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ID
1627273
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Seguindo a marcha de afirmação da Revolução Industrial, o século XIX testemunhou a consolidação do capitalismo como um sistema que estende seu domínio sobre as demais formas de organização da economia. Como já previa o Manifesto Comunista, de 1848, ele se universalizou, incorporando as mais diversas regiões do planeta. Esse processo de expansão é comumente denominado imperialismo e tem no neocolonialismo sua face mais visível. Relativamente a esse cenário que desvela, sob o ponto de vista econômico, a contemporaneidade, julgue (C ou E) o item seguinte.

A expansão imperialista do século XIX encontrou unidade e consistência na ideia, disseminada à exaustão, de que a expansão seria benéfica para os povos por ela atingidos: assim, levar o progresso e propagar a civilização seria missão e direito; e a incompreensão dos beneficiários seria o “fardo do homem branco", na conhecida expressão de Kipling.


Alternativas
Comentários
  • "Nutrido pelas teorias racistas, o pensamento imperialista assegurava que o “homem branco” não podia fugir à missão de civilizar as “raças inferiores”. A ideologia do “fardo do homem branco” funcionava como justificativa para a conquista colonial.” (Demétrio Magnoli, O Mundo Contemporâneo, p. 289)



    O romantismo de Rudyard Kipling era de uma espécie totalmente diversa [dos outros autores do período]. Não tinha o menor interesse pelos aspectos sociais ou artísticos do sistema industrial. Cantou em sua poesia as glórias do imperialismo britânico, pintando a subjugação dos hindus e africanos como um fascinante empreendimento apostólico para livrar o gentio das trevas." (Edward Burns, História da Civilização Ocidental)

  • "The White Man's Burden" ("O Fardo do Homem Branco") é um poema escrito pelo poeta inglêsRudyard Kipling. Foi publicado originalmente na revista popular McClure's em 1899, com o subtítulo The United States and the Philippine Islands.[1] "The White Man's Burden" foi escrito a respeito da conquista estadunidense das Filipinas e outras ex-colônias espanholas.[2] Embora o poema de Kipling misturasse exortações ao império com ajuizados alertas sobre os custos envolvidos, os imperialistas dos Estados Unidosse fixaram na frase "fardo do homem branco" como uma caracterização para o imperialismo que justificasse a política como um nobre empreendimento.[3]

  • MIssão civilizatória dos europeus

  • Marquei errado por causa da "unidade [...] na ideia", haja vista que ela não foi uníssona pelos colonos... anyway... Sobre o jornalista colonial Kipling, o mestre Eric J. Hobsbawm (The age of empire: 1875-1914. New York: Vintage Books, 1989) escreveu assim:

    "The number of people directly involved in empire was thus relatively small - but their symbolic significance was enormous. When the writer Rudyard Kipling, the bard of the Indian empire, was believed to be dying of pneumonia in 1899, not only the British and the Americans grieved - Kipling had just addressed a poem on 'The White Man's Burden' to the USA on its responsibilities in the Philippines[...].

    Kipling, the greatest - perhaps the only - poet of imperialism welcomed the great moment of demagogic imperial pride, Queen Victoria's Diamond Jubilee in 1897, with a prophetic reminder of the impermanence of empires

    Far-called, our navies melt away;

    On dune and headland sinks the fire:

    Lo, all our pomp of yesterday

    Is one with Nineveh and Tyre!

    Judge of the Nations, spare us yet,

    Lest we forget, lest we forget." (p. 82, grifos nossos).

     

    Assim, aguentar a "incompreensão dos beneficiários" pelo imperialismo seria, na visão de Kipling, o “fardo do homem branco".

     

    Gabarito: CERTO.

  • CERTO

    Os europeus pensavam "Temos que levar o que temos de melhor para esses pobres povos, nossas mercadorias, ideologias, progresso, evolução. Também temos que aguentar o fardo deles nos acharem maus".

    Pros europeus era dever deles levarem o progresso. Por outro lado os que receberiam o progresso não entendiam que aquilo era algo bom, por isso teriam que aguentar o fardo, o fardo de serem visto como ruins.

    "Quando estiver na posse do concurso, EU VOU ESTAR LÁ"

  • " unidade e consistência". Bem questionável. O que menos tinha entre os europeus era unidade.

  • UMA FARÇA RSRS.