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ID
1440772
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                                               Ortotanásia e eutanásia

    O que é a vida, afinal? É simplesmente um conjunto de reações bioquímicas? Ou algo maior, sagrado e eterno? A nossa perplexidade diante desse tema tão polêmico, que é a eutanásia, advém das incertezas que cercam o sentido da existência humana.
    Sou oncologista e imunologista. Faz 28 anos que busco mais vida com qualidade para os pacientes com câncer e portadores de Aids com câncer. Os pacientes que já na primeira consulta me dizem que querem morrer antes de tentar os tratamentos são exceções. Mas existem. Todos os pacientes, tanto os que querem enfrentar tratamentos antes de morrer como os que não querem, têm um elemento comum, que é a falta de esperança, a depressão e o medo do sofrimento. Independentemente das novas e eficientes técnicas de tratamento, há instantes em que se perde a batalha contra as doenças. É então que uma pergunta se faz necessária: até quando é lícito prolongar com medidas artificiais a manutenção da vida vegetativa? Existe grande confusão entre os diversos tipos de eutanásia – ou boa morte. Uma é a eutanásia ativa, na qual o médico ou alguém causa ativamente a morte do indivíduo. Ela é proibida por lei no Brasil, mas é prática regulamentada, em alguns outros países, como Holanda e Dinamarca.
    Em um outro extremo, há a distanásia que, segundo o especialista em bioética padre Leo Pessini, “é um procedimento médico que prolonga inútil e sofridamente o processo de morrer procurando distanciar a morte”. Sou contra a distanásia. E como seria a verdadeira boa morte? Creio que é aquela denominada morte assistida que prefiro denominar de ortotanásia. É cuidar dos sintomas sem recorrer a medidas intervencionistas de suporte em quadros irreversíveis. É respeitar o descanso merecido do corpo, o momento da limpeza da caixa preta de mágoas e rancores; é a hora de dizer coisas boas, os agradecimentos que não fizemos antes. É a hora da despedida e da partida. Então, talvez possamos acreditar no escritor Jorge Luis Borges: “Morrer é como uma curva na estrada, é não ser visto”.

(Nise Hitomi Yamaguchi, doutora pela Faculdade de Medicina da USP. Folha de S.Paulo, Tendências/Debates, 26 de março de 2005. Adaptado)

Considerando a regência verbal, assinale a alternativa que completa, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a lacuna do texto.

Os pacientes me dizem que preferem morrer_________ tentar os tratamentos.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E

    preferimos sempre uma coisa A outra

    Bom estudo a todos

  • Não ocorre crase antes de verbo.

  • Quem prefere.. prefere A alguma coisa

  • a banca poderia induzir ao erro,se colocasse DO QUE.

    quem preferi,preferi a algo ou alguma coisa ,portanto gabarito letra e

     

  • Quem prefere, prefere alguma coisa A outra

     

    Como a questão tem duas alternativas com a Letra A já eliminariamos as demais, porém o outro A está com o sinal indicativo da crase, e não há o uso da crase, antes de VERBO, que no caso da frase seria o verbo TENTAR.

  • Quem prefere , prefere A algo ou A alguma... "A" sem crase!

    E OUTRA ...

    TENTAR É VERBO... E DIANTE DE VERBO... CRASE VAI PRO INFERNO !!

     

  • antes de verbo crase sai vazado

  • Caso de crase proibida .....

  • prefere " a "

  • NÃO TEM CRASE => ANTES DE VERBO

    GABARITO= E

    AVANTE GUERREIROS.

  • galera que marcou a alternativa "B", isto foi um pecado rsrsr, é proibido crase antes de verbo no infinitivo

  • "prefiro isso do que aquilo" não existe, "prefiro isso do que aquilo" não existe...