SóProvas


ID
1151443
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Prezados Senhores,


Desde maio de 2000, o filósofo Olavo de Carvalho tem escrito semanalmente artigos para o jornal O Globo e para a revista Época, nos quais tem abordado, de forma cristalina e muitas vezes contundente, sempre com impressionantes inteligência e erudição, temas fundamentais para o homem moderno, e principalmente pontos cruciais da história e da política nacional e internacional. Olavo tem sido um dos poucos se não o único intelectual brasileiro a analisar os problemas e a história do pensamento nacional por um ângulo que não seja o esquerdista, normalmente unilateral e engessado pelos dogmas marxistas. Se seu texto só tivesse essa única qualidade, já mereceria nosso louvor, ou no mínimo nossa atenção. Mas Olavo tem sido uma “vox clamantis in deserto”. Em vez de encetar diálogos honestos e dignos, como convêm a todo intelectual digno do nome, seus artigos tem sido solenemente ignorados pela intelligentsia esquerdista, por motivos que podemos detectar, mas que não vêm ao caso agora. E, para nossa surpresa, justamente a revista Época, que vinha possibilitando a um número expressivo de leitores a oportunidade de ler os excelentes textos de O. de Carvalho, parece ter decidido impor-lhe o mesmo silêncio com que nossa intelligentsia tem “reagido” aos seus textos, vetando-lhe o artigo que seria publicado na edição de 03/11. Não podemos aceitar que uma revista prestigiosa como a Época, que vinha demonstrando ser imparcial e aberta às diversas tendências e enfoques de análise jornalística e intelectual, venha perpetrar tal censura (essa é a palavra) a um de seus mais importantes articulistas. Ressalte-se o fato de que na Época (e também em O Globo) os textos de Olavo saem (ou saíam?) sempre na sessão “Opinião”, o que exime a revista de qualquer responsabilidade ou compromisso com as ideias do articulista. Ainda assim seu último texto foi proibido. O que (ou quem) levou Época a tal decisão? Reconhecemos que os editores (e os donos) de um veículo de imprensa devem ter autonomia para decidir o que publicar, mas nos causa espécie o fato de um articulista acima da média ser sumariamente censurado, sobretudo nesse país em que a palavra “censura” se tornou um verdadeiro anátema, principalmente nos meios esquerdistas. Manifesto aqui o meu repúdio à censura imposta por Época ao filósofo Olavo de Carvalho, na esperança de que não percamos o privilégio e a oportunidade de ler, nessa conceituada revista, os textos de um dos maiores intelectuais que o Brasil já teve. Pois não será outro o requisito que diferencia um veículo de imprensa dos demais se não a imparcialidade.



Marcos Grillo/RJ
mgrillo@vento.com.br
Adaptado de http://www.olavodecarvalho.org/textos/


Em “Em vez de encetar diálogos”, o termo destacado significa

Alternativas
Comentários
  • Encetar = "dar início a"; "debutar", "começar", "principiar"

  • Gabarito A

    encetar

    verbo

    1.

    transitivo direto

    dar início a; principiar, começar.

    "depois de exercitar-se, encetou a marcha"

    2.

    transitivo direto

    subtrair parte de (um todo).

    "encetou um terço do que se destinava às obras"

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !
     

  • ENSEJAR

    transitivo direto e bitransitivo 
    1    dar ensejo a, apresentar a oportunidade para; ser a causa ou o motivo de; possibilitar, justificar
    Ex.: Ex.: <a ocasião enseja o ladrão> <o dia de verão ensejou(-lhes) um piquenique>
     transitivo direto 
    2    aguardar a oportunidade de; almejar
    Ex.: todos ensejavam que a festa começasse
     pronominal 
    3    surgir ocasião de; apresentar-se, aparecer
    Ex.: já se nos enseja uma imensa tarefa
     transitivo direto 
    4    fazer tentativa de; experimentar
    Ex.: ensejou as primeiras braçadas na aula de natação