No Brasil, entre 1994 e 2006, a qualidade do ajuste fiscal é ilustrada pelo fato de o aumento do resultado primário do setor público, em percentagem do PIB, resultar do corte substancial dos gastos públicos e da redução das despesas com juros.
Técnica do chute: geralmente quando uma questão te dá um resultado absoluto como na afirmativa acima, RESULTAR DO..., ela está ERRADA! dificilmente algo tão complexo como o resultado primário do setor público seria resultado de meros dois fatores, mesmo que eles estivessem corretos, a questão ainda estaria incompleta, o examinador não se arriscaria em fazer uma questão verdadeira como essa. Caso quisesse fazê-la verdadeira, ele teria redigido: resultar , dentre outras coisas, do corte..... ou resultar principalmente do .... - simples assim.
RESOLUÇÃO:
Errado!
O primeiro erro é que não houve um claro movimento de aumento do resultado primário no período
mencionado.
Isso porque em 1994 o superávit primário foi o maior do período (5,2% do PIB) e já nos quatro anos seguintes
os resultados foram bem ruins, inclusive com resultados primários próximos de zero e até déficit primário em 1996
e 1997.
Além disso, entre os anos de 2000 e 2006, o superávit primário sempre esteve entre 3% e 4% do PIB, não
apresentando uma tendência de alta.
Finalmente, a afirmativa “erra” ao propor que houve substancial redução dos gastos públicos.
Houve aumento destes.
No consumo da administração pública, houve uma manutenção da participação deste em cerca de 20% do
PIB. Ou seja, tal consumo cresceu proporcionalmente com o PIB. Os gastos com juros, sim, caíram.
Os investimentos públicos, no entanto, aumentaram ao longo do período.
Resposta: E