Eu desconheço esta afirmativa no nosso código, mas achei este material na internet: A Ética na Avaliação Psicológica
Debra Luepnitz (1998) chama atenção a obrigação moral e ética que a prática requer: o(a) profissional precisa ter consciência do poder e da influência que ele/ela exerce sobre a vida do cliente, seja indivíduo, casal, família, grupo, instituição, empresa, comunidade. Uma dessas manifestações de poder é a forma como utilizamos o diagnóstico. Essa autora ressalta a importância de ampliarmos as considerações etiológicas de forma a incluir o social. Variáveis como sexo, situação sócio-económica, estado civil, raça, etc. geram variações diagnósticas que não podem permanecerem ignoradas. Russo (1990) aponta, por exemplo, que homens solteiros, separados e divorciados são admitidos com mais frequência nos serviços de saúde mental do que mulheres nas mesmas condições. A autora ressalta ainda pesquisas americanas que mostram claramente diferenças de género na frequência e no padrão de doenças: enquanto mulheres recebem com mais frequência o diagnóstico de depressão major, fobias simples, somatização, etc. homens recebem com mais frequência diagnóstico de dependência química e personalidade anti-social. Chamamos a atenção em trabalho anterior (Diniz, 1999) sobre o estado rudimentar da análise de género neste campo, como um dos factores que dificulta a construção de um panorama da condição de saúde mental de homens e mulheres.