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ID
1179994
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-CE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

        Um policial militar do estado do Ceará, ao voltar do trabalho para casa, sofreu uma tentativa de assalto e, ao tentar reagir, alvejou com um tiro um transeunte que passava pelo local.

Acerca dessa situação hipotética e da responsabilidade extracontratual do Estado, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A culpa concomitante da vítima não exclui a responsabilidade do Estado.

    Adota-se no ordenamento jurídico brasileiro a teoria da responsabilidade objetiva do Estado.

    Fundamentada na Teoria do Risco Administrativo ( é cabível excludentes da responsabilidade civil do Estado).

    O policial não estava em serviço mas agiu na condição de agente público.

    As concessionárias de serviços públicos respondem objetivamente pelos danos causados aos usuários e não usuários do serviço.

  • A culpa CONCOMITANTE ou CONCORRENTE da vítima do evento danoso, realmente NÃO EXCLUI a responsabilidade do Estado!

    O máximo que acontece é a redução da responsabilidade do Estado em razão desta concorrência.

    Quanto ao item B, mesmo estando o policial militar de folga, responderá o Estado objetivamente no caso de dano causado por aquele, afinal, o policial é agente público. O preceito inscrito no artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição, não exige que o agente público tenha agido no exercício de suas funções, mas na qualidade de agente público.
    Eis o erro do item!

  • De acordo com o gabarito definitivo da banca, a questão foi Anulada.

  • "Diferentemente do afirmado na opção apontada como gabarito, o Estado do Ceará não responderá pelo dano

    causado pelo policial ao transeunte, uma vez que o agente não estava em serviço no momento do evento. Por não

    haver opção correta, opta‐se pela anulação da questão."  TEXTO DE JUSTIFICATIVA DA ANULAÇÃO. (Questão 45 na prova)

  • Mesmo anulada, acho importante analisar as outras:

    c) (ERRADA) O particular terá de provar unicamente a ação do agente do Estado e o dano para que obtenha a reparação do Estado pelo dano sofrido.

    Terá de provar: AÇÃO + DANO + NEXO CAUSAL.

    d) (ERRADA) No ordenamento jurídico brasileiro, adota­-se a teoria da responsabilidade objetiva do Estado, que se fundamenta na teoria do risco exclusivo.

    Adota-se, no Brasil 3 teorias gerais (4 específicas):

    -Irresponsabilidade Civil do Estado

    -Responsabilidade Objetiva do Estado

    -Responsabilidade Subjetiva do Estado (2 espécies: 1- Risco Administrativo, 2- Risco Integral)

    e) (ERRADA) De acordo com entendimento do STF, as empresas concessionárias de serviços públicos respondem objetivamente somente pelos danos causados aos usuários.

    Respondem objetivamente pelos danos causados aos terceiros: usuários e não-usuários.

  • Não entendi o motivo da anulação... O estado responde ou não pelo dano causado pelo agente que não estava a serviço?


  • 45 A ‐ Deferido com anulação

    Diferentemente do afirmado na opção apontada como gabarito, o Estado do Ceará não responderá pelo dano

    causado pelo policial ao transeunte, uma vez que o agente não estava em serviço no momento do evento. Por não

    haver opção correta, opta‐se pela anulação da questão.

  • Li nos livros que o Estado responderia ainda que o policial estivesse de folga, pois, baseando-se na teoria do órgão, ainda que o policial estivesse de folga, continuava a ser um agente público e, portanto, seus atos são imputáveis ao Estado do qual faz parte. Logo, haveria responsabilidade estatal.

  • Para mim a assertiva A está correta. A culpa concomitante (concorrente) da vítima de fato não exclui a responsabilidade do Estado, apenas diminui proporcionalmente o valor de indenização. Alguém sabe me dizer aonde estou errando? Me parece que a banca não deveria ter anulado a questão.

  • A alternativa "A"  está correta. A culpa concorrente NÃO exclui a responsabilidade,  apenas influencia no quantum indenizatório.

    Pra alternativa" B",  acredito que há má formulação. A jurisprudência informa que há responsabilidade objetiva se for usada arma da corporação,  ainda que o policial esteja de folga. É natural "deduzir"  ou" imaginar" que a arma do policial da questão se enquadre nessa situação,  mas em prova deveriam atestar se a arma é da corporação ou não. Por julgar o item B como falso (e daí anular a questão) , o CESPE nos diz que a arma era sim da corporação.

    Mas aí a alternativa "a"  continua correta.... não entendi porque anularam. Talvez pra evitar confusão com o que falei sobre a " b".
    Alguém consegue ver erro na "A"?