SóProvas


ID
1427935
Banca
VUNESP
Órgão
PC-CE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficção universitária

Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e ensino são indissociáveis.

É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino. O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa.

Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja capaz de ensinar. O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em renúncias fiscais.

Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas.

E o Brasil precisa aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai. Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia (92%).

Em vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do país precisam dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo. O Brasil tem necessidade de ambas.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013. Adaptado)


Considere o seguinte trecho do texto.

Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito...

Assinale a alternativa em que os pronomes que substituem as expressões em destaque estão corretamente empregados, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • TRAZEM ELEMENTOS A NÓS, PORTANTO TRAZEM - NOS

    elimino as alternativas A, C, E 
    fico entre B e D 
    B - quem desfaz, desfaz algo VTD - complemento lo, la 
    D - correta

  • Trazem elementos = trazem-nos

    Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.
    Exemplos:

    Chamem-no agora.
    Põe-na sobre a mesa.

  • Quando a forma verbal termina em -r-s ou -z, os pronomes pessoais oaosas ligados ao verbo por hífen tomam a forma -lo-la-los-las, fazendo com que aquelas consoantes desapareçam: «quero fazer o bolo» → «quero fazê-lo; «fazias a sopa» → «fazia-la»; «faz o pão» → «fá-lo». Se tais formas verbais forem agudas, ou seja, se se tratar de infinitivos (geralmente só os da 1.ª e 2.ª conjugações, como provar fazer, respetivamente) ou formas monossilábicas (faztrazfez), a ortografia determina que a vogal da sílaba tónica (a sílaba final) tenha acento gráfico, se for a ou eprová-lofá-lotrá-lofazê-lofê-lo.

    Deste modo, os infinitivos da 1.ª conjugação (p. ex.: lavar), quando seguidos das formas pronominais já indicadas, têm sempre acento agudo no a da sílaba final (como acontece coma as formas monissilábicas: fá-lo).

    (1) «Vou provar o bolo.» → «Vou prová-lo.»

    Os infinitivos a 2.ª conjugação (p. ex.: fazer) apresentam acento circunflexo no e final (como acontece com as formas monossilábicas: fê-lo):

    (2) «Vou fazer o exercício.» → «Vou fazê-lo

    A respeito dos infinitivos da 3.ª conjugação (p. ex.: partirfugirdestruir), observe-se que, geralmente, o i final não apresenta acento antes das formas pronominais em referência (exemplo 3); só terá acento gráfico se for precedido de vogal, de forma a evitar a formação de ditongo (exemplo 4):

    (3) «Vou dividir o bolo.» → «Vou dividi-lo

    (4) «Vou destruir a casa.» → «Vou destruí-la

  • Resolvi da seguinte forma:

    Quem é que trazem: NÓS

    desfazer o quê? VTD


    GAB: D

  • Só por curiosidade:

    verbo terminou com "R,S,Z" = escreve-se "-lo, -la, -los, -las"

    Ex.:

    Eu vou destacar a matéria.

    Eu vou destacá-la.

    Eu quis a revista.

    Eu quí-la.

    Eu fiz o trabalho.

    Eu fí-lo.

    Verbo terminou com som nasal = escreve-se "-no, -na, -nos, -nas"

    Ex.:

    Eles compraram a moto.

    Eles compraram-na.

  • Pronome pessoal oblíquo átono. (POA), SUBSTITUI O COMPLEMENTO DO VERBO, ou seja, O OBJETO.

    "O" substitui OBJETO DIRETO do verbo transitivo direto VTD, que são verbos que NÃO pedem preposição.

    "LHE" substitui OBJETO INDIRETO do verbo transitivo indireto VTI, que são verbos que exigem preposições.

    O (POA) "O" é um pouco mais trabalhoso, pois ele se transforma em ( LO, LA, LOS,LAS, NO, NA, NOS, NAS),

    E o que indica essa " transformação" é como o verbo termina, ou seja vou saber quando usar LO ou NO, observando como termina o verbo, se termina o verbo em:

    EX: VTD terminados em R,Z,S uso o LO, LA,....

    VTD terminados em M ou ~ til, uso NO, NA,...

  • Terminação - R, S, Z --> -lo, -la

    Terminação DITONGO NASAL --> no, na