SóProvas


ID
1220137
Banca
CESGRANRIO
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O paradigma das relações interpessoais, que circunscreve o trabalho do assistente social na situação-problema e no indivíduo, foi hegemônico no serviço social desde o seu surgimento até a reconceituação.
Esse paradigma foi confrontado no debate teórico-metodológico da profissão, em uma perspectiva política, pelo paradigma da(o)

Alternativas
Comentários
  • Faleiros vem formulando um paradigma que denomina ‘metodologia da articulação’ ou da ‘correlação de forças’, que trabalha as forças que condicionam recursos e saberes que definem problemas, ou melhor, são forças e saberes que articulam problemas e recursos, são saberes e poderes, conhecimentos e estratégias que precisam ser levados em conta. Quem analisa a prática indiferenciada e o sincretismo profissional é Netto; já o paradigma da relação social Iamamoto e identidade alienada Martinelli. Ver mais em Iamamoto em seu livro capital e fetiche.


  • Sua concepção sobre a profissão foi sistematizada no paradigma das relações de força, poder e exploração, também denominado paradigma da articulação. O autor estabelece divisor de águas com o paradigma das relações interpessoais, que prevaleceu das origens do Serviço Social até a reconceituação.


    Faleiros preconiza uma visão política da intervenção, que articule o geral e o particular, parte da luta por novas relações sociais em todas as dimensões da vida em sociedade.


    A noção de poder é tratada a partir de sugestões de Gramsci, acopladas a elaborações de M. Foulcault sobre os micropoderes dos aparatos institucionais.


    O assistente social é concebido como um intelectual orgânico, podendo contribuir para uma nova correlação de forças, uma nova hegemonia: como consenso das classes dominadas e capacidade que a classe operária tem de conquistar a consciência de seus aliados na formação do novo bloco histórico. Essa linha de análise abriu caminho a novas ações, a partir do lugar de trabalho dos profissionais, situando a ação profissional concreta em uma perspectiva política.

  • Errei - A resposta correta é correlação de forças 

  • Conforme nos esclarece M. V. Iamamoto (Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 8ª edição. São Paulo: Cortez, 2014), para Vicente de Paula Faleiros, desde a gênese da profissão até o movimento de reconceituação prevaleceu no Serviço Social o "paradigma das relações interpessoais". Este paradigma entendia que a partir de uma situação-problema, o profissional de Serviço Social influenciaria o indivíduo ou família para que os mesmo modificassem seu comportamento e se enquadrassem a sociedade e seus valores dominantes como forma de resolver seus "problemas". O autor citado, confronta tal paradigma a partir de sua concepção sobre a profissão, que será caracterizado como "paradigma das relações de força, poder e exploração" também cunhado de "paradigma da articulação" e a "tese da correlação de forças".


    RESPOSTA: A


  • Resposta letra "A".

     

    Paradigmas de correlação de forças: uma proposta de formulação teórico-prática do livro Estratégia em Serviço Social de Vicente de Paula Faleiros, que trata de discussões acerca de alguns mecanismos de intervenção profissional no processo prático-operativo próprio do Serviço Social. Enfatiza essa intervenção como confrontação de interesses, basicamente, nas relações de exploração e de poder. Sendo seu objeto de intervenção a relação sujeito / estrutura e usuário/ instituição de onde emerge o processo de fortalecimento do usuário diante da fragilização dos seus veículos, capitais ou patrimônios individuais e coletivos. Ressalta ainda, uma ruptura paradigma de correlação de forças com as visões clínicas, tecnocráticas e mecanicistas de intervenção profissional, e que considera as relações interpessoais implicadas nas relações sociais globais como um processo complexo de mediações sujeito / estrutura, que relaciona a estrutura da produção da sociedade e dos indivíduos.

    Para Faleiros (1999) , o trabalho do assistente social emerge no contexto das forças gerais do capitalismo e das particularidades das relações institucionais, nas mediações do processo de fragilização / fortalecimento do usuário, do qual o profissional deve elaborar estratégias técnicas e instrumentos de intervenção, dentre elas: o autônomo, que possui um olhar diferenciado com caráter educativo e mais individualizado; e o territorializado, controlado politicamente e que se volta para uma população- alvo, porém, ambos condensam as forças sociais e as mediações complexas.