SóProvas


ID
1268008
Banca
IESES
Órgão
GasBrasiliano
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                       EVITE O ABUSO DO VERBO "FAZER"
Por: Chico Viana. Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-ponta/evite-o-abuso-do-verbo-fazer-301353-1.asp Acesso em 19 de dezembro de 2013

       - O que o músico faz em comum com o sapateiro?
       - Sola.
       No diálogo acima, há um jogo de palavras que se apoia na homonímia da palavra "sola". Ela é verbo e substantivo. Significa, no primeiro caso, o ato de "executar um canto ou solo". E no segundo, a "sola do sapato".
       O jogo de palavras só foi possível graças ao emprego do verbo "fazer". Ele significa "produzir, confeccionar" no que diz respeito ao ofício do sapateiro ("sola", ou "solado", é mesmo o que o sapateiro faz). No que tange à atividade do músico, "fazer" não tem sentido próprio; substitui o verbo "solar". Ou seja: é um verbo vicário.
      Vicários são os termos que aparecem no lugar de outros. Pronomes, numerais, advérbios (sim e não) e o verbo "ser" também desempenham esse papel. Veja alguns exemplos: "Pedro desistiu de concorrer a uma vaga para medicina. Ele não tinha esperança de passar", "Veio acompanhado de um irmão e um primo; o primeiro era mais educado do que o segundo", "Você gosta de cinema? Sim (ou seja: gosto)", "Se desistiu, foi porque não teve o estímulo da família (quer dizer: "desistiu porque não teve o estímulo da família)".
       O verbo "fazer", seguido ou não de pronome, pode substituir qualquer verbo de ação da língua portuguesa. Uma pergunta como "O que você faz?" admite como respostas frases do tipo: "Estudo", "Construo prédios", "Organizo eventos" etc. "Fazer" toma o lugar de todas essas ações.
      A amplitude semântica desse verbo pode levar a abusos no seu emprego. É quando, em vez de empregar uma forma verbal específica, usa-se "fazer" seguido de substantivo. Eis alguns exemplos retirados de redações: "Decidiu-se fazer a votação de duas propostas bem especiais", "É preciso fazer uma avaliação honesta do que está ocorrendo no País", "O governo precisa fazer uma sondagem na opinião pública".
      Devem-se evitar essas construções perifrásticas. O texto ganha em economia e expressividade quando elas são substituídas pelos verbos correspondentes. Por que não dizer "votar duas propostas" "avaliar honestamente" ou "sondar a opinião pública"? Além de ter mais energia do que o nome, o verbo designa diretamente a ação.
       Há casos em que o conjunto "verbo mais substantivo" é pertinente (como em "fazer um levantamento"), mas na maioria das vezes ele afrouxa a expressão.
              Chico Viana é professor de português e redação. www.chicoviana.com

Releia o trecho a seguir e responda a questão.

“Devem-se evitar essas construções perifrásticas. O texto ganha em economia e expressividade quando elas são substituídas pelos verbos correspondentes.”

Nas palavras “correspondentes”, “expressividade” e “economia”, quanto ao processo de formação, há, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Fiquei na dúvida porque "correspondentes" pode se tornar "corresponde", então seria uma derivação sufixal. Ou estou errado? Se estiver, por favor, explique-me o motivo. =)

  • Italo Lacerda, na parassintética temos prefixo e sufixo adicionados a palavra simultaneamente. Correspondentes =  COR (prefixo) responde NTES (sufixo)
  • Ayrton Albuquerque
    Entendi agora! Obrigado! :) 


  • A palavra “ECONOMIA” deriva da junção dos termos gregos “oikos” (casa) e “nomos” (costume, lei) resultando em “regras ou administração da casa, do lar”, peguei essa informação em um artigo de economia(Não seria esse o caso de derivação híbrida?), fiquei na dúvida qto à analise da banca, pois CORRESPONDENTE pode ficar sem o sufixo e fazer sentido, então não seria derivação prefixal e sufixal, já que na parassintética não há possibilidade de retirar qualquer dos afixos?

    Vamos debater galera, nós só temos a ganhar!!!

    FORÇA GUERREIROS!!!!!

  • Certo que na parassintética temos o prefixo e sufixo silmultaneamente, mas seria necessário também que não houvesse a possibilidade de retirada de nenhuma das partes, correto? Porque retirando o sufixo ainda ficaria a palavra "CORRESPONDE".

     

  • Eu acho que ''correspondente'' é derivação prefixal e sufixal pq  cor - responde- nte

     

    responde é uma palavra ''entendível'' 

  • A derivação parassintética ocorre quando o prefixo e o sufixo são adicionados simultaneamente à palavra. Para perceber se uma palavra é parassintética é preciso tentar retirar o prefixo ou o sufixo e verificar se a palavra que sobra existe na língua portuguesa/faz sentido. Por exemplo: Emagrecer - Não existe a palavra "emagro" e nem a palavra "magrecer", por isso pode se dizer que não é o caso da palavra "correspondente", a qual tanto "corresponde" quanto "respondente" existem na língua portuguesa.

    OBS: Se pelo menos uma das palavras restantes existirem não será processo de formação parassintética.

    No caso da banca o certo é marcar sempre a "melhor" resposta.

  • Gab: Letra B