” flexionados no pretérito imperfeito do indicativo ladeando o principal no particípio. Dessa “usara” equivale a “tinha/havia usado”.

    Resposta: E

  • Satanás soprou no meu ouvido para marcar a letra C, mas aí Deus me disse "calma filho, é pretérito-mais-que-perfeito, não dê essa mancada"

  • pretérito mais-que-perfeito é usado para fazer referência a uma ação que aconteceu em um passado distante, como ocorre em livros de contos de fadas, tipos de obras onde o pretérito mais-que-perfeito aparece frequentemente. 

    Além disso, ele é usado para expressar um fato passado que ocorreu anteriormente a outra ação também passada.

    Diante disso, o pretérito mais-que-perfeito atua para indicar que a ação expressa que aconteceu em um tempo mais longínquo, antecedente, às outras ações indicadas por outros pretéritos.

    EX: Eu usara.

    O pretérito mais-que-perfeito não é muito usual na linguagem coloquial, se apresentando com mais frequência em contextos formais e marcados por uma linguagem mais refinada.

    Normalmente, quando existe a necessidade de usar esse tempo verbal, aparece, em geral, o pretérito mais-que-perfeito composto.

    EX: Eu já tinha usado isso antes.

    Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/preterito-mais-que-perfeito

  • E SO LEMBRA DO KIKO DO CHAVES RA RA-RA-RA

    PRETÉRITO + Q PERFEITO : Fato que ocorreu antes de outro passado

    ex : Já amanhecia quando ela percebeu que ele partira

    Prefere-se na linguagem cotidiana o pretérito mais-que-perfeito do indicativo composto. Ele é constituído do verbo “ter” ou “haver” empregados no tempo pretérito imperfeito do indicativo (tinha ou havia), seguidos do particípio.

    Ele disse que tinha (havia) pegado o dinheiro pela manhã. (= pegara)