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ID
1620973
Banca
IF-PA
Órgão
IF-PA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Mas as possibilidades radicalizadoras da transformação da intimidade são bastante reais. Alguns têm declarado que a intimidade pode ser opressiva, e isso pode realmente ocorrer se ela for encarada como uma exigência de relação emocional constante. No entanto, se considerada como uma negociação transacional de vínculos pessoais, estabelecida por iguais, ela surge sob uma luz completamente diferente (GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade. São Paulo: Ed. Unesp, 1994,p. 11)


Anthony Giddens faz uma análise sobre a “evolução” da intimidade nas sociedades modernas. Diante disto, a alternativa que mais se aproxima da argumentação de Giddens em relação ao tema da intimidade é:

Alternativas
Comentários
  • Para Giddens, a sexualidade plástica é a consequência da eficiência dos contracetivos, da independência económica e social das mulheres que também libertou os homens das restrições inerentes às expectativas tradicionais dos géneros. Posto isto, a sexualidade plástica molda-se consoante as necessidades e os desejos eróticos individuais. Pode igualmente servir como marcador da identidade individual e/ou como o meio através do qual se podem elaborar exigências sexuais radicais: obviamente, as consequências da maior flexibilização do sexo resultam na ênfase no prazer, e na dissociação do sexo à reprodução.

    A asserção-chave de Giddens sobre a sexualidade plástica consiste na defesa desta como sendo uma sexualidade autónoma. É uma potencialidade emancipatória, quer dizer, uma potencialidade que é igualmente representativa no desenvolvimento paralelo da “relação pura”. Isto resulta na conceptualização do protótipo pós-moderno de uma nova forma de intimidade. É “pura” uma vez que é sujeita primariamente às necessidades dos indivíduos envolvidos, e é definida por estas necessidades, durando o tempo metafórico da chama acesa; não é uma exclusividade de casados e heterossexuais, dado que os gays disfrutam do mesmo fenómeno. A correlação entre a sexualidade plástica e a relação pura é, argumenta Giddens, em parte causal. Através de tais relações puras, os desníveis no plano do género podem ser neutralizados, uma vez que a ênfase é colocada na paridade erótica e na igualdade do envolvimento. O lugar da sexualidade plástica em tal relação é central, uma vez que sublinha a importância dos direitos eróticos e dos elos íntimos entre expressões eróticas e identidade individual.