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O item traz uma "origem falsa da sociologia".
Os pioneiros da sociologia verificou-se na França após a Revolução Francesa em que a sociedade representava apenas soma de indivíduos. Várias teorias foram defendidas por grandes rivais.
Comte é o criador do termo sociologia e fundador desta ciência. Comte estabeleceu a lei dos três estados e o teorema de que as ciências teóricas formam uma hierarquia.
Na lei dos três estados aparecem os períodos teológico, metafísico e positivo. O método positivo é proposto por Comte para o estudo dos fenômenos sociais. O desenvolvimento das ideias é o fator preponderante no progresso.
A sociedade pode também ser construída de forma planejada, tendo por base o conhecimento das leis sociais empregadas de forma racional e em situações concretas.
(FONTE: p. 2896, vol. letras R-S, PAPE)
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Errei todas!!!
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As ciências sociais surgiram na Europa do século XIX, mas foi no século XX, em decorrência das obras de Marx, Durkheim e Weber que as ciências sociais se desenvolveram. O carro-chefe foi a sociologia: neologismo criado pelo francês Comte,seu primeiro professor.
Durkheim e seus pares se esmeraram na busca de regras de método que elevassem ao status científico o conhecimento sobre a sociedade. Marx, ao contrário, mal visto pelos seus pares, foi encontrar na classe trabalhadora sua identidade. As atrocidades das relações de trabalho da época fizeram com que ele atribuísse a esse grupo social, assim definido em relação ao sistema econômico capitalista, ora a força da transformação da sociedade, ora apenas uma peça do complexo quebra-cabeças da história. No meio-termo entre o academicismo e o militantismo, está a participação de Weber, para quem a ciência e a política são duas vocações distintas. Distintas, mas comensuráveis: ele próprio teórico da burocracia e do processo de modernização, contribuiu para a burocratização e modernização da Alemanha, ocupando cargos políticos.
O momento de consolidação do novo currículo do ensino superior europeu durante o movimento intelectual conhecido como positivismo favoreceu a sociologia firmar-se como ciência. Então, a nova disciplina, sociologia, veio renovar as outras ciências humanas e sociais já vigentes. Assim, um discípulo de Durkheim, Marcel Mauss, deu o tom da renovação da antropologia na França. Em um contexto diferente, o polaco Bronislaw Malinowski também contribuiu para a renovação da antropologia através do método funcionalista, que marcou uma ruptura com o viés colonialista dos estudos antropológicos até então desenvolvidos na Inglaterra.
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Apesar da contribuição do pensador Auguste Comte para tornar o método científico mais abrangente, incluir o estudo do homem no campo das Ciências não ocorreu de maneira pacífica. Até hoje, ainda existe o debate sobre se as Ciências Sociais e Humanas podem mesmo ser consideradas Ciências, uma vez que não apresentam a mesma objetividade das Ciências Naturais. Wilhelm Dilthey (1833-1911) foi um dos estudiosos que defendeu uma autonomia metodológica das Ciências do Homem ouCiências do Espírito, como chamava o filósofo, a partir de uma distinção entre explicar e compreender.
Para Dilthey, o método científico físico-matemático corresponderia a um conhecimento explicativo, enquanto o método científico histórico estaria vinculado a um conhecimento compreensivo. Assim, as Ciências do Espírito abordariam as manifestações da vida e as objetivações do homem no mundo social e histórico, e o principal modo de acessá-la seria através da compreensão.
O sociólogo e Acadêmico Simon Schwartzman explica esse conceito da seguinte maneira: "pensemos em um antropólogobuscando relacionar as crenças religiosas de uma sociedade com seu sistema familiar, ou um historiador tratando de entender o que levou um país para a guerra ou a uma revolução social, ou ainda um crítico literário buscando interpretar a obra de um autor em função da cultura de seu tempo, ou um jurista buscando entender as normas do que é permitido ou proibido em determinadas sociedades. Em todos estes casos, o pesquisador busca interpretar ou compreender o que está estudando em função do contexto mais geral da sociedade, da cultura ou do tempo histórico de que está tratando. Seu método é, em outras palavras, "compreensivo" - não basta descrever o objeto de estudo, ou relacioná-lo com outros, é necessário entender o seu sentido".
Schwartzman afirma que, da mesma maneira que as Ciências Naturais, as Ciências Humanas e Sociais fazem uso deobservações sistemáticas, modelos matemáticos, análises estatísticas e experimentos, ao tratar de fenômenos sociais - instituições, movimentos populacionais, comportamentos, atitudes, preferências, conflitos, tecnologias.
Porém, de acordo com Schwartzman, apesar de grandes avanços nas Ciências Sociais de tipo empírico, formal equantitativo, as interpretações de tipo histórico e cultural não foram abandonadas. Assim, um profissional precisa saber conviver com os dois lados - ou seja, deve ser familiarizado com o uso da matemática e da estatística, com a obtenção e análise de dados e o trabalho com experimentos, além de ter conhecimentos históricos, a fim de entender processos de grande duração e amplitude e comparar resultados atuais com os do passado.
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A obra "As regras do método sociológico", de Émile Durkheim, embora adote parcialmente o critério das ciências naturais, busca desenvolver um método científico que fuja do mecanicismo. O erro da questão consiste em generalizar o processo de adaptação como mecânica.
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Nascida como uma espécie de física social, a sociologia desenvolveria seus cânones e modelos por meio de um processo de adaptação metodológica mecânica ao mundo das ciências exatas. [ERRADA]
Para responder temos que ir diretamente na teoria de Emile Durkheim, segundo a qual a sociologia é uma ciência sui generis, que explica a sociologia pelos seus próprios elementos (FATO SOCIAL). Não há processo de adaptação metodológica mecânica ao mundo das ciências exatas, mas sim a ANÁLISE DO FATO SOCIAL (que é a menor unidade sociológica de análise).
Fonte: Professor Felipe Asensi.
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Complementando a resposta de Rafaela (muito bem observada), e também de acordo com os ensinamentos do professor Felipe Asensi, a assertiva da prova ao dizer "nascida como uma espécie de física social" remete à ideia de positivismo, que era contemporânea à sociologia de Durkheim. O positivismo se preocupa com a explicação científica das coisas pela própria ciência, sem buscar a interdisciplinariedade. Ou seja: a sociologia positivista de Durkheim vai explicar a sociologia pela própria sociologia, sem se valer de outras disciplinas. Por isso que quando a assertiva fala em adaptação metodológica mecânica ao mundo das ciências exatas está errado, porque não há essa interdisciplinariedade com as ciências exatas.