SóProvas


ID
1152088
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  1. Uma epidemia silenciosa
    No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia e a tendência é de crescimento entre jovens
    Mônica Tarantino


    A morte do músico Champignon (Luiz Carlos Leão Duarte Junior, 35), ex-baixista da banda Charlie Brown Jr, registrada pela polícia como suicídio, abriu espaço para o tema nas primeiras páginas dos jornais, no noticiário da tevê, nas redes sociais. 
O interesse no caso de Champignon, entretanto, está muito aquém da mobilização e das providências urgentes que o tema suscita. Suicídio é um problema de saúde pública a ser encarado como tal. 
    No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a tendência é de crescimento dessas mortes entre os jovens, especialmente nos países em desenvolvimento. Nos últimos vinte anos, o suicídio cresceu 30% entre os brasileiros com idades de 15 a 29 anos, tornando-se a terceira principal causa de morte de pessoas em plena vida produtiva no País (acidentes e homicídios precedem). No mundo, cerca de um milhão de pessoas morrem anualmente por essa causa. A OMS estima que haverá 1,5 milhão de vidas perdidas por suicídio em 2020, representando 2,4% de todas as mortes. 
    Em muitos países, programas de prevenção do suicídio passaram a fazer parte das políticas de saúde pública. Na Inglaterra, o número de mortes por suicídio está caindo em consequência de um amplo programa de tratamento de depressão. Ações semelhantes protegem vidas nos Estados Unidos. Um dos focos desses programas é diagnosticar precocemente doenças mentais. De acordo com uma recente revisão de 31 artigos científicos sobre suicídio, mais de 90% das pessoas que se mataram tinham algum transtorno mental como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e dependência de álcool ou outras drogas. 
    No Brasil, porém, persiste a falta de políticas públicas para prevenção do suicídio, com o agravo da passagem do tempo e do aumento populacional. Em 2006, o governo formou um grupo de estudos para traçar as diretrizes de um plano nacional de prevenção do suicídio, prometido para este ano. O que temos até então é um manual destinado a profissionais da saúde. O nome do documento é Prevenção do Suicídio - Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. 
    Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate. “Nossa resposta não pode ser o silêncio. Nossas chances de chegar às pessoas que precisam de ajuda dependem da visibilidade”, disse-me o psiquiatra Humberto Corrêa para um artigo sobre suicídio publicado pela corajosa revista Planeta (Suicídio aumenta no Brasil, mas isso poderia ser evitado, edição 421, Outubro de 2007). “Uma das nossas tarefas é convencer donas de casa, pais, educadores, jornalistas, publicitários, líderes comunitários e formadores de opinião de que o debate sobre o suicídio não é uma questão moral ou religiosa, mas um assunto de saúde pública e que pode ser prevenido. Aceitar essa ideia é o primeiro passo para poupar milhares de vidas”, alertava o especialista. 
    Penso nos casos ocorridos no meu círculo de relações e de que nunca esqueci. No primeiro ano da escola de jornalismo, um colega de sala, Zé Luiz, se matou bebendo querosene. Tinha 18 anos, era inteligente, crítico, um tanto irônico. Há alguns anos, o filho adolescente de um amigo pulou pela janela, deixando-o perplexo por nunca ter visto qualquer sinal de que isso poderia acontecer. Também se matou, aos 20 anos, a filha de uma jornalista e socióloga com quem trabalhei. A história virou filme pelas mãos de sua irmã Petra Costa. Lançado em 2012, “Elena” é um mergulho profundo nas memórias, sentimentos e questionamentos, enfim, em toda complexidade e perpetuidade do suicídio de uma pessoa amada. Mais recentemente, me admiro com a coragem de uma amiga próxima em busca do equilíbrio após o suicídio inesperado do companheiro. Sim, prevenir o suicídio é um assunto que interessa. Danem-se os tabus.

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/324253_UMA+EPIDEMIA+SILENCIOSA. (Adaptado)

Em “Há alguns anos, o flho adolescente de um amigo pulou pela janela...”, a expressão destacada funciona sintaticamente como

Alternativas
Comentários
  • A meu ver a expressão em destaque "alguns anos" seria adjunto adverbial de tempo, alguém pode comentar melhor?

  • Também gostaria de entender melhor. Alguém pode dar uma luzinha?

  • Concordo com o Artur Favero, pois, na minha opinião, a expressão seria adjunto adverbial de tempo. Alguém pode nos ajudar??? Grata.

  • alguns anos é objeto direto do verbo haver que é impessoal.


  • Pois é pessoal, por falta de atenção, acabei errando essa questão também. E acho que foi o que aconteceu com a maioria do pessoal.

    Eu acabei analisando o trecho inteiro " Há alguns anos", quando na verdade a questão pede para analisar só a parte destacada " Há alguns anos ". Nesse caso, realmente, o termo em destaque funciona como objeto direto, pois o verbo HAVER é transitivo direto.

    Do contrário, se fosse para ser analisado o termo inteiro, daí sim, seria uma adjunto adverbial.

    Melhor errar aqui que no dia da prova...heheh

    Força, fé e foco!

  • Gabarito. C.

    o verbo haver estar como um vtd.

    havia o ?

    sem preposição, VTD logo o termo destacas é um O.D.


  • Verbo "HAVER" no sentido de Existir é uma oração sem sujeito.Logo,o que vem após será o complemento verbal com função sintática de Objeto Direto

  • Pessoal, pelo que entendi a expressão completa " Há alguns anos" é classificada como Adjunto Adverbial de tempo; mas apenas o que foi sublinhado " alguns anos" , apenas esse pequeno trecho, é o complemento verbal do verbo "Há" anterior.

      Há alguns anos...    ( o que é que há ? alguns anos - OD )

  • Bem pelo que entendo a primeira parte antes da vírgula não é um adjunto adverbial e sim uma oração subordinada adverbial. Confirmado pela presença do verbo haver. E a expressão sublinhada é o objeto (objeto direto) do verbo haver. Cada uma das orações do período tem seus "brinquedinhos" rsrs. 

    Bons estudos a todos!!

  • Vejam a oração ao lado dos nossos nomes. Sem dúvida, esse indica tempo e; embora a quantidade de meses que vem em seguida também contenha a ideia de tempo, não deixa, por isso, de ser objeto do verbo haver. 

  • Pegadinha das boas, fui direto no automático, mas tenho que concordar que o verbo haver no sentido de existir pode até não ter sujeito, mas sempre terá um objeto.

  • RESPOSTA: C) OBJETO DIRETO

    Comentários:

    HÁ ALGUNS ANOS (...) substitua por FAZ e , depois, pergunte ao verbo. Faz O QUÊ? ALGUNS ANOS ( obj. direto)

  • questão muito sinistra. nem com a explicação do professor, esgotei as minhas duvidas;

  • Verbo 'HAVER' com sentido de existência ou tempo decorrido é impessoal. Portanto não tem sujeito,mas sempre objeto direto.

  • Também achei que fosse adjunto adverbial de tempo. :(

  • Restruture a frase:

    O filho adolescente de um amigo pulou a janela alguns anos...

     analise a primeira oração:

    O filho adolescente de um amigo pulou/ o que? pois quem pula, pula algo ou alguma coisa . Portanto, trata-se de VTD

    o restante será Objeto Direito.

  • Maconha da banca.

  • objeto direto. verbo haver no sentido de tempo passado exige objeto direto, no caso o tempo passado

  • O verbo haver no sentido de existir ou que indique tempo decorrido é impessoal. Logo, estamos diante de uma oração SEM sujeito.

    Como não há sujeito na oração em análise, o termo "alguns anos" é o que se chama de complemento verbal, como este complemento não é precedido de preposição, trata-se de objeto direto do verbo haver.

  • Se estivesse grifado Há alguns anos, seria adjunto adverbial de tempo, como foi apenas "alguns anos" trata-se de um objeto direto.

  • É, sou mais um que escorregou nessa casca de banana da terra :(

  • primeira vez que vejo uma pegadinha de português dessa banca.. E foi das boas..

  • Ráaaa pegadinha do malandro!!!

    fui seco no Adjunto adverbial

  •  Tipo de questão :Vc aprende com ela. 

  • Até o Neymar caiu nessa 

    Gabarito: C

  • VENDO OS COMENTÁRIOS, FIQUEI ATÉ MAIS TRANQUILO.

    BONS ESTUDOS.

  • ESSA BANCA É SURTADA

  • depois dessa porrada, eu não esqueço mais
  • Nossaaaaaaa. Que questão! Jamais esquecerei!

  • Haver tem objeto?

    Existir tem sujeito?

    Se souber isso da pra responder.

  • Poxa eu tinha o comentario do professor para essa questO e nao estou tendo má acesso. Qconcursos ta tendo alguns problemas tecnicos ultimamente.

  • cruz credo. kkkk'

  • A expressão Há alguns anos é ad adverbial , entretanto o complemento do verbo haver, alguns anos, parte sublinhada, é objeto direto. Gabarito C