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O erro da assertiva II está em dizer que as demandas citadas fazem parte do projeto da Reforma Sanitária, quando na verdade são demandas de um período bem anterior.
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O projeto de reforma sanitária
vem apresentando, como demandas, que o assistente social trabalhe as seguintes
questões: busca de democratização do acesso às unidades e aos serviços de
saúde, atendimentos humanizado, estratégias de interação da instituição de
saúde com a realidade, interdisciplinaridade, ênfase nas abordagens grupais,
acesso democrático às informações e estímulo à participação do cidadão. Entretanto, no item II: a prática educativa com intervenção normativa no modo de vida
da população usuária, plantão, triagem ou seleção, encaminhamento, concessão de
benefícios e orientação previdenciária.NÃO
DIZEM RESPEITO À REFORMA SANITÁRIA: O assistente social
consolidou uma tarefa educativa com intervenção normativa no modo de vida da
“clientela”, com relação aos hábitos de higiene e saúde, e atuou nos programas
prioritários estabelecidos pelas normatizações da política de saúde. Outro
fator importante refere-se à consolidação da Política Nacional de Saúde no país
com ampliação dos gastos com a assistência médica, pela previdência social.
Esta assistência, por não ser universal, gerou uma contradição entre a demanda
e o seu caráter excludente e seletivo. O assistente social vai atuar nos
hospitais colocando-se entre a instituição e a população, a fim de viabilizar o
acesso dos usuários aos serviços e benefícios. Para tanto, o profissional
utiliza-se das seguintes ações: plantão, triagem ou seleção, encaminhamento,
concessão de benefícios e orientação previdenciária.
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A única opção errada na questão é a que se refere ao Projeto da Reforma Sanitária afirmando que esta demandava dos assistentes sociais algumas práticas conservadoras e ultrapassadas da profissão, como a prática educativa de cunho moralizante, no sentido de enquadrar a classe trabalhadora. A Reforma Sanitária caracterizou-se por ser um movimento progressista, que lutava pela universalização das políticas sociais e contra a privatização da saúde. Conforme os "Parâmetros para a atuação dos assistentes sociais na Política de Saúde" (CFESS: Brasília, 2010), o projeto de Reforma Sanitária apontou como demandas para os assistentes sociais na área da saúde a expansão e democratização do acesso as unidades e serviços de saúde; estreitamento da relação entre unidades de saúde e a realidade da população usuária; equipes interdisciplinares, objetivando o atendimento integral das necessidades dos usuários; reforço e incentivo a participação e controle social.
Conforme Marilda Iamamoto e Raul de Carvalho (Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 19ª edição. São Paulo: Cortez, 2006), durante a década de 1940 os assistentes sociais brasileiros encontravam-se inseridos em campos de trabalho tais como aqueles relacionados a menores infratores, aos trabalhadores e as indústrias, a educação popular, a docência em Serviço Social, a previdência social e também a saúde. Apesar de desde a origem da profissão ser possível encontrar assistentes sociais na saúde, é somente após a década de 1970 que esse número se tornará mais expressivo. Na atualidade é possível, inclusive, afirmar que a saúde é uma das áreas que mais requisita este profissional.
Até os anos de 1970 o Serviço Social brasileiro foi influenciado pela perspectiva modernizadora, uma das expressões do processo de renovação da profissão no país. Essa vertente, que tem nos seminários de Araxá e Teresópolis sua maior expressão, foi uma das que mais aglutinou profissionais de Serviço Social, segundo José Paulo Netto (Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 17ª edição. São Paulo: Cortez, 2015), principalmente pela sua funcionalidade a ordem imposta pela autocracia burguesa.
RESPOSTA: C
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I. III. IV
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Resposta "C" - Segundo Bravo e Matos (2004) o fato que motivou a ampliação do espaço profissional para o assistente social na área da saúde teve seu marco no novo conceito de saúde elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1948, quem enfocou os aspectos biopsicossociais determinando a requisição de outros profissionais no setor saúde dentre eles o assistente social. Esse novo conceito buscou já nessa época, a abordagem de conteúdos preventivistas e educativos, criando programas prioritários com segmentos da população em função da inviabilidade ainda de universalizar a atenção médica e social. Com base ainda nesse novo conceito os assistentes sociais passaram a enfatizar nessa prática cotidiana as ações educativas com intervenção normativa no modo de vida da chamada “clientela”. Essa intervenção estava relacionada principalmente aos hábitos de higiene e saúde da população.
Já chegada da década de 80 e com ela um dos marcos na política de saúde brasileira, o Movimento da Reforma Sanitária. Apesar do Movimento de Reforma Sanitária representar uma luta por uma saúde mais justa de acesso universal como direito social de todo cidadão, o Serviço Social no Brasil estava imbricado no seu próprio processo de renovação e esse fato acabou afastando os profissionais de outros debates de grande importância na construção de um cenário mais democrático no espaço nacional. Toda discussão interna da profissão na busca de crescimento, fundamentação e consolidação teórica deslocou-se do cotidiano dos serviços e poucas foram as mudanças apresentadas nas ações de intervenção. Esse é um fato que ainda hoje repercute na atuação do Serviço Social na área da saúde.
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/19203/19203_4.PDF
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Lais Rodrigues , na assertiva II o erro consiste na intervenção "normativa"
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As entidades do Serviço Social tem por desafio articular com os demais profissionais de saúde e movimentos sociais em defesa do projeto de Reforma Sanitária, construído a partir de meados dos anos de 1970. Tem-se por pressuposto que transformações estruturais nas políticas sociais, e na saúde em particular, só serão efetivadas por meio de um amplo movimento de massas que questione a cultura política da crise gestada pelo grande capital e que lute pela ampliação da democracia nas esferas da economia, da política e da cultura.
Entretanto, o projeto da reforma sanitária vem apresentando como demandas que o assistente social trabalhe as seguintes questões:
*Democratização do acesso as unidades e aos serviços de saúde;
*Estratégias de aproximação das unidades de saúde com a realidade;
*Trabalho interdisciplinar;
*Ênfase nas abordagens grupais;
*Acesso democrático às informações e estímulo à participação popular.
(Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na_Saude)
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Veja essa questão comentada no meu Blog. Segue o endereço:
http://concursos-servicosocial.blogspot.com.br/2017/10/questoes-comentadas-de-servico-social.html
Copie e cole o endereço da Página em seu navegador, pois aqui não disponibiliza o link!
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Nilza Ciciliati, seu blog é ótimo. Parabéns.
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Trajetória histórica da Política de Saúde e do Serviço Social no Brasil:
I. Essa não foi a área que mais concentrou profissionais até meados da década de 40.
III. Os assistentes sociais só foram absorvidos nos Centros de Saúde na década de 70.
IV. O trabalho profissional na área da saúde orientou-se pela vertente modernizadora até o final da década de 70.
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Autor: Victória Sabatine , Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social
A única opção errada na questão é a que se refere ao Projeto da Reforma Sanitária afirmando que esta demandava dos assistentes sociais algumas práticas conservadoras e ultrapassadas da profissão, como a prática educativa de cunho moralizante, no sentido de enquadrar a classe trabalhadora. A Reforma Sanitária caracterizou-se por ser um movimento progressista, que lutava pela universalização das políticas sociais e contra a privatização da saúde. Conforme os "Parâmetros para a atuação dos assistentes sociais na Política de Saúde" (CFESS: Brasília, 2010), o projeto de Reforma Sanitária apontou como demandas para os assistentes sociais na área da saúde a expansão e democratização do acesso as unidades e serviços de saúde; estreitamento da relação entre unidades de saúde e a realidade da população usuária; equipes interdisciplinares, objetivando o atendimento integral das necessidades dos usuários; reforço e incentivo a participação e controle social.
Conforme Marilda Iamamoto e Raul de Carvalho (Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 19ª edição. São Paulo: Cortez, 2006), durante a década de 1940 os assistentes sociais brasileiros encontravam-se inseridos em campos de trabalho tais como aqueles relacionados a menores infratores, aos trabalhadores e as indústrias, a educação popular, a docência em Serviço Social, a previdência social e também a saúde. Apesar de desde a origem da profissão ser possível encontrar assistentes sociais na saúde, é somente após a década de 1970 que esse número se tornará mais expressivo. Na atualidade é possível, inclusive, afirmar que a saúde é uma das áreas que mais requisita este profissional.
Até os anos de 1970 o Serviço Social brasileiro foi influenciado pela perspectiva modernizadora, uma das expressões do processo de renovação da profissão no país. Essa vertente, que tem nos seminários de Araxá e Teresópolis sua maior expressão, foi uma das que mais aglutinou profissionais de Serviço Social, segundo José Paulo Netto (Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 17ª edição. São Paulo: Cortez, 2015), principalmente pela sua funcionalidade a ordem imposta pela autocracia burguesa.
RESPOSTA: C