SóProvas


ID
1247755
Banca
FGV
Órgão
INEA-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Só falta a política de redução de riscos

        Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.

        A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos.

        Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou-se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força-Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou-se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.

        Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica nos municípios de pequeno porte.

        Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida "cotidiana", não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto.

(Carlos Machado - O Globo, 01/04/2013)

Assinale a alternativa que indica os vocábulos do texto que não são acentuados pela mesma regra de acentuação gráfica.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra "A".

    Após = oxítona terminada em "o", seguida ou não de "s", é acentuada.

    Só = monossílabo tônico

  • A alternativa "d" também estaria correta?

    Através - oxitona terminada em vogal forte "e", seguidas ou não de "s".

    Também - oxitona terminada em ditongo nasal.


  • Jessica Mayra, acredito que não.

    No caso as duas são oxítonas e a letra "a", tida como correta em gabarito, "Após" = oxítona e "Só" = monossílabo tônico. 

  • Gabarito letra "A". correto!

    (D: ERRADA )através / também oxítonas: terminada em   A E O EM ENS ÉI ÉU ÓU

  • Acredito que todas as afirmativas dessa questão estão corretas, pois segundo a reforma ortográfica os monossílabos tônicos são incluídos no mesmo grupo das oxítonas. 

  • Guerreiros,

    a letra d também seria correta, pois a palavra "através" é acentuada pela regra "oxítono terminado em 'e' aberto" e "também" é acentuada pela regra "oxítono terminado em 'em' ou 'ens' ". Acertei porque a letra a é mais óbvia: um oxítono e o outro é monossílabo.

    Quem concordar ou discordar comenta aí. 

  • Eduardo, creio que a D não esteja correta,  pois são acentuadas pela mesma regra da oxítona terminada em A(s), E(s), O(s), EM, ENS. 

    Através (es) / Também (em)

  • Entendi o que você disse Pedro, mas há uma subdivisão classificatória de acentuação gráfica dos oxítonos, segundo o livro do professor Rodrigo Bezerra (por onde estudei). Para acentuação de oxítonos existiriam 3 regras


    - acento agudo nos oxítonos terminados em "a, e, o" abertos e acento circunflexo nos oxítonos terminados em "e, o" fechados: através, judô, maracujá etc.


    - acento agudo no "e" da terminação "em" ou "ens" dos oxítonos compostos de mais de uma sílaba: também, Belém, Jerusalém etc.


    - acento agudo nos oxítonos terminados em ditongos abertos "éi", "ói", "eu": anéis, dói, céu etc.


    Confira com seu material.


    Abraços!

  • Acho que a letra A não pode ser considerada correta após a vigência do acordo ortográfico. Os monossílaos tônicos passaram a ser classificados pela regra das oxítonas. Seriam portanto pertencentes a mesma regra.

  • Complementando...

     

    Regras diferentes

     

    A-pós: oxítona terminada em o seguida de s;

    : monossílabo tônico terminada em o;

     

    [Gab. A]

     

    bons estudos

  • Letra A.

     

    Comentário:

     

    A alternativa (A) é a que não possui a mesma regra de acentuação em relação às duas palavras, pois “após” é

    uma oxítona, enquanto “só” é um monossílabo tônico.

    Na alternativa (B), “Petrópolis” e “óbitos” são proparoxítonas e todas são acentuadas.

    Na alternativa (C), “possuíam” e “constituídas” apresentam a regra do hiato.

    Na alternativa (D), “através” e “também” apresentam a regra geral das oxítonas, as quais são terminadas em “e”

    (seguido de “s”) e “em”.

    Na alternativa (E), “vácuo” e “municípios” são paroxítonas terminadas em ditongo oral.

     

     

    Gabarito: A

     

    Prof. Décio Terror

  • Pão, pão, queijo, quiejo.

     

    Melhor forma de aprender, decorar as regras e fazer muito exercício 

  • a) “após” ==> é uma oxítona / “só” ==> é um monossílabo tônico.

    b) “Petrópolis” e “óbitos” ==> são proparoxítonas e todas são acentuadas.

    c) “possuíam” e “constituídas” ==> apresentam a regra do hiato.

    d) “através” e “também” ==> apresentam a regra geral das oxítonas, as quais são terminadas em “e” (seguido de “s”) e “em”.

    e) “vácuo” e “municípios” ==> são paroxítonas terminadas em ditongo oral.

     

     

    Gabarito: A

     

    Prof. Décio Terror

  • Letra A – CERTA - A palavra “após” é acentuada por ser oxítona terminada em O(S). Já “só” é monossílabo tônico terminado em O(S).

    Letra B – ERRADA – As palavras “Petrópolis” e “óbitos” são proparoxítonas e, portanto, acentuadas graficamente.

    Letra C – ERRADA – As palavras “possuíam” e “constituídas” são acentuadas devido à regra do hiato.

    Letra D – ERRADA – As palavras “através” e “também” são acentuadas por serem oxítonas de final A(S), E(S), O(S), EM, ENS.

    Letra E – ERRADA – As palavras “vácuo” e “municípios” são paroxítonas terminadas em ditongo.

  • SÓ = MONOSSILABA

    APÓS = OXÍTONA

  • Acredito que o Acordo Ortográfico torna esta questão inválida, pois, pelo que aprendi com a professora da QConcursos, hoje ambas são acentuadas com base na mesma regra: oxítonas terminadas em o (s).