SóProvas


ID
1403698
Banca
FCC
Órgão
TCM-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto seguinte.

Pátrio poder

Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo
chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus
filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido? A
questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, mas, se
fizermos questão de extrair uma resposta simples, ela é
"provavelmente sim". Uma série de estudos sugere que a
influência de pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que
não chegue a ser nula, é menor do que a imaginada e se dá por
vias diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa
hipótese foi a psicóloga Judith Harris no final dos anos 90.
Para Harris, os jovens vêm programados para ser
socializados não pelos pais, como pregam nossas instituições e
nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas outras crianças
com as quais convivem. Um dos muitos argumentos que ela usa
para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com
a dos jovens que os cercam.
As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram
um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado por
bandos de no máximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianças
era heterogêneo, reunindo meninos e meninas de várias idades.
Hoje, com escolas que reúnem centenas de alunos, o(a)
garoto(a) tende a socializar-se mais com coleguinhas do mesmo
sexo, idade e interesses. O resultado é formação de nichos com
a exacerbação de características mais marcantes. Meninas se
tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno
encontra outros maus alunos, que constituirão uma subcultura
onde rejeitar a escola é percebido como algo positivo. O mesmo
vale para a violência e drogas. Na outra ponta, podem surgir
meios que valorizem a leitura e a aplicação nos estudos.
Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de
influir é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e
a escola que frequentará.
(Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de São Paulo,
7/12/2014)

Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    Uso das vírgulas
    1- Não se coloca vírgula entre sujeito e verbo
    2 - Não se coloca vírgula entre verbo e objeto.

  • Resposta certa:

    b) Muita gente imagina, ainda hoje, que o convívio familiar, dado sempre como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel decisivo, quando, na verdade, essa função, para o bem ou para o mal, é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos.



  • Alguém consegue comentar o erro de cada uma? Por favor..

  • É muito difícil explicar, mas os erros das alternativas erradas eram absurdos ,então isso ajudou bastante.

  • Quando o tema é pontuação, o uso da vírgula costuma ser o carro-chefe das questões. Como há vários casos onde se deve usá-la, vamos aos casos onde NÃO SE USA A VÍRGULA:


    A) entre sujeito e predicado, mesmo que o sujeito seja extenso:

    "A sua compleição robusta / ostenta-se nesta ocasião em toda a plenitude."

                  sujeito                                             predicado


    B) entre o verbo e o complemento, mesmo que o objeto indireto se anteponha ao objeto direito:

    "Pagarei ao farmacêutico a conta."

                          OI                    OD 


    C) entre nome e o adjunto adnominal ou complemento nominal: 

    "As   ruas         da cidade          amanheceram alagadas."            

            nome         adj. adn.


    D) entre oração principal e oração subordinada substantiva.

    "E todos asseguramos / que aquilo efetivamente era atroz."

           or. principal                            or. subord. subst.


    fonte: Gramática do Nílson T. de Almeida.

  • "ainda hoje" - adjunto averbial deslocado -  deve ser isolao por virgulas

  • A respeito do adjunto adverbial deslocado, de acordo com a professora Flávia Rita, a vírgula só deve ser obrigatória nos casos em que o adjunto é longo (ela diz mais de 3 sílabas, enquanto tem site que diz mais de 3 palavras: http://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/redacao-e-estilo/estilo/adverbio-deslocado).
    Veja o exemplo:

    - Ex: "O governo, na maioria das vezes, desconhece a realidade social."
      Deve vir entre vírgulas, por apresentar grande extensão.

    - Ex: "O Brasil é hoje uma potência econômica."
     O “hoje” pode vir entre vírgulas (facultativo). 


  • GAB [B] AOS NÃO ASSINANTES.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    ''NO FUTURO ,VOCÊ VAI SENTIR VERGONHA SE PODENDO TER FEITO ALGO ,CALOU-SE.''