Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire
Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível
Não podemos, numa perspectiva democrática, transformar uma classe de alfabetização num espaço em que se proíbe toda reflexão em torno da razão de ser dos fatos nem tampouco num "comício libertador". A tarefa fundamental que me situo é experimentar com intensidade a dialética entre "a leitura do mundo" e a "leitura da palavra".
"Programados para aprender" e impossibilitados de viver sem a referência de um amanhã, onde quer que haja mulheres e homens há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender.
Nada disso, contudo, cobra sentido, para mim, se realizado contra a vocação para o "ser mais", histórica e socialmente constituído-se, em que mulheres e homens nos achamos inseridos.