Segundo Benevides-Pereira (2002) as intervenções e os programas preventivos procuram enfocar três níveis:
--> Programas centrados na resposta do individuo: Consiste na aprendizagem, por parte do trabalhador, de estratégias de enfrentamento adaptativas em relação às situações estressantes, desta maneira consegue-se prevenir respostas negativas associadas aos efeitos do estresse. Focaliza-se a intervenção nas respostas da pessoa diante de situações negativas ou estressantes, sem entrar nos elementos inerentes ao contexto ocupacional.
--> Programas centrados no contexto ocupacional: Consiste em mudar a situação em que se desenvolvem as atividades, principalmente nos aspectos relativos à organização, tentando melhorar desta maneira o ambiente e o clima de trabalho, tendo em vista que um contexto laboral desfavorável é um desencadeador da síndrome.
--> Programas centrados na interação do contexto ocupacional e o individuo: Consiste na combinação dos dois níveis anteriores, entendendo Burnout como fruto da relação do sujeito e o meio laboral. Trata-se de modificar as condições ocupacionais, a percepção do trabalhador e a forma de enfrentamento diante das situações de estresse ocupacional, tudo isso de modo integrado.
BENEVIDES-PEREIRA, A.M.T. Burnout: Quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. S. Paulo, casa do Psicólogo, 2002.