- ID
- 1556248
- Banca
- COSEAC
- Órgão
- UFF
- Ano
- 2015
- Provas
-
- COSEAC - 2015 - UFF - Assistente em Administração
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de Laboratório/Área: Alimentos
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de Laboratório/Área: Anatomia e Necropsia
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de Laboratório/Área: Histologia
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de Laboratório/Área: Mecânica
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de Laboratório/Área: Microscopia Eletrônica
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de Laboratório/Área: Nutrição Animal
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de Laboratório/Área: Química
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de Tecnologia da Informação
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico em Audiovisual
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico em Contabilidade
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico em Edificações
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico em Eletromecânica
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico em Enfermagem
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico em Equipamento Médico-Odontológico
- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico em Segurança do Trabalho
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Mundo Engraçado
1 O mundo está cheio de coisas engraçadas; quem quiser se distrair não precisa ir à Pasárgada do Bandeira, nem à minha Ilha do Nanja; não precisa sair de sua cidade, talvez nem da sua rua, nem da sua pessoa! (Somos engraçadíssimos, também, com tantas dúvidas, audácias, temores, ignorância, convicções...)
2 Abre-se um jornal – e tudo é engraçado, mesmo o que parece triste. Cada fato, cada raciocínio, cada opinião nos faria sorrir por muitas horas, se ainda tivéssemos horas disponíveis.
3 Há os mentirosos, por exemplo. E pode haver coisa mais engraçada que o mentiroso? Ele diz isto e aquilo, com a maior seriedade; fala-nos de seus planos; de seus amigos (poderosos, influentes, ricos); queixa-se de algumas perseguições (que, aliás, profundamente despreza); às vezes conta-nos que foi roubado em algum quadro célebre ou numa pedra preciosa, oferecida à sua bisavó pelo Primeiro Ministro da Cochinchina. O mentiroso conhece as maiores personalidades do Mundo – trata-as até por tu! Seus amores são a coisa mais poética do século. Suas futuras viagens prometem ser as mais sensacionais, depois dessas banalidades de Ulisses e Simbad... Certamente escreverá o seu diário, mas não o publicará jamais, porque é preciso um papel que não existe, um editor que ainda não nasceu e um leitor que terá de sofrer várias encarnações para ser digno de o entender.
4 Em geral os mentirosos são muito agradáveis, desde que não se tome como verdade nada do que dizem. E esse é o inconveniente: às vezes, leva-se algum tempo para se fazer a identificação. Uma vez feita, porém, que maravilha! – é só deixá-los falar. É como um sonho, uma história de aventuras, um filme colorido.
5 Há também os posudos. Os posudos ainda são mais engraçados que os mentirosos e geralmente acumulam as funções. O que os torna mais engraçados é serem tão solenes. Os posudos funcionários são deslumbrantes! Como se sentam à sua mesa! Como consertam os óculos! Que coisas dizem! As coisas que dizem são poemas épicos com a fita posta ao contrário. Não se entende nada – mas que diapasão! Que delicadas barafundas! Que sons! Que ritmos! Seus discursos e as palmas que os acompanham conseguem realizar o prodígio de serem a coisa mais cômica da terra pronunciada no tom mais sério, mais grave, mais trágico – de modo que o ouvinte, que rebenta de rir por dentro, sofre uma atrapalhação emocional e consegue manter-se estático, paralisado, equivocado.
6 Os posudos, porém, são menos agradáveis que os simples mentirosos. Os mentirosos têm um jeito frívolo, como se andassem acompanhados de um criado que anunciasse: “Não creiam em nada do que o meu amo diz!" Mas os posudos levam um séquito de criados, todos posudos também, que recolhem nas sacolas, grandes e pequenas gorjetas, porque uma das qualidades do posudo é andar sempre com muito dinheiro – que não é seu!
(MEIRELES, Cecília. In www.pensador.uol.com.br)
“Como CONSERTAM os óculos!” (5º §).
Pelo sentido da frase acima, tem de ser usado o verbo CONSERTAR, e não o seu homônimo CONCERTAR (harmonizar, participar de concerto).
Das frases abaixo, aquela em que a lacuna deve ser preenchida pelo segundo elemento do par de homônimos entre parênteses é: