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ID
1252942
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-PA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O médico do trabalho quer saber se um novo procedimento introduzido em um setor da empresa poderá provocar determinada doença. Resolve acompanhar regularmente os trabalhadores dessa área, durante um ano, comparando-os com os trabalhadores de outro setor semelhante que não tem o novo procedimento. Ele quer saber, no final do período de análise, se houve alguma diferença entre os dois grupos de funcionários, em relação à doença suspeitada e, para isso, adotou todos os cuidados requeridos para delinear adequadamente o estudo, que, em epidemiologia, chama-se

Alternativas
Comentários
  • Um estudo de coorte é um estudo observacional onde os indivíduos são classificados (ou selecionados) segundo o status de exposição (expostos e não expostos), sendo seguidos para avaliar a incidência da doença em determinado período de tempo. Os estudos de coorte também podem ser utilizados para avaliar os riscos e benefícios do uso de determinada medicação.

    Fases: a. Identificação das pessoas sadias no início do estudo; b. Montagem de grupos de indivíduos expostos e não expostos; c. Seguimento da coorte para avaliação da incidência da doença a ser estudada nos dois grupos; d. Comparação da incidência (risco) em cada coorte
    Vantagens: a) Podem discernir as relações temporais entre a exposição e o desfecho devido ao fato da exposição preceder o desfecho; b) Podem ser usados para avaliação de desfechos múltiplos; c) Permitem o cálculo direto das medidas de incidência nas coortes de expostos e não expostos; d) O status do desfecho não influencia a medida do status de exposição ou seleção de indivíduos (coorte concorrente); e) São menos sujeitos a viéses de seleção do que os estudos de caso-controle; f) Alguns estudos permitem ainda que várias exposições possam ser avaliadas (coortes de população geral ou de grupos populacionais restritos). Desvantagens: a) É do tipo observacional (assim como o caso-controle), trazendo todas as fragilidades do desenho observacional (quando comparados aos estudos experimentais – ensaios clínicos randomizados); b) Pode ser ineficiente para o estudo de doenças raras ou aquelas com longos períodos de latência; c) Geralmente caros e difíceis de operacionalizar (em estudos etiológicos); d) A perda de participantes ao longo do seguimento pode comprometer a validade dos resultados.

    FONTE: https://www.sobracil.org.br/revista/jv030303/bjvs030303_115.pdf