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ID
1689211
Banca
IBFC
Órgão
Docas - PB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

      Quindins Quando sentiu que ia morrer, o Dr. Ariosto pediu para falar a sós com a mulher, dona Quiléia (Quequé).

      - Senta aí, Quequé.

      Ela sentou na beira da cama. Protestou, chorosa, quando o marido disse que sabia que estava no fim. Mas o Dr. Ariosto a acalmou. Os dois sabiam que ele tinha pouco tempo de vida e era melhor que enfrentassem a situação sem drama. Precisava contar uma coisa à mulher. Para morrerem paz. Contou, então, que tinha outra família.

      - O quê, Ariosto?!

      Tinha. Pronto. Outra mulher, outros filhos, até outros netos. A dona Quiléia iria saber de qualquer maneira, pois ele incluíra a outra família no seu testamento. Mas tinha decidido contar ele mesmo. De viva, por assim dizer, voz. Para que não ficasse aquela mentira entre eles. E para que dona Quiléia fosse tolerante com a sua memória e com a outra. Promete, Quequé? Dona Quiléia chorava muito. Só pôde fazer “sim” com a cabeça. Aliviado, o Dr. Ariosto deixou a cabeça cair no travesseiro. Podia morrer em paz.

      Mas aconteceu o seguinte: não morreu. Teve uma melhora surpreendente, que os médicos não souberam explicar e que Dona Quiléia atribui à promessa que fizera a seu santo. Em poucas semanas, estava fora de cama. Ainda precisa de cuidados, é claro. Dona Quiléia tem que regular sua alimentação, dar remédio na hora certa... Ficam os dois sentados na sala, olhando a televisão, em silêncio. Um silêncio constrangido. O Dr. Ariosto arrependido de ter feito a confissão. A Dona Quiléia achando que não fica bem se aproveitar de uma revelação que o homem fez, afinal, no seu leito de morte. Simplesmente não tocam no assunto. No outro dia o Dr. Ariosto teve permissão do médico para sair, pela primeira vez, de casa. Arrumou-se. Pediu para chamarem um táxi.

      - Quer que eu vá com você? - perguntou a mulher.

      - Não precisa.

      - Você demora? - Não, não. Vou só...

      Não completou a frase. Ficaram mais alguns instantes na porta, em silêncio. Depois ele disse:

      - Bom. Tchau.

      - Tchau.

      Agora, tem uma coisa: Dona Quiléia não pagou a promessa ao santo. Ainda compra quindins escondido e os come sozinha. Aliás, deu para comer quindões. Grandes, enormes, translúcidos quindões.

                                                                                                               (Luis Fernando Veríssimo)

No sétimo parágrafo, tem-se “- Quer que eu com você? - perguntou a mulher.”. Nesse trecho, o verbo destacado contribui para a construção de sentido na oração. Indique o tempo e o modo em que tal verbo encontra-se flexionado.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B


    Modo Indicativo: Certezas


    Modo Subjuntivo: Possibilidades (Ela poderia ir ou não)


    Modo Imperativo: Ordens

  • SUBJUNTIVO

     

    Que eu vá... - Presente

     

    Se eu fosse... Preterito Imperfeito

     

    Quando eu for... - Futuro

  • Esse item dava para "matar" com um entendimento básico sobre os modos verbais, lembrando que particípio e gerúndio são formas nominais do verbo, e não modos verbais, ok?

    modos verbais são 3, que indicam: certeza (indicativo), incerteza (subjuntivo) e ordem (imperativo).

    (Existem as exceções raras dentro do indicativo, por exemplo, mas basicamente é isso mesmo, visto que essa "incerteza" seria mais voltada para um certo grau de probabilidade, chance de acontecer... dentro do tempo verbal 'futuro do presente', por exemplo.)

    Logo, "vá" na frase dada indica incerteza de que a pessoa irá, portanto, alternativa letra B.

    Mais informações: gramática do Cegalla.

  •  a) Futuro do presente do Indicativo ----> IREI

     

     b) Presente do Subjuntivo.----------------> VÁ

     

     c)Futuro do pretérito do Indicativo ------> IRIA 

     

     d)Presente do Indicativo-------------------> VOU 

     

    Me corrijam se eu estiver errada.

     

    Bom estudo para todos!

  • Gabarito B

     

    Modo Indicativo: é o modo da realidade; serve para anunciar um fato ou um estado verdadeiro ou suposto verdadeiro.

    Ex: Quem canta seus males espanta.

     

    Modo Subjuntivo: é o modo da incerteza, possibilidade, dúvida, suposição.

    Ex: Eu vou para Coimbra logo que estejas bom.

     

    Modo Imperativo: serve para expressar uma ordem, um conselho, uma exortação, pedido.

    Ex: Agora escutai e respondei sinceramente às minhas perguntas.

  • PARA QUE EU VÁ. PRESENTE DO SUBJUNTIVO.
    GAB B

  • * MODO SUBJUNTIVO: Ação hipotética, incerteza, possibilidade.

     

    Presente (Que)

    Pretérito Imperfeito (Se)

    Futuro (Quando)

     

    QUE EU VÁ...

     

    GABARITO: B

  • Indica uma possibilidade de um fato atual. PRESENTE DO SUBJUNTIVO.

    QUE eu vá ( uma opção, hipótese)

  • Gab B

     

     

    Presente do Indicativo: O/Ou

    Pretérito Perfeito do Indicativo: i

    Pretérito Imperfeito do Indicativo: Va/ ia/ nha /

    Pretérito mais que perfeito do indicativo: ra

    Futuro do Presente: rei

    Futuro do pretérito: ria

     

    Presente do Subjuntivo: Que eu e/a

    Pretérito do Subjuntivo: Se eu  sse

    Futuro do Subjuntivo: Quando eu R

  • Talvez eu VÁ - Passou uma ideia de incerteza é subjuntivo

  • O presente do subjuntivo expressa desejo, vontade. É o que se observa no trecho “Quer que eu vá com você?”.

    Resposta: B

  • A única alternativa que apresenta uma hipótese (subjuntivo) é a letra B, portanto, gabarito da questão.