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ID
1440793
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                                               Ortotanásia e eutanásia

    O que é a vida, afinal? É simplesmente um conjunto de reações bioquímicas? Ou algo maior, sagrado e eterno? A nossa perplexidade diante desse tema tão polêmico, que é a eutanásia, advém das incertezas que cercam o sentido da existência humana.
    Sou oncologista e imunologista. Faz 28 anos que busco mais vida com qualidade para os pacientes com câncer e portadores de Aids com câncer. Os pacientes que já na primeira consulta me dizem que querem morrer antes de tentar os tratamentos são exceções. Mas existem. Todos os pacientes, tanto os que querem enfrentar tratamentos antes de morrer como os que não querem, têm um elemento comum, que é a falta de esperança, a depressão e o medo do sofrimento. Independentemente das novas e eficientes técnicas de tratamento, há instantes em que se perde a batalha contra as doenças. É então que uma pergunta se faz necessária: até quando é lícito prolongar com medidas artificiais a manutenção da vida vegetativa? Existe grande confusão entre os diversos tipos de eutanásia – ou boa morte. Uma é a eutanásia ativa, na qual o médico ou alguém causa ativamente a morte do indivíduo. Ela é proibida por lei no Brasil, mas é prática regulamentada, em alguns outros países, como Holanda e Dinamarca.
    Em um outro extremo, há a distanásia que, segundo o especialista em bioética padre Leo Pessini, “é um procedimento médico que prolonga inútil e sofridamente o processo de morrer procurando distanciar a morte”. Sou contra a distanásia. E como seria a verdadeira boa morte? Creio que é aquela denominada morte assistida que prefiro denominar de ortotanásia. É cuidar dos sintomas sem recorrer a medidas intervencionistas de suporte em quadros irreversíveis. É respeitar o descanso merecido do corpo, o momento da limpeza da caixa preta de mágoas e rancores; é a hora de dizer coisas boas, os agradecimentos que não fizemos antes. É a hora da despedida e da partida. Então, talvez possamos acreditar no escritor Jorge Luis Borges: “Morrer é como uma curva na estrada, é não ser visto”.

(Nise Hitomi Yamaguchi, doutora pela Faculdade de Medicina da USP. Folha de S.Paulo, Tendências/Debates, 26 de março de 2005. Adaptado)

Assinale a alternativa cuja frase tem a pontuação correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • Já ressalto Letra C

    Recomendo o melhor vídeo sobre pontuação  da  Prof(A) Maria Augusta do site CERS no link abaixo, após assisti-lo meu numero de erros em pontuação reduziu muito!

    https://www.youtube.com/watch?v=hUFuLqi0Xh4


    A Dr.ª Nise, oncologista e imunologista, procura, há 28 anos, dar mais qualidade de vida aos seus pacientes. 

    Quem é que procura? A dra Nise Sujeito

    oncologista e imunologista - em aposto explicativo deve-se usar as vígulas

    Há 28 anos - Usam-se vírgulas em adjunto adverbial de tempo

    A frase acima está na forma indireta uma vez que " dar mais qualidade de vida aos seus pacientes" está isolado de seu verbo PROCURAR

  • Gab: C.


    Repare que “oncologista e imunologista” exercem a função de aposto, ou seja, esclarecem algo relacionado ao termo anterior e o adjunto adverbial temporal “há 28 anos” está deslocado, logo necessita estar isolado por vírgulas. A frase na ordem direta seria assim: A Dr.ª Nise, oncologista e imunologista, procura dar mais qualidade de vida aos seus pacientes há 28 anos.

    Corrijam-me se eu estiver errado, por favor.
  • GABARITO LETRA C


    A Dr.ª Nise, oncologista e imunologista, procura, há 28 anos, dar mais qualidade de vida aos seus pacientes.

    Se retirarmos a parte em negrito (que está entre vírgulas) a parte que sobra tem sentido completo. "A Dr.ª Nise procura dar mais qualidade de vida aos seus pacientes".


  • oncologista e imunologista ( possuem o mesmo sujeito)  e + mesmo sujeito = não recebem vírgula.

     

    Dar qualidade de vida aos seus pacientes. Não se usa virgula entre VERBO/ COMPLEMENTO VERBAL

     

    Somente com essas duas informações já eliminamos as alternativas  (A-B-D)

     

    Uso da vírgula par :  Separar apostos e vocativos em uma oração.  ( eliminamos a E)

     

    ALTERNATIVA (E)

     

     

     

  • A Dr.ª Nise, oncologista e imunologista, procura, há 28 anos, dar mais qualidade de vida aos seus pacientes.

       

    o que a Drª Nise procura? Dar mais qualidade de vida a quem? Aos seus pacientes     

     

    A Dr.ª Nise procura dar mais qualidade de vida aos seus pacientes.             

     

                               

  • 1. USE A VÍRGULA PARA SEPARAR ELEMENTOS QUE VOCÊ PODERIA LISTAR;

    Ex: João Maria Ricardo Pedro e Augusto foram almoçar.

    Foram almoçar:

    #João

    #Maria

    #Ricardo

    #Pedro

    #Augusto

     

    2. USE A VÍRGULA PARA SEPARAR EXPLICAÇÕES QUE ESTÃO NO MEIO DA FRASE

    Mário, o moço que traz o pão, não veio hoje.

     

    3. USE A VÍRGULA PARA SEPARAR O LUGAR, O TEMPO OU O MODO QUE VIER NO INÍCIO DA FRASE.

    Lá fora, o sol está de rachar!

    Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.

    De um modo geral, não gostamos de pessoas estranhas.