Alternativas
O desempenho do TILS, especificamente o
educacional, não depende de ter o pleno
domínio da língua e da Cultura Surda. A sua
atuação em sala de aula é apenas uma
mediação que entre o aluno surdo e o professor.
O profissional tradutor-intérprete não precisa
estar entre a língua e a cultura, não precisa ter o
domínio das duas faces, apenas conhecer a
LIBRAS, conhecer os aspectos culturais que
permeiam esta língua, a Cultura Surda.
O papel do TILS que atua nos espaços
educacionais envolve uma relação mais
constante com os sujeitos surdos e um
compromisso com os processos de
aprendizagem, que são os objetivos das práticas
educacionais. Esta complexidade do papel do
TILS educacional também precisa ser
considerada nos espaços de formação para que
a constituição deste profissional seja a mais
qualificada possível.
O TILS, como um instrumento na sala de aula,
garante apenas o acesso à comunicação. O
conhecimento do aluno surdo à língua e à
cultura são responsabilidades da família. As
questões de relações pedagógicas entre
tradutor-intérprete e professor regente podem
não oferecer bons resultados em se tratando do
aprendizado do aluno surdo, pois o que
destacamos aqui é que para o TILS basta
conhecer a língua de sinais, no caso a LIBRAS, e conhecer a Cultura Surda, a comunidade surda
em que está atuando. A atualização referente à
língua de sinais deve partir exclusivamente do
professor.
O profissional tradutor-intérprete de Língua de
Sinais é o recurso que garante ao aluno surdo
acesso à comunicação, sendo o único
instrumento para uma mudança metodológica
em sala de aula. LACERDA, C. B. F de; BERNARDINO, B. M. O papel do
intérprete de língua de sinais nas etapas iniciais de
escolarização . In LODI, A. C. B; LACERDA, C. B. P, et al.
Uma escola, duas línguas: letramento em língua
portuguesa e língua de sinais nas etapas iniciais de
escolarização. Porto Alegre: Mediação, 2010, p. 65-79.