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ID
1186930
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Diploma e monopólio
        Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência (sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, como explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para o exercício profissional?

        Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje, nem 20% advogam.
        Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são também úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem sucedido na prova, abrir ou fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC, não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de limitar a concorrência - mas trata-se aí de uma questão secundária. (...)

(Ve ja, 07.03.2007. Adaptado)


Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida pela conjunção se, empregado na frase – Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, ...

Alternativas
Comentários
  • a) Conjunção integrante (substituir por "isso") (GABARITO)

    b) Conjunção condicional.

    c) Índice de indeterminação do sujeito.

    d) Parte integrante do verbo.

    e) Pronome apassivador.

  • Daniele, creio que na alternativa e) "se" é um índice de indeterminação do sujeito. O verbo ler é intransitivo nesse caso, bastante é um adjunto adnominal de intensidade e não um objeto direto. Assim, não tem como ter voz passiva nesse caso.

  • Questionamos também (isso), se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas

    "Se" está como conjunção integrante, o que se repete na alternativa (A)

     

    A sociedade não chega a saber (isso); se os advogados são muito corporativos.

  • a) Conjunção integrante✔️

    b) Conjunção condicional.

    c) Índice de indeterminação do sujeito.

    d) Pronome apassivador

    e) Índice de indeterminação do sujeito

  • O "se" é uma conjunção subordinativa integrante, logo eu tenho uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

  • Assertiva A

    A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corporativos.

    "Troca Por isso" Conjunção integrante

  • -------------------------------------------

    C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária.

    Índice de indeterminação do sujeito.

    1) Geraldo Amaral Arruda esclarece que o verbo tratar pode ter sujeito, como na frase:

    "O autor, nesta ação, trata de seus direitos hereditários".

    2) Continua afirmando, todavia, que, em outro contexto, pode-se preferir omitir o sujeito da oração, dizendo-se:

    "Nesta ação, trata-se de direitos hereditários".

    3) E extrai ele as seguintes ilações:

    "O verbo continua na voz ativa e continua a reger objeto indireto; somente desapareceu o agente, que ficou indeterminado, servindo a partícula se precisamente como índice de indeterminação do sujeito".

    4) Exatamente porque o sujeito é indeterminado com um direito ou com vários direitos, é que a flexão de tal substantivo para o plural não influi na concordância verbal:

    Trata-se de um direito hereditário

    Trata-se de direitos hereditários

    [...]

    Link: https://www.migalhas.com.br/coluna/gramatigalhas/23100/tratar-se-de

    Que se trata ou que trata-se?

    Uma casa de shows da zona sul de São Paulo foi interditada nesta sexta-feira.

    Trecho de nota sobre o assunto, veiculada no UOL:

    - O local foi lacrado pela prefeitura nesta sexta depois que o proprietário admitiu, em entrevista, que trata-se de casa de prostituição

    Há vários casos que pedem próclise, nome dado à exigência de o pronome vir antes do verbo.

    Um deles é o das conjunções de orações subordinadas, caso do "que" do exemplo acima.

    O pronome "se", por causa disso, deveria ter sido colocado antes de "trata":

    - O local foi lacrado pela prefeitura nesta sexta depois que o proprietário admitiu, em entrevista, que se trata de casa de prostituição

    Link: https://noticias.uol.com.br/educacao/dicasport/ult2781u608.jhtm

    -------------------------------------------

    D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa.

    Parte integrante do verbo.

    [...]

    c) Parte integrante do verbo  integra verbos essencialmente pronominais, ou seja, aqueles que necessariamente trazem para junto de si o pronome oblíquo, denotando quase sempre sentimentos e atitudes próprias do sujeito. São eles: queixar-se, arrepender-se, vangloriar-se, submeter-se, dentre outros.

    Ex: Os garotos queixaram-se do mau atendimento.

    LinK: https://www.portugues.com.br/gramatica/as-funcoes-se-.html

    -------------------------------------------

    E) No curso de direito, lê-se bastante.

    Lê-se é a forma do verbo ler conjugado na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo com a partícula indeterminadora do sujeito se:

    Lê-se Muito durante todo Ensino Obrigatório.

    Na Biblioteca Lê-se em silêncio.

    Link: https://duvidas.dicio.com.br/lesse-ou-le-se/

  • Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida pela conjunção se, empregado na frase – Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, ...

    A) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corporativos. [Gabarito]

    Conjunções integrantes: que, se. Troque por: (isso)

    Espero (isso) que você chegue rápido.

    Quero muito (isso) que este dia chegue logo.

    É importante(isso) que você compareça na audiência.

    Não sei (isso) se ele já chegou ao Brasil.

    Quero saber (disso) se o Projeto foi autorizado.

    Link: https://www.normaculta.com.br/conjuncao-integrante/

    -------------------------------------------

    B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.

    A culpa é da fragilidade do ensino básico, Caso os advogados aprendam pouco.

    Conjunção condicional.

    [...]

    c) Conjunção subordinativa condicional – estabelece um sentido de condição, podendo equivaler-se a “caso não”.

    Ex: Se tivéssemos saído mais cedo, poderíamos aproveitar mais o passeio.

    Or. subordinada adverbial condicional

    Poderíamos aproveitar mais o passeio, Caso tivéssemos saído mais cedo.

    Link: https://www.portugues.com.br/gramatica/as-funcoes-se-.html

  • Gab. A

    A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corporativos.

    Troca Por ''ISSO" Conjunção integrante

  • Questionamos também [ISSO] = CI

    A sociedade não chega a saber [ISSO] = CI

    Bons estudos.

  • A letra "C" não é Conjunção Integrante?

    C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária.

    O advogado afirma [ISSO] que se trata de uma questão secundária.

    Se usarmos esse macete do ISSO dá certo.