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ID
1226272
Banca
VUNESP
Órgão
EMPLASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 07.

A bruxa nos relógios

      Vou me concentrar no possível: os afetos, o trabalho, a vida. Então falo aqui de um tema que me fascina, sobre o qual já tenho refletido muito.
      Quando criança, eu achava que no relógio de parede do sobrado de uma de minhas avós, aquele que soava horas, meias horas e quartos de hora que me assustavam nas madrugadas insones em que eu eventualmente dormia lá, morava uma feiticeira que tricotava freneticamente, com agulhas de metal, tique-taque, tique-taque, tecendo em longas mantas o tempo de nossa vida.
      Nessas reflexões mais uma vez constatei o que todo mundo sabe: vivemos a idolatria da juventude – e do poder, do dinheiro, da beleza física e do prazer. Muitos gostariam de ficar para sempre embalsamados em seus 20 ou 30 anos. Ou ter, aos 60, “alma jovem”, o que acho discutível, pois deve ser melhor ter na maturidade ou na velhice uma alma adequada, o que não significa mofada e áspera.
      A maturidade pode ter uma energia muito boa, pensamento e capacidade de trabalho estão no auge, os afetos mais sólidos, a capacidade de enfrentar problemas e compadecer-se dos outros mais refinada. Passada (ou abrandada) a insegurança juvenil, é possível desafiar conceitos que imperam, limpar o pó desse uniforme de prisioneiros, deixar de lado as falas decoradas, a tirania do que temos de ser ou fazer. Pronunciar a nossa própria alforria: vai ser livre, vai ser você mesmo, vai tentar ser feliz.
      Portas continuam se abrindo: não apenas sobre salas de papelão pintado, porém sobre caminhos reais. Correndo pela floresta das fatalidades, encontramos clareiras de construir. De se renovar, não importa a cifra indicando a nossa idade. E sempre que alguém resolver não pagar mais o altíssimo tributo da acomodação, mas dar sentido à sua vida, verá que a bruxa dos relógios não é inteiramente má. E vai entender que o tempo não só nega e rouba com uma das mãos, mas também, com a outra, oferece – até mesmo a possibilidade de, ao envelhecer, alargar ainda mais as varandas da alma.

(Lya Luft. Revista Veja, edição 2344, 23.10.2013. Adaptado)


Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome relativo está corretamente empregado em

Alternativas
Comentários
  • ONDE x DONDE x AONDE

    a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a preposição

    em, na língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada por em

    + onde).

    b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em razão

    sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +

    onde).

    c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também

    por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:

    “Aonde” = a + onde).

  • A- EM QUE FICAVA

    B- NA QUAL FICAVA

    C- ONDE A NARRADORA DORMIA

    D- NA QUAL/ EM QUE

    E- GABARITO (igual à C)


  • achei essa questão punk

  • Pessoal!

    Cuidado! o gabarito correto é:

    e) O relógio de parede ficava na casa de uma das avós onde a narradora, às vezes, dormia.

    A luta continua.



  • Eu achei essa muito fácil, mas por ser muito fácil, desconfiei dela. É o tipo de questão que se deve confiar na sua intuição e marcar, porque se na hora da prova, você perder tempo com uma questão dessa, fica complicado.

  • GABARITO E

  • Casa em que/ na qual/ onde.

    GABARITO -> [E]

  • de Agosto de 2014, às 16h15

    Útil (23)

     

    ONDE DONDE AONDE

    a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a preposição

    em, na língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada por em

    + onde).

    b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em razão

    sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +

    onde).

    c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também

    por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:

    “Aonde” = a + onde

  • Assertiva E

    O relógio de parede ficava na casa de uma das avós onde a narradora, às vezes, dormia.

  • onde = lugar (da casa)