Segundo ROBBA e MACEDO (2002:279), duas tendências direcionam a concepção morfológica da praça modernista: a primeira aparece, sobretudo, em espaços urbanos tradicionais e configura-se na proposta de reformulação da escala do espaço livre. São intervenções em praças ou lugares históricos com o intuito de se adequar o espaço ao livre deslocamento. Como exemplo, pode-se observar a Praça Mauá, no Rio de Janeiro ou a Praça da Sé, em São Paulo, cuja principal atividade está relacionada à circulação de pedestres.
A segunda tendência fundamenta-se na elaboração de novos espaços ajardinados, caracterizando-se pela ruptura com a rigidez paisagística da escola francesa e uma maior espontaneidade no desenho da praça. Destaca-se nesse período a figura de Burle Marx, grande responsável pela criação de uma linguagem estética paisagística aplicada aos espaços de praças, bem como à decoração de espaços urbanos em geral. Com sua formação de artista plástico, Burle Marx introduziu uma vertente paisagística baseada na composição orgânica do desenho espacial, na valorização do verde e da flora brasileira. Burle Marx adotou um desenho modernista, elaborando os espaços exteriores como verdadeiras obras de arte: era um paisagista que trabalhava o espaço como uma tela, sendo as plantas suas tintas.
(Texto extraído do Arquitetura para Concursos - Curso Regular 2020, do Estratégia Concursos - Professora Moema Machado)
GABARITO:
ALTERNATIVA D: estruturadas por vegetação com forte geometrização dos canteiros e, por vezes, com uma sofisticada paginação de pisos.