SóProvas


ID
1368775
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I
                                             A maçã não tem culpa

    Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis conhecer o bem e o mal. Há uma distorção generalizada considerando que o pecado original foi um ato sexual, e a maçã ficou sendo um símbolo de sexo.
    Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos métodos que adotamos até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica do ex-doutor Abdelmassih. Numa palavra, procederam dentro do princípio estabelecido pelo próprio Senhor: “Crescei e multiplicaivos". O pecado foi cometido quando não se submeteram à condição humana e tentaram ser iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. A folha de parreira foi a primeira escamoteação da raça humana.
    Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o homem teria sido feito para viver num paraíso, em permanente estado de graça. Nas religiões orientais, creio eu, mesmo sem ser entendido no assunto (confesso que não sou entendido em nenhum assunto), o homem, criado ou evoluído, ainda vive numa fase anterior ao pecado dito original.
    Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou tomando banho no Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico e espiritual. Quando atinge o nirvana, lendo a obra completa do meu amigo Paulo Coelho, ele vive uma situação de felicidade, num paraíso possível. Adão e Eva, com sua imensa prole, poderiam ter continuado no Éden se não tivessem cometido o pecado. A maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso.
    Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário, dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador.

                                                                                           (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo)

A seguir, é apresentado o último parágrafo do texto I.

Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário, dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador”.

Sobre os componentes do último parágrafo do texto, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A - O termo “o ato do sexo” PARAFRASEIA o TERMO anterior; (Diz com outras palavras)

    B - CERTO; (Parônimos é a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita. EX.: Prescrição - ordem expressa; Proscrição - eliminação, expulsão.)

    C - O termo “latifundiário” se refere ao "SENHOR", dono de todas as terras e de todos os mares;

    D - Após o “a” craseado foi omitido o termo sabedoria do criador;

    E - A forma verbal “repito” se JUSTIFICA por partes do contexto anterior. 

  • A palavra "soberba" me enganou.

  • O ato do sexo especifica o termo anterior.

  • Parônimos  são palavras com escrita e pronúncia parecidas, mas com significado (sentido) diferente.

    - O homem fez uma bela descrição da mulher.
    - Use a sua discrição, Paulo.

    Amoral – nem contrário e nem conforme a moral
    Imoral - contrário à moral

    Homônimos são palavras com escrita ou pronúncia iguais, com significado (sentido) diferente.

    - A manga está uma delícia.
    - A manga da camisa ficou perfeita.

    - O político foi cassado por corrupção.
    - O lobo foi caçado por bandidos.



    Segue um macete para lembrar o significado de parônimo e homônimo:

    PARônimos = Palavras PARecidas

    HOMOnimos= Palalavras iguais, HOMO = IGUAL (Deixei homônimo sem acento para melhor entendimento).


    Fonte dos conceitos: http://www.infoescola.com/portugues/paronimos-e-homonimos/

  • LETRA B

    Parônimos

    São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns casos:

    Absolver (inocentar, perdoar)- Absorver (sorver)

    Área (medida de superfície) - Ária (peça musical)

    Emergir (vir a tona) - Imergir (mergulhar) 


    As demais alternativas são analisadas por interpretação, com exceção da alternativa D, que não há qualquer indício de crase já que o verbo SER é V.T.D.


    Foco e Fé!

  • Millor Fernandes não entendi o final do seu comentário: o que o verbo ser tem a ver com a alternativa "d". Erro consiste em que o "à" ao é devido à supressão da palavra soberba mas da palavra sabedoria.

  • Acho que o Millor se enganou ali. Mas o termo omitido é 'sabedoria', não 'soberba', por isso a opção D está incorreta. "ter uma sabedoria igual à sabedoria do seu criador"

  • A - O termo “o ato do sexo”, explica que o termo usado com "sexo" refere-se ao ato, e não ao gênero, masculino/feminino.

    B - CERTO; (Parônimos é a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita. EX.: Prescrição - ordem expressa; Proscrição - eliminação, expulsão.)

    C - O termo “latifundiário” se refere ao "SENHOR", dono de todas as terras e de todos os mares;

    D - Após o “a” craseado foi omitido o pronome aquela (referindo-se a sabedoria de seu Criador), sendo o "a" sua forma reduzida.

    E - A forma verbal “repito” se JUSTIFICA por partes do contexto anterior.

  • "Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica do ex-doutor Abdelmassih."
    Que nojo ler o nome desse homem. 

  • Gabarito é B e não C como o colega Gilmar Santos comentou.

  • Prescrito :que se prescreveu.

                   ordenado explicitamente.

                                           

                                                         Ou seja, possuem significados diferentes, mas são parecidas na pronúncia e na escrita, parônimas.

    Proscrito: que se proscreveu.

                   exilado, banido, degredado.

                   proibido, censurado, interdito.

  • a) aposto

    b) correto

    c) se refere a Deus

    d) foi omitido foi o termo ''sabedoria''

    e) se repete se justifica, confirma o que está sendo usado

     

  • b-

    Paronímos sao palavras de grafia e pronúncia parecida, mas significados diferentes.

    paronimo -> parecido

  • A letra E deveria ser correta também, pelo seguinte raciocínio:

    A frase está assim: A forma verbal “repito” não se justifica por nada ter sido dito antes.

    Se retirasse o 'não', certamente estaria errada, pois estaria em contradição a frase.

    Entretanto, ao utilizar o 'não', ele afasta essa contradição, ou seja, implicitamente a afirmação supradita assevera que a justificativa para o uso do 'repito' é realmente outra. Para estar errada, deveria ter sido escrita sem o 'não'.

  • Fiquei na duvida.

    No fina tudo deu certo .

    LETRA B ( Parônimos: vocábulos semelhantes na pronúncia e na grafia, mas de sentidos diferentes. )

    Explicação dessa matéria:

    Nesse tipo de matéria é muito importante conhece os tipos de palavras do nosso dicionário e seu significado, visto que as bancas adoram repetir algumas palavras confusas.

    Explicação da matéria:

    Explicação:

    Homônimos Homônimos: vocábulos iguais (na pronúncia, na grafia ou em ambos), mas de sentido diferente. 

    Tipos: Homônimos homógrafos a grafia é igual, mas a pronúncia é diferente:

    EX:conserto (verbo) / conserto (substantivo)

    Homônimos homófonos a pronúncia é igual, mas a grafia é diferente:

    EX: chá (bebida) / xá (título de soberano no Oriente)

    Homônimos perfeitos: a pronúncia e a grafia são iguais: 

    EX: lima (fruta) / lima (ferramenta) 

    Parônimos: vocábulos semelhantes na pronúncia e na grafia, mas de sentidos diferentes. absolver (inocentar, perdoar) / absorver (aspirar, consumir, sorver)

    INCIDENTE = vocábulos semelhantes na pronúncia e na grafia, mas de sentidos diferentes = ACIDENTE

    Ex: Ocorreu um Acidente entre carros na rodovia KM 40 .

    Tenta coloca incidente no lugar de incidente. Ficaria com sentido? NÃO

    Sandro P. Souza