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Estou espantada com as questões dessa banca. Cobrar assuntos mirabolantes é de praxe para quase todos os concursos. Mas a forma de interpretação que a FGV impõe para as provas de arquitetura está realmente muito além de tudo que eu já tinha visto.
O conforto térmico, acústico e lumínico devem ser buscados prioritariamente por meio de equipamentos eficientes. Ainda não li em nenhuma das principais bibliografias que existe prioridade na busca por conforto. Evidentemente que o projeto com diretrizes voltadas para o bom desempenho é essencial, mas isso não exclui a importância da eficiência dos equipamentos. Devo entender que especificação de equipamentos não é prioridade então? Alguém teria uma melhor interpretação dessa questão?
Em áreas urbanas, quanto menor a taxa de ocupação bruta em relação à líquida, menor tende a ser o impacto ambiental. É a primeira vez que leio sobre taxa de ocupação bruta e líquida. Alguém poderia me indicar uma bibliografia onde apareçam esses conceitos? Densidade bruta e líquida eu sei o que é, mas taxa de ocupação eu só conhecia pela relação entre a área da projeção horizontal da
edificação e a área do lote. O que seria o bruto e o líquido?
A resposta da questão é a letra E.
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Concordo com você Bruna.
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Estou estudando para um concurso de prefeitura, com prova elaborada pela Universidade Federal do meu estado, esgotei todas as questões da banca local, e estava em busca de mais para aperfeiçoar, mas me deparo com questões mirabolantes, como disse a Bruna, além de mal elaboradas, cobram assuntos alheios à prática e à formação do profissional a quem está avaliando.
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Uma interpretação possível seria a preferencia prioritária por estratégias passivas, considerando que a questão trata de sustentabilidade em obras.
(no caso térmico, por exemplo, através do dimensionamento das aberturas, tipos de vedações externas, proteção das aberturas...)
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Questão esquisita mesmo, porque ele fala sobre obras, porém a única aplicável a OBRAS, vejo que é a II, acho que fez uma mistura de planejamento urbano com impacto ambiental que acho que não coube a correlação com obras.
A alternativa I eu já achei estranha por não ser relacionada a obra, mas aliviei esse ponto ao terminar de ler a questão e continuei julgando errada pelo mesmo motivo que o Thi ☕ expôs.
Sobre o item III, encontrei essa definição, porém, ainda não consegui entender o que ele quis dizer no item:
A taxa de ocupação líquida foi calculada a partir da soma de área de todos os lotes ocupados de cada loteamento dividida pela soma total da área de todos os seus lotes. Diz-se “líquida” pois desconsidera o sistema viário.
https://docplayer.com.br/38049630-Diagnostico-consolidado.html
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Respondendo à Bruna, ainda que um grande lapso temporal... Toda a minha formação acadêmica foi pautada na busca pela eficiência energética prioritariamente sem o uso de equipamentos. As literaturas de conforto térmico ensinam as relações entre as variáveis climáticas e as características de cada clima de forma que as construções arquitetônicas possam tirar o melhor proveito possível dos condicionantes ambientais.
A taxa de ocupação bruta se refere às ruas, lotes, vazios urbanos, calçadas, enquanto que a taxa líquida é referente ao privados, aos lotes apenas. Então, se temos um valor mais próximo entre essas duas taxas significa que menor é a área de impacto no ambiente...
Ademais, não considerei a questão "esdruxula" nem muito menos "alheia à prática e à formação profissional". Ao contrário. Ela está muito bem elaborada!
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Acredito que no processo de projeto inicialmente não se deva buscar com prioridade o uso de equipamentos, por exemplo, ar-condicionado. Dito isso, o primeiro tópico está obviamente incorreto.
GABARITO E
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I - Não deve focar APENAS nos equipamentos eficientes, ela envolve todas as etapas/diretrizes de projeto, como implantação do edifício, localização das aberturas, etc
II - Correta
III - a taxa de ocupação indica a percentagem de área horizontal de terrenos urbanos passível de ser ocupado, quanto menor for a taxa ocupação, menor o impacto ambiental