a) Não costumam os chamados homens civilizados considerarem que a caça de borboletas e de andorinhas representem um ato de selvageria. ERRADO
Se colocarmos a frase em ordem fica mais simples de ver o erro: Os chamados homens civilizados não costumam consideRAR...
"costumam considerar" é uma locução verbal, na qual "costumam" é o verbo auxiliar (deve ser flexionado) e "considerar" é o verbo principal (deve ficar no particípio, infinitivo ou gerúndio). Por isso "considerarem" está errado.
b) As "operações" a que se aludem nessa crônica referem-se à redução de uma cabeça humana a proporções mínimas. ERRADO
O certo é "as operações a que se alude nessa crônica..."
em "se aludem", o "se" é índice de indeterminação do sujeito, deve ficar impessoal (não flexiona, fica no singular).
O macete é perguntar "que é que se + verbo", se a resposta vier com preposição, é índice de indeterminação do sujeito; se vier sem preposição, é partícula apassivadora (aí sim, flexiona o verbo). Que é que se alude? Às operações. O "a" craseado tem preposição, é índice de indeterminação do sujeito, por isso o verbo fica impessoal.
c) A violência contra os homens, a quem perseguia como se persegue animais, pareciam ao czar mais natural do que a dirigida contra borboletas e andorinhas. ERRADO
Sujeito: "a perseguição..."
Como o verbo tem que ser: "parecia ao czar..."
"a quem perseguia como se persegue animais" é só um comentário intercalado para confundir.
d) Subentendem-se, nas palavras do índio jivaro, que a morte e a redução da cabeça de alguém se dá como represália contra um inimigo. ERRADO
"nas palavras do índio jivaro" é adjunto adverbial deslocado para confundir.
"que a morte (...) inimigo" é oração subordinada substantiva, introduzida pela conjunção integrante "que", e pode ser toda trocada por "isso"
"subentende-se" então tem que ficar no singular, pois "subentende-se ISSO".
e) Quem informou ao czar que também se caçam borboletas e andorinhas talvez não suspeitasse que isso causaria reações de espanto. CORRETA