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ID
1370743
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de João Pessoa - PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Remédios e Venenos

No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína, puros e em vários remédios, para diversas finalidades, que eram consumidos livremente pela população, de crianças a idosos. Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de "dependente de drogas" não existia.

Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido legalmente no Brasil até 1937.

(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados americanos. Como no início do século XX.

No Uruguai, ela será comercializada pelo Estado, a preços populares (um terço da cotação atual na rua), mas sujeita a inúmeras, e inúteis, restrições. Estrangeiros não podem comprar, só fumar, e os usuários locais têm cota mensal de 40 gramas, mas podem vender a um amigo. Só 30% da população apoiam, mas o tabu foi quebrado e a experiência deles será uma pesquisa valiosa para nós.

(MOTTA, Nelson. O GLOBO, 13/12/2013)

O título dado ao texto mostra duas palavras que, em função do que foi lido, mostram uma relação de

Alternativas
Comentários
  • a partícula E remete a adição

  • As drogas podem ser, sob certo ponto de vista, remédio E veneno ao mesmo tempo.

  • Essa foi aquela questão que a FGV põe para ficar como a coringa e ninguém acertar. 

  • A noção de oposição é bem clara, o que é droga hoje era usado como remédio no passado. Infelizmente essa é mais uma questão abusiva da FGV.

  • A pergunta é bem clara: O Título do texto, não cabe interpretação. Conjunção E, é aditiva.

  • (carol Oliveira ), se você interpretar direito vai observar que é para tirar conclusões do que foi lido no texto. E não só no título.

  • O texto NÃO coloca que o remédio pode ser remédio e veneno, em momento algum. Ao contrário. O texto explora o tempo inteiro a ideia de que antes era um remédio e agora é visto como um veneno. Agora, a FGV, kkkkkkk, vai lá e brilhantemente (para não dizer outra coisa) coloca duas opções. Uma mais direta (aditiva) e a outra que bate com a questão elaborada no decorrer do texto (oposição). A FGV pensa: nãooooo, vou forçar a pessoa a ler esse texto, pensar que vai acertar e escolher a outra opção. Porque sou assim. Tenho que manter a minha fama de má.!!!!!!!!