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Daniel Stern (1997), fala de uma “constelação materna” e mostra, que
progressivamente durante a gravidez, a mãe elabora uma representação do bebé que
promove o envolvimento afetivo e a interação apropriada com a criança a seguir ao
parto. Segundo Stern (1997) o nascimento do primeiro filho faz com que a mãe
vivencie uma organização psíquica nova e única e que designa de Constelação da
Maternidade. O autor explica que esta constelação vai determinar um novo conjunto de
tendências, sensibilidades, fantasias, medos e desejos. Contudo, esta nova organização é
temporária e de duração variável, podendo prolongar-se por meses ou anos. Ainda que,
durante esse tempo, constitui o organizador dominante para a vida psíquica da mãe.
Esta Constelação da Maternidade é constituída pelas representações que a mãe
tem sobre o bebé, sobre si própria enquanto pessoa e enquanto mãe, sobre o pai e sobre
a sua própria mãe
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/9846/1/ulfpie044762_tm.pdf
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RESPOSTA "B"
Vejamos,
Daniel Stern (1997), fala de uma “constelação materna” e mostra, que progressivamente durante a gravidez, a mãe elabora uma representação do bebé que promove o envolvimento afetivo e a interação apropriada com a criança a seguir ao parto.
Segundo Stern (1997) o nascimento do primeiro filho faz com que a mãe vivencie uma organização psíquica nova e única e que designa de Constelação da Maternidade. O autor explica que esta constelação vai determinar um novo conjunto de tendências, sensibilidades, fantasias, medos e desejos. Contudo, esta nova organização é temporária e de duração variável, podendo prolongar-se por meses ou anos. Ainda que, durante esse tempo, constitui o organizador dominante para a vida psíquica da mãe. Esta Constelação da Maternidade é constituída pelas representações que a mãe tem sobre o bebé, sobre si própria enquanto pessoa e enquanto mãe, sobre o pai e sobre a sua própria mãe (Stern, 1997). Stern (1991, 1997) no seu trabalho tentou elaborar a forma como as representações mentais são estabelecidas e sobre o que são constituídas. Criando assim uma lista de aspetos relacionais que estão presentes na mente da mãe e que constituem as representações mentais maternas
Ainda o mesmo autor menciona que as representações existem em dois níveis: o real, que se refere ao mundo externo objetivo e o imaginário, subjetivo e mental. Dessa forma existe o bebé real nos braços da mãe e o bebé imaginário na sua mente. Existindo, igualmente, a mãe real que segura o bebé e, ao mesmo tempo, o self imaginado como mãe (Stern, 1997)
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/9846/1/ulfpie044762_tm.pdf
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A
constelação da maternidade seria uma organização psíquica singular, que inauguraria
uma série de tendências de ação, sensibilidades, fantasias, medos e desejos na
mulher. Tal conceito foi desenvolvido por Daniel Stern que acreditava ser um
fenômeno extremamente intenso, de forma que, enquanto estiver atuante, se
tornaria o eixo organizador dominante na vida psíquica da mulher, fazendo com
que os demais organizadores e complexos, tais como o edípico, ficassem de lado.
Stern acreditava que a constelação da maternidade não era uma variante ou
derivado de outros aspectos psíquicos, mas sim um construto único e
independente, de grande magnitude e esperado na vida das mães.
Tal
fenômeno se daria de forma que, após o nascimento do bebê, os interesses
maternos seriam realinhados, de modo que a mãe passaria a se relacionar mais
com a sua mãe do que com seu pai, e nesse sentido mais com a sua mãe-como-mãe e
menos com a sua mãe-como-mulher; mais com o
seu-marido-como-pai-e-contexto-para-ela-e-bebê e menos com o seu
marido-como-homem-e-parceiro-sexual; e, principalmente, mais com o bebê e menos
com quase tudo. Assim, inaugurar-se-ia como eixo organizativo uma nova tríade
mãe da mãe-mãe/bebê.
Segundo
Stern os quatro temas que compõem a constelação da maternidade dizem respeito a
diferentes tarefas relacionadas entre si. São eles: vida-crescimento, em que a questão central é se a mãe será capaz
de manter o bebê vivo, fazer com que ele cresça e se desenvolva fisicamente. O
segundo tema é denominado de relacionar-se
primário e refere-se ao envolvimento social-emocional da mãe com o bebê,
em que os questionamentos básicos se referem à possibilidade de a mãe ser capaz
de amar o bebê e de sentir que o bebê a ama, acreditando que ele realmente é
seu filho. Já a matriz de apoio
diz respeito à necessidade da mãe de criar, permitir, aceitar e regular uma
rede de apoio protetora, para que possa realizar as duas primeiras tarefas
anteriores. Essa "rede" tem a função tanto de proteger fisicamente a
mãe e prover suas necessidades vitais, quanto de apoiar, acompanhar, valorizar
e ajudar de forma mais psicológica e até educativa. Por fim, o tema da reorganização da identidade
relaciona-se à necessidade da mãe de transformar e reorganizar sua
autoidentidade, mudando seu centro de filha para mãe, de esposa para
progenitora, de profissional para mãe de família, de uma geração para outra.
GABARITO: B