SóProvas


ID
1730815
Banca
Quadrix
Órgão
CRF-RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, leia o texto abaixo.

Pacientes sofrem com a falta de medicamentos fornecidos de graça

    Pacientes que dependem de remédios fornecidos de graça estão enfrentando sufoco e meses de espera. Isso está acontecendo no Rio de Janeiro e também em São Paulo. Para alguns medicamentos, farmácias da rede pública não têm nem uma previsão na entrega. Para quem busca remédios caros para doenças raras, essa pode ser a pior a resposta: "Eu continuo sem previsão de compra", afirma um atendente.

        Uma mulher que não quis se identificar foi a uma farmácia na região central de São Paulo em busca de remédio gratuito para o pai, um idoso de 82 anos que tem uma doença na próstata, mas não conseguiu encontrar o medicamento Dudasterida. “Não é só o pai da senhora. Não é só esse medicamento. Eu não sei falar o que está acontecendo”, diz o atendente. [...]

         No Rio, a saúde de mais de 33 mil pessoas depende dos remédios que são distribuídos. A Farmácia Estadual de Medicamentos Especiais do Rio de Janeiro deveria distribuir gratuitamente para pacientes cadastrados 150 remédios considerados muito caros ou difíceis de encontrar nas farmácias comuns. O problema é que parte desses remédios não está disponível e os pacientes que precisam fazer uso contínuo desses medicamentos não têm a quem recorrer.         É o caso da filha da dona de casa Tereza Almeida, que precisa usar todos os dias um remédio caro para controlar uma inflamação que atinge o aparelho digestivo, a doença de Chron. “Sem o medicamento ela fica muito mal”, afirma Tereza. Ela diz que não tem como pagar as despesas mensais com o medicamento: “Olha, é uma faixa de R$ 600”, conta. [...] “Eles me disseram que eu entre na Justiça, vou tentar, mas olha só, isso demora, enquanto isso ela fica sem o medicamento”, diz a dona de casa.

    A Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou que o pedido de entrega do medicamento para paciente foi indeferido: “O protocolo do Ministério é o protocolo da Organização Mundial da Saúde. Ele segue o protocolo da Organização Mundial da Saúde. Foi retirado. Aí retirou. O Ministério não autoriza”. Mas quem tem autorização também enfrenta dificuldade. Faz três meses que a aposentada Maria das Graças Aguiar Paixão tenta levar para casa o mesmo remédio. Ela tem recebido mensagens pelo celular avisando que já poderia pegá- lo na farmácia, mas quando chega lá: “Não tem. Não tem Mesalazina. Não existe. E não está programado, não sabe quando vai ter. É lamentável, porque eu não tenho dinheiro para comprar”, relata.

    O Ministério da Saúde informou que a distribuição do medicamento Mesalazina é responsabilidade dos estados. A Secretaria de Saúde do Rio disse que o atraso da entrega desse remédio ocorreu porque a licitação foi suspensa. [...]

(g1.globo.com)

A respeito do texto como um todo, julgue as afirmativas a seguir e, depois, assinale a alternativa correta.

I. De uma maneira geral e, ainda, pela própria escolha das palavras empregadas no texto, podemos dizer que este visa a criticar a situação a que são submetidas as pessoas mencionadas.

II. No terceiro parágrafo do texto, fica claro que já os números (“33 mil" e “150") expressam o problema retratado, na medida em que se busca, por meio deles, mostrar a discrepância entre o número de pacientes e o número de remédios distribuídos.

III. O contraponto apresentado é o fato de que ter uma autorização do Ministério da Saúde garante, com certeza, o recebimento dos medicamentos.

IV. As aspas foram empregadas, no texto, para se indicar a fala de alguma pessoa.

Está correto o que se afirma em: 

Alternativas
Comentários
  • Não concordo com este gabarito, pois a alternativa I "fala" sobre criticar a situação a que são submetidas as pessoas mencionadas, contudo o texto parece, na verdade, discorrer sobre a falta de medicamentos. Claro, esta é a minha opinião! Acredito que a resposta certa seria somente o que se diz na alternativa IV.

  • Acredito que quando o autor usa palavras e expressões tais como "sofrem", "sufoco", "nem uma previsão na entrega", entre outras, ele está sim, ainda que de forma implícita, emitindo um juízo de valor negativo sobre a situação.

  • Tb nao concordo com o gabarito, David. A crítica do texto é generalizada , e não especifica à situação das pessoas citadas na reportagem. Erro lamentável.

  • Nossa pessoal, a crítica que ele faz é fácil de ver, já que o autor usou vários exemplos verídicos, para dar aquele sensacionalismo jornalístico que eles adoram. E também a questão diz:" I. De uma maneira geral (...)"

    Eu concordo com o gabarito da banca que é LETRA C.

    Exemplos: (...)essa pode ser a pior a resposta: "Eu continuo sem previsão de compra" (...)

    (...) um idoso de 82 anos que tem uma doença na próstata, mas não conseguiu encontrar o medicamento Dudasterida. “Não é só o pai da senhora (...) " (nossa, um velhinho sem o remédio, que coisa ruim, vocês conseguem perceber?)

    É o caso da filha da dona de casa Tereza Almeida, que precisa usar todos os dias um remédio caro para controlar uma inflamação que atinge o aparelho digestivo, a doença de Chron. “Sem o medicamento ela fica muito mal”, afirma Tereza.

    Ana Laignier, eu acredito ainda ser de forma explícita, o juízo de valor negativo que o autor dá ao texto.
  • Também errei achando que a ideia principal do texto era sobre a falta de remédios, mas olhem as pistas para a resolução da questão:

     

    TÍTULO: Pacientes sofrem com a falta de medicamentos fornecidos de graça

     

    1º PERÍODO DO TEXTO:    Pacientes que dependem de remédios fornecidos de graça estão enfrentando sufoco e meses de espera. 

  • Tô fazendo aqui no meu lar a questão...marquei apenas IV...embora até pensei q haveria crítica...mas pensei essas bancas são tão estranhas q é capaz de dizer q ñ tem crítica pq é um texto de concurso né. já fico meio cabreira.