SóProvas


ID
1142911
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       A GRATIDÃO


     Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo
tempo que possa ser dispensado à sua leitura. Falam-nos de
gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão fará,
ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis
extrair a moral da história.
    Uma brasileira, sobrevivente de um campo de extermínio
nazista, contou que, por duas vezes, esteve numa fila que a
encaminhava para a câmara de gás. E que, nas duas vezes, o
mesmo soldado alemão a retirou da fila.
  Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França.
Quando as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que
não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. 
Contrariando o ditador,  Aristides salvou dez mil judeus de uma
morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude humanitária. 
Salazar destituiu-o do cargo e o fez viver na miséria até o fim da
vida. Diz um provérbio judeu que “quem salva uma vida salva a
humanidade". Em sinal de gratidão, há vinte árvores plantadas
em sua memória no Memorial do Holocausto, em Jerusalém. E
Aristides recebeu dos israelenses o título de “Justo entre as
Nações", o que equivale a uma canonização católica.
      Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a
câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso dentro
dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido
para suas casas. Já estava muito debilitado pela baixa
temperatura, quando a porta se abriu e o vigia o resgatou com
vida. Perguntaram ao vigia-salvador: Por que foi abrir a porta da
câmara, se isso não fazia parte de sua rotina de trabalho? Ele
explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos, vejo centenas de
empregados que entram e saem, todos os dias, e esse é o único
funcionário que me cumprimenta ao chegar e se despede ao sair.
Hoje ele me disse “bom dia" ao chegar. E não percebi que se
despedisse de mim. Imaginei que poderia lhe ter acontecido algo. 
Por isso o procurei e o encontrei.
     Talvez a gratidão devesse ser uma rotina nas nossas vidas,
algo indissociável da relação humana, mas talvez ande arredada
dos nossos cotidianos, dos nossos gestos. E se começássemos
cada dia dando gracias a la vida, como faria a Violeta?           
                                                                           (José Pacheco, Dicionário de valores)


“Estou certo de que sabereis extrair a moral da história”. A forma de reescrever-se essa frase do texto que altera o seu sentido original é:

Alternativas
Comentários
  • Questão tranquila, o erro foi só a mudança de sentido. C

  • Não é a história que saberá e sim vós

  • Errei!!!!!!!!!....

  • gente e esse "DE"

    - De que sabereis extrair a moral da história estou certo; 

    tem função de que?

  • Errei também...aff


  • fácil mto fácil, pelo menos uma p/q a fgv pra  ver um erro de português so no microscópico rsrsrs trem ta difícil gente ! 

  • Eu [ suj ] estou [ verbo de ligação ] certo [ pred. do sujeito ] de que.... [ função: oração subordinada substantiva completiva nominal ] 

    quem está certo está certo de alguma coisa (nome)

    A letra c é a única em que "a moral da história" aparece como sujeito [ de saberá ser] dentro da completiva nominal. Nas outras, ela é objeto direto, sendo o sujeito [ vós ].

  • Vejo muita gente colocando sujeito e outros complementos sintáticos (sintaxe), porém a questão cobrou sentido (semântica).

    A forma de reescrever-se essa frase do texto que altera o seu sentido original é

  • gab. C

    Tenho a certeza de que a moral da história saberá ser extraída por vós; ( Quem irá saber somos nós e não a historia)

  • Letra C é a errada!

     

    c) Tenho a certeza de que a moral da história saberá ser extraída por vós; ==> Não é a moral da história que saberá, quem irá saber somos nós e não a moral da história.