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ID
1425535
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPU
Ano
2013
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Um funcionário público, de cinquenta e quatro anos de idade, procurou o serviço de saúde do órgão em que trabalhava por apresentar um quadro álgico importante, que o incomodava havia aproximadamente um ano. Realizados os exames, foi diagnosticada uma condição crônica que explicava os sintomas álgicos e indicada cirurgia que poderia minorar, mas não curar a dor, e atrasar a evolução da doença. O paciente entrou em processo de ansiedade, e a intensidade da dor aumentou. O médico responsável decidiu afastar o servidor do trabalho por trinta dias, em licença médica, e o encaminhou para o serviço de psicologia, solicitando intervenção complementar no tratamento da dor e auxílio psicológico para favorecer a decisão do paciente de se submeter ou não ao ato cirúrgico.

Considerando a situação hipotética acima apresentada, julgue o  item  subsequente com relação aos aspectos éticos e técnicos para assistência cognitivo-comportamental ao paciente em questão.

De acordo com a teoria do gate control, ou teoria do portão, técnicas de meditação, como atenção plena, e técnicas de distração podem minorar a percepção de dor do paciente porque estímulos cerebrais descendentes estimulam o fechamento do chamado portão, pelo qual passa, ascendendo pela espinha dorsal, o estímulo álgico, que se encaminha até o hipotálamo.

Alternativas
Comentários
  • Teoria do “Gate Control”: A Teoria do “Gate Control”, também chamada Teoria do Portão foi elaborada por Melzack & Wall em 1965. Existe nos cornos posteriores medulares um mecanismo neural que funciona como um portão, controlando o fluxo dos impulsos transmitidos desde as fibras periféricas até o sistema nervoso central. De forma mais detalhada esse mecanismo funcionaria da seguinte maneira: Um mecanismo de controle na espinha dorsal modula a transmissão dos impulsos nervosos dos terminais aferentes até as “células T” (células transmissoras na espinha). Nesse momento é a substância gelatinosa existente na espinha que faz o controle dos padrões aferentes antes que eles estimulem as células T. Fibras nervosas de pequeno diâmetro são responsáveis pela transmissão lenta de estímulos, ao passo que as fibras de grande diâmetro respondem pela condução rápida. A atividade nas fibras de condução lenta facilita a transmissão, na medida em que “abre o portão” para a passagem dos estímulos, enquanto a atividade nas fibras de condução rápida tende a inibir a transmissão dos mesmos, “fechando o portão”. Esse mecanismo é influenciado também pelos impulsos nervosos centrais, ou descendentes do cérebro. Um sistema especializado de condutores nervosos ativa os processos cognitivos (emoções, memória, experiências), que, por meio dessas fibras descendentes, influenciam as propriedades moduladoras do mecanismo do portão. Quando a descarga de impulsos transmitidos pelas células T ultrapassa um certo nível crítico, é ativado um sistema de ação representado pelas áreas neurais que formam a base para a seqüência de comportamentos e experiências característicos da dor. 
    A Teoria Cognitivo-Comportamental busca a compreensão do processo doloroso considerando o envolvimento de variáveis afetivas, cognitivas, físico-sensoriais e comportamentais. “Nela a pessoa é vista como processadora ativa das informações, e o comportamento, como determinado pela interação das crenças, regras e emoções do indivíduo com o ambiente” (Pimenta, 2002). Essa teoria tem como foco o estresse e a disfunção apresentada pelo paciente com dor, o que demonstra os aspectos psicológicos e fisiológicos envolvidos, além de focalizar os impactos das variáveis cognitivas, o processo de modelagem e modificação do comportamento, as terapias cognitivas específicas e os princípios da aprendizagem social. Essa abordagem tem grande aceitação nos dias atuais, embora ainda sem estudos consistentes que demonstrem o mecanismo de percepção da dor sob esse enfoque. Essa aceitação deve-se ao fato dos bons resultados obtidos com aplicação de técnicas para controle psicológico da dor, surgidas a partir dessa teoria. in http://www.acervosaber.com.br/trabalhos/medicina1/dor_2.php

  • O correto é "apesar de o" mesmo, pois o artigo o faz parte do sujeito e não pode haver a contração com a preposição de.

  • O correto é "apesar de o" mesmo, pois o artigo o faz parte do sujeito e não pode haver a contração com a preposição de.