O Delirium é uma síndrome que tem como evento central o prejuízo da consciência, acompanhada a essas alterações decorrem prejuízo cognitivo e comportamental de forma flutuante. Para este diagnóstico deve-se ter em mente que essas alterações não podem decorrer de processo demencial instalado ou em evolução. Para a diferenciação entreDemência e Delirium vale lembrar que o último tem seu início abrupto e em conseqüência a situações clínicas diversas.
Trata-se, o Delirium, de uma emergência médica verdadeira, comumente interpretado erroneamente como Demência ou como psicose funcional, erro este capaz de obscurecer o diagnóstico de um sério distúrbio físico ou tóxico subjacente.
O Delirium, por se tratar de um sério problema de saúde de conseqüência significativa e freqüentemente experimentado por muitos pacientes idosos, principalmente quando hospitalizados, deve merecer sempre uma especial atenção dos médicos generalistas. Devido à sua habitual e potencial reversibilidade clínica, o tratamento do Delirium é uma atitude médica essencial.
Tendo em vista o fato do Delirium ser uma conseqüência fisiológica direta de uma condição clínica e orgânica geral, Intoxicação ou Abstinência de Substância, uso de medicamento ou exposição à toxinas, ou uma combinação desses fatores, sua abordagem não deve, absolutamente, ser monopólio da psiquiatria.
Segundo Inouye, o Delirium ocorre entre 10 e 60% dos idosos hospitalizados e não é diagnosticado corretamente 32 a 66% dos casos.