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Excelente comentário do colega Alisson.
Um homem em silêncio passa por sábio...
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Quem defendia a 'nacionalização do comércio'?...
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Priscila, os farroupilhas no Rio Grande do Sul tinham como uma de suas pautas que o governo imperial favorecesse o charque gaúcho em detrimento do Uruguaio, que com incentivos fiscais, acabava sendo mais barato do que o produto nacional.
com isso eles buscavam nacionalizar a produção sulista. Creio que seja isso que a pergunta se refere.
Abraços e bons estudos
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Os que defendiam a nacionalização do comercio eram os liberais na tão conhecida revolução praeira onde Pernambuco foi cenário da disputa entre "liberais" praeiros e guabirus " conservadores". Cabe salientar que tal disputa adquiriu este nome por causa do jornal " diário novo " situado na Rua da Praia em Recife, sendo esta a mais sangrenta batalha durante o segundo reinado.
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Maximiliano, a questão fala em "Após a abdicação de D. Pedro I[...]", que ocorreu em 1831. Já a Guerra dos Farrapos vai de 1835 a 1845.
PS: Entendi esse "Após" como "Logo após".
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Gabarito: Certo
~* Durante o Primeiro Reinado havia a crítica de que D. Pedro I centralizava de mais o poder nas suas mãos, com a abdicação, a tendência natural da regência trina foi a de descentralizar o poder (suspensão do Poder Moderador e do Conselho de Estado);
~* A elaboração do Código de Processo Criminal de 1832 tinha inspiração claramente democrática e federalista. O Período Regencial ficou conhecido por ter tido uma breve experiência federalista;
~* Em 1831 (período regencial) foi criada a Lei Feijó, essa lei proíbia o tráfico atlântico de escravos, mas na prática essa foi uma típica "lei para inglês ver".
~* Em 1835 eclode a Revolução Farroupilha devido a insatisfação dos estancieiros gaúchos acerca do imposto sobre o charque, eles queriam vender o charque para seu principal mercado (Rio de Janeiro), só que o Rio de Janeiro estava importando o charque mais barato da Argentina e do Uruguai. Os gaúchos queriam protecionismo alfandegário e a Corte não aceitou o aumento da tarifa alfandegária.
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Comentário da questão
Sobre "liberais radicais se insurgiram em vários pontos do país contra os grupos no poder: ressentindo-se da extrema centralização política,(...)"
Gilberto Cotrim afirma que o cenário político do pais neste período era dominado por 3 grupos políticos: os restauradores; os liberais exaltados; e os liberais moderados.
A seguir as características de cada um:
LIBERAIS EXALTADOS
Realmente as características dos liberais exaltados, eram:
- a luta pela descentralização do poder, autonomia administrativa das províncias e pelo sistema federalista.
- e muitos defendiam o fim da monarquia e a instalação da república.
RESTAURADORES
- Lutavam pela volta de D. Pedro I ao poder;
- Defendiam um regime absolutista e centralizador.
LIBERAIS MODERADOS
- Lutavam pela preservação da unidade territorial do país
- defendiam a monarquia, porém sem o absolutismo
- queriam manter a escravidão e a ordem social
- muitos desejavam ampliar o poder dos governantes das províncias.
Observação: Conforme Gilberto Cotrim, em 1837 o grupo de Liberais Moderados se dividiu em dois grupos os Progressistas (que em 1840 se chamariam "Partido Liberal") e os Regressistas (que em 1840 se chamariam "Partido Conservador").
Fonte: COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: volume 2. 1ªed. São Paulo: Saraiva,2010. pags. 248/249.
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Groselha! "Nacionalizar" significa "posse ou controle estatal sobre empresa ou atividade". Protecionismo mediante aumento da tarifa de importações não corresponde à nacionalização do comércio. Além do mais, o Manifesto Comunista só veio em 1848.
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Colocar todas as revoltas regenciais num mesmo balaio liberal é um erro gritante. A Cabanagem, ocorrida na província do Grão-Pará, em nada foi conduzida por liberais de qualquer ala, senão pela presença acidental de um ou outro político dessa matiz inserido na revolta popular.
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"(...) Os exaltados - dotados de uma composição social bem heterogênea, basicamente constituída por indivíduos oriundos das camadas médias urbanas (pequenos e médios comerciantes, artesãos, funcionários públicos, militares e profissionais liberais) - pretendiam reformas políticas, sociais e econômicas mais amplas, que, se efetuadas por completo, transformariam grande parte da estrutura social brasileira.
As diferenças político-ideológicas entre os dois grupos [liberais exaltados (ou radicais) e liberais moderados] centravam-se em questões um tanto polêmicas. Proposições como a defesa, conforme o caso, de uma república democrática, do federalismo, da supressão do Poder Moderador, da extinção do Conselho de Estado, do término da vitaliciedade do Senado, da separação entre Igreja e Estado, da nacionalização do comércio, do incentivo à indústria nacional, de uma igualdade não meramente jurídica, mas também social, da emancipação gradual dos escravos, e até da reforma agrária e do sufrágio universal, entre outras medidas, constituíam parte do projeto político exaltado que era veementemente combatido pelos moderados."
BASILLE, Marcello Otávio N. de C. O Império Brasileiro: panorama político. In - LINHARES, Maria Yedda (org.). História geral do Brasil. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Cap. 6, p. 392.
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abolição da escravidão? voei nessa! pra mim, nenhum dos dois defendiam a abolição
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Grupos políticos do Período Regencial
Nessa altura, havia três grupos políticos defendendo cada qual uma posição distinta de governo:
*Liberais moderados (também conhecidos como ximangos): defendiam o centralismo político da monarquia constitucional, SEM ABSOLUTISMO;
*Liberais exaltados (apelidados de farroupilhas): defendiam a federalização do governo, com mais poderes para as províncias e o fim do Poder Moderador ( fim da monarquia), queriam a descentralização do poder.
*conservadores (ou caramurus): eram a favor do regresso de D. Pedro I e da monarquia. Após a morte deste, em 1834, vários membros entraram para partido dos liberais moderados.