José Américo concede uma longa entrevista na qual responde perguntas sobre momentos históricos da política do país que testemunhou e protagonizou, iniciando com a crise na Paraíba que culminou com o assassinato de João Pessoa. Afirma que, como político, não era eficiente no dia-a-dia dos governos, mas era capaz de arregimentar e aglutinar as massas com seus discursos em praça pública. Cita a frase de sua autoria "Vamos fazer a política dos pobres, pois a dos ricos já está feita". José Américo também fala sobre Luis Carlos Prestes. Disse que a Coluna Prestes só fazia inimigos por onde passou no Nordeste, em função de constantemente praticarem roubos de bens da populações simples. Ele conta que dizia que se fossem fazer a revolução, "que não roubassem cavalos!".
Outra personalidade com quem o escritor conviveu foi Getúlio Vargas. Depois de chegar ao poder após a Revolução de 1930, José Américo sofreu um golpe de Getúlio ao ter a sua candidatura ao Governo em 1937 impedida pela instalação do Estado Novo. Em 1945, José Américo deu uma entrevista em favor da liberdade da imprensa e com a repercussão da mesma, conta que Getúlio achou que ele contasse com uma grande força por trás, o que teria favorecido a saída do governo do ditador pouco tempo depois. Em 1954, José Américo, que tinha reatado com Getúlio e assumira um ministério, era favorável à renúncia, quando recebeu a notícia do suicídio do Presidente. Já nos anos finais da vida, quando se falava em Abertura política, José Américo é indagado sobre a Reforma Agrária e a distribuição das terras banhadas pelos açudes. Construções, aliás, sobre os quais se dizia que só beneficiavam as terras dos grandes proprietários nordestinos.