- ID
- 1712701
- Banca
- FCC
- Órgão
- MPE-PB
- Ano
- 2015
- Provas
-
- FCC - 2015 - MPE-PB - Analista de Sistemas – Administrador de Banco de Dados
- FCC - 2015 - MPE-PB - Analista de Sistemas – Administrador de Redes
- FCC - 2015 - MPE-PB - Analista de Sistemas – Desenvolvedor
- FCC - 2015 - MPE-PB - Analista Ministerial – Auditor de Contas Públicas
- FCC - 2015 - MPE-PB - Analista Ministerial – Medicina
- FCC - 2015 - MPE-PB - Analista Ministerial – Odontologia
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Atenção: Considere o poema abaixo e responda à seguinte questão.
A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.
O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.
Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água.
Sabia dos caranguejos
De lodo e ferrugem
Sabia da lama
como de uma mucosa. [...]
Aquele rio
Jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação da faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.
(Trecho de O Cão sem plumas de João Cabral de Melo Neto)
Pode-se observar no poema uma