SóProvas



Questões de Uso das aspas


ID
3625
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 42 a 50 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

Elefantes são herbívoros tranqüilos. Sem predadores
naturais, só recorrem à violência quando se sentem ameaçados.
Nos últimos anos, no entanto, ficaram mais agressivos e
os ataques fatais a pessoas, animais e outros elefantes tornaram-
se mais freqüentes. Em certas partes da Ásia e da
África, eles investem contra carros, casas e, às vezes, vilas
inteiras, sem ser provocados. No mês passado, um turista
inglês que fazia um safári na reserva florestal do Quênia foi
pisoteado até a morte por um elefante, quando saiu do carro
para apreciar a natureza. Um paquiderme invadiu uma casa na
ilha de Sumatra, na Indonésia, agarrou um morador com a
tromba e o matou. "Tromba não é arma. Normalmente é usada
apenas para segurar alimentos e galhos", diz a psicóloga
americana Isabel Bradshaw, especialista em elefantes. "O que
está ocorrendo é algo totalmente fora dos padrões."

Após estudar manadas na Ásia e na África, ela concluiu
que a mudança de comportamento se deve ao colapso da estrutura
familiar dos elefantes, ocasionado pela caça aos animais
mais velhos e pela redução das reservas de vida selvagem nas
últimas décadas. Ela afirma que a espécie sofre de um distúrbio
psicológico bem conhecido entre os seres humanos, o stress
pós-traumático, que deixa esses animais propensos à depressão
e à agressividade excessiva.

Um estudo recente mostrou que os elefantes são capazes
de reconhecer a própria imagem no espelho. A experiência
coloca o paquiderme no reduzido grupo de animais com autoconsciência,
que inclui o homem, o chimpanzé e o golfinho.
Uma manada de elefantes é um grupo coeso, em que cada
membro está estreitamente ligado aos demais. O sistema de comunicação
dentro do grupo, com vibrações no solo, vocalizações
e movimentos com o corpo, é um dos mais complexos já
observados entre animais. O conhecimento - como encontrar
água ou se comportar dentro do grupo
? é transmitido entre as
gerações. Os filhotes passam oito anos sob a tutela da mãe e
também aprendem com tias, primas e, sobretudo, com a matriarca
que lidera o grupo. Após esse período, os machos jovens
se afastam para uma temporada de aventuras entre os machos
adultos.

A matança indiscriminada fez a população mundial de
elefantes cair. Os esforços de preservação conseguiram evitar a
extinção desses mamíferos, mas não foram suficientes para
impedir o desequilíbrio dos laços familiares. Não apenas caiu o
número de matriarcas e de fêmeas mais velhas, como também
o de machos adultos, cujo papel é manter os mais jovens na
linha. Foram identificados vários grupos sem fêmeas adultas -
não é surpresa que, nessas condições, os elefantes se
comportem como jovens transviados.

(Adaptado de Duda Teixeira. Veja, 8 de novembro de 2006, p. 132-133)

"O que está ocorrendo é algo totalmente fora dos padrões." (final do 1o parágrafo)

O emprego das aspas assinala, considerando-se o contexto,

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    Usa-se aspas:

    Antes e depois de uma citação textual. Seja uma palavra, uma expressão, uma frase ou trecho. As aspas, nesse caso, indicam uma mudança de foco. Do discurso próprio se passa ao citado:

    => Segundo o professor, a força criativa da economia já se transferiu para o setor informal.

    => O lema do governo JK era: Cinquenta anos em cinco.

    => Foi Euclides da Cunha quem escreveu: O sertanejo é antes de tudo um forte.


ID
4462
Banca
FCC
Órgão
TRE-MS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 9 baseiam-se no texto
apresentado abaixo.

Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções
aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco
temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes
manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a
canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando
uma densidade raramente obtida por nossos melhores
artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas
"menores", desempenham um papel fundamental na cultura
brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente
menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação
artística nem sempre observada em seus congêneres
de outros quadrantes do planeta.

Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério
de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o
romance, a sinfonia, as "belas artes" em geral. O movimento é
dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se
geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, "lá"
também - onde quer que seja esse lugar - nunca floresceu uma
canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um
elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e
de melodia no Brasil.

Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente
tudo. No conto "Um homem célebre", ele nos mostra
Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas,
desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes
de imenso apelo popular. Morre consagrado - mas como autor
pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase
desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos
grandes artistas "menores" por excelência, Caetano sempre
soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo
às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]

O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando
para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o
caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir
da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa
carioca, recebendo status de futebol-arte.

Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope
de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os
encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o
Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma
ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das
imensas "qualidades artísticas" dos desfiles nacionais...

Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em
Formação da literatura brasileira ("Comparada às grandes, a
nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos
exprime."), pode-se arriscar que muito da produção artística
brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras
paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos
Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola - produtores
de "miudezas" da mais alta estatura. Afinal são eles, e não
outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de
2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)

A afirmativa INCORRETA, considerando-se o emprego de sinais de pontuação no texto, é:

Alternativas
Comentários
  • O uso das aspas utilizado em "Um homem celebre" é a indicação de uma obra.

    Já em "qualidades artísticas" indica ironia no testemunho dos estrangeiros nas qualidades artísticas nos desfiles nacionais.

    Por isso a alternativa incorreta a se marca e a Alternativa E.

    Espero ter ajudado.
  • E como ajudou. Ainda mais que são poucos os que comentam as questões de português.

ID
8608
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale o segmento inteiramente correto quanto ao emprego dos sinais de pontuação.

(Tome os segmentos como partes consecutivas de um texto)

Alternativas
Comentários
  • Pessoal, onde está o erro da C?
  • Segundo o Décio Sena a C também estaria correta:"O gabarito da questão está apontando a alternativa “e”. Nada há contra talindicação. Nele não se nota, realmente, qualquer deslize de pontuação. O que pretendemos mostrar é que a alternativa “c” também está isenta dedeslizes de pontuação e, assim sendo, a questão deverá ser anulada. "
  • O erro da letra "c" é uma vírgula a mais antes de "por meio de desenho".O correto seria: "Num estudo...definissem um cientista por meio de desenho,...
  • Caros, esta questão foi anulada no gabarito definitivo do concurso.A alternativa c) também está correta.

ID
17269
Banca
FCC
Órgão
TRE-PB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.
Nem o cientista mais ortodoxo pode negar que mexer
com equações é difícil e cansativo. Mas a ciência não deixa de
ser bonita ou agradável apenas por causa disso. A arte, apesar
de bela, também não é fácil: todo profissional sabe a dor e a
delícia de aprender bem um instrumento ou de dominar o pincel
com graça e precisão. É verdade que dificilmente alguém
espera encontrar numa equação ou num axioma as qualidades
próprias da arte, como a harmonia, a sensibilidade e a elegância.
A graça e a beleza das teorias, no entanto, sempre
tiveram admiradores - e hoje mais do que nunca, a julgar pela
quantidade de livros recentes cujo tema central é a sedução e o
encanto dos conceitos científicos. Exagero?
"As leis da física são em grande parte determinadas por
princípios estéticos", afirma o astrônomo americano Mario Livio,
do Telescópio Espacial Hubble, também autor de um livro em
que analisa a noção de beleza dentro da ciência. Ele afirma
que, quando a estética surgiu na Antigüidade, os conceitos de
beleza e de verdade eram sinônimos. Para ele, o traço de união
entre arte e ciência reside exatamente nesse ponto. "As duas
representam tentativas de compreender o mundo e de organizar
fatos de acordo com uma certa ordem. Em última instância,
buscam uma idéia fundamental que possa servir de base para
sua explicação da realidade."
Mas, se o critério estético é tão importante para o pensamento
científico, como ele se manifesta no dia-a-dia dos
pesquisadores? O diretor do Instituto de Arte de Chicago acha
que sabe a resposta. "Ciência e arte se sobrepõem naturalmente.
Ambas são meios de investigação, envolvem idéias,
teorias e hipóteses que são testadas em locais onde a mente e
a mão andam juntas: o laboratório e o estúdio", afirma.
Acredita-se que as descobertas científicas sirvam de
inspiração para os artistas, e as obras de arte ajudem a alargar
o horizonte cultural dos cientistas. Na prática, essa mistura gera
infinitas possibilidades. A celebração que artistas buscam hoje
já ocorreu diversas vezes no passado, de maneira mais ou
menos espetacular. Na Renascença, a descoberta da
perspectiva pelos geômetras encantou os pintores, que logo
abandonaram as cenas sem profundidade do período clássico e
passaram a explorar sensações tridimensionais em seus
quadros. Os arquitetos também procuravam dar às igrejas um
desenho geometricamente perfeito; acreditavam, com isso, que
criavam um portal para o mundo metafísico das idéias
religiosas.
No século XX, essa tendência voltou a crescer. A grande
preocupação dos pintores impressionistas com a luz, por
exemplo, tem muito a ver com as conquistas da ótica. A
matemática também teria influenciado a pintura do russo
Wassily Kandinsky, segundo o qual "tudo pode ser retratado por
uma fórmula matemática". Seu colega Paul Klee achou um jeito
de colocar em vários quadros alguma referência às progressões
geométricas. Bem-humorado, brincava com as idéias da matemática
dizendo que "uma linha é um ponto que saiu para
passear".
(Adaptado de Flávio Dieguez. Superinteressante, junho de
2003, p. 50 a 54)

Considere as afirmativas que se fazem a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto:

I. O travessão que inicia o segmento - e hoje mais do que nunca (2o parágrafo) - assinala uma pausa maior no período, como ênfase para a afirmativa introduzida por ele.
II. As aspas, que abrem e fecham o segmento "As duas representam tentativas ... para sua explicação da realidade." (3o parágrafo), indicam reprodução exata das palavras de um escritor.
III. Os dois-pontos em - ... andam juntas: o laboratório e o estúdio ... (4o parágrafo) - introduzem um segmento enumerativo.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Travessão- usa-se no discurso direto para indicar a fala de personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos. Também para separar expressões ou frases explicativas intercaladas:

    ex: "E logo me apresentou à mulher - uma estimável senhora.
  • Travessão ( – )

    O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

    - no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

    Por Exemplo:

     

      • – O que é isso, mãe?
        – É o seu presente de aniversário, minha filha.

     

    - para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

    Por Exemplo:

      "E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis)

     

     

    - para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

    Por Exemplo:

     

    O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron

    Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)

      "Junto do leito meus poetas dormem

     

    - para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.


    Por Exemplo:

      "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase." (Raul Pompeia)  
  • Onde que essa budega é enumerativa???
  • Dois Pontos – têm várias funções na língua:

    - introduzem citações

    Ex.: Segundo Darcy Ribeiro : “A culpa do fracasso da criança na escola não é da criança; é da escola”.

    - introduzem enumerações

    Ex.: Visitei várias cidades da Europa : Paris , Londres , Lisboa , Barcelona e Roma.

  • Dois-pontos também introduz esclarecimento, ou ainda uma síntese do que se acabou de dizer.

    O que é bem plausível no caso em tela, uma vez que é no laboratório que a ciência materializa o teoria da mente à prática com as mãos, e é no estúdio que o artista utiliza as mãos com a destreza guiada pela razão.

    Ciência e arte, mente e mãos, laboratório e estúdio. Uma grande analogia, uma síntese da metáfora mente e mãos. Não é enumeração.


ID
20224
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 11 a 17 referem-se ao
texto abaixo.
Após a I Guerra Mundial, os europeus passaram a olhar
de maneira diferente para si mesmos e sua civilização. Parecia
que na ciência e na tecnologia haviam desencadeado forças
que não podiam controlar, e a crença na estabilidade e
segurança da civilização européia revelou-se uma ilusão.
Também ilusória era a expectativa de que a razão baniria as
marcas remanescentes de escuridão, ignorância e injustiça, e
anunciaria uma era de progresso incessante. Os intelectuais
europeus sentiam que estavam vivendo num "mundo falido".
Numa era de extrema brutalidade e irracionalidade ativa, os
valores da velha Europa pareciam irrecuperáveis. "Todas as
grandes palavras", escreveu D. H. Lawrence, "foram invalidadas
para esta geração". As fissuras que se discerniam na civilização
européia antes de 1914 haviam se tornado maiores e mais
profundas. É evidente que havia também os otimistas
? aqueles
que encontraram motivo para esperança na Sociedade das
Nações, no abrandamento das tensões internacionais e na
melhoria das condições econômicas em meados da década de
1920. Entretanto, a Grande Depressão e o triunfo do
totalitarismo intensificaram os sentimentos de dúvida e
desilusão.
(Adaptado de PERRY, Marvin, Civilização ocidental: uma
história concisa. Trad. Waltensir Dutra/ Silvana Vieira. 2ed., São
Paulo: Martins Fontes, 1999, p.588.)

"Todas as grandes palavras", escreveu D. H. Lawrence, "foram invalidadas para esta geração".

Considerada a frase acima, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • As aspas podem ser usadas em citações de frase.

    Logo, a alternativa a) esta correta.

    As aspas isolam a frase atribuída a D.H. Lawrence.
  • o que me deixou na dúvida da letra A foi a palavra: ISOLAM.

    NO MEU VER: as aspas FAZ REFERÊNCIA a frase atribuída a D.H.Lawrence (assim ficaria correta a letra A).

    ela está errada, pois as aspas tem a função de fazer referência, marcar citação, evidenciar o estrangeirismo, mencionar o neologismo, citar o arcaismo, colocar  realce e ênfase. No texto, propriamente dito, as aspas faz uma citação do que o autor diz, e não ISOLA o que ele fala.
    vai entender a FCC, instituição do além...socorro!

    se alguém puder ajudar com alguma explicação de convencimento, serei grata!


    ISOLAR:  (tirando do lado de outro), Pôr só, Pôr incomunicável; impedir a transmissão, Afastar-se da convivência.
  • Olá.

    Em outra quetão da FCC 2012 é errado aspas isolarem a ideia principal.

    Vai entender...

ID
68758
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e
não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou
sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a
magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque",
exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é
plantação de soja e pastagem pra gado."

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas,
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduásbandeira,
lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado
de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta,
primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros
de queda livre.

No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece
um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao
contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão,
nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna
exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas,
os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca
descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local
transformou em artigo de exportação.

Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das
matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas,
dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do
município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o
Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente
espetáculo da bioluminescência, uma irradiação de luz azul
esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos
cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado
para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por
avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios
que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza
provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes
do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão
e dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões
de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.

Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies
de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o
Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.
O que percebo, como testemunha ocular, é que entra
governo e sai governo e o processo de desertificação do país
continua em crescimento assombroso.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em
fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços
das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela
genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso
conformismo e nossa proverbial omissão.

(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

Em relação ao emprego de sinais de pontuação no texto, está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Há duas situações básicas em que usamos aspas no discurso.Indicação de focoColocamos entre aspas o texto citado, aquele que reproduz fielmente o que outro disse. Indicação de uso ressalvadoÉ comum pôr entre aspas uma palavra quando queremos explicitar que por algum motivo o uso dela no enunciado está sob ressalva.
  • As aspas - sinal gráfico [“ ”] - servem para isolar palavras, trecho de frases, frases e expressões; ou indicar a reprodução literal de uma oração, de um período e, até mesmo, de um texto:fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/gramatica/941657
  • Gabarito está errado, correta é a letra c.Já mandei corrigir a questão.
  • Ok, pessoal!

    Gabarito corrigido.

    Bons estudos!


ID
71743
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e
não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou
sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a
magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque",
exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é
plantação de soja e pastagem pra gado."

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas,
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduásbandeira,
lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado
de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta,
primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros
de queda livre.

No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece
um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao
contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão,
nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna
exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas,
os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca
descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local
transformou em artigo de exportação.

Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das
matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas,
dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do
município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o
Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente
espetáculo da bioluminiscência, uma irradiação de luz azul
esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos
cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado
para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por
avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios
que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza
provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes
do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão
de dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões
de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.
Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies
de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o
Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.
O que percebo, como testemunha ocular, é que entra
governo e sai governo e o processo de desertificação do país
continua em crescimento assombroso.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em
fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços
das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela
genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso
conformismo e nossa proverbial omissão.

(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

Em relação ao emprego de sinais de pontuação no texto, está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Discordo desse gabarito. Na minha opiniao, a alternativa B esta correta!Humildemente penso que, a alternativa INCORRETA (que a questao pede que seja marcada), e a letra C, pois nao e o unico segmento do texto que fala sobre o assunto central.
  • Eu tbm penso assim...Alguém poderia, por favor, explicar o pq de ser a letra "B"?
  • Eu concordo que a alternativa incorreta seja a letra c), já que as aspas na frase sinalizam a introdução da fala de um interlocutor no texto e não que o segmento contenha um assunto central.
  • Esta questão foi alterada após recursos. A alternativa correta (ou incorreta) de fato é a "c".
  • se a alternativa corrta é a "c", qual o motivo de ser alterada para a "b" mesmo com recurso?
  • Olá pessoal!

    Gabarito atualizado.

    Bons estudos!
     


ID
93085
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O brasileiro tem elevado grau de consciência sobre
sustentabilidade, superior ao de moradores de países ricos
como Alemanha e Suécia. Ao mesmo tempo, tem grande
dificuldade em trazer o conceito para o seu dia a dia e para
suas decisões de consumo. Escassez de água e poluição
ambiental, por exemplo, figuram em terceiro lugar entre as
maiores preocupações de 61% da população e ficam atrás de
educação (68%) e violência (72%). Mudanças climáticas e
aquecimento global, por sua vez, são motivo de preocupação
para 49% dos brasileiros.

Quando a sociedade é questionada sobre suas ações
efetivas para proteger o meio ambiente, os números são mais
modestos: 27% dos brasileiros reciclam seus resíduos e fazem
uso de produtos recicláveis; 20% afirmam conservar árvores;
13% dizem proteger a natureza e apenas 5% controlam o
desperdício de água.

Esses dados constam de uma pesquisa atual, em que
foram ouvidas mais de 24 mil pessoas em dez países diferentes.
O estudo também aponta o brasileiro como um dos mais
atentos no mundo às práticas de sustentabilidade das empresas:
86% afirmam estar dispostos a recompensar companhias
com boas práticas e 80% dizem punir as que agem de forma
irresponsável nas questões socioambientais.

Há também ceticismo em relação à falsa propaganda
sobre as atitudes "verdes" das empresas. Para 64% dos brasileiros
elas só investem em sustentabilidade para melhorar sua
imagem pública. Outro obstáculo é que os produtos "verdes"
ainda são vistos como nichos de mercado e ficam restritos a
consumidores de maior poder aquisitivo.

O porta-voz do estudo no país acredita que o elevado
grau de consciência sobre sustentabilidade pode ser explicado
pela presença do tema na mídia e pela percepção de que os
recursos naturais são um diferencial no Brasil, considerado um
país rico nesse aspecto.

(Andrea Vialli. O Estado de S. Paulo, Vida & Sustentabilidade,
H6, Especial, 30 de outubro de 2009, com adaptações)

Considere as afirmativas seguintes a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto:

I. A presença de pontos-e-vírgulas no 2°parágrafo assinala pausa maior entre as afirmativas separadas por esses sinais.

II. O segmento introduzido pelos dois-pontos no 3° parágrafo constitui um argumento que justifica a afirmativa que o precede.

III. As aspas na palavra "verdes", em ambas as situações no 4° parágrafo, conferem a ela sentido especial no contexto, como sinônimo de atitudes e produtos que respeitam o meio ambiente.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Vivendo e aprendendo:O ponto-e-vírgula marca uma pausa mais longa que a da vírgula, no entanto menor que a do ponto. E é empregado para: * Separar as partes de um período. * Separar orações coordenadas que sejam quebradas no seu interior por vírgula; para marcar pausa maior entre as orações: o Não esperava outra coisa; afinal, eu já havia sido avisado. * Frisar o sentido adversativo antes da conjunção; * Separar orações coordenadas que se contrabalanço em força expressiva (formando antítese, por exemplo): o Muitos se esforçam; poucos conseguem. o Uns trabalham; outros descansam. * Separar orações com certa extensão, que dificultem a compreensão e respiração: o Os jogadores de futebol olímpico reclamaram com razão das constantes críticas do técnico; porém o teimoso técnico ficou completamente indiferente aos apelos dos atletas. * Separar diversos itens: o a) a alta de desemprego no país; o b) a persistente inflação; o c) a recessão econômica. * Separar itens de uma enumeração (em leis, decretos, portarias, regulamentos etc.):
  • Eu excedi minha cota diária para ver a resposta. Qual é a resposta certa?
  • A resposta correta é a letra E.  



    Cabe salientar que é só dar dois cliques na prova que fica no enunciado (logo abaixo do número da questão) para você visualizar o gabarito e a prova respectivos.

    Abraço e bons estudos!

ID
108589
Banca
FCC
Órgão
SEAD-AP
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entraram na crônica policial do Estado de São Paulo siglas como PCC. Ela significa Primeiro Comando da Capital. Trata-se de uma facção de criminosos, ao que consta nascida em Taubaté, que atua nos presídios paulistas. O PCC protagonizou a inédita megarrebelião que, num mesmo dia, amotinou presos na capital e em diversas cidades do interior paulista.
Esse tipo de organização era mais conhecido na trajetória dos presídios do Rio de Janeiro. Parece que agora age com mais desenvoltura em São Paulo. Para o Secretário Estadual da Segurança Pública, Marco Vinício Petreluzzi, esse fenômeno não causa surpresa. "Não me espanta que em qualquer cadeia haja tentativa de organização por parte dos presos, porque, afinal, estamos tratando com criminosos", disse o Secretário.
Pode causar espécie o ceticismo de Petreluzzi, até mesmo pela responsabilidade do cargo que ocupa, mas ele contém um ponto que merece reflexão. De fato, a concentração de criminosos facilita a formação dessas organizações que passam a fazer dos presídios uma espécie de quartel-general do crime, de onde se comandam "operações" internas e externas.
Mas características específicas do sistema prisional brasileiro também contribuem para formar o caldo de cultura propício às organizações criminosas. Podem ser citados, nesse sentido, fatores como superlotação, baixa inteligência na administração de presídios, corrupção e reunião de presos que não poderiam conviver no mesmo recinto.
O Governo do Estado toma algumas providências para combater esse tipo de organização. Mas é preciso mais para que as assombrosas siglas dessas gangues de presídios não venham a fazer parte de uma triste rotina contra a qual nada se pode fazer. Que não se propague o temível exemplo de motim rganizado, apresentado por esse tal PCC.


Folha de S. Paulo, 19 fevereiro 2001

O uso das aspas na palavra "operações" (3º parágrafo)

Alternativas
Comentários
  • REsposta letra "D"

    Cumpre ressaltar a importância das "aspas", pois a crença na verdade dos fatos como um dos pilares do jornalismo contemporâneo foi também “uma invenção”, num determinado momento histórico e em um contexto de mudanças e transformações.

    O uso das aspas no período destacado tem, no texto, a função de indicar:

    a)que a forma não está sendo empregada no seu sentido mais corrente.
    b)que o termo é incoerente com o que se descreve.
    c)ironia ou exagero.
    d)que se trata de uma citação.

    Outrossim, podemos dizer:

    A função básica das aspas, geralmente, duplas (“ ”), é isolar palavras, expressões, frases, e até mesmo um texto. Quando uma frase começa e termina entre aspas, seu sinal de pontuação deve ficar entre aspas também:

    • Vargas terminou sua carta testamento assim: "Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História."

    Caso contrário, o sinal de pontuação deve ficar fora das aspas como no exemplo:

    • A notícia foi dada pelo “Jornal do Brasil”.

    Observação: Se, por acaso, depois de uma frase ou período fechado por aspas, acrescentamos uma nota entre parênteses, o ponto fica no final dos parênteses e não das aspas:

  • GABARITO: D


ID
116509
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O mercado não deixa de ser uma criatura assaz estranha, pois ela é apresentada como se fosse portadora de vontade. Ouvimos freqüentemente que o mercado "quer" isto ou aquilo, que ele tem tal ou qual expectativa, como se
tratássemos com um ente volitivo, dotado de desejos, paixões e esperanças. Como uma criança mimada, se a sua vontade é contrariada, o seu mau humor imediatamente se manifesta, expressando-se na queda das bolsas, no aumento
da cotação do dólar e do dito risco Brasil.
Não se trata, evidentemente, de negar que o mercado tenha regras que devem ser obedecidas, sob pena de uma disfunção total do corpo social e econômico. Seguir
regras faz parte de qualquer comportamento, sem que daí se infira necessariamente que obedecer a um conjunto de regras torna esse conjunto um ser dotado de vontade. Se sigo regras de trânsito, daí não se segue que essas regras "queiram" tal ou qual coisa, senão no sentido derivado de que seres volitivos impuseram a si mesmos esse conjunto de regras. (...)
No domínio econômico observamos dois tipos de processos, de essência diferente, que tendem a ser identificados, sobretudo na vida política e, mais
especificamente, eleitoral. Se um determinado governo, seguindo certas políticas, não segue regras econômicas básicas, ele certamente produzirá um descalabro completo das contas públicas e uma desorganização total das relações
socioeconômicas. As experiências socialistas e comunistas do século XX são plenas de ensinamento nesse sentido, pois, ao serem conduzidas contra o mercado, produziram regimes totalitários com milhões de mortos. A supressão das liberdades democráticas foi a sua primeira manifestação mais visível.
Não se pode, contudo, dizer que o mercado não comporte um leque muito variado de políticas, algumas muito distantes entre si. (...)
Quem quer determinadas políticas, e não outras, são os agentes econômicos, sociais e políticos que, dependendo das orientações seguidas, não "querem" a sua implementação. Como não se assumem diretamente, apresentam os seus interesses sob uma forma impessoal, como se uma entidade coletiva e mirabolante não quisesse certas ações. Toda política favorece determinados interesses e contraria outros, sem que se possa dizer que exista uma política de custo zero que beneficiaria todos os agentes envolvidos. Uma política que favoreça as exportações e a substituição de importações, por exemplo, irá contrariar outros interesses que são hoje satisfeitos. Uma política de redistribuição de renda necessariamente tirará de alguns para favorecer os mais carentes.
A especulação que temos observado no mercado financeiro obedece precisamente a esse jogo de interesses contrariados ou favorecidos, em que simples rumores de subida ou de descida de determinados candidatos nas
pesquisas de opinião produzem lucros para alguns e prejuízos para outros. Em alguns casos, os rumores relativos a essas pesquisas nem se confirmam, porém lucros e perdas não cessam de ser produzidos. E o que é pior: os prejuízos dizem respeito a todo o País.


(Denis Lerrer Rosenfeld, O Estado de S. Paulo, agosto
de 2002)

... que o mercado "quer" isto ou aquilo... ... que essas regras "queiram" tal ou qual coisa... ... não "querem" a sua implementação.

O uso das aspas nas frases acima, retiradas do texto,

Alternativas
Comentários
  • ( A) - Se sigo regras de --trânsito--- daí não se segue que essas regras "queiram" tal ou qual coisa,(TRÂNSITO AO INVÉS de gíria que identificam o mercado financeiro).(C)- ÊNFASE
  • Empregam-se as aspas para:1. Isolar citação textual colhida a outrem.- Como afirma Caio Jr.: "A questão da imigração européia do século XIX está intimamente ligada à da escravidão".- As aspas só aparecem depois da pontuação quando abrangem todo o período."Não tenhas ciúmes de tua mulher para que ela não se meta a enganar-te com a malícia que aprender de ti". (Machado de Assis)2. Isolar palavras ou expressões estranhas à língua culta, tais como: gírias, expressões populares, estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, etc.- Ele estava "numa boa".- O rapaz ficou "grilado" com o resultado.3. Mostrar que uma palavra está sendo utilizada em sentido diverso do habitual (geralmente, expressando ironia)- Fizeste "excelente" serviço.- Sua ideia foi mesmo "fantástica".4. Dar destaque a uma palavra ou expressão.- Já entendi o "porquê" do seu projeto; só não percebo "como" executá-lo.Correto: Item "c)"
  • Isso é questão de interpretação, não de acentuação gráfica ou coesão e coerência.

  • Mercado não tem querer, não possui desejo, pode no máximo ter necessidades. Por isso, o "quer" está com aspas, pelo sentido especial que lhe foi dado.
  • A questão está classificada em assunto errado. Favor corrigir.

ID
119074
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              O cosmopolita desenraizado

      Quando Edward Said morreu, em setembro de 2003, após batalhar por uma década contra a leucemia, era provavelmente o intelectual mais conhecido do mundo. Orientalismo, seu controvertido relato da apropriação do Oriente pela literatura e pelo pensamento europeu moderno, gerou uma subdisciplina acadêmica por conta própria: um quarto de século após sua publicação, a obra continua a provocar irritação, veneração e imitação. Mesmo que seu autor não tivesse feito mais nada, restringindo-se a lecionar na Universidade Columbia, em Nova York - onde trabalhou de 1963 até sua morte ?, ele ainda teria sido um dos acadêmicos mais influentes do final do século XX.


      Mas ele não viveu confinado. Desde 1967, cada vez com mais paixão e ímpeto, Edward Said tornou-se também um comentarista eloquente e onipresente da crise do Oriente Médio e defensor da causa dos palestinos. O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said - sua crítica à incapacidade do Ocidente em entender a humilhação palestina ecoa, afinal, em seus estudos sobre o conhecimento e ficção do século XIX, presentes em Orientalismo e em obras subsequentes. Mas isso transformou o professor de literatura comparada da Universidade de Columbia num intelectual notório, adorado ou execrado com igual intensidade por milhões de leitores.

      Foi um destino irônico para um homem que não se encaixava em quase nenhum dos modelos que admiradores e inimigos lhe atribuíam. Edward Said passou a vida inteira tangenciando as várias causas com as quais foi associado. O "porta-voz" involuntário da maioria dos árabes muçulmanos da Palestina era cristão anglicano, nascido em 1935, filho de um batista de Nazaré. O crítico intransigente da condescendência imperial foi educado em algumas das últimas escolas coloniais que treinavam a elite nativa nos impérios europeus; por muitos anos falou com mais facilidade inglês e francês do que árabe, sendo um exemplo destacado da educação ocidental com a qual jamais se identificaria totalmente.

      Edward Said foi o herói idolatrado por uma geração de relativistas culturais em universidades de Berkeley a Mumbai, para quem o "orientalismo" estava por trás de tudo, desde a construção de carreiras no obscurantismo "pós-colonial" até denúncias de "cultura ocidental" no currículo acadêmico. Mas o próprio Said não tinha tempo para essas bobagens. A noção de que tudo não passava de efeito linguístico lhe parecia superficial e "fácil". Os direitos humanos, como observou em mais de uma ocasião, "não são entidades culturais ou gramaticais e, quando violados, tornam-se tão reais quanto qualquer coisa que possamos encontrar".

            (Adaptado de Tony Judt. "O cosmopolita desenraizado". Piauí, n. 41, fevereiro/2010, p. 40-43)

Em relação à pontuação utilizada no texto, está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  •  B) Separando oração subordinada subs. adj. explicativa.

    Comentários sobre a alternativa A?

  • Alguém poderia explicar por que a alternativa A está correta???

  • As vírgulas sempre poderão substituir travessões, porém, os travessões nem sempre poderão substituir as vígulas. ok?
  • A) O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ; sua crítica à incapacidade do Ocidente em entender a humilhação palestina ecoa, afinal, em seus estudos sobre o conhecimento e ficção do século XIX, presentes em Orientalismo e em obras subsequentes. 

    Ideia da 1º parte até o ponto-e-vírgula tem sentindo oposto à da 2ª parte após o ponto-e-vírgula. CORRETO. 

    Substitua o ponto-e-vírgula por "ao contrário". 

  • Quanto a "a",

    deveria ser errada também, considerando o histórico de cobrança da banca:

     

     

    Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Provas: FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Operação de Computador 

    Considere a frase original e a frase que a reformula. 

    Tinha, dizia, “o telhado mais lindo da cidade”, cuja forma lhe sugeria “uma lagosta deitada de bruços”. 

    Ela dizia que tinha o telhado mais lindo da cidade, pois a forma dele lhe sugeria uma lagosta deitada de bruços. 

    Na nova redação,

    A nenhuma informação se perdeu, considerado o texto original. ERRADO

    B o emprego de “Ela” foi necessário, pois é o único modo de se saber quem é o falante. ERRADO

    Cum traço descritivo do texto original foi apresentado como o “motivo” da apreciação de Elizabeth. CERTO

    D constitui erro a palavra “pois” não vir seguida de uma vírgula. ERRADO

    E a vírgula poderia ser substituída por um ponto e vírgula, sem interferência alguma no fluxo da leitura. ERRADO


ID
121732
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De toda a água existente no planeta, apenas o percentual de 3% é doce, e sua maior parte está em geleiras. Mas o restante, se bem usado, pode abastecer a natureza e o homem.

"O início das comunidades sedentárias é o início da necessidade de administrar suprimentos de água doce", diz o arqueólogo inglês Steve Mithen. "Esse é um ponto de partida para o grande dilema moderno. De preocupação de indivíduos, passou para cidades, nações e hoje é um tema global."

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que cerca de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e pelo menos dois bilhões não conseguem água adequada para beber, lavar-se e comer. Viver com escassez de água é uma condição associada a milhões de mortes ao ano, causadas por doenças, má nutrição, fome crônica. Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor.

O crescimento populacional e a necessidade de abastecer as pessoas com água ? incluindo aí uma atividade crucial, a agricultura - são fatores essenciais na questão, que o aquecimento global vem agravar. Só para atender à produção de alimentos, o Banco Mundial estima que o consumo de água aumentará 50% por volta de 2030. Especialistas anteveem que, se nada for feito, bilhões de indivíduos se juntarão aos que já sofrem com sua falta. As decorrências disso serão doenças, fome, migrações e conflitos pela posse de água.

A má gestão da água tem reduzido os estoques aproveitáveis. Fator importante é a crença da maioria das pessoas de que a água é um bem comum, que não pertence a ninguém em especial. Há, também, uma evidente desproporção entre o que é extraído e o volume de reposição disponível, sobretudo a partir do século passado.

(Adaptado de Eduardo Araia. Planeta, março de 2009, p. 44-49)

Instruções: Para responder às questões de números 7 e 8, considere o 2º parágrafo do texto.

O emprego das aspas identifica

Alternativas
Comentários
  • As aspas (" ")Empregam-se principalmente:Para citações, que é o caso!
  • Gabarito letra E.

    "O início das comunidades sedentárias é o início da necessidade de administrar suprimentos de água doce", diz o arqueólogo inglês Steve Mithen.

    OU SEJA, uma transcrição fiel das palavras de um especialista no assunto abordado.


ID
121903
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De toda a água existente no planeta, apenas o percentual de 3% é doce, e sua maior parte está em geleiras. Mas o restante, se bem usado, pode abastecer a natureza e o homem.
"O início das comunidades sedentárias é o início da necessidade de administrar suprimentos de água doce", diz o arqueólogo inglês Steve Mithen. "Esse é um ponto de partida para o grande dilema moderno. De preocupação de indivíduos, passou para cidades, nações e hoje é um tema global."
A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que cerca de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e pelo menos dois bilhões não conseguem água adequada para beber, lavar-se e comer. Viver com escassez de água é uma condição associada a milhões de mortes ao ano, causadas por doenças, má nutrição, fome crônica. Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor.
O crescimento populacional e a necessidade de abastecer as pessoas com água ? incluindo aí uma atividade crucial, a agricultura - são fatores essenciais na questão, que o aquecimento global vem agravar. Só para atender à produção de alimentos, o Banco Mundial estima que o consumo de água aumentará 50% por volta de 2030. Especialistas anteveem que, se nada for feito, bilhões de indivíduos se juntarão aos que já sofrem com sua falta. As decorrências disso serão doenças, fome, migrações e conflitos pela posse de água.
A má gestão da água tem reduzido os estoques aproveitáveis. Fator importante é a crença da maioria das pessoas de que a água é um bem comum, que não pertence a ninguém em especial. Há, também, uma evidente desproporção entre o que é extraído e o volume de reposição disponível, sobretudo a partir do século passado.

(Adaptado de Eduardo Araia. Planeta, março de 2009, p. 44-49)

Para responder considere o 2º parágrafo do texto.

O emprego das aspas identifica

Alternativas
Comentários
  • Início do 2º parágrafo: "O início das comunidades sedentárias é o início da necessidade de administrar suprimentos de água doce", diz o arqueólogo inglês Steve Mithen.


ID
130474
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O sociólogo belgo-canadense Derrick de Kerckhove
define de maneira singular o atual momento em que se dá a
evolução da tecnologia. "Vivemos em estado permanente de
inovação, e não é possível detê-la."

Discípulo do filósofo Marshall McLuhan, famoso por ter
lançado o conceito de aldeia global, Kerckhove explica seu raciocínio
mostrando que, entre a aquisição da linguagem humana
e o surgimento da escrita, houve um intervalo de 1.400 gerações.
Da escrita ao desenvolvimento da imprensa, esse prazo
sofreu uma brutal redução: passaram-se 265 gerações. Já
revoluções recentes, que disseminaram a televisão, o computador
e a internet, ocorrem em intervalos de poucos anos. E
todas têm sido vivenciadas por uma ou duas gerações. É um
ritmo estonteante de novidades.

Kerckhove define que o meio é a base para esse salto
da inovação. As sociedades orais eram mais conservadoras,
porque tinham no corpo seu limite para a difusão da linguagem.
Guardavam na memória tudo o que fosse necessário para o
bom funcionamento do grupo. Com a escrita, o aprendizado
tornou-se mais fácil. O homem pôde inovar, usando os registros
históricos. O surgimento da impressão trouxe um novo
paradigma. Outra importante etapa na escalada da evolução
tecnológica deu-se com a eletricidade. Como meio, ela passou
a transportar a linguagem - pelo telégrafo, pelo rádio e pela
televisão - e ajudou a vencer qualquer distância. Depois,
associou-se à digitalização. "Assim nasceram as condições para
o atual estado de inovação permanente", diz ele.

(Adaptado de Ana Paula Baltazar. Veja Especial Tecnologia.
setembro de 2008, p. 52)

A afirmativa INCORRETA a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto é:

Alternativas
Comentários
  • Vamos lá, para mim a letra "E" seria passível de anulação, pois certo que não altera o sentido original, mas ocasiona um erro, pois a questão deveria também dizer que a letra "E" depois do ponto deve ser substituida pelo "e" minúsculo para que o enunciado da questão fique mais completo e correto. Nesse caso então teríamos duas respostas corretas, letra "D" e "E".
  • CARO COLEGA, QUANDO A QUESTAO FALA EXCLUSIVAMENTE EM ALTERAÇAO DO "SENTIDO", PODEMOS DESCONSIDERAR DETALHES COMO ESTE POIS NAO NOS É SOLICITADO CORREÇAO GRAMATICAL.

  • Não acho que deva ser desconsiderado, pois quando se muda a pontuação é preciso adequar as letras sim em maiusculas ou minusculas.
  • A questao pede a incorreta EM RELAÇÃO AO EMPREGO DE PONTUAÇÃO. SOMENTE.
    É obvio que deveria haver a  substituição do E (maiscúlo) para o e ( minúsculo), mas não é esse o comando da questao. Não é isso que a questão pede. Então está corretissima.
  • concordo, D esta correta

     


ID
143947
Banca
FCC
Órgão
TCE-GO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Brasil deu um passo importante ao estabelecer um
Plano Nacional de Mudanças Climáticas com metas para a
redução do desmatamento da Amazônia e, por consequência,
das emissões de gases do efeito estufa. O documento, porém,
deixa uma lacuna em relação às adaptações aos danos que
devem ser provocados pelo aquecimento global, mesmo se as
emissões fossem zeradas hoje. A opinião é de ambientalistas e
cientistas envolvidos com a questão.

Isso é reflexo de um problema fundamental: o Brasil
pouco conhece sua vulnerabilidade às alterações do clima. Com
base em uma série de estudos sabe-se, por exemplo, quanto a
temperatura deve subir em cada região, que a Amazônia pode
sofrer um processo de savanização e que a elevação do nível
do mar pode pôr em risco a cidade do Recife. Pesquisas
mostram também que várias culturas agrícolas devem ser
afetadas no país, em especial a de soja, e que a região Nordeste
será a mais afetada, com intensificação do processo de
desertificação e perdas significativas no PIB.

Mas ainda faltam dados regionalizados que possam
servir de instrumento para a criação de políticas de adaptação.
Item pouco estudado é o da precipitação de chuvas, necessário
para identificar a vulnerabilidade das cidades. Só com esses
dados será possível prever enchentes e seu impacto na infraestrutura
dos municípios, em sua economia e na saúde da
população. A secretária de Mudanças Climáticas do Ministério
do Meio Ambiente admite a falha. "A verdade é que, por muito
tempo, houve uma resistência em todo o mundo: discutir
adaptação era como jogar a toalha. Como se, ao admitir que vai
esquentar mesmo, estaríamos desistindo de atuar em mitigação.
Hoje não se pensa mais assim. Mitigação e adaptação são
complementares, mas isso é muito complexo quando não se
sabe direito o que vai ocorrer e onde. É um item mais fraco no
plano, porque o conhecimento das vulnerabilidades é menor."

(Adaptado de Marcio Silva. O Estado de S. Paulo, Especial H4,
5 de dezembro de 2008)

Para responder às questões de números 6 a 8, considere o segmento entre aspas, no final do 3º parágrafo.

O emprego das aspas indica que se trata

Alternativas
Comentários
  • Um dos empregos das aspas é no caso de citação direta.

ID
164035
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A multiplicação de desastres naturais vitimando populações
inteiras é inquietante: tsunamis, terremotos, secas e inundações
devastadoras, destruição da camada de ozônio, degelo
das calotas polares, aumento dos oceanos, aquecimento do planeta,
envenenamento de mananciais, desmatamentos, ocupação
irresponsável do solo, impermeabilização abusiva nas grandes
cidades. Alguns desses fenômenos não estão diretamente
vinculados à conduta humana. Outros, porém, são uma consequência
direta de nossas maneiras de sentir, pensar e agir.
É aqui que avulta o exemplo de Hans Jonas.
Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade. A
obra mostra que as éticas tradicionais - antropocêntricas e
baseadas numa concepção instrumental da tecnologia - não
estavam à altura das consequências danosas do progresso
tecnológico sobre as condições de vida humana na Terra e o
futuro das novas gerações. Jonas propõe uma ética para a
civilização tecnológica, capaz de reconhecer para a natureza
um direito próprio. O filósofo detectou a propensão de nossa
civilização para degenerar de maneira desmesurada, em virtude
das forças econômicas e de outra índole que aceleram o curso
do desenvolvimento tecnológico, subtraindo o processo de
nosso controle.
Tudo se passa como se a aquisição de novas competências
tecnológicas gerasse uma compulsão a seu aproveitamento
industrial, de modo que a sobrevivência de nossas sociedades
depende da atualização do potencial tecnológico, sendo
as tecnociências suas principais forças produtivas. Funcionando
de modo autônomo, essa dinâmica tende a se reproduzir
coercitivamente e a se impor como único meio de resolução dos
problemas sociais surgidos na esteira do desenvolvimento. O
paradoxo consiste em que o progresso converte o sonho de
felicidade em pesadelo apocalíptico - profecia macabra que tem
hoje a figura da catástrofe ecológica. [...]
Jonas percebeu o simples: para que um "basta" derradeiro
não seja imposto pela catástrofe, é preciso uma nova
conscientização, que não advém do saber oficial nem da
conduta privada, mas de um novo sentimento coletivo de
responsabilidade e temor. Tornar-se inventivo no medo, não só
reagir com a esperteza de "poupar a galinha dos ovos de ouro",
mas ensaiar novos estilos de vida, comprometidos com o futuro
das próximas gerações.

(Adaptado de Oswaldo Giacoia Junior. O Estado de S. Paulo,
A2 Espaço Aberto, 3 de abril de 2010)

Considere as afirmativas a respeito dos sinais de pontuação empregados no texto.

I. Os dois-pontos, no 1º parágrafo, introduzem enumeração de fatos que exemplificam desastres naturais.

II. Os travessões isolam, no 3º parágrafo, um comentário explicativo da expressão imediatamente anterior a esse segmento.

III. O travessão único, no final do 4º parágrafo, pode ser corretamente substituído por uma vírgula, sem alteração do sentido original.

IV. As aspas colocadas na frase do final do texto "poupar a galinha dos ovos de ouro" têm por objetivo assinalar a ideia principal do texto.

Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • As aspas colocadas em "poupar a galinha dos ovos de ouro" tem a função de indicar que se trata de uma expressão idiomática, com sentido conotativo, figurado.

     

  • GAbarito letra D.

    I. Os dois-pontos, no 1º parágrafo, introduzem enumeração de fatos que exemplificam desastres naturais.CORRETO

    desastres naturais: (...) tsunamis, terremotos, secas e inundações devastadoras, destruição da camada de ozônio, ...

    II. Os travessões isolam, no 3º parágrafo, um comentário explicativo da expressão imediatamente anterior a esse segmento. CORRETO

    A obra mostra que as éticas tradicionaisantropocêntricas e baseadas numa concepção instrumental da tecnologia – não estavam à altura das consequências danosas do progresso...

    III. O travessão único, no final do 4º parágrafo, pode ser corretamente substituído por uma vírgula, sem alteração do sentido original. CORRETO

    O paradoxo consiste em que o progresso converte o sonho de felicidade em pesadelo apocalíptico, profecia macabra que tem
    hoje a figura da catástrofe ecológica. [...]

  • Esta faltando o 3º parágrafo!!!!

  • Uma linha considera-se parágrafo.


ID
167353
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

No contexto do 2º parágrafo, a presença das aspas na expressão "nova classe média"

Alternativas

ID
172204
Banca
FCC
Órgão
MPU
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quem caminha pelos mais de 70 quilômetros de praia da
Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo, pode perceber uma
paisagem peculiar. Em meio às dunas da restinga, onde deveria
existir apenas vegetação rasteira, grandes pinheiros brotam por
toda parte. A sombra das árvores é um bem-vindo refresco para
os moradores da região, mas a verdade ecológica é que elas
não deveriam estar ali - assim como os pombos não deveriam
estar nas praças das cidades, nem as tilápias nas águas dos
rios, nem o mosquito da dengue picando pessoas dentro de
casa ou as moscas varejeiras rondando raspas de frutas nas
feiras.
São todas espécies exóticas invasoras, originárias de
outros países e de outros ambientes, mas que chegaram ao
Brasil e aqui encontraram espaço para proliferar. Algumas são
exóticas também no sentido de "diferentes" ou "esquisitas", mas
muitas já se tornaram tão comuns que parecem fazer parte da
paisagem nacional tanto quanto um pau-brasil ou um tucano.
Outros exemplos, apontados pelo Programa Global de Espécies
Invasoras e por cientistas brasileiros, incluem o pinus, o dendezeiro,
as acácias, a mamona, a abelha-africana, o pardal, o
barbeiro, a carpa, o búfalo, o javali e várias espécies de
gramíneas usadas em pastos, além de bactérias e vírus
responsáveis por doenças importantes como leptospirose e
cólera.
Nenhuma delas é nativa do Brasil. Dependendo das
circunstâncias, podem ser meras "imigrantes" inofensivas ou
invasoras altamente nocivas. Dentro do sistema produtivo, por
exemplo, o búfalo e o pinus são apenas espécies exóticas.
Quando escapam para a natureza, entretanto, muitas vezes
tornam-se organismos nocivos aos ecossistemas "naturais".
Espécies invasoras não têm predadores naturais e se multiplicam
rapidamente. São fortes, tipicamente agressivas e
controlam o ambiente que ocupam, roubando espaço das
espécies silvestres e competindo com elas por alimento - ou se
alimentando delas diretamente.
Por sua capacidade de sobrepujar espécies nativas, as
espécies invasoras são consideradas a segunda maior ameaça
à biodiversidade no mundo - atrás apenas da destruição dos
hábitats. Ao assumirem o papel de pragas e vetores de doenças,
elas também causam impactos significativos na agricultura
e na saúde humana.

(Adaptado de Herton Escobar. O Estado de S. Paulo, Vida&,
23 de julho de 2006, A25)

O emprego das aspas em algumas palavras do texto

Alternativas
Comentários
  • O emprego de aspas ocorreu nas palavras “diferentes”, “esquisitas”, “imigrantes” e “naturais”.

     

    B) Estas palavras não são termos técnicos.

    C) Também não são gírias.

    D) Não mostram a inclusão de opiniões alheias, nem há um novo interlocutor no contexto.

    E) Não são palavras de origem estrangeira.

    Portanto, alternativa A.

  • letra A

    Neste texto o auto deve ser um taradão que gosta de deixar o texto de bastante gráficos, no caso ele encheu de aspas.
  • Sei lá ....Em algumas achei que o autor estava sendo ironico!


ID
188677
Banca
FCC
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em 1997, as obras da usina hidrelétrica de Salto Caxias,
no Paraná, revelaram material inusitado. Encravadas na terra,
havia gravuras indígenas em baixo-relevo que retratavam o
movimento dos corpos celestes, provavelmente utilizadas para
caça, pesca e agricultura.
A descoberta chamou a atenção de especialistas e remeteu
a estudos realizados em solo brasileiro séculos antes.
"Há grandes semelhanças entre o sistema astronômico utilizado
hoje pelos guaranis do sul do Brasil e as medições dos tupinambás
do Maranhão, descritas pelo missionário Claude
d'Abbeville em 1612", diz Germano Afonso, especialista em
etnoastronomia e pesquisador da Universidade Federal do Paraná.
"Isso ocorre apesar das diferenças linguísticas, da distância
geográfica e dos quase 400 anos que os separam no
tempo."
Claude d'Abbeville, monge capuchinho francês, esteve
no Brasil no século XVII em missões de evangelização junto a
aldeias indígenas do Maranhão. Seu relato, considerado uma
das mais importantes fontes de informação sobre a etnia tupi,
trazia uma novidade para a época: a relação de aproximadamente
30 estrelas e constelações utilizadas pelos índios para
atividades de plantio, pesca, caça e rituais religiosos. As semelhanças
entre os conhecimentos dos índios coloniais e os das
aldeias atuais motivaram novas pesquisas junto a etnias indígenas
de todo o país. "É possível que as tribos se utilizem
desse conhecimento desde que deixaram de ser nômades,
como forma de entender as flutuações sazonais de clima para
sua subsistência", diz Afonso.
As atividades das tribos indígenas guiam-se geralmente
por dois tipos principais de constelações. Há aquelas relacionadas
ao clima, à fauna, e à flora do lugar, conhecidas por toda a
comunidade, e outras, relacionadas aos espíritos indígenas,
mais difíceis de visualizar e conhecidas normalmente apenas
pelos pajés. No firmamento, encontram mais do que orientação
sobre marés e estações do ano: veem um retrato do mundo
terrestre.
Na estrada esbranquiçada da Via Láctea, tribos
encontram o principal ponto de referência para as medições
celestes. Chamam-na Tapi'i rapé (Caminho da Anta), devido à
posição das constelações que a formam. Se para medir
fenômenos climáticos as referências são animais terrestres,
quando se trata do sagrado a região recebe o nome de Morada
dos Deuses. Ali, próxima à constelação do Cisne, está a
mancha escura que simboliza Nhanderu, o deus maior guarani.
Sentado em um banco, segurando o Sol e a Lua, ele aparece
todos os anos para anunciar a primavera.
(Juliana Winkel. Brasil. Almanaque de cultura popular. São
Paulo: Andreato comunicação & cultura, ano 9, n. 97, maio de
2007, pp. 18-19, com adaptações)

Para responder às questões de números 10 a 12, considere o segmento abaixo.

"Isso ocorre apesar das diferenças linguísticas, da distância geográfica e dos quase 400 anos que os separam no tempo." (2º parágrafo)

A presença das aspas que isolam o segmento indica que se trata de

Alternativas
Comentários
  • LETRA E!

    "Há grandes semelhanças entre o sistema astronômico utilizado
    hoje pelos guaranis do sul do Brasil e as medições dos tupinambás
    do Maranhão, descritas pelo missionário Claude
    d'Abbeville em 1612", diz Germano Afonso, especialista em
    etnoastronomia e pesquisador da Universidade Federal do Paraná
    .
    "Isso ocorre apesar das diferenças linguísticas, da distância
    geográfica e dos quase 400 anos que os separam no
    tempo."
     


ID
219553
Banca
FCC
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      A região da Chapada Diamantina, Bahia, pode ficar sem onças-pintadas em um prazo de nove anos e meio. Já para a área de Bom Jesus da Lapa, o prognóstico é ainda pior: a extinção da espécie pode ocorrer em aproximadamente três anos. Para evitar um destino trágico, é preciso proteger mais áreas e tentar conectar, por meio de corredores ecológicos - ligação entre áreas de uso menos intensivo para garantir a sobrevivência da espécie -, os grupos que hoje estão isolados.
      Os dados são do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), órgão ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. O Cenap avalia que a onça-pitada está criticamente ameaçada na Caatinga. A estimativa é de que existam no bioma 356 animais, divididos em cinco áreas. Desse total, apenas cerca da metade está em idade reprodutiva (descontam-se os animais mais jovens e os muito velhos). Dessa forma, o número restante, 178, deixa a espécie em situação crítica - um dos critérios para a classificação é haver menos de 250 animais. 
      Uma analista ambiental afirma que a situação na Mata Atlântica é também extremamente grave. Uma estimativa preliminar, baseada em informações de diversos pesquisadores, indica a existência de 170 indivíduos maduros no bioma. Ela conta que é muito difícil encontrar vestígios do animal e mais raro ainda vê-lo.
      Os estudos confirmam que a população de onças-pintadas vem caindo a cada ano. Entre as ameaças, tanto na Caatinga quanto na Mata Atlântica, estão a alteração e a perda de hábitat, provocadas pelo desmatamento e a falta de alimento. Na Caatinga, parte da população se alimenta de tatus e porcos-do-mato e acaba havendo competição por essas presas. Também faltam matas contínuas para garantir a sobrevivência da onça-pintada. Outro conflito é que, ao matar rebanhos, elas podem incomodar fazendeiros e serem perseguidas.
      Para o Ibama, a espécie é considerada vulnerável, porque sua situação é melhor em outros biomas e regiões. O quadro é mais tranquilo no Pantanal e na Amazônia. É por isso que o presidente do Instituto Onça-pintada defende ações regionalizadas. "Cada bioma tem um problema diferente". A onça, explica, é uma espécie guarda-chuva. Ao fazer um esforço para sua preservação, várias outras espécies que estão no mesmo ecossistema se beneficiam. Ele acredita ser melhor investir na Amazônia onde, por haver grandes áreas de floresta intocadas, as populações de onças-pintadas conseguiram se manter, para garantir a sobrevivência do animal. Por isso, é importante evitar a degradação e o desmatamento.

(Afra Balazina. O Estado de S. Paulo, Vida&, A26, 24

de janeiro de 2010, com adaptações)


Considere as afirmativas sobre o emprego de sinais de pontuação no texto:

I. O segmento isolado por travessões no 1º parágrafo tem função explicativa, em relação à expressão que o antecede.

II. Os parênteses que isolam segmentos no 2º parágrafo indicam, respectivamente, a sigla de um órgão federal e uma observação que complementa o sentido do que vem sendo desenvolvido.

III. As aspas na frase contida no 5º parágrafo indicam tratar-se de afirmativa de uma autoridade no assunto apresentado no texto.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I - A região da Chapada Diamantina, (...). Para evitar um destino trágico, é preciso proteger mais áreas e tentar conectar, por meio de corredores ecológicos ? ligação entre áreas de uso menos intensivo para garantir a sobrevivência da espécie ?, os grupos que hoje estão isolados.

    Aqui apareceram duas interrogações(?), mas assumi que eram os travessões. Podemos perceber que o elemento isolado pelos travessões fornece uma explicação para a idéia já contida no texto.

    II - Os dados são do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), (...) Desse total, apenas cerca da metade está em idade reprodutiva (descontam-se os animais mais jovens e os muito velhos).

    Na primeira ocorrência dos parênteses é representado uma sigla e na segunda uma explicação a mais para o que o texto já apresentava.

    III - Para o Ibama, (...). É por isso que o presidente do Instituto Onça-pintada defende ações regionalizadas. "Cada bioma tem um problema diferente". A onça, explica, é uma espécie guarda-chuva.

    Podemos perceber aqui que o termo destacado entre aspas representa a fala do presidente citado anteriormente.

     

  • Para quem teve dificuldade como eu para localizar os travessões, no site, eles estão representados por pontos de interrogação.

     ? ligação entre áreas de uso menos intensivo para garantir a
    sobrevivência da espécie ?
  • Já vi outras questões nas quais isso acontece. O ? significa travessão. Deve acontecer algum erro qdo eles digitam..

    Bons estudos! Não desanimem!

ID
235294
Banca
CETAP
Órgão
AL-RR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sucesso tem fórmula

Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares e, dessa
forma, muito mais do que os mares. Para isso tinha os melhores navios.
E, para tê-los, precisava de excelentes carpinteiros navais. Com a
tecnologia do ferro, os navios passaram a ter couraça metálica.
Impossível manter a superioridade sem caldeireiros e mecânicos
competentes. Uma potência mundial não se viabiliza sem a potência
dos seus operários.
A Revolução Industrial tardia da Alemanha foi alavancada pela
criação do mais respeitado sistema de formação técnica e vocacional
do mundo. Daí enchermos a boca para falar da "engenharia alemã".
Mas, no fim das contas, todos os países industrializados montaram
sistemas sólidos e amplos de formação profissional. Para construir
locomotivas, aviões, naves espaciais.
Assim como temos a Olimpíada para comparar os atletas de
diferentes países, existe a Olimpíada do Conhecimento (World Skills
International). É iniciativa das nações altamente industrializadas, que
permite cotejar diversos sistemas de formação profissional. Competese
nos ofícios centenários, como tornearia e marcenaria, mas também
em desenho de websites ou robótica.
Em 1982, um país novato nesses misteres se atreveu a
participar dessa Olimpíada: o Brasil, por meio do Senai. E lá viu o seu
lugar, pois não ganhou uma só medalha. Mas em 1985 conseguiu
chegar ao 13º lugar. Em 2001 saltou para o sexto. Aliás, é o único país
do Terceiro Mundo a participar, entra ano e sai ano.
Em 2007 tirou o segundo lugar. Em 2009 tirou o terceiro,
competindo com 539 alunos, de sete estados, em 44 ocupações. É isso
mesmo, os graduados do Senai, incluindo alunos de Alagoas, Goiás e
Rio Grande do Norte, conseguiram colocar o Brasil como o segundo e o
terceiro melhor do mundo em formação profissional! Não é pouca
porcaria para quem, faz meio século, importava banha de porco,
pentes, palitos, sapatos e manteiga! E que, praticamente, não tinha
centros de formação profissional.
Deve haver um segredo para esse resultado que mais parece
milagre, quando consideramos que o Brasil, no Programa Internacional
de Avaliação de Alunos (Pisa), por pouco escapa de ser o último. Mas
nem há milagres nem tapetão. Trata-se de uma fórmula simples,
composta de quatro ingredientes.
Em primeiro lugar, é necessário ter um sistema de formação
profissional hábil na organização requerida para preparar milhões de
alunos e que disponha de instrutores competentes e capazes de
ensinar em padrões de Primeiro Mundo. Obviamente, precisam saber
fazer e saber ensinar. Diplomas não interessam (quem sabe nossa
educação teria alguma lição a tirar daí?).
Em segundo lugar, cumpre selecionar os melhores candidatos
para a Olimpíada. O princípio é simples (mas a logística é
diabolicamente complexa). Cada escola do Senai faz um concurso,
para escolher os vencedores em cada profissão. Esse time participa
então de uma competição no seu estado. Por fim, os times estaduais
participam de uma Olimpíada nacional. Dali se pescam os que vão
representar o Brasil. É a meritocracia em ação.
Em terceiro lugar, o processo não para aí. O time vencedor
mergulha em árduo período de preparação, por mais de um ano. Fica
inteiramente dedicado às tarefas de aperfeiçoar seus conhecimentos
da profissão. É acompanhado pelos mais destacados instrutores do
Senai, em regime de tutoria individual.
Em quarto, é preciso insistir, dar tempo ao tempo. Para passar
do último lugar, em 1983, para o segundo, em 2007, transcorreram 22
anos. Portanto, a persistência é essencial.
Essa quádrupla fórmula garantiu o avanço progressivo do
Brasil nesse certame no qual apenas cachorro grande entra. Era
preciso ter um ótimo sistema de centros de formação profissional. Os
parâmetros de qualidade são determinados pelas práticas industriais
consagradas, e não por elucubrações de professores. Há que aceitar a
idéia de peneirar sistematicamente, na busca dos melhores candidatos.
É a crença na meritocracia, muito ausente no ensino acadêmico.
Finalmente, é preciso muito esforço, muito mesmo. Para passar na
frente de Alemanha e Suíça, só suando a camisa. E não foi o ato
heróico, mas a continuidade que trouxe a vitória.
A fórmula serve para toda competição: qualidade valorizada,
seleção dos melhores, prática obsessiva e persistência. Quem aplicar
essa receita terá os mesmos resultados.

Claudio de Moura Castro
Fonte: Revista Veja n. 2153

Sobre os sinais de pontuação empregados no texto, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: C (Errada)

    ASSERTIVA A (Correta) A vírgula DEVE ser usada quando o adjunto adverbial (de tempo, de lugar e de modo...) estiver deslocado: Ex: O técnico analisou o problema no seu último relatório. (adjunto adverbial de lugar) - (ordem direta - sem vírgula); No seu último relatório, o técnico analisou o problema. (adjunto adverbial deslocado); O técnico, no seu último relatório, analisou o problema. (adjunto adverbial deslocado).
    Esta regra não é rígida. A vírgula pode ser omitida, principalmente em frases curtas e com adjuntos pequenos: Ontem, os representantes visitaram o sindicato. Ontem os representantes visitaram o sindicato.

    ASSERTIVA B (Correta) Daí enchermos a boca para falar da "engenharia alemã". Entende-se no contexto que o auto ironiza esta engenharia, considerando que a Revolução Industrial chegou tardiamente à Alemanha

     Comentem as outras. Obrigada. Rs

  • c) que, no sétimo parágrafo, o parêntese emite um juízo de valor positivo sobre as academias.

  • Quem não tem paciência não acerta.....


ID
246220
Banca
FCC
Órgão
MPE-RS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O surgimento dos Andes influenciou de forma decisiva a
imensa biodiversidade na Amazônia. A explosão ocorreu há
cerca de 10 milhões de anos, quando a alteração do relevo e do
curso dos rios provocou o surgimento de habitats sem
comunicação entre si. A datação contraria teorias de que a
riqueza das espécies teria começado há "apenas" 2 milhões de anos. Essas conclusões aparecem em um estudo recentemente
divulgado, trabalho que contou com a participação de quatro
autores brasileiros.
Há cerca de 23 milhões de anos a cordilheira dos Andes,
que estava confinada ao centro e ao sul do continente, começou
a emergir no norte da América do Sul. O evento geológico
provocou mudanças significativas na paisagem. "As formações
montanhosas e a mudança no curso dos rios produziram um
mosaico de habitats onde animais e plantas permaneceram
isolados", explica Francisco Negri, da Universidade Federal do
Acre. "Com o tempo, eles evoluíram e produziram diferentes
espécies."
O geólogo Jorge Figueiredo, da Petrobras, que trabalha
com prospecção de petróleo, afirma que dados da empresa
foram cruciais para os resultados do trabalho. Ao estudar os
dados coletados na região, percebeu que ofereciam informações
valiosas sobre a origem do rio Amazonas, essencial para a
biodiversidade local.

(Alexandre Gonçalves. O Estado de S. Paulo, Vida A33, 12 de
novembro de 2010, com adaptações)

Em relação ao emprego das aspas, a afirmativa correta é:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA A - ERRADA

    Não são em todas as situações em que o uso das aspas tem o mesmo sentido de chamar a atenção para o uso particular de determinadas palavras no contexto.

    a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos.

    Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências.Por favor, antes de sair, faça um “backup”!Ele mora lá nos “cafundó do Judas”!



    b) Antes ou depois de citações. (*)

    Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas".

    "É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém.

    * textos retirados ou baseadas em reportagens da Folha Online.

    c) Para assinalar palavras ou expressões irônicas.

    Exemplos: Eles se comportaram “super” bem.Sim, porque são uns “anjinhos”.

    Por Sabrina VilarinhoGraduada em LetrasEquipe Brasil Escola

ID
254020
Banca
FCC
Órgão
TRE-TO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até alguns anos atrás, a palavra biodiversidade era
quase incompreensível para a maioria das pessoas. Hoje, se
ainda não chega a ser um tema que se discuta nos bares, vem
se incorporando cada vez mais na sociedade em geral. Tudo
indica que a variedade de espécies de plantas, animais e
insetos de uma determinada área começa a ser uma
preocupação geral ? a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano
Internacional da Biodiversidade.
Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular,
convencer governos e sociedades de que a biodiversidade tem
importância fundamental para a espécie humana e para o
próprio planeta é uma perspectiva remota. Afinal, a quantidade
de espécies aparentemente não influencia a vida profissional,
social e econômica de quem está mergulhado nas decisões
mais prosaicas do dia a dia.
Como diz Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da 10a
Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade
Biológica, o objetivo desse encontro é "desenvolver um novo
plano estratégico para as próximas décadas, incluindo uma
visão para 2050 e uma missão para a biodiversidade em 2020."
Talvez seja um discurso um pouco vago devido à
urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se
um número tão grande de espécies ameaçadas. Diariamente,
100 delas entram em processo de extinção e calcula-se que nos
próximos 20 anos mais de 500 mil serão varridas definitivamente
do globo. Tudo isso ocorre, na maior parte, graças à
intervenção humana.
Nessas espécies encontra-se um vasto e generoso
banco genético, cuja exploração ainda engatinha, capaz de
fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas
eminentes. Esse fato poderia constituir argumento suficiente
para a preservação das espécies e das áreas em que elas se
encontram. No entanto, o raciocínio conservacionista tem sido
puramente contábil: quanto vale a biodiversidade, qual é o
prejuízo que representa sua diminuição e que investimento é
necessário para mantê-la. Nessa contabilidade, o que entra é
um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas
oferecem - como a purificação do ar e da água, o fornecimento
de água doce e de madeira, a regulação climática, a proteção a
desastres naturais, o controle da erosão e até a recreação. E a
ONU avisa: mais de 60% desses serviços estão sofrendo
degradação ou sendo consumidos mais depressa do que
podem ser recuperados.

(Roberto Amado. Revista do Brasil, outubro de 2010, pp. 28-
30, com adaptações)

Considere as afirmativas a respeito da pontuação nos trechos transcritos abaixo:

I. Tudo indica que a variedade de espécies de plantas, animais e insetos de uma determinada área começa a ser uma preocupação geral - a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. O travessão introduz um argumento que justifica o que acaba de ser afirmado.

II. Talvez seja um discurso um pouco vago devido à urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas. Os dois pontos introduzem segmento explicativo para a expressão anterior a eles, urgência dos fatos.

III. Nessa contabilidade, o que entra é um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas oferecem ... O emprego das aspas busca chamar a atenção para um sentido particular atribuído ao vocábulo serviços.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • resposta correta letra 'E' 
    para facilitar a visualização no insiso I, no lugar da interrogação seria travessão, provavelmente erro de digitação.
  • Errei em achar que era uma interrogação na letra A.
    Obrigado Aroldo!
  • Duvidosa a assertiva no ítem I.

    Sob a minha interpretação, a justificação incide justamente na via inversa à ora proposta: a consideração, pela ONU, consistente em 2010 representar o Ano da Biodiversidade justifica-se pela realidade de a variedade de espécies, etc, começar a ser uma preocupação geral, E NÃO O INVERSO. A mensagem que sucede o travessão não justifica a que o antecede, mas se apresenta como sua consequência. "Justificar" traz em si uma ideia de anterioridade (a intensidade das tempestades justifica as acentuadas enchentes, por exemplo), e não o inverso, conforme disposto no ítem em questão.
  • Caro Jorge, concordo plenamente contigo. O que justifica o fato de a ONU considerar 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade é que a variedade de espécies de plantas, animais e insetos de uma determinada área começa a ser uma preocupação geral, e não o inverso.

ID
254191
Banca
FCC
Órgão
TRE-TO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De volta à Antártida


A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa
polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões para
reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década.
Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um
documento do governo estabelece uma agenda de prioridades
para o continente gelado até 2020. A principal delas é a
reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para
realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros
e navegação por satélite, entre outros. A primeira expedição
da extinta União Soviética à Antártida aconteceu em 1955 e,
nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu
sete estações de pesquisa no continente. A Rússia herdou as
estações em 1991, após o colapso da União Soviética, mas
pouco conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O documento
afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações
para preservar a "paz e a estabilidade" na Antártida, mas
salienta que o país tem de se posicionar para tirar vantagem
dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial
do continente.


(Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23)

Em "paz e a estabilidade", na última frase do texto, o emprego das aspas

Alternativas
Comentários
  • Nao vi contraste na alternativa b, alguem explica?
  • Entendo que a letra b está errada pq , se vc ler com calma o texto, vai perceber que se trata de um texto descritivo!! Está apenas mostrando o que está na reportagem. Em nenhum momento do texto se percebe uma opinião do escritor. Como não tem opinião não tem como haver desconfiança por parte do autor. 
  • Na minha opinião caso fosse TRANSCRIÇÃO LITERAL as aspas não estariam apenas em "paz e a estabilidade", mas em todo o período, assim: ...o documento afirma: " que Moscou deve trabalhar com outras nações para preservar a paz e estabilidade na Antárdida", mas salienta: "que o país tem que se posicionar...territorial do continente." o que acham?

  • De fato,  trata-se apenas de uma narrativa, sem quaisquer considerações/opiniões do escritor que faz a transcrição do documento, conforme alternativa A, sendo esta a resposta ao gabarito. A calma na leitura traz esse entendimento.Confesso que também me deixei levar pela letra B, mas a releitura foi fundamental para a conclusão.


  • A pergunta parece estranha, mas como pode a transcrição literal de um documento do governo russo ser em português? Na pior das hipóteses é a tradução de um documento, o que impede que se ponha como transcrição literal. Ademais, não há nada que indique expressamente que aquele pedaço de texto estava no documento.


ID
256033
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano
aumentou 18% desde 1990. Mas a melhora estatística está
longe de animar os autores do Relatório de 2010. Eles argumentam
que, embora os números reflitam avanços em determinadas
áreas, o mundo continua a conviver com problemas
graves, que exigem uma nova perspectiva política.

O cenário apresentado pelo Relatório não é animador. O
documento adverte que, nestes 20 anos, parte dos países enfrentou
sérios problemas, sobretudo na saúde, anulando em alguns
anos os ganhos de várias décadas. Além disso, o crescimento
econômico tem sido desigual. Os padrões de produção
e consumo atuais são considerados inadequados.

Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório
traça caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da
ação pública na regulação da economia para proteger grupos
mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de
considerar pobreza, crescimento e desigualdade como temas
interligados. "Crescimento rápido não deve ser o único objetivo
político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia
a sustentabilidade do crescimento", informa o texto.

Um aspecto importante revelado pelo Relatório é que
muitas das ações para melhoria da saúde e da educação não
necessitam de grande investimento financeiro. Isso está mais
presente sobretudo onde os indicadores são ruins. "Numa
primeira etapa, medidas simples como inclusão do soro caseiro
e lavagem das mãos já trazem impacto relevante", avalia Flávio
Comim, economista do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento.


(Adaptado de Lígia Formenti. O Estado de S. Paulo, A30 Vida,
5 de novembro de 2010)

O trecho colocado entre aspas, no final do 3o parágrafo, indica que se trata de

Alternativas
Comentários
  • Usamos aspas para indicar uma citação ou destacar uma palavra ou expressão que queiramos dar especial relevo na frase.

    Gabarito B.
  • Comentário objetivo:

    "Crescimento rápido não deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a sustentabilidade do crescimento", informa o texto.

    É informado no próprio texto que trata-se de um excerto retirado literalmente de outro texto, de maneira exata.
  • Apenas corrigindo o colega do primeiro post, o GABARITO é D.
  • Gente, muito cuidado ao informar gabaritos, pois os comentários são de grande importância para muitos, principalmente aqueles que não são assinantes... nada de dar gabarito sem ter certeza sobre o que está falando.
  • LETRA D.


ID
263641
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para a filosofia, o conceito de belo liga-se, de maneira in-
dissociável, ao de verdadeiro - e, por extensão, ao de bom e
justo. Isso ecoa no cotidiano quando classificamos um bom ges-
to de "belo" ou recriminamos uma criança que cometeu peralti-
ce, dizendo que ela fez uma "coisa feia". Estamos, aí, ainda que
nos aspectos mais comezinhos da vida, no terreno da metafísi-
ca, a subdivisão do conhecimento filosófico que se debruça so-
bre tudo aquilo que ultrapassa a experiência sensível. Há, de fa-
to, na beleza - de uma flor, de uma pessoa, de uma obra de ar-
te - algo que parece transcender o aspecto físico e que se co-
necta ao que há de idealmente mais perfeito e, até mesmo, ao
que é considerado divino.
Mas, independentemente de estar associada a outros
conceitos sublimes, a beleza requer definição concreta - o que
nos ajuda, inclusive, se nem sempre a nos tornarmos mais ver-
dadeiros, bons ou justos, pelo menos mais agradáveis ao es-
pelho. Não basta, portanto, intuir que algo é belo. É preciso en-
tender por que desperta em nós essa percepção deleitosa.
De acordo com o estudo das proporções e da biologia
evolutiva, a beleza não é apenas questão de gosto: é a reunião
feliz, e não muito comum, de simetria, harmonia e unidade. Uma
forma de inteligência biológica com evidentes vantagens adap-
tativas. Em outras palavras, a beleza paira acima das aprecia-
ções meramente pessoais.
A progressiva compreensão das formas de beleza e as
tecnologias dela surgidas produziram uma grande conquista:

hoje, talvez não sejamos intrinsecamente mais belos do que ou-
tras gerações - mas podemos ficar mais bonitos do que nunca.
Tudo que nos permite explorar nossos pontos fortes e driblar
nossas fraquezas genéticas é resultante da combinação entre
os avanços nos cuidados com a aparência física e o estilo, a
possibilidade de envelhecer com saúde e, não menos essencial,
a valorização de atributos sociais como autoestima, simpatia, cul-
tura e expressividade. "É o equilíbrio dessas qualidades que tor-
na um indivíduo mais ou menos atraente", diz o cirurgião plás-
tico Noel Lima, do Rio de Janeiro.

(Adaptado de Anna Paula Buchalla. Veja, 12 de janeiro de 2011,
p. 79)

Considere, nas frases abaixo, as afirmações sobre o em- prego de sinais de pontuação.

I. Há, de fato, na beleza - de uma flor, de uma pessoa, de uma obra de arte - algo que parece transcender... (1o parágrafo) O travessões podem ser corretamente substituídos por parênteses, sem alteração do sentido original.

II. ...a beleza não é apenas questão de gosto: é a reunião feliz, e não muito comum, de simetria, harmonia e unidade. (3o parágrafo) O emprego dos dois pontos realça uma afirmativa cujo sentido se contrapõe, de modo claro, ao exposto na afirmativa anterior.

III. "É o equilíbrio dessas qualidades que torna um indivíduo mais ou menos atraente" As aspas isolam transcrição exata das palavras do médico citado no 4o parágrafo.

Está correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • Item I correto: 
    Um parêntese ou parêntesis é uma palavra, expressão ou frase que se interpõe num texto para adicionar informação, normalmente explicativa, mas não essencial. A característica fundamental dos parênteses é não afetar a estrutura sintática do período em que é inserido.
  • Os dois pontos são usados para:
    1. Enumeração
    2. Antes de um citação
    3. Quando se quer esclarecer algo
    E naõ como forma de realçar uma afirmação.
  • A vírgula, o travessão e os parênteses, quando isolam um termo explicativo dentro de um contexto podem ser trocados um pelo outro sem acarretar problema à frase.

    E os dois-pontos só são usados em:
    - Explicação
    -Numeração
    -Citação direta 
  • Resposa letra "C" ...

    Não existe contraposição das afirmativas como é afirmado. Mas os 02 pontos sevem para dar  à explicação ,de forma mais detalhada,um certo realce à explicação.

    Aí o erro é quanto a interpretação.

    Bons estudos a todos!!!!
  • dois pontos é usado quando há um esclarecimento ou explicação. e na frase II para mim se faz um esclarecimento ou explicação.ainda não entendi o erro dessa questão.
  • Jonatas,
     Acredito que a explicação da colega Sonia esclareça a sua dúvida, pois como ela entendo que o erro está na contraposição, entre o que está antes e depois dos dois pontos, trazida na assertiva.
  • Michelle, leia até o final do texto, por favor!

ID
315421
Banca
FCC
Órgão
TJ-AP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Estamos submersos no mundo da informação, alvejados
continuamente por notícias ou torpedos numa rede comunica-
cional em que se projeta a prevalência da mídia, que passou a
conformar nosso modo de ser. O virtual assume papel relevante
na realidade, pois as formas de conhecer e avaliar deixaram de
ser fruto da leitura e da reflexão para se alicerçarem unicamente
na informação rápida, no conhecimento por tiras, retirado das
comunicações que são enviadas em processo contínuo de
transmissão durante todo dia, compartilhadas por todos.
Dessa forma a assunção de convicções individuais, bem
como o silêncio e a solidão cederam passo a uma posição
passiva de recepção contínua e coletiva de comunicações, com
aceitação indiscutida da informação urgente trazida pelos
órgãos da imprensa. E o grande meio de informação ainda é a
televisão, em especial no Brasil, malgrado o crescimento da
internet. Mas o que é a televisão?
A televisão pode ser uma via autoritária, na medida em
que penetra nossa existência em todos os instantes, de manhã
até a noite. Não há mais horário para ver televisão, vê-se
televisão a todo tempo. Não se escolhe um programa de
televisão, liga-se a televisão, cuja mensagem é recebida
enquanto se conversa ou durante o jantar. Assim, a televisão é
uma imposição de modos de ser, de pensar, que vão sendo
introjetados imperceptivelmente. Os programas de baixo nível,
nada educativos e exploradores de anseios de sucesso
segundo o modelo dos "famosos", são fenômenos graves, pois
hoje não têm mais força os emissores simbólicos tradicionais: a
religião, a escola, o sindicato, a família. Concentra-se a capaci-
dade de transmissão simbólica nos meios de comunicação, com
fácil penetração dos estereótipos forjados pela mídia em campo
aberto, dada a desavisada recepção. Assim, o rádio e a
televisão têm um impacto extraordinário porque expressam
manifestações de cunho valorativo, mesmo no campo político, e
modelam a opinião pública.
Em grande parte dos países democráticos há formas de
controle da mídia, porém prevalece a autorregulação, tal como
no Canadá, na Austrália, na Inglaterra. A autorregulação, a meu
ver, cabe ser exercida por um ombudsman, dotado de indepen-
dência e inamovibilidade durante seu mandato, que deverá
pautar sua ação em código de conduta do órgão de imprensa, a
ser registrado em conselho constituído segundo lei federal.
Desse modo, conciliam-se o direito de liberdade de expressão e
o direito de preservação dos valores éticos e sociais da pessoa
e da família, como expressa nossa Constituição. Faz-se, assim,
a conjugação e não a colisão de direitos.

(Trecho de artigo de Miguel Reale Júnior, com adaptações.
O Estado de S. Paulo, A2, Espaço aberto, 4 de dezembro
de 2010)

Considere as afirmativas seguintes a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto.

I. Mas o que é a televisão?
A questão colocada ao final do 2o parágrafo é apenas retórica, servindo para marcar uma pausa no desenvolvimento do texto, pois o autor parte do princípio de que os leitores já conhecem bastante bem o assunto.

II. O emprego das aspas em "famosos" (3o parágrafo) assinala noção valorativa do autor a respeito do sentido atribuído habitualmente a esse vocábulo.

III. Após os dois pontos, no 3o parágrafo, ocorre uma enumeração que explicita a expressão imediatamente anterior a esse sinal de pontuação.

Está correto o que consta SOMENTE em

Alternativas

ID
354790
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Campo Verde - MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                     A bola e o livro

A má distribuição de renda no país, os megapatrocínios, a idolatria constante na nossa cultura fazem surgir pessoas despreparadas para o uso de tanto dinheiro, enquanto escolas despencam, hospitais deixam de atender ao mais simples diagnóstico, aposentados choram pelo minguado aumento. Até quando isto vai continuar? A sociedade já não suporta ver estes “ídolos” na mídia. Por que os salários não são igualitários? Por que se concedem altos aumentos na política? Por que alguns artistas ganham a peso de ouro? Por que jogadores ganham tanto dinheiro e poder sem ter ficado nos bancos escolares? Por que tanto interesse das empresas em patrocinar estes jogadores? Será que uma bola é mais valiosa que um livro?

(Maria Marta Nascimento Cardoso – Rio In Carta dos Leitores, O Globo 11/07/2010)

Na passagem: ...já não suporta ver estes “ídolos” na mídia..., as aspas foram usadas para:

Alternativas
Comentários
  • Até quando isto vai continuar? A sociedade já não suporta ver estes “ídolos” na mídia.

    ídolos = idolatria de pessoas despreparadas

    ídolos no sentido figurado/conotativo (não no sentido real da palavra)
  • LETRA A - As aspas foram usadas para expressar uma ironia do autor.
  • a. item correto
    b. não é neologismo, pois neologismo significa é a criação de uma palavra dados os costumes da sociedade, ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra existente.
    c. uma citação não se compõe de uma única palavra
    d. o termo é próprio para o texto.
    e. a palavra não foi escrita de maneira incorreta.
  • Nessa questão, observar o contexto é fundamental para não se confundir.
    As aspas são empregadas também quando se trata de neologismo e citação, conforme as alternativas B e C.
    Porém, lendo o texto, percebe-se que se trata de uma ironia, pois o autor deixa claro que não concorda com a discrepância entre aqueles que ganham muito e são vistos como ídolos, enquanto os que estudam sofrem com salários muito inferiores.
  • As aspas tem basicamente três funções:

     

    Para neologismos -> ou seja, no uso de palavras ou expressões populares, gírias, neologismos (criação de palavra), estrangeirismos ou arcaísmos.

     

    Ex: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira”.

     

    Para citações -> Destaca a fala de alguém:

     

    Ex: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas".

     

    Para expressar ironia ->  EX:  O que o “anjinho” aprontou dessa vez?


ID
362935
Banca
FCC
Órgão
TCE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Vários estudos têm alertado que tanto a população da
Terra quanto os níveis de consumo crescem mais rapidamente
do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. Um
dos mais recentes, o relatório Planeta Vivo elaborado pela ONG
internacional WWF, estima que atualmente três quartos da
população mundial vivem em países que consomem mais
recursos do que conseguem repor.
Só Estados Unidos e China consomem, cada um, 21%
dos recursos naturais do planeta. Até 1960, a maior parte dos
países vivia dentro de seus limites ecológicos. Em poucas
décadas do atual modelo de produção e consumo, a humanida-
de exauriu 60% da água disponível e dizimou um terço das
espécies vivas do planeta.
"O argumento de que o crescimento econômico é a
solução já não basta. Não há recursos naturais para suportar o
crescimento constante. A Terra é finita e a economia clássica
sempre ignorou essa verdade elementar", afirma o ecoecono-
mista Hugo Penteado. Ele não está sozinho. A urgência dos
problemas ambientais e suas implicações para a economia das
nações têm sido terreno fértil para o desenvolvimento da
ecoeconomia, ou economia ecológica, que não é exatamente
nova. Seus principais expoentes começaram a surgir na década
de 1960. Hoje, estão paulatinamente ganhando projeção graças
à visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou.
Para essa escola, as novas métricas para medir o cres-
cimento não bastam, embora sejam bem-vindas em um proces-
so de transição. Para a ecoeconomia, é preciso parar de cres-
cer em níveis exponenciais e reproduzir – ou "biomimetizar" – os
ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve cami-
nhar para ser cada vez mais parecida com os processos
naturais.
"A economia baseada no mecanicismo não oferece mais
respostas. É preciso encontrar um novo modelo, que dê res-
postas a questões como geração de empregos, desenvolvi-
mento com qualidade e até mesmo uma desmaterialização do
sistema. Vender serviços, não apenas produtos, e também pro-
duzir em ciclos fechados, sem desperdício", afirma o professor
Paulo Durval Branco, da Escola Superior de Conservação
Ambiental. De acordo com ele, embora as empresas venham
repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra, são pou-
quíssimas as que fizeram mudanças efetivas em seus modelos
de negócio. O desperdício de matérias-primas, o estímulo ao
consumismo e a obsolescência programada (bens fabricados
com data certa para serem substituídos) ainda ditam as re-
gras.


(Texto adaptado do artigo de Andrea Vialli. O Estado de S.
Paulo,
H4 Especial, Vida &Sustentabilidade, 15 de maio de 2009)

Em relação aos sinais de pontuação empregados no 4o parágrafo do texto, está INCORRETO o que se afirma em:

I. Os travessões em – ou "biomimetizar" – salientam um determinado sentido, especificado pelo verbo.

II. As aspas em "biomimetizar" indicam intenção específica no uso desse verbo, cujo sentido vem explícito no mesmo parágrafo.

III. Os dois-pontos introduzem um segmento explicativo, correspondente à afirmativa anterior.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Letra E.  É importante atentar para o sentido do termo "biomimetizar", o qual pode ser equiparado ao sentido: imitar a natureza

    I. Os travessões em – ou "biomimetizar" – salientam um determinado sentido, especificado pelo verbo.
    O travessão presente no excerto objetiva oferecer clareza, ou seja, especificar o sentido do verbo. Saliente-se que o travessão poderá ser substituído pela vírgula quando vier isolando termo cuja função sintática seja de aposto explicativo. (CORRETA)

    II. As aspas em "biomimetizar" indicam intenção específica no uso desse verbo, cujo sentido vem explícito no mesmo parágrafo.
    A utilização das aspas objetiva enfatizar um termo, o qual, de fato, tem o seu sentido expresso no mesmo parágrafo: a economia deve ser transformada conforme os ciclos da natureza. (CORRETA)

    III. Os dois-pontos introduzem um segmento explicativo, correspondente à afirmativa anterior.
    De fato, os dois pontos anunciam um segmento explicativo, o qual vem expresso no texto da seguinte forma: Para a ecoeconomia, é preciso parar de crescer em níveis exponenciais e reproduzir – ou "biomimetizar" – os ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve caminhar para ser cada vez mais parecida com os processos naturais.  (CORRETA) 

    Bons estudos!
     
     
     Os O

  • Estao todas corretas?
    Cadê o q pede a questao?
    Em relação aos sinais de pontuação empregados no 4o parágrafo do texto, está INCORRETO o que se afirma em:
  • O gabarito está certo sim..

    A questão q se enrola! Ela pergunta o incorreto, mas antes das assertivas pergunta: Está correto o que se afirma em.

    Vai entender...

    Bons estudos! Não desanimem!
  • Essa questão foi anulada!
  • Todos os itens estão corretos. Essa questão foi anulada pela FCC pois o enunciado num primeiro momento pede os itens incorretos e depois pede os itens corretos.


ID
366172
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            Crime organizado e militarização

       Apesar de todos os avanços ocorridos no estado de direito, o crescimento da violência e da criminalidade, ao lado do agravamento das já graves violações de direitos humanos no ano de 1994, conduziu as autoridades a uma militarização crescente do enfrentamento da violência. Os resultados bastante limitados, para dizer o mínimo, atingidos pela ocupação militar da cidade do Rio de Janeiro mostram claramente a ineficiência dessa abordagem. O equívoco não é apenas logístico, mas reside na concepção mesma da abordagem militarizada.


         O estereótipo das sociedades modernas, em especial as cidades, como o lugar da violência faz crer que a violência urbana tenha aumentado de forma ininterrupta desde a formação das grandes cidades, mas isso não corresponde à realidade. Na realidade, o crescente monopólio da violência física e o autocontrole que os habitantes da cidade progressivamente se impuseram levaram a uma crescente “pacificação” do espaço urbano. Se os níveis de criminalidade forem tomados como um indicador de violência, fica claro que esta declinou desde meados do século XIX até meados do século XX: somente por volta dos anos 1960 a violência e o crime começam a aumentar, tornando-se o crime mais violento depois dos anos 1980.


         Apesar da violência, do crime, das graves violações de direitos humanos, não está em curso no Brasil uma “guerra civil” que exige uma crescente militarização, com a intervenção das forças armadas – como ocorreu na cidade do Rio de Janeiro. A noção de guerra é equivocada por que os conflitos ocorrem no interior da sociedade, onde seus membros e grupos sociais – especialmente em sociedades com má distribuição de renda – jamais cessam de viver em situações antagônicas. É a democracia que permite à sociedade conviver com o conflito, graças ao respeito das regras do jogo definidas pela constitucionalidade e dos direitos humanos, tanto direitos civis e políticos como sociais e econômicos: o enfrentamento militarizado do crime organizado não é compatível com a organização democrática da sociedade. Nenhuma pacificação na sociedade é completa. A matança pela polícia, a violência do crime, as chacinas, os arrastões, a guerra do tráfico não são episódios de uma guerra civil nem retorno ao estado de natureza. São consequências de conflitos e políticas de Estado permanentemente reproduzidas pelas relações de poder numa sociedade autoritária ao extremo, por meio das instituições e das desigualdades sociais.
(...)
        Essa crítica às operações militares e ao equívoco, a nosso ver, do governo federal e do governo do estado do Rio de Janeiro em prolongar, com pequenas modificações, um convênio de duvidosa legitimidade constitucional não visa pregar a inação do governo federal, ou até mesmo das forças armadas. É intolerável para o estado de direito e para a forma democrática de governo que largas porções do território nacional estejam controladas pelo crime organizado como em várias favelas e bairros ou nas fronteiras dos estados. Mas é inaceitável, na perspectiva de uma política de segurança sob a democracia, uma delegação do governo civil às forças armadas para um enfrentamento do crime que tem contornos das antigas operações antiguerrilhas. De alguma forma essa intervenção militar velada no estado do Rio de Janeiro confere novas formas inquietantes da militarização das questões civis da segurança pública, agravando a continuidade da influência das forças armadas já presente na manutenção do policiamento ostensivo por forças com estatuto de subsidiárias às forças armadas e pelo foro especial das justiças militares estaduais. Ora, a formalidade estrita da democracia requer que o governo civil exerça a plenitude de seu poder na definição e no exercício da política de segurança.

In: DIMENSTEIN, Gilberto. Democracia em pedaços – direitos humanos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 31-34.


“...não está em curso no Brasil uma “guerra civil " que exige uma crescente militarização..."

A justificativa para o uso de aspas na expressão sublinhada é a de que ela:

Alternativas
Comentários
  • cade a palavra sublinhada? -_-"

  • "...não está em curso no Brasil uma “guerra civil” que exige uma crescente militarização..."

  • INCAB poderia selecionar melhor os autores e os textos escolhidos, forçar o concurseiro a ler Dimmenstein é uma tortura por si só. Avaaante


ID
370585
Banca
FCC
Órgão
TCE-GO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   O Brasil deu um passo importante ao estabelecer um Plano Nacional de Mudanças Climáticas com metas para a redução do desmatamento da Amazônia e, por consequência, das emissões de gases do efeito estufa. O documento, porém, deixa uma lacuna em relação às adaptações aos danos que devem ser provocados pelo aquecimento global, mesmo se as emissões fossem zeradas hoje. A opinião é de ambientalistas e cientistas envolvidos com a questão.

    Isso é reflexo de um problema fundamental: o Brasil pouco conhece sua vulnerabilidade às alterações do clima. Com base em uma série de estudos sabe-se, por exemplo, quanto a temperatura deve subir em cada região, que a Amazônia pode sofrer um processo de savanização e que a elevação do nível do mar pode pôr em risco a cidade do Recife. Pesquisas mostram também que várias culturas agrícolas devem ser
afetadas no país, em especial a de soja, e que a região Nordeste será a mais afetada, com intensificação do processo de desertificação e perdas significativas no PIB.

       Mas ainda faltam dados regionalizados que possam servir de instrumento para a criação de políticas de adaptação. Item pouco estudado é o da precipitação de chuvas, necessário para identificar a vulnerabilidade das cidades. Só com esses dados será possível prever enchentes e seu impacto na infraestrutura dos municípios, em sua economia e na saúde da população. A secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente admite a falha. “A verdade é que, por muito tempo, houve uma resistência em todo o mundo: discutir adaptação era como jogar a toalha. Como se, ao admitir que vai esquentar mesmo, estaríamos desistindo de atuar em mitigação. Hoje não se pensa mais assim. Mitigação e adaptação são complementares, mas isso é muito complexo quando não se sabe direito o que vai ocorrer e onde. É um item mais fraco no plano, porque o conhecimento das vulnerabilidades é menor.”

 (Adaptado de Marcio Silva. O Estado de S. Paulo, Especial H4, 5 de dezembro de 2008)

Atenção: Para responder às questões de números 6 a 8, considere o segmento entre aspas, no final do 3º parágrafo.

O emprego das aspas indica que se trata

Alternativas

ID
619105
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Sempre há grande preocupação com a realização de obras em um prédio,
2 especificamente em relação à sua segurança. Por força do art. 1.336, II, do Código
3 Civil, é dever de todo condômino não realizar obras que comprometam a segurança
4 da edificação; dessa forma, o condomínio, representado por seu síndico, pode exigir o
5 cumprimento desse dever. A primeira dúvida que acomete os síndicos é se devem ou
6 não agir quando têm ciência da realização de alguma obra. Se ouvir uma martelada, o
7 síndico já deve solicitar informações sobre uma obra? Ou somente quando algum
8 vizinho reclama? Ou será que o síndico só deve se movimentar se houver algum
9 dano? A resposta é realmente simples: o síndico deve solicitar informações sobre
10 qualquer obra cujo volume justifique sua ação. Esse “volume” é avaliado, por
11 exemplo, com base no número de operários que entram e saem do condomínio, na
12 quantidade de carga e descarga de materiais ou entulhos dos imóveis, nos ruídos
13 gerados pelos trabalhos da obra etc.

(André Luiz Junqueira, Revista Bonijuris, abril 2011)

Ainda com referência ao texto, assinale a proposição verdadeira:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B correta, pois diante de pronome possessivo (sua) o artigo é facultativo e, portanto, o acento grave indicativo da crase também.

  • d) A ênclesi de verbo no infinitivo é sempre correto. Logo, pode-se usar "só deve movimentar-se”.
  • Ref. letra e

    Usa-se a vírgula:
    Para marcar inversão:
    a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.

    b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
  • Certinha. A crase é facultativa antes do pronome possessivo, mas dá um "chame", rs


  • Hum...Ok, letras A, mas a ênclise ao verbo principal é ainda assim possível: "só deve manifestar-se"... Então, UMA ênclise é possível. A alternativa não diz qual ênclise. Preciosismo talvez...

  • Há 3 casos em que a crase é facultativa:


    1) Antes de pronomes possessivos femininos (caso da questão);

    2) Antes de nomes próprios femininos;

    3) Antes da preposição "até", formando a locução prepositiva "até a".

  • É facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

    Minha avó tem setenta anos./ Minha irmã está esperando por você.

    A minha avó tem setenta anos./ A minha irmã está esperando por você.

    Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

    Cedi o lugar a minha avó.Cedi o lugar a meu avô.

    Cedi o lugar à minha avó.Cedi o lugar ao meu avô


  • Alternativa B - Ocorrência facultativa da CRASE.

    Antes de  pronomes possessivos femininos  no singular, desde que antecedam um substantivo ( pronome adjetivo ):

    Ex: Fizeram elogios  a ( à ) sua carta. 

    Contudo, quando o pronome possessivo for enpregado de forma absoluta ( pronome substantivo ), ocorrerá a crase:

    Ex: O professor deu mais valor a ( à ) minha redação do que à  sua.

    Mianha- pronome adjetivo

    Sua- pronome subatsntivo.

     

  • Não concordo com o gabarito.

    Apesar da virgula na letra B ser facultativa, é incorreto dizer que ela é recomendável, pois facultativo fica a escolha a quem escreve e não há recomendação dela ser usada ou nao. É facultativa.

    E na Letra D, "deve movimentar-se se houver" demonstra um caso de colisão (combinação desagradavel de sons), o que seria incorreto o uso da enclise na frase para evitar esse som, mesmo sendo possível no caso de locuçao verbal formada por verbo principal no infinitivo.

    Portanto, acredito que a Letra D está correta, ou pelo menos deveria ser reformuladas as duas opções B e D.


ID
619126
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa que apresenta pontuação INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A vírgula está separando o sujeito do verbo . Erro grosseiro.          

    QUANDO NÃO USAR A VÍRGULA?


    1. A relação mais comum entre os termos em uma frase é o que chamamos de ordem direta.

    Neste caso, a vírgula não é utilizada entre os termos. Observe:





     





     

  • Letra a- vírgula não separa sujeito do resto da oração
  • Não se separa o sujeito do verbo com vírgula!
  • Olá pessoal!!

    Resposta: "A" de avião...
         
           Vou passar-lhes uns bizus sobre o uso da tão temida, a vírgula!!


          A vírgula é usada para marcar uma pequena pausa,
    normalmente, nos seguintes casos:
    1º) Nas datas, para separar o nome da
    localidade.
    Ex.: Uruoca, 30 de novembro de 2011.

    2º) Depois do sim e do não, usados como
    resposta, no início da frase.
    Ex.: - Você vai estudar hoje?
    - Sim, eu vou

    3º) Para indicar a omissão de um termo (elipse ou
    zeugma), geralmente de um verbo.
    Ex.: Na sala, muitos alunos interessados. (há)
    - elipse
    Muitos preferem cinema; eu, teatro.
    (prefiro) - zeugma

    4º) Para separar termos de mesma função
    sintática | termos semelhantes | termos coordenados
    assindéticos | itens de uma enumeração.
    Ex.: Primos, tios, sobrinhos e netos viajaram.
    Mauro comproubalas, pirulitos, doces e
    pipocas.

    5º) Para separar o vocativo.
    Ex.: Senhor, livrai-nos de todo o mal!
    Júnior, minha senhora, é um bom rapaz.

    6º) Para separar o aposto.
    Ex.: Brasília, capital do Brasil, é belíssima.
    (explicativo)
    Meu coração, uma nau ao vento, está sem
    rumo. (comparativo)

    Ainda há mais casos em que a vírgula pode ser usada gente, mas meu comentário ficará muito prolixo, então optei por  colocar só alguns casos...

    Ahhh, ia esquecendo... Não se separa sujeito de predicado, foi o que houve na assertiva "A"!

    Abraço gente!!
  • Não se separa  o sujeito do verbo, gabartito a
  • Tudo bem, concordo que a alternativa "a" está incorreta. Mas eu nao sabia que se podia usar o travessão seguido de vírgula (alternativa "c").
    Alguem pode explicar?
  • Olá, pessoal!

    Essa questão foi anulada pela organizadora.


    Bons estudos!

ID
628099
Banca
FCC
Órgão
TCE-SE
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 7 referem-se ao texto seguinte.

A extinção de espécies animais é natural. De todas aquelas que já viveram neste planeta, 99% estão agora desaparecidas, e deve-se contar com o sumiço de algumas subespécies. A questão é a rapidez com que isso ocorre. Estudos mostram que o impacto da humanidade acelerou em 100 vezes o ritmo natural de extinção de espécies. Muitos cientistas acreditam que estamos assistindo à sexta extinção; as outras cinco ocorreram em épocas pretéritas. O impacto do homem sobre o ambiente e seu efeito devastador para a sobrevivência de muitos animais podem ser separados em cinco ameaças, todas elas contornáveis, sem causar a ruína da economia humana: a perda ou fragmentação de hábitats, a caça predatória (a captura é mais rápida do que a capacidade de reprodução), a poluição, com destaque para pesticidas agrícolas e efluentes urbanos lançados em águas, a alteração climática e a introdução pelo homem de animais estranhos a determinado bioma. O principal problema é, sem dúvida, a perda do hábitat. Quase 70% dos vertebrados que aparecem na lista de espécies ameaçadas são vítimas da expansão agrícola. Desmatamento, redução da camada polar, poluição dos oceanos destroem biomas, tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver. A atual extinção, não é, felizmente, um destino inevitável. "Tornou-se consenso em boa parte do mundo que devemos nos preocupar com a natureza e que só assim continuaremos a nos desenvolver", diz a diretora da Global Footprint Network, organização dedicada a calcular o impacto do homem na biodiversidade. "Há mais engajamento na luta pela conservação, sobretudo por parte das empresas", completa. (Filipe Vilicic. Veja, Edição Especial, Sustentabilidade, dez. 2010. p. 60-62, com adaptaçõ

Em relação ao emprego de sinais de pontuação no texto, está INCORRETA a afirmativa:

Alternativas
Comentários
  •  REPOSTA C

        Antes de mais nada, podemos concluir que estamos diante de uma Oração Subordinada Adjetiva Restritiva. Como concluímos isso? Através da presença do pronome relativo "que" (facilmente substituído por os quais que por natureza se refere ao termo "animais" evitando assim sua repetição na oração). Voltando à sugestão da alternativa, ao colocar a vírgula após o pronome relativo "que" estaríamos cometendo o erro pois este funciona sintaticamente como sujeito da oração a que pertence e, como sabemos, não podemos separar o sujeito do verbo em uma oração. Senão vejamos:

     Para sabermos a função do pronome relativo em uma oração, basta substituirmos este pelo nome a que se refere. Assim:

         ...os animais que deles dependem para sobreviver (já vimos que o P.R. "que" se refere à "os animais")
         
         Substituindo "que" por "os animais":

         Os animais dependem deles para sobreviver
            (Sujeito)

        Confirmamos, como afirmado incialmente, que o pronome relativo "que" funciona como sujeito na oração e, portanto, não pode ser separado do verbo da oração.

      Assim, podemos concluir de uma só vez como verificar a função sintática de um pronome relativo em uma oração e ver o porquê da vírgula não poder ser empregada nesse caso específico.

    Espero ter ajudado.
    Bons estudos a todos!
  • Eu particularmente não concordo. A vírgula transformação a oração de adjetiva para explicativa o que alteraria o sentindo, mas não hé prejuízo na estrutura do text. Não o tornaria gramaticalmente incorreto.
     

  • Vírgula Proíbida

    I- Entre o sujeito e o predicado;
    Ex: A velha irmã de Quaresma não tinha grande interesse pelo violão.
                    Suj.                                                      Predicado

    II- Entre o verbo e seus complementos;
    Ex: O orvalho frio e a névoa garoenta dão uma ligeira trégua às crianças.
                                                                       VTDI        OD                           OI
    III- Entre o nome e seus adjuntos adnominais;
    Ex: O bom e velho jogo está presente em vários momentos de nossa vida.

    IV- Entre o nome e seu complemento.
    Ex: Brincar é uma atividade acessível a todo ser humano.

  •    Opa Renato!
       É o seguinte amigo: caso a questão estivesse cogitando a colocação da vírgula ANTES do pronome relativo, aí sim você estaria completamente correto. Passaríamos de uma Oração Subordinada Adjetiva Restritiva para uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa. O caso é que a alternativa sugere a colocação da vírgula após o "que", portanto, o meu comentário está correto.
       Para fins de esclarecimento aos que nutrem alguma dúvida sobre a diferenciação entre esses dois tipos de oração subordinada, segue uma breve explicação:

    Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
    - Não vem separada por vírgulas, parênteses ou travessões;
    - Refere-se a um grupo restrito de indíviduos/coisas.

    Ex.:   As crianças que são estudiosas ganharão um brinde.
    (Semanticamente falando, a frase quer dizer que apenas as crianças que são estudiosas - restringe o grupo de crianças - ganharão o brinde)

    Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
    - Vem separada por vírgulas, parênteses ou travessões;
    - Denota uma explicação a respeito do grupo a que se refere;
    - Não causa efeito de restrição ao grupo referido assim como na Or. Sub. Adj. Restritiva.

    Ex.: As crianças, que são estudiosas, ganharão um brinde.
      (Aqui fica claro que todas as crianças a que me refiro são estudiosas sem haver nenhuma restrição e todas desse grupo ganharão um brinde)


        Espero ter deixado claro para todos essa diferenciação semântica que ocorre entre os dois tipos e ter esclarecido a importante indagação do Renato.

    Abraços!
    Bons estudos a todos!
  • Lembrete:
    Vírgula odeia pronome.



  • gabarito C!!

    comentário objetivo:

    A introdução de vírgula antes do pronome alteraria o sentido da frase - de oração sub. adjetiva restritiva >> para subordinada adjetiva explicativa.

  • a vírgula é DEPOIS do pronome e não antes....
  • a) Muitos cientistas acreditam que estamos assistindo à sexta extinção; as outras cinco ocorreram em épocas pretéritas. (2º parágrafo) CORRETO
    - A própria alternativa explica a questão - O ponto e vírgula surge para separar os dois segmentos do período por meio de uma pausa mais forte. 
    b) O longo segmento introduzido pelos dois-pontos no 2º parágrafo constitui uma enumeração especificativa. CORRETO
    “O impacto do homem sobre o meio ambiente e seu efeito devastador para a sobrevivência de muitos animais podem ser separados em cinco ameaças, todas elas contornáveis, sem causar a ruína da economia humana: a perda ou a fragmentação de habitats, a caça predatória (a captura é mais rápida do que a capacidade de reprodução), a poluição, com destaques para pesticidas agrícolas e efluentes urbanos lançados em águas, a alteração climatica e introdução pelo homem de animais estranhos a determinado bioma.”       
    c) tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver. (3º parágrafo) 
    A presença de uma vírgula após o pronome que seria facultativa, pois não traria nenhuma alteração à estrutura da frase. 
    ERRADO
    Explica-se:
    1- a vírgula deve ser colocada ANTES do pronome “que” e não depois.
    2 - A colocação da vírgula após o pronome “que” gera erro, portanto a vírgula é PROIBIDA e não facultativa.
    3 - A questão diz: A presença de uma vírgula após o pronome "que" seria facultativa, pois não traria nenhuma alteração à estrutura da frase. "Alteração a estrutura" significa alteração GRAMATICAL e não alteração de sentido.

    d) (a captura é mais rápida do que a capacidade de reprodução) 
    O segmento entre parênteses, no 2º parágrafo, contém sentido explicativo para a expressão caça predatória.
    CORRETO
    Os parênteses podem ser substituídos por virgulas ou travessões, sem ocorrer alteração semântica ou gramatical.
    e) Os segmentos isolados por aspas no último parágrafo correspondem a transcrições das palavras de uma autoridade envolvida com o problema apontado no texto. CORRETO
    Trata-se de uma citação, por isso a ocorrência das aspas.
    Fonte: Professora Grasiela Cabral
  • Eu acho que o Arthur Neves nem está mais cadastrado no QC pelo tempo, mas queria parabenizá-lo pela explicação, melhor que meu livro rsrsrsrsr

  • Mais não da nem pra Identificar os parágrafos nesta questão...

  • ANTES DO QUE TEM O VALOR EXPLICATIVO.


ID
701677
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O uso de sinais (aspas e travessão) está adequado à norma-padrão, que deve ser observada em uma correspondência oficial, na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • As aspas foram usadas para marcar a expressão estrangeira. 
  •  a)O artigo sobre o “processo de desregulamentação” foi publicado na Follha de São Paulo.ERRADO
     b) As chuvas de verão — fenômenos que se repetem desde há muito tempo podem ser previstas.ERRADO
     c) “Mutatis mutandis”, as novas diretrizes da direção em nada alteram as antigas.CERTO Poque as aspas é usada para expressões estrangeiras.
     d) O cuidado com a saúde — meta prioritária do governo, será ainda maior.
    ERRADO 
     e) — O diretor disse: Demita-se o funcionário ERRADO Porque quando o narrador fala pelo personagem o travessão não é utlizado.

    CONCLUSÃO:

    ASPAS _ (" ") 
    • Emquadrar uma citação_Ex: Está no acordo: " Terão direito à licença-prêmio somente os funcionários com mais de dez anos de empresa"
    • Em expressões estrangeiras, arcaicas, vulgarismos, neologismos, gírias etc.
    TRAVESSÕES (__)
    • Discursos direto, os personagens participam da histórias e suas falas são introduzidas por travessões.
    • No discurso indireto, o narrador fala pelo personagens e o travessão NÃO É UTILIZADO
    • Destacar palavras, expressões ou frases.
  • Que eu saiba, palavras em latim vem em itálico e não em aspas.
    Alguém explicaria melhor?
  • a letra D também está correta.         
  • Concordo que a   D   também esteja correta.

     

  • d) O cuidado com a saúde — meta prioritária do governo, será ainda maior.

    A letra d) não está correta porque a sentença mistura travessão com vírgula de forma inadequada, pois no caso em questão, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa, a qual deve ser separada por vírgulas ou mesmo travessões. As duas redações possíveis para essa questão seriam:

    1. O cuidado com a saúde - (QUE É UMA... O QUAL É UMA) meta prioritária do governo - será ainda maior.

    2. O cuidado com a saúde, (QUE É UMA... O QUAL É UMA) meta prioritária do governo, será ainda maior.


    Bons estudos a todos!
  • a) O artigo sobre o “processo de desregulamentação” foi publicado na Follha de São Paulo.


    No caso da letra a), temos o seguinte erro: 


    Não se coloca entre aspas um elemento do texto corrido que não indica uma citação textual ou que não mencione expressões estrangeiras ou gírias
  • “Mutatis mutandis”, as novas diretrizes da direção em nada alteram as antigas. Correto- aspas são usadas para fazer citações, destacando, por exemplo, o status diferenciado que uma palavra traz em um contexto ou para palavras estrangeiras.
  • Usa-se negrito, itálico ou aspas para estrangeirismos.
  • A assertiva letra B está errada por quê?

    Tive dúvida.

    Obrigado;
  • As chuvas de verão — fenômenos que se repetem desde há muito tempo podem ser previstas.

    A alternativa B estaria correta caso estivesse assim escrita:

    As chuvas de verão fenômenos que se repetem desde há muito tempo podem ser previstas.
                                                                        OU
    As chuvas de verão, fenômenos que se repetem desde há muito tempo, podem ser previstas.

    "fenómenos que se repetem desde há muito tempo" dá uma explicação acerca das chuvas de verão. Portanto, teria que vir entre travessões ou vírgulas, e não com apenas 1 como foi apresentado na questão.
  • Muito obrigado Bianca, não havia conseguido me atentar para esse detalhe.
  • Usamos o travessão nos seguintes casos:

    1.
     Iniciar a fala de uma personagem:

    Exemplo: A menina enfim disse:

    - Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!

    2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:

    - Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde.
    - Farei o mesmo.

    3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula:

    a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã.
    b) Luiz Inácio –  presidente da república – não pode se candidatar para uma nova eleição!

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Equipe Brasil Escola
     

    Usam-se aspas

    a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos. 

    Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências. 
    Por favor, antes de sair, faça um “backup”! 
    Ele mora lá nos “cafundó do Judas”! 

    b) Antes ou depois de citações. (*) 

    Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas". 

    "É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém. 

    textos retirados ou baseadas em reportagens da Folha Online. 

    c) Para assinalar palavras ou expressões irônicas. 

    Exemplos: Eles se comportaram “super” bem. 
    Sim, porque são uns “anjinhos”.

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Equipe Brasil Escola

    Com isso temos que a Letra D está errada e C correta


    Fonte: www.brasilescola.com

  • Para a letra D ficar correta:

    O cuidado com a saúde — meta prioritária do governo — será ainda maior.
  • É incorreto usar aspas para destacar uma expressão? Caso da letra "a".

  •  Corrigindo :

     a) O artigo sobre o processo dedesregulamentação foi publicado na Follha de São Paulo. Por que: Não se coloca entre aspas um elemento do textocorrido que não indica uma citação textual ou que não mencione expressõesestrangeiras ou gírias

     b) As chuvasde verão — fenômenos que se repetem desde há muito tempo — podem ser previstas.


    c) “Mutatis mutandis”, as novasdiretrizes da direção em nada alteram as antigas.CERTO :Por que as aspas são usadas paraexpressões estrangeiras.


    d) O cuidado com a saúde — metaprioritária do governo —será ainda maior. 

    Ou : O cuidado com a saúde, meta prioritária do governo, seráainda maior.

     

    e) O diretor disse:

     — Demita-se o funcionário.


  • Na letra c) “Mutatis mutandis”, as novas diretrizes da direção em nada alteram as antigas.

    Por que dessa virgula? 
  • "Mutatis mutandis" é uma expressão em latim (por isso as aspas) que significa "mudando o que tem que ser mudando". Então...

    Mudando o que tem que ser mudado, as novas diretrizes da direção em nada alteram as antigas. A expressão precisa ficar isolada pelo seu sentido.

  • Por que se usa virgula depois do "mutatis~"?

  • O normal seria usar o itálico para expressões em latim, como acontece em todos os vestibulares nas questões de filosofia e história.


ID
709000
Banca
FCC
Órgão
MPE-PE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     O romance policial, descendente do extinto romance gótico, conserva características significativas do gênero precursor: a popularidade imensa e os meios para obtê-la. “Romances policiais", reza um anúncio do editor de Edgar Wallace, “são lidos por homens e mulheres de todas as classes; porque não há nada que seja tão interessante como a explicação de um crime misterioso. Não há nada que contribua com eficiência maior para divertir os espíritos preocupados".

    Os criminosos e detetives dos romances policiais servem-se dos instrumentos requintados da tecnologia moderna para cometer e revelar horrores: sociedades anônimas do crime, laboratórios científicos transformados em câmaras de tortura. Os leitores contemporâneos acreditam firmemente na onipotência das ciências naturais e da tecnologia para resolver todos  os problemas e criar um mundo melhor; ao mesmo tempo, devoram romances nos quais os mesmíssimos instrumentos físicos e químicos servem para cometer os crimes mais abomináveis.

    Leitores de romances policiais não são exigentes. Apenas exigem imperiosamente um final feliz: depois da descoberta do assassino, as núpcias entre a datilógrafa do escritório dos criminosos e o diretor do banco visado por eles, ou então a união matrimonial entre o detetive competente e a bela pecadora
arrependida.

     Não adianta condenar os romances policiais porque lhes falta o valor literário. Eles são expressões legítimas da alma coletiva, embora não literárias, e sim apenas livrescas de desejos coletivos de evasão.

                                                      (Adaptado de Otto Maria Carpeaux. Ensaios reunidos 1942-1978.
                                                        Rio de Janeiro: UniverCidade e TopBooks, v.1, 1999. p. 488-90)

Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada no texto:
I. O emprego das aspas no primeiro parágrafo denota transcrição exata das palavras do editor citado.
II. No segundo parágrafo, os dois-pontos introduzem uma síntese do que foi afirmado antes.
III. Na frase Não adianta condenar os romances policiais porque lhes falta o valor literário, uma vírgula poderia ser colocada imediatamente antes do termo porque sem prejuízo para a correção e o sentido original.

Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários

  • Porque o item III  está errado? Alguém poderia explicar.


    Grata
  •  Não adianta condenar os romances policiais (,)porque lhes falta o valor literário
    é uma oração subordinada adverbial; uma complementa a outra.
    não adianta isso por causa daquilo!

    obs:
    Se eu estiver errada me corrijam também estou em aprendizado! 

  • TAMBÉM NÃO ENTENDO PORQUE O ITEM III ESTÁ ERRADO! 

    FALEI COM O PROF. MANOL SOARES, E ELE TAMBÉM ENTENDEU QUE O ITEM I e III ESTÃO CORRETOS! 

    A VIRGULA É FACULTATIVA, NO TERCEIRO ITEM !!
  • O  III está incorreto pois, colocando-se a vírgula, alteraria-se o sentido original!

    "Usar ou não a vírgula antes da conjunção porque pode mudar todo o sentido de uma oração. Leia com atenção e responda: qual destas duas orações está correta?

    Não precisa chorar porque sua mãe chegou.

    Não precisa chorar, porque sua mãe chegou.

    As duas estão certas. Porém, cada uma tem um sentido.

    No primeiro caso, alguém diz à criança que ela não precisa chorar só porque a mãe chegou. (Embora a mãe tenha chegado, ela não precisa chorar.)

    No segundo, alguém diz à criança que ela pode parar de chorar, afinal de contas a mãe chegou.

    Quando, então, usar a vírgula com porque?

    Use a vírgula antes do porque explicativo, aquele que introduz uma explicação. Para identificar esse porque, basta verificar se a oração anterior tem sentido completo, se a oração introduzida pela conjunção pode ser dispensada sem risco de prejudicar o entendimento da primeira. Exemplos:

    Esse Deus não existe, porque é um produto da fantasia do homem.

    Deve ter chovido, porque a rua está molhada.

    Isso acontece com freqüência, porque nem sempre os responsáveis estão presentes.

    Não use vírgula antes do porque causal, aquele que introduz uma razão, uma oração que completa o sentido da anterior. (Dica: se for possível substituir o porque por só porque e a oração continuar com o mesmo sentido, a vírgula é dispensável). Exemplos:

    Isso acontece porque as pessoas têm metabolismo diferente.

    O trânsito em São Paulo não é ruim porque há muito carro na rua, mas porque há maus motoristas.

    Eu não como carne porque tenho dó dos animais."

  • Em resumo:

    PORQUE EXPLICATIVO -----> sempre antecedido de VÍRGULA!

    PORQUE CAUSAL -----> SEM VÍRGULA!
  • Será que só eu não entendi ?
    II. No segundo parágrafo, os dois-pontos introduzem uma síntese do que foi afirmado antes. 
     
    Não esta certo?
  • Discordo do gabarito e do comentário que diz que o " porque " causal não pode vir precedido de vírgula.

    O termo porque sendo tanto conjunção cordenativa quanto explicativa pode vir precedido de vírgula sim.
    Nas cordenadas ( adversativas/ explicativas/ conclusivas ) vírgula obrigatória.
    Nas Subordinadas a vírgula é Obrigatória se a oração sub. vier antecipada, e facultativa se não vier antecipada.

  • Na escola, aprendemos que há dois tipos de “porque”: um é explicativo e, o nome já diz, introduz explicação; o outro é causal e introduz causa.

    Aprendemos também na escola que o “porque” explicativo é precedido de vírgula; enquanto o causal não é.

    Ocorre que muitas vezes não é fácil distinguir o “porque” explicativo do causal.

    Vejamos:

    Eles não compareceram porque estavam doentes.

    Ou será:

    Eles não compareceram, porque estavam doentes.

    Se for causal, não haverá vírgula, o exemplo correto será o primeiro. Se o “porque” for explicativo, haverá vírgula, e o segundo exemplo será o correto.

    O xis da questão é o seguinte: na relação causal há sempre a idéia de causa e conseqüência, enquanto na explicativa não existe essa relação. Assim, o exemplo correto é o primeiro:

    Eles não compareceram porque estavam doentes.

    Neste exemplo o “porque” é causal, sem vírgula, porque há causa e conseqüência: Eles estavam doentes (causa); eles não compareceram (conseqüência).

    Agora vejamos um exemplo com um “porque” explicativo:

    -Chegue cedo, porque durmo depois da novela.

    Não há, neste caso, relação de causa e conseqüência. Logo, o "porque" é explicativo e precedido de vírgula.

    RESUMO: porque explicativo (com vírgula ); porque causal (sem vírgula).

    Fonte:
    http://www.portuguesnarede.com/2007/11/porque-explicativo-x-porque-causal.html
  • Oi, Elizabete.

    Eu também não entendi, porque a II está errada. Não consegui visualizar nenhum erro. Se alguém puder nos ajudar, eu agradeço!

     

  • Eu também errei a questão, pus a II como certa, porém analisando melhor após meu erro acho que os dois pontos não introduzem uma síntese do que foi afirmado antes mas sim dão exemplos que enumeram o que foi dito antes.
    Caso alguém tenha uma explicação melhor para a alternativa II poste por favor.
    Bons estudos e Deus nos abençõe!




  • No item III, Não adianta condenar os romances policiais porque lhes falta o valor literário, a parte "porque lhes falta o valor literário" é uma causa que diz nao adiantar condenar os romances policiais. Logo, por ser uma adverbial causal não se usa virgulas. As virgulas sao usadas necessariamente em orações coordenadas.
    Neste caso, não é uma oração coordenada explicativa, pois estas ocorrem quando a causa é posterior a um fato. Por exemplo: Choveu, pois o chão está molhado. O chão molhado é posterior a chuva!
    entao, causais não usa virgula!!


  • No item II os dois pontos introduzem uma exemplificação e não uma síntese.
  • Carolina,
    Obrigada,

    Realmente, não é uma síntese e sim exemplos.

  • Questão muito boa. 
  • Discordo do gabarito.
    No porque explicativo, a vírgula é orbrigatória
    No porque causal, a vírgula é facultativa
    Logo, é possível inseri-la sem prejuízo para a correção e sentido. 
  • a vírgula é facultativa na III

  • Vou bater novamente na mesma tecla: gente, menos obsessão pela gramática e mais leitura. 
    Vamos lá, vou tentar me fazer entender da maneira mais simples possível:

    Sem a vírgula: Não é apenas porque falta valor literário aos romances policiais que eles devem ser condenados.
    Não adianta condenar os romances policiais porque lhes falta o valor literário.

    Com a vírgula: os romances policiais são incondenáveis, visto que lhes falta o valor literário. Assim sendo, eles seriam condenáveis se houvesse valor literário. 
    Não adianta condenar os romances policiais, porque lhes falta o valor literário.

    Já que o enunciado pede que não haja prejuízo tanto para a correção quanto para o SENTIDO, a vírgula é descabida. 

  • Boa questão! 
    De vez em quanto a FCC faz uma boa. rs
    Gabarito: E
  • Galera, eu acho que o item III deve ser analisado sob a relação SUJEITO E VERBO, notadamente na parte entre o tal do sujeito oracional, que, convenhamos, é difícil de se perceber. vejam o raciocínio:

    Não adianta condenar os romances policiais porque lhes falta o valor literário.


     Na ordem direta, ficaria: Condenar os romances policiais porque lhes galta o valor literário NÃO ADINTA. (sujeito oracional + verbo no singular)

    Dessa forma, se colocarmos uma vírgula antes do termo porque, estaremos separando o NÚCLEO DO SUJEITO DE SEU VERBO. vejamos:

    Condenar os romances policiais, porque lhes galta o valor literário NÃO ADIANTA.

    Não confunda com locução verbal.


    É, parece que a fcc evoluiu nas questões de português, o sujeito simples e bobo passou a ser um sujeito oracional.

     valeu, meu povo, avante nos nossos estudos!!!!!!

    FIQUEM COM DEUS!!!!!
  • no item III, ao pôr uma vírgula, a questão deixa de ser restritiva e passa a ser ''EXPLICATIVA'', mudando totalmente o sentido da oração.

  • Comentários da professora errados e que não esclarecem nada.  A professora apenas se limita a dizer que determinada alternativa está certa ou errada. Além disto, o comentário contém erro de português em "Já  que os dois pontos frase I indica uma explicação...".

  • RODRIGO O ITEM  ''III''  NÃO SE TRATA DE ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA (senão teria pronome relativo separando as orações) TRATA-SE DE UM SUJEITO ORACIONAL... E ELE NÃO PODE SER SEPARADO POR VIRGULA 


    GABARITO ''E''
  • Na escola, aprendemos que há dois tipos de “porque”: um é explicativo e, o nome já diz, introduz explicação; o outro é causal e introduz causa.

    Aprendemos também na escola que o “porque” explicativo é precedido de vírgula; enquanto o causal não é.

    Ocorre que muitas vezes não é fácil distinguir o “porque” explicativo do causal.

    Vejamos:

    Eles não compareceram porque estavam doentes.

    Ou será:

    Eles não compareceram, porque estavam doentes.

    Se for causal, não haverá vírgula, o exemplo correto será o primeiro. Se o “porque” for explicativo, haverá vírgula, e o segundo exemplo será o correto.

    O xis da questão é o seguinte: na relação causal há sempre a idéia de causa e conseqüência, enquanto na explicativa não existe essa relação. Assim, o exemplo correto é o primeiro:

    Eles não compareceram porque estavam doentes.

    Neste exemplo o “porque” é causal, sem vírgula, porque há causa e conseqüência: Eles estavam doentes (causa); eles não compareceram (conseqüência).

    Agora vejamos um exemplo com um “porque” explicativo:

    -Chegue cedo, porque durmo depois da novela.

    Não há, neste caso, relação de causa e conseqüência. Logo, o "porque" é explicativo e precedido de vírgula.


    http://www.portuguesnarede.com/2007/11/porque-explicativo-x-porque-causal.html


ID
717496
Banca
FUNCAB
Órgão
IBRAM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

PIPOCA TAMBÉM COMBINA COM MUSEU!

Seu José, todo sábado e domingo pela tarde, chega
com a sua carrocinha de pipoca e fica parado em frente ao
MuseuNacional de BelasArtes, noRio de Janeiro.
Sabemos que o seu José está na porta do museu
pelo cheirinho quente e doce de suas pipocas fresquinhas
que, suavemente, adentram o museu. São pipocas tão
apetitosas que os visitantes dão uma pequena pausa para
comprar alguns deliciosos saquinhos de pipoca. Com o
simples ato de parar em frente ao museu, os visitantes têm o
raro momento de observar a fachada do Museu Nacional de
Belas Artes. Tratam-se de paredes compridas, imponentes,
as quais quase não são percebidas no dia a dia agitado do
centro da cidade carioca.
No momento que o visitante para em frente ao
museu ele temalguns instantes de pura paz. Dali, observa-se
também o Teatro Municipal, em frente ao museu. Olhando
para a esquerda, podemos ver a Cinelândia e a Biblioteca
Nacional. À direita, podemos observar a longa Avenida Rio
Branco, tão comprida que os nossos olhos se perdem em
meio aos altos prédios e ao silêncio habitual dos finais de
semana.
Mas, seu José é um jovem senhor que gosta muito
de seu ofício. Como pipoqueiro, ele sabe de todas as
atividades que acontecem nos finais de semana no Museu
Nacional de Belas Artes e no Teatro Municipal. Quando tem
tempo, ele aproveita para fazer uma visitinha ao museu nos
domingos, dia que a entrada é gratuita. Ele lembra também
que, no próximo domingo, o Teatro Municipal irá realizar mais
um espetáculo por apenas um real. Mas, o que é um real em
meio a umTeatro tão bonito como aquele? Seu José, como ar
saudoso, lembra que não existem mais profissionais como
antigamente, afinal, quem construiu aqueles prédios fez uma
das obras mais bonitas e, como ele mesmo diz, é uma beleza
de construção, cheia de detalhes, curvinhas, quadradinhos,
estátuas femininas e pinturas perfeitas feitas nas paredes e
colunas.
Todos estes elementos fazemdo prédio umdosmais
bonitos da região.
“Como deve ser difícil desenhar e esculpir tais
formas perfeitas! O artista tinha grandes habilidades!” (Diz
seu José).
Mas seu José também leva a família para visitar o
Museu. Somente a esposa não conhece oMuseu Nacional de
Belas Artes, pois, aos sábados e domingos, ela vai à igreja.
Mas, os filhos de seu José, sempre que tem alguma grande
exposição, comparecempara fazer uma visitinha.
Entre as histórias contadas, ele lembra da exposição
de Rodin, em que a fila dava voltas e voltas no quarteirão.
Uma fila saía do museu e contornava o prédio pela direita e
outra fila saía do prédio e o contornava pela esquerda. Nesta
exposição, todos os filhos do seu José vieram!
Para não abandonar a sua carrocinha de pipocas,
ele realiza mais de uma visita. Cada vez que ele entra no
museu, visita uma sala diferente. Em cada final de semana,
entra, rapidamente, numa parte da exposição. Segundo ele, o
museu temmuitas coisas bonitas para se ver.
Pois é..., mas, infelizmente, o seu José não pode
participar das mediações. Ele não tem tempo! Mas se ele
pudesse, seria muito legal! Ele entenderia as intenções do
artista.
Contudo, quem receberia o maior legado seria o
museu, pois ele tem toda propriedade para contar, para o Museu Nacional de BelasArtes, o que ele ouve dos visitantes
e como ele mesmo percebe o museu. Isso porque, como ele
vende suas deliciosas pipocas na porta domuseu há 25 anos,
muitas são as histórias que ele tempara contar!!! Vale lembrar
que o museu existe há 71 anos. Aliás, como era a Av. Rio
Branco há 71 anos atrás? Como as pessoas se vestiam?
Como viviam?
Mas... quão importante é, para nós, profissionais de
museus, sabermos como o museu é importante na vida de
seu José!
Afinal, Pipoca tambémcombina commuseu!
(in www.museologiahoje.com.br/revistamuseologiahojehtml)

“Como deve ser difícil desenhar e esculpir tais formas perfeitas! O artista tinha grandes habilidades!” (Diz seu José). (parágrafo 6) Marque a opção em que se justificou, adequadamente, o emprego das aspas, neste fragmento.

Alternativas

ID
776593
Banca
VUNESP
Órgão
SAP-SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.

Alternativas
Comentários
  • No começo e no fim de uma citação usa-se "aspas", no caso do "observatório Romano" esta correto o emprego!

    No caso da (,), antes dos verbos não é aceitável, ex: Trechos da obra, foram.

     O uso da (,) para separar o "APOSTO" termo que se une a um substantivo ou pronome, esclarecendo-lhe o sentido, " Observatório Romano", o jornal da santa sé,...

     

  • Só um complemento:

    Está errada a vírgula posta entre na edição e deste sábado, pois não se separa o nome (edição) do seu complemento, no caso o deste sábado


ID
823030
Banca
VUNESP
Órgão
SPTrans
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na era da internet, com seus “rsrsrs" e as “longas" mensagens de 140 caracteres do Twitter, que lugar haveria para a retórica, a invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem? Na semana passada, o julgamento do mensalão no STF pôs em evidência os advogados dos réus. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. Os defensores, com raras exceções, saíram-se muito mal no quesito da retórica – que não é blá-blá-blá. Quando assumiu o posto de presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, Earl Warren perguntou a um colega mais antigo em quem confiava plenamente o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. O colega de Warren, Hugo Black, respondeu: “Basta ler Retórica, de Aristóteles". Sábio conselho. Com a democracia, os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram de retórica. Os cidadãos eram frequentemente obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade. Aristóteles ensinou que persuadir uma audiência nada tem a ver com eloquência. Isso é sofisma. O que separa um cidadão grego dotado da retórica de um mero sofista? A retórica vencedora não depende do dom da oratória, mas do valor moral do orador. (Otávio Cabral e Carolina Melo. A retórica não é blá-blá-blá. Veja, 15.08.2012)

Considere as seguintes afirmações:

I. As aspas em “longas” (1.º parágrafo) indicam que a palavra está sendo empregada em sentido irônico.

II. As aspas em “rsrsrs” (1.º parágrafo) indicam que se trata de palavra estrangeira, razão pela qual é incorreto em- pregá-la.

III. As aspas em “Basta ler Retórica, de Aristóteles” (2.º parágrafo) indicam que se trata de uma citação.

Deve-se concluir que está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. As aspas em “longas” (1.º parágrafo) indicam que a palavra está sendo empregada em sentido irônico. CORRETO
    II. As aspas em “rsrsrs” (1.º parágrafo) indicam que se trata de palavra estrangeira, razão pela qual é incorreto em- pregá-la. ERRADO
    III. As aspas em “Basta ler Retórica, de Aristóteles” (2.º parágrafo) indicam que se trata de uma citação.CORRETO
  • Assertiva D

    I. As aspas em “longas” (1.º parágrafo) indicam que a palavra está sendo empregada em sentido irônico.

    III. As aspas em “Basta ler Retórica, de Aristóteles” (2.º parágrafo) indicam que se trata de uma citação.


ID
823333
Banca
VUNESP
Órgão
SPTrans
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na era da internet, com seus “rsrsrs" e as “longas" mensagens de 140 caracteres do Twitter, que lugar haveria para a retórica, a invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem? Na semana passada, o julgamento do mensalão no STF pôs em evidência os advogados dos réus. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. Os defensores, com raras exceções, saíram-se muito mal no quesito da retórica – que não é blá-blá-blá. Quando assumiu o posto de presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, Earl Warren perguntou a um colega mais antigo em quem confiava plenamente o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. O colega de Warren, Hugo Black, respondeu: “Basta ler Retórica, de Aristóteles". Sábio conselho. Com a democracia, os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram de retórica. Os cidadãos eram frequentemente obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade. Aristóteles ensinou que persuadir uma audiência nada tem a ver com eloquência. Isso é sofisma. O que separa um cidadão grego dotado da retórica de um mero sofista? A retórica vencedora não depende do dom da oratória, mas do valor moral do orador. (Otávio Cabral e Carolina Melo. A retórica não é blá-blá-blá. Veja, 15.08.2012)

Considere as seguintes afirmações:
I. As aspas em “longas" (1.º parágrafo) indicam que a palavra está sendo empregada em sentido irônico.
II. As aspas em “rsrsrs" (1.º parágrafo) indicam que se trata de palavra estrangeira, razão pela qual é incorreto empregá-la.
III. As aspas em “Basta ler Retórica, de Aristóteles" (2.º parágrafo) indicam que se trata de uma citação.
Deve-se concluir que está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. As aspas em “longas” (1.º parágrafo) indicam que a palavra está sendo empregada em sentido irônico.
    Pura ironia.
    II. As aspas em “rsrsrs” (1.º parágrafo) indicam que se trata de palavra estrangeira, razão pela qual é incorreto empregá-la.
    Citações e gírias .
    III. As aspas em “Basta ler Retórica, de Aristóteles” (2.º parágrafo) indicam que se trata de uma citação.
    corretíssimo.
    D
  • Alternativa D.
    As aspas - sinal gráfico [" "] - servem para isolar palavras, trecho de frases, frases e expressões; ou indicar a reprodução literal de uma oração, de um período e, até mesmo, de um texto.

    Usamos As Aspas Rigorosamente
    1. Antes e depois de uma citação textual. Seja uma palavra, uma expressão, uma frase ou trecho. As aspas, nesse caso, indicam uma mudança de foco. Do discurso próprio se passa ao citado:
    ?   Segundo o professor, "a força criativa da economia já se transferiu para o setor informal".

    Observações:
    a) Podemos dispensar as aspas em citações que realçamos por outro recurso tipográfico, como: tipo menor, recuo em relação à margem:
    As letras têm, como a política, certo caráter geográfico; mais no Norte, porém do que no Sul, abundam os elemento para a formação de uma literatura brasileira, filha da terra. (O Cabeleira, Prefácio)
    b)Se dentro da citação ocorrer outra, esta será com aspas simples:
    Osvaldo Ferreira de Melo (1998) aponta para "a necessidade de os indivíduos contarem com a certeza de que seus direitos 'garantidos' pela ordem jurídica sejam efetivos".
    c) As citações, quando não colocadas entre aspas, podem constituir plágio.

    (...)
  • (...)
    2.
    Em transcrições de documentos, discursos, textos, etc., ponha entre aspas apenas o começo e o fim do texto, e não a cada início de parágrafo. Se você acrescentar algum título auxiliar ao texto, feche aspas antes dele e as abra novamente depois.
    3.As palavras estrangeiras (estrangeirismo) devem ser obrigatoriamente destacadas, ou por aspas, ou pelo itálico (uso já comum); ou ainda, pelo negrito:
    ?   Paulo vestiu um "short" branco e foi jogar bola.
    ?   O show foi muito animado. / O show foi muito animado.
    Observação:Não vêm entre aspas as palavras estrangeiras aportuguesadas. Eis algumas que podem causar dúvidas: [Abajur] [Álibi] [Ateliê] [Baguete].

    Usamos Habitualmente As Aspas
    1. Para realçar termos, expressões, conceitos e definições que se deseja pôr em evidência. O uso das aspas nesse caso é uma decisão pessoal do escritor: Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de menino diabo. (Machado de Assis)

    2. Para realçar palavras ou expressões irônicas, em sentido figurado, apelidos, termos de gíria e populares. Aqui também o uso das aspas é uma decisão pessoal: O "Zezinho" está doente.  / A festa foi um "barato".
    ?      Ele ficou muito "alegre" com a visita da sogra.
    Observação:Em vez de aspeados esses termos também podem vir sublinhados, em grifo ou itálico, especialmente se constituídos de um único vocábulo.O uso de grifo, caixa-alta, itálico, negrito ou outros é preferível, pois individualiza mais e ocupa menos espaço: Ele ficou alegre (ou: alegre, alegre) com a visita da sogra.
    3. Para destacar títulos de livros, revistas, jornais, filmes etc. A preferência, no entanto, é pelo itálico ou negrito:
    ?      A notícia foi dada pelo Jornal do Brasil (ou: Jornal do Brasil).
    4. No caso de filmes, grafe o título entre aspas e com maiúsculas no início de cada palavra (exceto artigos, preposições, conjunções e partículas átonas). A primeira palavra também tem inicial maiúscula, sem importar sua classe gramatical: "O Império Contra-Ataca". Se a tradução em português não for fiel ao título original, cite-o entre parênteses na primeira menção: "Os Brutos Também Amam" (Shane). Se o filme ainda não tiver título em português, use o original e, entre parênteses, traduza-o na primeira menção: "The Hero"
  • Assertiva D

    I e III, apenas.

    I. As aspas em “longas" (1.º parágrafo) indicam que a palavra está sendo empregada em sentido irônico. 

    III. As aspas em “Basta ler Retórica, de Aristóteles" (2.º parágrafo) indicam que se trata de uma citação


ID
923734
Banca
COPS-UEL
Órgão
AFPR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um dispositivo apelidado de “botão do pânico” deverá ser a nova arma de mulheres do Espírito Santo contra ex-parceiros agressores. O Estado tem a maior taxa de assassinatos de mulheres do país – o dobro da média nacional. Com cerca de cinco centímetros e um chip interno igual aos de celulares, o aparelho poderá ser levado na bolsa para, quando acionado, enviar uma mensagem à polícia e à Justiça alertando, por exemplo, a aproximação de um potencial agressor. Caberá à própria mulher apertar o botão em situações que considerar de perigo. A mensagem dará à polícia, pelo sistema GPS, as coordenadas de onde ela está. Não há aparelho semelhante em outros Estados. O botão será lançado em 4 de março pelo Tribunal de Justiça capixaba, que mantém uma coordenadoria específica para tratar de casos de violência doméstica. O público-alvo são as mulheres já protegidas por medidas judiciais, previstas na Lei Maria da Penha, como as que determinam que o homem saia do lar ou mantenha uma distância mínima delas. Nos últimos cinco anos, a Justiça do Estado concedeu 13,6 mil medidas protetivas a mulheres que se queixaram de agressões ou ameaças. Segundo o Mapa da Violência 2012, estudo feito em todo o país a partir de dados de homicídios computados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o Espírito Santo é o Estado com a maior taxa de assassinatos de mulheres: 9,8 casos para cada 100 mil mulheres. A média no Brasil é de 4,6 homicídios por 100 mil. “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas”, afirmou a juíza Hermínia Azoury, responsável pela coordenadoria de violência doméstica. “O juiz determina ao agressor: você não pode chegar a menos de 500 metros da mulher. Mas o juiz vai fiscalizar? Ou o promotor vai? É inviável, tem que ter um mecanismo”, diz a juíza. O aparelho é fabricado na China e, segundo o TJ, cada unidade custará até R$ 80,00 para ser importada.

(Adaptado de: TUROLLO JR., R. No ES, mulher ameaçada terá “botão de pânico” contra ex. Folha de S. Paulo. São Paulo, 23 fev. 2013. Cotidiano 2. p.3.) 

Acerca do trecho “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas”, considere as afirmativas a seguir.

I. A conjunção “mas” tem sentido de explicação da oração anterior.

II. O termo “protetivas” tem o mesmo significado que “preventivas”.

III. As aspas marcam a presença do discurso direto.

IV. A flexão do verbo na primeira pessoa revela o caráter opinativo do trecho.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • RESP.  C,

    Questão fácil, vejamos:

    I. ERRADO A conjunção “mas” tem sentido de explicação da oração anterior.
    A conjunção mas tem sentido adversativo;

    II. ERRADO O termo “protetivas” tem o mesmo significado que “preventivas”.
    Protetiva significa proteger, abrigar, cobrir e Preventiva significa evitar;

    III. CORRETO As aspas marcam a presença do discurso direto.
    Este tipo de discurso os personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos ( travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas );

    IV. CORRETO A flexão do verbo na primeira pessoa revela o caráter opinativo do trecho.
    Perfeito, dispensa maiores comentários;

    Bons estudos galera
  • Que ambiguidade... Entendo que prevenir é um desdobramento do ato de proteger... Que medo dessa banca!

  • @Guilherme, essa banca é casca de banana!!


ID
948121
Banca
COPS-UEL
Órgão
PC-PR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A repercussão sobre o tratamento ofensivo dispensado a um menino negro de 7 anos que acompanhava os pais adotivos em uma concessionária de carros importados no Rio de Janeiro, há algumas semanas, jogou luz sobre uma discussão que permeia a história do Brasil: afinal, somos um país racista? 

Apesar de não haver preconceito assumido, o relato dos negros brasileiros que denunciam olhares tortos, desconfiança, apelidos maldosos e tratamento “diferenciado” em lojas, consultórios, bancos ou supermercados não deixa dúvidas de que são discriminados em função do tom da pele. Estatísticas como as divulgadas pelo Mapa da Violência 2012, que detectou 75% de negros entre os jovens vitimados por homicídios no Brasil em 2010, totalizando 34.983 mortes, chamam a atenção em um país que aparentemente não enfrenta conflitos raciais. 

A disparidade entre o nível de escolaridade é outro indicador importante. De acordo com o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os brasileiros com nível superior completo há 9,8 milhões de brancos e 3,3 milhões de pardos e pretos. Já entre a população sem instrução ou que não terminou o Ensino Fundamental os números se invertem: são 40 milhões de pretos e pardos e 26,3 milhões de brancos. 

“O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz, educador da Colmeia, uma organização que busca despertar o protagonismo em entidades sociais, incluindo instituições ligadas à promoção da igualdade racial. 

Ele enfatiza que os negros, vitimizados pela discriminação em função da cor da pele, são minoria nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas relacionadas ao poder. “Quando chegam a essas posições, causam ‘euforia”’, analisa, referindo-se, na história contemporânea, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e ao presidente dos EUA, Barack Obama.

 Munhoz acrescenta que o racismo tem raiz histórica. “Remete ao sequestro de um povo de sua terra para trabalhar no Brasil. Quando foram supostamente libertados, acabaram nas periferias e favelas das cidades, impedidos de frequentar outros locais”, afirma.

Esse contexto, para ele, tem sido perpetuado através dos tempos, apesar da existência da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define como crime passível de reclusão os preconceitos de raça ou de cor. “A não aceitação de negros em alguns espaços é evidente”, reforça. A subjetividade do racismo também se expressa no baixo volume de denúncias nas delegacias. No Paraná, de acordo com dados do Boletim de Ocorrência Unificado da Polícia Civil, de 2007 a 2012 foram registrados 520 crimes de preconceito, o que resulta em uma média de apenas 86 registros por ano. 

Por todas essas evidências, Munhoz defende a transformação da questão racial em políticas públicas, a exemplo das cotas para negros nas universidades. “Quando se reconhece a necessidade de políticas públicas, se reconhece também que há racismo”, diz. Ele acrescenta, ainda, que os desafios dessas políticas passam pela melhoria no atendimento em saúde à população negra e no combate à intolerância religiosa. “Não reconhecer as religiões de matriz africana é outro indicador de racismo”. 


(Adaptado de: AVANSINI, C. Preconceito velado, mas devastador. Folha de Londrina. 3 fev. 2013, p.9.)

Sobre o uso de aspas no texto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • “O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz, ..."

    O que está entre aspas são as palavras ditas diretamente pelo sociólogo (discurso direto).


     

  • Qual erro da "E"?

  • Fabiano, apesar de estar escrito ali que o sociólogo reforça, o uso das aspas duplas nesse caso se dá devido a apenas o fato de termos um discurso direto mesmo, acredito eu...

  • Na e) usa-se as aspas pelo mesmo motivo da b): o discurso direto ou transcrição de parte da fala do sociólogo, e não pela necessidade de se dar ênfase à declaração do entrevistado.

  • Erro da E) : é um discurso direto do sociologo

  • A) Uso de aspas duplas no 2º parágrafo:

    Apesar de não haver preconceito assumido, o relato dos negros brasileiros que denunciam olhares tortos, desconfiança, apelidos maldosos e tratamento “diferenciado” em lojas, consultórios...

    As aspas mostram que a palavra não está sendo usada no seu sentido literal. Está sendo atribuído um sentido mais negativo. Logo, não é adequado o uso de parênteses.

    B) O uso de aspas duplas no início do 4º parágrafo:

    “O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz...

    Percebe-se que a frase está no discurso direto, mostrando exatamente o que o sociólogo falou. Esse é o GABARITO.

    C) O uso de aspas simples e duplas no 5º parágrafo:

     “Quando chegam a essas posições, causam ‘euforia”’, analisa, referindo-se, na história contemporânea, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e ao presidente dos EUA, Barack Obama.

    As aspas duplas mostram que a frase está no discurso direto, ou seja, é a literalidade do que foi dito pelo sociólogo Renato. Mas dentro dessa frase está também com aspas (mas agora simples) a palavra 'euforia'. Nesse sentido, o sociólogo fez uso sim da ironia. Perceba que a questão está falando que ambas as aspas (dupla e simples) estão no sentido de ironia, mas apenas a simples apresenta essa característica.

    D) O uso de aspas duplas no 6º parágrafo:

     Munhoz acrescenta que o racismo tem raiz histórica. “Remete ao sequestro de um povo de sua terra para trabalhar no Brasil. Quando foram supostamente libertados, acabaram nas periferias e favelas das cidades, impedidos de frequentar outros locais”, afirma.

    Se fosse usar dois pontos, como a questão afirma, o trecho em discurso direto seria um aposto, mas logo depois teria a palavra "afirma", o que perderia todo o sentido do texto.

    E) O uso de aspas duplas no 7º parágrafo:

    Esse contexto, para ele, tem sido perpetuado através dos tempos, apesar da existência da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define como crime passível de reclusão os preconceitos de raça ou de cor. “A não aceitação de negros em alguns espaços é evidente”, reforça.

    Por mais que o autor do texto tenha utilizado a palavra "reforça" após as aspas, a frase em evidência não indica ênfase. Note que a ideia principal de colocar as aspas é para mostrar que a frase é dita exatamente como o sociólogo falou, ou seja, é apenas um discurso direto.


ID
1068025
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Menino do mato

Eu queria usar palavras de ave para escrever.
Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem
[ nomeação.
Ali a gente brincava de brincar com palavras
tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra!
A Mãe que ouvira a brincadeira falou:
Já vem você com suas visões!
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis
e nem há pedras de sacristias por aqui.
Isso é traquinagem da sua imaginação.
O menino tinha no olhar um silêncio de chão
e na sua voz uma candura de Fontes.
O Pai achava que a gente queria desver o mundo
para encontrar nas palavras novas coisas de ver
assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do
rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão
de uma pedra.
Eram novidades que os meninos criavam com as suas
palavras.
Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um
sapo com olhar de árvore.
Então era preciso desver o mundo para sair daquele
lugar imensamente e sem lado.
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas
pela inocência.
O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias
para a gente bem entender a voz das águas e
dos caracóis.
A gente gostava das palavras quando elas perturbavam
o sentido normal das ideias.
Porque a gente também sabia que só os absurdos
enriquecem a poesia.

(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa, São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.)

Em uma redação em prosa, para um segmento do poema, a pontuação se mantém correta em:

Alternativas
Comentários
  • Concordo c/ a comentarista. Em função da colocação das 2 1ªs vírgulas, eu só pude julgar as alternats. q ñ a "B" como erradas concernente à pontuação.

  • Como assim? Não tem pq só utlizar as áspas em um seguimento da fala dela.

  • A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem você com suas visões!” Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por aqui: “Isso é traquinagem da sua imaginação"


    Tb complementando o uso do (dois pontos)  utiliza-se tb para dar início a fala ou citação de outrem. 

  • A justificativa da vírgula em "A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira, falou..." é o aposto explicativo?

  • As aspas utilizadas em: " Já vem você, com suas visões!" Foram para ironizar. As aspas possuem está função também.

  • Tenho muita dificuldade com vírgula alguém pode me ajudar?



  • Boa tarde pessoal

    Na primeira oração: (A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira, falou:) leia a frase entre as vírgulas como um termo acessório, retirem-no da oração e vejam se a mesma ainda mantém o sentido, neste caso ficaria: (A Mãe falou:) viram que manteve-se o sentido, logo o termo deve ficar entre vírgulas.

    A questão se resolve apenas observando esta regra.

    Abraços!!

  •  

    uso da vírgula nas orações adjetivas pode modificar seu sentido, por isso, tome cuidado:

     

    a) Se estiverem EXPLICANDO algo sobre o termo antecedente, devem vir entre vírgulas.
    b) Se estiverem RESTRINGINDO algo, não devem vir entre vírgulas.



  • O termo acessório entre as vírgulas é Aposto. 

    E uma dica que uso também é a seguinte: Uma vírgula separa enquanto duas ou mais UNEM...

  • O comentário do Alberto Souza é ótimo, e apenas complementando: não se pode separar o sujeito (A mãe) do predicado (falou), a não ser que seja uma oração intercalada que deverá vir entre DUAS vírgulas, como é o caso da oração "que tinha ouvido a brincadeira", que aliás é uma oração subordinada adjetiva (pois possui o pronome relativo) explicativa que vem entre vírgulas. 

    Espero ter ajudado e caso exista algum erro me alertem!!

    Bons estudos!! 

  • Só achei estranho o trecho sem aspas. Eu interpretei que todo o trecho de "Já vem você com suas visões! Porque ... imaginação" fosse uma citação direta e precisaria de aspas. Mas na resposta correta tem todo o trecho "Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por aqui" sem as aspas. Devo entender que é uma citação indireta?

  • Porque a letra C está errada. Porque não se pode usar o travessão ? Acertei a questão mas me veio a dúvida

  • ...Aquela hora que você acha que todas as assertivas estão erradas. Fui por eliminação, pela "menos errada" e acertei. Mas que questãozinha ruim!

  • É possível responder a questão lendo apenas o primeiro trecho:

    A mãe, que não tinha ouvido a brincadeira, falou

    ---> Não se separa verbo do sujeito


ID
1082965
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Menino do mato

Eu queria usar palavras de ave para escrever.
Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem
[ nomeação.
Ali a gente brincava de brincar com palavras
tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra!
A Mãe que ouvira a brincadeira falou:
Já vem você com suas visões!
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis
e nem há pedras de sacristias por aqui.
Isso é traquinagem da sua imaginação.
O menino tinha no olhar um silêncio de chão
e na sua voz uma candura de Fontes.
O Pai achava que a gente queria desver o mundo
para encontrar nas palavras novas coisas de ver
assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do
rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão
de uma pedra.
Eram novidades que os meninos criavam com as suas
palavras.

Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um
sapo com olhar de árvore.
Então era preciso desver o mundo para sair daquele
lugar imensamente e sem lado.
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas
pela inocência.
O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias
para a gente bem entender a voz das águas e
dos caracóis.
A gente gostava das palavras quando elas perturbavam
o sentido normal das ideias.
Porque a gente também sabia que só os absurdos
enriquecem a poesia.


(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa, São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.)

Em uma redação em prosa, para um segmento do poema, a pontuação se mantém correta em:

Alternativas
Comentários
  • Creio que essa questão esteja com gabarito trocado. Fui conferir no PCI concursos e verifiquei que a resposta correta é letra A. Favor corrigir,QC

  • Com certeza Robson, até porque na letra E há dois erros: primeiro, a separação do QUE pronome relativo na oração adjetiva explicativa e o segundo no seguimento "Porque formigas..." onde o sujeito (Formigas) foi separado do verbo (têm) pela vírgula. Totalmente errada! 

    A alternativa A é a única correta.

  • Eu usei uma malandragem, na primeira está escrito:  A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira falou, ..., ora é uma frase explicativa, e as outras são restritivas, ora, se temos somente uma mãe, logo só pode ser letra A..... shaushaushaushau

  • Não entendi porque é a letra A. Pois no texto está assim: ''A mãe que ouvira a brincadeira falou:''

    Ou seja, a mãe que falou foi uma especifica, só a que ouvira a brincadeira. OS Adjetiva restritiva e muda o sentido quando esta se torna OS Adjetiva explicativa como está na assertiva a 

    .


    Alguém saberia esclarecer ?

  • O Marcel está certíssimo. De acordo com o contexto há apenas uma mãe. Assim a frase correta só poderia ser a da alternativa A, afinal, trata-se de oração subordinada substantiva explicativa.

  • A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira, falou:

    Lendo só esse trecho já pode eliminar todas as outras letras que divergem dele

  • Já que a questão é sobre pontuação, o item A não deveria estar errado por faltar um ponto final após o primeiro trecho com aspas?

    ...“Já vem você com suas visões!”[.] Porque formigas...


ID
1099258
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de São Paulo - SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Grudados no facebook

Eu resisti o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente usariam a plataforma.

Por que o facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou de que a resposta estivesse no retorno positivo que a plataforma oferece por meio das curtidas públicas aos posts dos usuários.

As curtidas servem como uma indicação da reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e cooperação dos outros. Descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa da boa reputação se afirma.

Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a percepção do cérebro dos usuários a recompensas sociais. O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada um respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na forma de adjetivos associados à sua pessoa. A descoberta explica por que o facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame. Funciona como um video game: você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso, é difícil resistir a “jogar” o tempo todo…

(Suzana Herculano-Houzel, Folha de S. Paulo,14.10.2013. Adaptado)

No contexto do primeiro parágrafo, as aspas em – “conhecer o inimigo” – foram usadas para

Alternativas
Comentários
  • letra b mas nao entendi

  • Talvez colocado entre aspas a expressão para relacionar com a expressão seguinte sobre seus filhos.

  • tb ñ entendi

    As vezes parece q esses caras que formulam as questões, ponhem muito de suas opiniões, ao invés de serem imparciais e didáticos

  • marquei a (B) por eliminação.

  • As aspas têm sido usadas, desde 1871, como um sinal gráfico que delimita uma citação, um título de obra, uma denominação comercial ou para realçar certas palavras ou expressões empregues em sentido figurado. A partir deste último uso, surgiu na oralidade a expressão entre aspas, que muitas vezes é acompanhada de um gesto com os dedos indicadores flectidos. 

     

    Fonte: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/entre-aspas/11321

     

    Letra B

  • Eufemismo

  • Assertiva b

    B

    amenizar o impacto da expressão.


ID
1103740
Banca
FGV
Órgão
DPE-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE URGENTE

    Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de comunicação.
    Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90% ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema? 
    Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema econômico e político tratam os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns movimentos populares e organizações civis - Passe Livre, Nossa São Paulo e outros - insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e encontrar soluções sustentáveis. 
    A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos arranjos eleitorais.
    A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado por um século de submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do descompasso entre União, Estados e municípios, desunidos por um pacto antifederativo, adversários na disputa pelos tributos que se sobrepõem nas costas dos cidadãos. 
    (....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda os problemas, ajuda a achar soluções. 

Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014.


No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece entre aspas porque

Alternativas
Comentários
  • A expressão “onde o sapato aperta” é de cunho popular e foi empregada no texto para afirmar que os milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem dos problemas de suas cidades.

    Resposta letra D

  • Como uma metáfora, expressa perfeitamente, por meio de uma expressão popular, a ideia que a autora quer passar ao leitor.

  • Trata-se de uma expressão coloquial, na qual é obrigatório o uso das aspas. Bons estudos!

  • D) Copia uma expressão popular PARA fazer uma IRONIA 

  • Fiquei na dívida entre a letra C e a D e acabei marcando a C. Na verdade entre a função das aspas também está destacar ironia do autor do texto:

    Para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia.

    Mas acho que realmente a letra D está correta, pois antes de ser uma ironia a expressão entre aspas é uma expressão popular. Dei mole. 

  • Questão dúbia, pois ainda que pese o fato de ser uma expressão popular, não deixa de ser uma ironia no contexto que foi aplicada.

    Brigaria pela anulação desta questão.

    Bons Estudos!

  • ASPAS: 

    a) para indicar o início e o fim da citação;

    b) para destacar uma palavra ou para indicar uma ironia;

    c) para introduzir discurso direto;

    d) para indicar que a palavra é um neologismo ou um estrangerismo 

  • expressão popular???

    nunca li ou ouvi falar nesta expressão: "sapato apertado"
  • Essa questão ficou bem subjetiva! tanto é que um dos atributos das "aspas" é indicar uma ironia.

  • Não marquei a questão certa por achar que era pegadinha.. banca.........  dá a entender que é uma ironia.. :(

  • A resposta da Arethusa Soares resume bem a interpretação da Banca FGV: A expressão “onde o sapato aperta” é de cunho popular e foi empregada no texto para afirmar que os milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem dos problemas de suas cidades.

    Resposta letra D

  • As aspas também são utilizadas para dar ênfase ou destacar palavra, expressão ou frase.

  • Esse professor deveria explicar melhor as questões e demonstrar o pq das outras alternativas estarem erradas. Só vejo esse metodo dele:
    - > responder em alguns segundos mostrando a alternativa certa.
     

  • Ok  é uma expessão popular ( na qual nem todos tem a  obrigação de conhecer). Acertei porque conheço a expressão, mas por que não poderia ser também ironia? Alguém explica?

  • D) Copia uma expressão popular PARA fazer uma IRONIA 

    COPIANDO O COMENTÀRIO DA COLEGA PORQUE È MUITO SPAM EM UMA PÁGINA SO PQP, Parem de ficarem falando suas opiniões, PQP

  • Galera, apesar de focarmos muitas vezes no contexto INTERPRETATIVO da expressão dada, por vezes a banca quer saber SOMENTE quando utilizamos o acento em quesito.


    Usam-se as Aspas: Termos de gírias, neologismos, arcaísmos etc. (Almeida, Nilson Teixeira. Gramática da Língua Portuguesa para Concursos.)



  • jaqueline maria, a minha resposta foi ironia, porém depois que entrei aqui nos comentarios, percebi que a pergunta foram as aspas, e no contexto da frase as aspas é usada como forma de giria popular ou algo semelhante, porque a pergunta não foi o contexto e sim as aspas

  • Quando usar aspas?

    1- Para abrir e fechar citações. Exemplo: “Uma vida não questionada, não merece ser vivida.” Platão

    2-Quando exprimir ironia ou destacar uma palavra ou expressão usada fora do contexto habitual. Exemplo: Eles se comportaram “super” bem!

    3- Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos ou arcaísmos. Exemplos: Todos ficaram “abobados” com a notícia.

    4- Para marcar estrangeirismo (quando não há opção de itálico). Exemplo: Faça o “back up” para não correr o risco de perder os arquivos.

    5-Para delimitar o título de uma obra. Exemplo: “As 7 Dimensões da Comunicação Verbal” (Reinaldo Passadori)

    Esclarecida as dúvidas de como usar, surge outra, a de como pontuar. Como fazer a pontuação de forma adequada quando temos as aspas “no meio do caminho”?

    Simples, a frase começa e termina com aspas? Então o ponto fica dentro das aspas. Exemplo:

    “Não é o mais forte de uma espécie que sobrevive nem o mais inteligente, mas aquele que consegue responder melhor à mudança.” Charles Darwin

    Quando a frase não está completa dentro das aspas, a pontuação deve ficar fora das aspas. Exemplo:

    Reinaldo Passadori – Professor e CEO do Instituto Passadori, especialista em Desenvolvimento Humano e Comunicação Verbal. Conferencista requisitado em seu segmento no Brasil. É autor dos livros: “Comunicação Essencial – Estratégias Eficazes para Encantar seus Ouvintes” – “As 7 Dimensões da Comunicação Verbal”; “Media Training” – Comunicação Eficaz com a imprensa e a Sociedade – Editora Gente e “Quem não Comunica não lidera” – Editora Atlas. 

    Fonte: https://exame.abril.com.br/carreira/quando-e-como-usar-aspas-em-um-texto/

  • E a pergunta que eu faço é por quê ironia?

  • Fiquei em dúvida entre a C e a D. Para resolver esse problema fiz o "mamãe mandou" e deu certo. Já tenho uma técnica para resolver questões da FGV.


ID
1104193
Banca
UFCG
Órgão
TJ-PB
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ética no trabalho


O comportamento qualificado como bom ou mal está ligado a maneira de ver e agir de cada pessoa. A ética está ligada a verdade e este é o primeiro passo para aproximar-se do comportamento correto. No campo do trabalho, a ética tem sido cada vez mais exigida, provavelmente porque a humanidade evoluiu em tecnologia, mas não conseguiu se desenvolver na mesma proporção naquilo que se refere à elevação de espírito.
Na verdade não há fórmula matemática que nos responda, com toda certeza, qual deve ser a atitude ética diante das circunstâncias que a vida profissional nos impõe, mas na dúvida, decida-se pelo correto. Segundo o filósofo alemão Kant, a única coisa certa em qualquer situação é a “boa vontade”, que podemos entender também como boa intenção.
Traduzindo em linguagem mais simples, ética é a ciência da moral. E por sua vez, moral é a parte da Filosofia que trata dos costumes e deveres do homem. A missão da ética é explicar a moral efetiva e nesse sentido pode influir na própria moral. A moral é constituída por atos humanos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto.
A atitude ética vai determinar como um profissional trata os outros profissionais no ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos, entre outros membros da comunidade em geral. A conduta do profissional inevitavelmente repercutirá na maneira como ele mesmo será tratado pelos demais, e isso formará uma boa ou má imagem profissional.
As falhas éticas no ambiente de trabalho muitas vezes ocorrem por desconhecimento, por ingenuidade, por alienação e por descuido. Ou seja, nem sempre essas falhas estão associadas ao mau caráter do profissional. Na maioria dos esquemas de corrupção, pessoas desavisadas são usadas como vítimas. Além disso, em muitas situações a pessoa pode se envolver em problemas éticos sem dimensionar o resultado futuro de sua conduta inapropriada. A ética é indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.


(http://www.revistasalute.com.br. Acessado em 24 de julho de 2008)

Julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas acerca do uso da crase e dos sinais de pontuação no texto.

( ) A ausência da crase em “a maneira...” (1º §) e em “a verdade” (1º §) constitui erro em relação à norma escrita padrão, pois o adjetivo que precede os substantivos femininos exige complemento regido da preposição a.

( ) A presença dos dois pontos, antes de “serviços”( 4º §), antecede a enumeração.

( ) As ocorrências da crase em “à elevação” (1º §) e em “à competência” ( 6º §) se justificam porque, em ambos os casos, tem-se um objeto indireto introduzido pela preposição a.

( ) A ausência da vírgula, após “Na verdade” (2º §), está correta, pois não se separa sujeito de predicado.

A seqüência correta é

Alternativas
Comentários
  • Olá, alguém poderia indicar o erro na terceira proposição?


    As ocorrências da crase em “à elevação” (1º §) e em “à competência” ( 6º §) se justificam porque, em ambos os casos, tem-se um objeto indireto introduzido pela preposição a. 

  • A terceira opção afirma que o objeto indireto é introduzido pela preposição  A.

    isso não é verdade!  O verbo "referir-se A" e a locução " diz respeito A" pedem objeto indireto, mas o objeto indireto  " à elevação" e " à competência" são introduzidos por artigo e não por preposição.

    Essa questão estava testando a atenção dos candidatos.


  • "A atitude ética vai determinar como um profissional trata os outros profissionais no ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos, entre outros membros da comunidade em geral."

    ITEM: A presença dos dois pontos, antes de “serviços”( 4º §), antecede a enumeração. 

    Acho que "emburreci"! Cadê os dois pontos antes de serviços?

  • Gabarito A

    Sobre a terceira opção:

    "O fazer diz respeito à competência"

    O "A" preposição foi requisitado pelo substantivo "respeito". Regência nominal. Não há que se falar aqui em objeto direto, pois não se trata de regência verbal.

  • Cadê os dois pontos ANTES de serviços? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • As ocorrências da crase em “à elevação” (1º §) e em “à competência” ( 6º §) se justificam porque, em ambos os casos, tem-se um objeto indireto introduzido pela preposição a. 

    está errado porque não se trata de regencia verbal e sim nominal, ja que Respeito é substantivo e não verbo!


ID
1106716
Banca
IBFC
Órgão
MPE-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o período e as afirmações abaixo. Ora, ao longo do filme, ri repetidamente, e não foi “de nervoso”.

I. O termo entre aspas atua como advérbio de causa.

II. A conjunção “e” poderia ser substituída, sem alteração de sentido por “pois”.

III. O período é simples.

Está correto o que se afirma somente em:

Alternativas
Comentários
  • I- CORRETA

    II- o "e" é uma conjunção aditiva e o "pois" não é aditivo, assim alteraria o sentido.

    III- Período composto, 2 verbos. (ri e foi)

  • - Aproveitando pra lembrar. ri repetidamente =adjunto adnominal pois muda o sentido do verbo ri.

    -A conjunção (pois) é de causa e a conjunção (e) é aditiva.

    -temos dois verbos,(rir) e  (ir) então o período e composto.

    (copia na memória ROM d sua mente na hora da prova vc usa)


  • Ora, ao longo do filme, ri repetidamente, E não foi “de nervoso”. 
    Ora, ao longo do filme, ri repetidamente, MAS não foi “de nervoso”. Não é uma conjunção aditiva "E" e sim adversativa. Basta substituir! 

  • Duas orações = período composto.
  • O primeiro nao é adverbio de causa,mas de modo!

  • Gente...não entendi essa questão "de nervoso" ser considerado advérbio de causa???

    Alguém poderia explicra melhor? Eu só consigo enxergar como advérbio de modo.

  • Não sei se estou certa, mas entendi que o sentido é "não ri POR CAUSA de nervosismo"... "Meu riso não foi PORQUE eu estava nervoso".

    Logo, não se refere ao "modo" do riso.. o "de nervoso" não é o jeito da risada... Foi como entendi

  • GABARITO A

    Vamos por eliminação.

    A conjunção “e” poderia ser substituída, sem alteração de sentido por “pois”. ERRADO ( E= ADITIVA) ( POIS= Explicativa, antes do verbo. Conclusiva,depois do verbo).

    O período é simples. ERRADO- é periodo  COMPOSTO , apresenta dois verbos na frase.

    Sendo assim =  O termo entre aspas atua como advérbio de causa. ( causa x consequencias ) 

  • E= ADITIVA

    POIS= Explicativa

    POR ELIMINAÇÃO LETRA A 

  • SÓ ACERTA POR ELIMINAÇÃO, A MENOS ERRADA. PORQUE DE CAUSA AÍ NÃO É.

  • Gabarito= A

    Advérbios de causa ou finalidade só podem serem expressos por locuções

    ex=

    causa= de dor, devido a, por razão de

    finalidade= para que , para aquela.

  • CURTE AQUI QUEM ERROU POR ACHAR SER ADVÉRBIO DE MODO À I, PRA MIM TESTAR UM NEGÓCIO AQUI..


ID
1138786
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no cineasta Nelson Pereira dos Santos. E o inverso é mais do que verdadeiro.

Tem sido assim desde 1963, quando Pereira levou ao cinema um dos clássicos do autor, Vidas Secas (1938). Quebrou na ocasião uma lei antiga: a de que livro bom rende filme ruim.

Vinte anos depois, repetiu a façanha, novamente com Ramos, ao adaptar o livro Memórias do Cárcere (1953). São os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20.

Além das transposições das duas obras de Graciliano para o cinema, Pereira adaptou escritores como Nelson Rodrigues e Guimarães Rosa. É o único cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras.

Graciliano e Pereira tinham amigos em comum e frequentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar. O cineasta viu o autor uma única vez, em 1952, num almoço em homenagem a Jorge Amado, mas ficou tão encabulado diante do ídolo que não teve coragem de puxar conversa.

O contato mais intenso ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de Graciliano. Queria autorização do autor para mudar o destino de Madalena, que se mata no fim do romance. Nelson ficara encantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo
para ela. Mas Graciliano não gostou da ideia. A relação artística começaria de fato uma década depois, com o escritor já morto. "Queria fazer um filme sobre a seca. Criei uma história original, mas era muito superficial. Então me lembrei de Vidas Secas". Durante as filmagens, o mais difícil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmente, a cachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literatura e do cinema nacional.

(Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha de S.Paulo, 26/06/2013)

Considere as afirmativas abaixo.

I. Na frase São os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20 (3o parágrafo), o segmento grifado pode ser corretamente substituído por “serviram de base a elas”.
II. No segmento a cachorra que "interpretava" Baleia (último parágrafo), o uso das aspas justifica-se por se tratar da transcrição exata das palavras de Nelson Pereira dos Santos.
III. Mantém-se a correção gramatical do segmento A relação artística começaria de fato uma década depois (último parágrafo) substituindo-se o verbo grifado por começou.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Alguém saberia dizer porque esta frase está errada: "que lhes serviram de base"  o "que" não seria um pronome relativo e com isso  atrairia o pronome "lhes" ?? 

    Obrigado...

  • Tbém gostaria de saber pq q letra "a" está errada. Alguém sabe explicar?


  • Andréa Sago, eu me atrevo a tentar explicar com meus humildes conhecimentos o erro da alternativa "a". É que o correto seria "serviram de base a ELES", pois as obras serviram de base aos filmes, e filme é substantivo masculino. Portanto ELES e não ELAS. 

  • I. Na frase São os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20 (3o parágrafo), o segmento grifado pode ser corretamente substituído por “serviram de base a elas”. ==== INCORRETO.

    Vejamos o contexto: São os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que <lhes> serviram de base.... O pronome LHES poderia ser corretamente substituído por A ELES (e não por "a elas"), já que se refere aos "filmes mais famosos de Pereira", termo masculino no plural. Assim, a alternativa estaria correta sim assim escrita: "Na frase São os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20 (3o parágrafo), o segmento grifado pode ser corretamente substituído por “serviram de base A ELES”."

    II. No segmento a cachorra que "interpretava" Baleia (último parágrafo), o uso das aspas justifica-se por se tratar da transcrição exata das palavras de Nelson Pereira dos Santos. ==== INCORRETO.

    As aspas não foram usadas por se tratar de transcrição exata das palavras de Nelson Pereira dos Santos. Elas foram usadas para realçar a palavra "interpretava", indicando certa ironia.

    E a 3ª assertiva tá perfeita. Como se trata de fatos passados, pode-se usar o pretérito perfeito.


  • Na frase l o QUE é um emento atrativo de próclise, então, acho que deveria ser QUE a eles serviram de base. O QUE prononome relativo atraí o pronome. Por favor, se estiver errado me corrijam, estou aberto para aprender. 

  • Excelente comentário do Rafael Prado. 
    No entanto, humildemente ouso discordar da resposta dada pela banca para a alternativa III, pois "começaria" está no futuro do pretérito do indicativo e "começou" pretérito perfeito do indicativo, então não estão no mesmo tempo e não querem dizer a mesma coisa, afinal o FUTURO DO PRETÉRITO expressa uma ação que era esperada no passado, porém que não aconteceu, enquanto PRETÉRITO PERFEITO  expressa uma ação pontual, ocorrida em um momento anterior à fala, feito e acabado. Então, acredito que não podem ser simplesmente substituídos pois não teriam o mesmo sentido. Será que estou pensando certo? Se alguém puder ajudar...

    Bons estudos!
    Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/tempo-e-modo-verbal/
  • Natalia eu quase q faço o mesmo que vc, porem em uma segunda leitura da alternativa III notei que ele não pergunta se mantém o sentido ou não, apenas se a correção gramatical está certa.


  • I.  Na fraseSão os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras quelhes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20(3oparágrafo), o segmento grifado pode ser corretamente substituído por “serviram de base a elas”.

    II.  Existe uma regra que funciona bem para o uso do lhe.

    III.  Primeiro você faz a pergunta ao verbo; se for VTD não é possível usar o lhe como próclise. Caso você faça a pergunta ao verbo, e ele exigir a preposição A  e se  refira à pessoa ou a um elemento personificado então será possível a próclise. Neste caso o verbo é VTD, por isso que a questão está errada.

      Espero ter ajudado!


  • Discordo do gabarito desta questão também!!

  • Ótimo comentário da professora.

  • Serviram de base a ELES [os filmes] (seria o Correto)

    Pegadinha... 
  • Sinceramente, depois de um gabarito desses, não tenho dúvida em afirmar que prefiro a CESPE. Acho os enunciados da FCC complexos, não vão direto ao assunto. 

  • Atenção ao enunciado, gente!

    manter a correção gramatical É DIFERENTE de manter o sentido e não necessariamente um será consequência do outro.

    No caso da assertiva III o sentido muda, mas a correção gramatical continua perfeita.

  • Comentário:  PROF. RAFAELA FREITAS-ESTRATÉGIA CONCURSOS

     

    Observe que nem sempre a FCC traz questões
    exclusivamente de pontuação, ela mistura conteúdos. Nesta questão temos
    pontuação, verbo e pronome. Vamos analisar cada uma das afirmativas:


    I. Na frase São os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras
    que lhes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no
    século 20 (3o parágrafo), o segmento grifado pode ser corretamente
    substituído por “serviram de base a elas”.

     

    – Não. A substituição ideal seria
    aquela em que o pronome elas estivesse no masculino (eles),
    concordando com filmes. As obras serviram de base para os filmes.

    ----------------------------------------------------------------------------------------

     

    II. No segmento a cachorra que "interpretava" Baleia (último parágrafo),
    o uso das aspas justifica-se por se tratar da transcrição exata das palavras de
    Nelson Pereira dos Santos.

     

    – Não. A palavra “interpretava” está entre
    aspas para mostrar que a palavra está sendo usada de maneira
    figurada. Um animal não sabe interpretar.

    --------------------------------------------------------------

     

    III. Mantém-se a correção gramatical do segmento A relação artística
    começaria de fato uma década depois (último parágrafo) substituindo-se o
    verbo grifado por começou.

     

    – Sim, pois trata-se de tempo passado,
    pretérito perfeito.

     


    GABARITO: D - III
     

  • serviram de base aos filmes 

     

    serviram de base a eles 

     

     

     

    começaria ---> futuro do pretérito

     

    começou ---> pretérito perfeito

     

    Gramaticalmente correta, mudando apenas o sentido.

  • gab. D


ID
1141768
Banca
FUNCEFET
Órgão
CBM-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O código determina que os órgaos responsáveis pelo trânsito respondam objetivamente por danos causados aos cidadaos "em virtude de açao, omissão ou erro do direito do transito seguro ” . ó obrigacao moral de todos nos, na condicao de motoristas e pedestres, apontarmos deficiencias e irregularidades existentes em nossas vias publicas que possam colocar em risco o transito seguro. São nossas vidas e saóde que estao em jogo. Ao fazer isso devemos receber uma resposta conforme determina o Código de Transito Brasileiro:

"Art. 72. Todo cidadao ou entidade civil tem direito de solicitar, por escrito, aos orgãos ou entidades do Sistema Nacional de Transito, sinalização, fiscalizaçao e implantaçao de equipamentos de seguranca, bem como sugerir alteracões em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a esse Código.”

As Aspas ocorrentes no fragmento acima sao empregadas para:

Alternativas

ID
1152235
Banca
FUMARC
Órgão
AL-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

SEMPRE AS RELATIVAS

1º § Tostão, o que foi jogador de futebol, abandonou a carreira por causa de problemas em seu olho, fruto de uma bolada. Estudou medicina, psicanálise, foi professor. Abandonou esta nova carreira há uns dez anos (ou mais?) para tornar-se comentarista esportivo (na TV), espaço que também abandonou. Há alguns anos é colunista da Folha, que o publica duas vezes por semana.

2º § Na coluna de 13/10/2013, afirma sobre si mesmo que é um colunista que foi jogador, não um jogador que se tornou colunista. E se queixa de que tem gente que não entende.

3º § Analisa futebol. De vez em quando, cita poemas e evoca a psicanálise. Alguns o consideram um estilista da língua, outros elogiam sua perspicácia, incluindo sua análise estranha do idiomatismo “correr atrás do prejuízo”, que ele acha um erro, porque ninguém faria isso, isto é, correr atrás do prejuízo. Mas isso é argumento? Mas esqueceu que se trata de um idiomatismo. Também não chove a cântaros e ninguém bate um papo, literalmente.

4º § Sem dúvida, Tostão é uma boa fonte para o português culto de hoje. É um representante da cultura e escreve profissionalmente. Com um viés regional, claro, mas uma língua falada em território(s) tão extenso(s) há de ter vários padrões.

5º § Uma de suas marcas é a ausência dos pronomes em casos como “formei em medicina”. Não tenho cer- teza absoluta (isto é, não disponho de dados quantitativos), mas diria que Minas - em algumas regiões, pelo me- nos - é onde esta variante inovadora está mais assentada. E é culta, não apenas popular, como se poderia pen- sar. Tanto que Tostão a emprega em suas colunas.

6º § Outra marca que se espalha cada vez mais, e que está firme em Minas (mas não só lá) é a chamada relativa cortadora. Tostão forneceu bons exemplos em sua coluna de 9/10/13, na mesma Folha (Esporte, p. D4). Escreveu:

7º § “Parafraseando o poeta (ele cita muito Fernando Pessoa), “Tabacaria” pode não ser o mais belo poema da literatura universal, mas é, para mim, o mais belo, pois é o que mais gosto”. Depois: “Já o Cruzeiro não é o mais belo time do Brasileiro somente porque é o time que mais gosto e que tenho mais laços afetivos”.

8º § Cortadora é a adjetiva que elimina a preposição. Em vez das formas “de que mais gosto” e “com que / com o qual tenho mais laços”, ocorrem as formas “que mais gosto” e “que tenho mais laços”.

9º § Uma observação importantíssima: quem usa essas formas não diz “gosto isso” (diz “gosto disso”) nem “tenho ele mais laços afetivos” (diz “com o qual tenho…”). Ou seja: a queda da preposição só ocorre nas relativas. É uma regra sofisticada!

10º § Já se pensou que esta variante ocorria apenas ou predominantemente nas regiões rurais. Mas ela se espalha cada vez mais. Tarallo (A pesquisa sociolinguística, São Paulo, Ática) pesquisou a ocorrência das relativas desde 1725. Quantificou a ocorrência das diversas formas e descobriu que a cortadora ocorria muito pouco em 1725. Sua presença nos documentos foi aumentando paulatinamente até 1825. Desde então, cresce vertiginosamente: sua ocorrência é de cerca de 70% já em 1880!

11º § É evidente, mas é bom anotar, que os dados analisados por Tarallo são todos de língua escrita. E é provável que os números fossem mais altos na língua falada também naquele tempo, como são claramente hoje.

12 º § As outras relativas, além da cortadora, são a ainda considerada padrão (do tipo “o time de que mais gosto”) e a que retém o pronome pessoal - como se redobrasse o nome retomado por “que” ou “qual” (como em “o time que mais gosto dele”).

13º § A história da língua revela, quase sem exceções, que, para cada alternativa (variante), existe documentação antiga. Ou seja, praticamente não se inventa nada quando parece que se “criam” novas formas de falar. Dizendo melhor: quando parece que se cria alguma forma nova, ou ela é velha ou resulta da aplicação de uma regra antiga.

Em todas as alternativas, as aspas foram utilizadas com a mesma finalidade, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  •  

    ASPAS: COMO UTILIZAR ESSE RECURSO GRÁFICO

    1) Para abrir e fechar citações. Exemplo:

    “Uma vida não questionada, não merece ser vivida.” Platão

    2) Quando exprimir ironia ou destacar uma palavra ou expressão usada fora do contexto habitual. Exemplo:

    Eles se comportaram “super” bem!

    3) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos ou arcaísmos. Exemplos:

    Todos ficaram “abobados” com a notícia.

     3) Para marcar estrangeirismo (quando não há opção de itálico). Exemplo:

    Faça o “back up” para não correr o risco de perder os arquivos.

    5) Para delimitar o título de uma obra. Exemplo:

    “As 7 Dimensões da Comunicação Verbal” (Reinaldo Passadori)

    As opções a. b e c estão inclusas no item 2, pois o autor quis ironizar. A opção d apenas destacou o texto seria o item 5 da explicação acima.

  • Discordo da colega acima, porque não houve ironia. As aspas utilizadas foram para destacar um termo no texto, seria o recurso gráfico 5, neste sentido.

  • d

     

  • Nas letras A, B e C, as aspas foram empregadas para destacar discursos e citações de falas ou textos.

    Já na letra D, as aspas sinalizam um sentido irônico atribuído ao verbo "criar". Quer-se dizer que não se trata de uma criação propriamente dita.

    Resposta: D


ID
1152517
Banca
UFGD
Órgão
UFGD
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Sustentável é pouco

Ideias e experiências que vão além do discurso da sustentabilidade

             Enfim, juntou-se um "dream team" do novo urbanismo mundial para dar ideias para São Paulo. Os arquitetos do escritório de Gehl resolveram dedicar-se a transformar a região do Anhangabaú no centro vivo da cidade, um lugar onde a cidade toda se encontraria. Eles passaram semanas observando o jeito como as pessoas se relacionam com o espaço, entendendo o papel de cada um lá: os mendigos, as prostitutas, os policiais, os meninos de rua, os trabalhadores, os executivos, os camelôs. Ao final, eles propuseram um projeto lindo. Fiquei morrendo de vontade de passear pelo novo Anhangabaú.
             Mas provavelmente não vou ter a chance. São Paulo recusou o projeto do dream team dos urbanistas do mundo. As ideias deles servem para Bogotá, Londres, Nova York, Copenhague, Melbourne, mas não para nós.
             Por quê? Por quê São Paulo - e muitas cidades brasileiras - são tão refratárias a ideias inovadoras? [...].
             Em parte é fácil de entender o porquê. Os setores imobiliários e de construção são os maiores financiadores de campanhas eleitorais, tanto à prefeitura quanto à Câmara dos Vereadores. A Associação Imobiliária Brasileira deu dinheiro a 29 dos 55 vereadores em exercício - o suficiente para ganhar com folga qualquer votação em plenário.
            [...]
             Quer entender por que o espaço público tende a ser tão ruim no Brasil? Talvez a resposta esteja nas regras de financiamento de campanhas e no sistema político. Talvez nosso sistema privilegie os candidatos que se preocupam em agradar empreiteiras e incorporadoras, em vez de se especializar em atender as pessoas e tornar a vida delas melhor.


BURGIERMAN, Denis Russo. Sustentável é pouco. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/cidade/nossas-cidades-nao- mudam/ Acesso em 25 out. 2010.


O uso da expressão “dream team” (Linha 1) entre aspas indica que o autor lança mão explicitamente de recursos linguísticos chamados

Alternativas

ID
1158736
Banca
FAFIPA
Órgão
UFFS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Os perigos das dietas das musas


           Aquela que nunca desejou ter o corpo igual ao de uma celebridade, que atire a primeira pedra. Consideradas padrões de beleza, famosas em todo o mundo passam fome e apostam em dietas - no mínimo, excêntricas - para manter as gordurinhas longe das câmeras.
          Ela nega, mas para encarar uma nova personagem no filme “Just Go With It”, em que contracena com Adam Sandler e Nicole Kidman, a atriz Jennifer Aniston teria passado uma semana a base de papinhas de neném. A dieta teria sido receitada pela personal trainer da atriz, Tracy Anderson. Em entrevista ao jornal inglês Daily Mail, Tracy afirmou que a atriz consumia 14 potinhos por dia e perdeu três quilos fazendo isso.
          Pode parecer prático e inofensivo, mas a restrição de nutrientes deixa nutricionistas preocupadas com essa prática. “A papinha é para neném, nunca vai atender as necessidades de um adulto de lipídios, vitaminas, minerais”, afirma Natália Dourado, nutricionista da Nutricêutica, consultoria de nutrição em São Paulo. A carência de substâncias primordiais para o bom funcionamento do organismo tem as mesmas consequências da desnutrição: o corpo vai perdendo tônus muscular, a pessoa se sente fraca, fica com a imunidade baixa e mais suscetível a infecções. Em alguns casos pode até desenvolver anemia.
          “As papinhas foram desenvolvidas como uma forma de transição entre o aleitamento materno e os alimentos que exigem mastigação. O adulto deve mastigar para sentir-se saciado”, alerta a nutricionista Elaine Pádua, do Ambulatório de Saúde do Adolescente do Hospital das Clínicas de São Paulo e diretora da clínica DNA Nutri.
          E se a alimentação de Jeniffer Aniston parece estranha, o que dizer da dieta adotada pela top model internacional Naomi Campbell. Em entrevista à Oprah Winfrey, a modelo afirmou que, quando precisa perder alguns quilinhos, passa dias tomando água, suco de limão, uma colher de pimenta vermelha e xarope de bordo (também conhecido como xarope de Acer). E só.
          Não é preciso ser médico para perceber que seguir um “cardápio” como esse pode trazer sérios riscos à saúde. “Dietas restritivas podem provocar um grave desequilíbrio metabólico, o que pode exigir um esforço extra do organismo para manter funcionais órgãos vitais como coração, pulmão e o cérebro. Para se ter uma ideia, o cérebro necessita de 130 gramas diárias de glicose para poder sobreviver”, diz Elaine. Além disso, dietas como essa podem desencadear transtornos alimentares como anorexia nervosa, completa a nutricionista.

Disponível em: http://saude.ig.com.br/bemestar




No último parágrafo do texto, a palavra “cardápio” está entre aspas para:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    cardápio está entre ascas porque não está sendo utilizado no sentido denotativo, isto é: do dicionário, está se referindo às comidas escolhidas por quem segue a dieta
  • b) Dar outra conotação à determinada palavra (ou expressão).

  • b-

    Esta destacado porque o autor quer dar outro sentido ao termo. Se viesse sem virgulas, estaria sendo usado em seu sentido denotativo, o que nao ficaria coerente com o texto


ID
1169575
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O trânsito brasileiro, há muito tempo, tem sido responsável por verdadeira carnificina. São cerca de 40 mil mortes a cada ano; quase metade delas, segundo especialistas, está associada ao consumo de bebidas alcoólicas.

Não é preciso mais do que esses dados para justificar a necessidade de combater a embriaguez ao volante. Promulgada em 2008, a chamada lei seca buscava alcançar precisamente esse objetivo. Sua aplicação, porém, vinha sendo limitada pelos tribunais brasileiros.

O problema estava na própria legislação, segundo a qual era preciso comprovar “concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas” a fim de punir o motorista bêbado.

Tal índice, contudo, só pode ser aferido com testes como bafômetro ou exame de sangue. Como ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, o condutor que recusasse os procedimentos dificilmente seria condenado.

Desde dezembro de 2012, isso mudou. Com nova redação, a lei seca passou a aceitar diversos outros meios de prova - como testes clínicos, vídeos e depoimentos. Além disso, a multa para motoristas embriagados passou de R$ 957,70 para R$ 1.915,40.

No texto, a passagem “concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas” está entre aspas porque se trata

Alternativas
Comentários
  •  Para abrir e fechar citações. Exemplo:

    “Uma vida não questionada, não merece ser vivida.” Platão

    2 Quando exprimir ironia ou destacar uma palavra ou expressão usada fora do contexto habitual. Exemplo:

    Eles se comportaram “super” bem!

    3 Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos ou arcaísmos. Exemplos:

    Todos ficaram “abobados” com a notícia.

    4 Para marcar estrangeirismo (quando não há opção de itálico). Exemplo:

    Faça o “back up” para não correr o risco de perder os arquivos.

    5 Para delimitar o título de uma obra. Exemplo:

    “As 7 Dimensões da Comunicação Verbal” (Reinaldo Passadori)

  • Letra C.  É obrigatório o uso de aspas, na transcrição literal de palavras retiradas de trechos de lei, livros, poemas etc. 

  • Trata-se de citação curta e direta, "ipsis litteris", logo, deve-se usar aspas.

  • Sinônimo de transcrição : Cópia 
  • Assertiva C

    de transcrição de trecho da chamada lei seca.

  • GAB. C)

    de transcrição de trecho da chamada lei seca.


ID
1201030
Banca
FCC
Órgão
TJ-PA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

     Reconhecida internacionalmente por sua criatividade e pela conquista de sucessivos prêmios em festivais especializados, a publicidade brasileira alcançou tal prestígio pela qualidade técnica e estética com que recobre os produtos anunciados de um tratamento competente em matéria de linguagem.
     O termo propaganda se aplica mais à difusão de ideias - políticas e religiosas, por exemplo. Durante séculos missão imperiosa de profetas, evangelistas e apóstolos, a propaganda foi e continua sendo um propósito das religiões. Ser propagandista, no entanto, já foi profissão, sobretudo de vendedores e demonstradores de remédios. Fazer propaganda foi sinônimo de "vender o peixe", tanto no sentido de passar uma ideia adiante quanto de, literalmente, vender um produto. A propaganda continua sendo a alma do negócio, mas, neste caso, sinônimo de publicidade.
     Publicidade é um termo originalmente vocacionado para a vida pública, a livre e plural circulação de ideias. Portanto, para a democracia. Publicar era próprio dos reinos, impérios, estados e, por fim, das repúblicas. Antítese de segredo, a publicidade atendia aos interesses dos governantes em informar e aos das pessoas em querer saber dos assuntos importantes. Publicistas foram "ilustres homens públicos", difusores de grandes propostas de mudanças e, portanto, advogados de grandes causas, a exemplo dos pensadores iluministas em relação à Revolução Francesa. Grandes persuasores* de ideias avançadas e emancipatórias faziam uso de sua capacidade de falar, de escrever ou de publicar, para liderar grandes mudanças de governos e de regimes políticos.
     Com o advento de uma imprensa de massa, o que se denominava de publicidade não era o anúncio de produtos, mas simplesmente o tornar público. A presença dos apelos comerciais nas páginas dos jornais e revistas brasileiros só se tornou rotineira no século XX. A linguagem publicitária que então se estabeleceu como norma competente não procurou dar primazia às competências funcionais dos produtos, bens e serviços anunciados, mas sim enfatizar as supostas propriedades simbólicas, mágicas, verdadeiros fetiches ilusionistas. Sem deixar de se referir à utilidade e à qualidade dos produtos anunciados, as mensagens publicitárias buscaram especialmente construir atmosferas fantasiosas para sua apresentação, de modo a prevalecer sobre a face material das coisas um sonho fabricado. E a transformação da publicidade em fábrica de sonhos se deve muito mais a uma cultura profissional do que a uma constatação científica de que mais vale envolver coisas em sonhos do que falar das excelências técnicas e práticas.

* persuasor - aquele que convence alguém de alguma coisa

(Realidade ou fantasia segundo a publicidade, in Discutindo Língua Portuguesa. São Paulo: Escala educacional, ano 2, no 14, p. 36 a 39, com adaptações)

Fazer propaganda foi sinônimo de "vender o peixe"... (2o parágrafo)

As aspas empregadas na frase acima

Alternativas
Comentários
  •  e) chamam a atenção para uma expressão que apresenta duplo sentido no contexto. 


ID
1224691
Banca
IBFC
Órgão
SEDS-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cidadão
(Zé Ramalho)
Compositor: Lúcio Barbosa


Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar


Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?”


Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer


Tá vendo aquele colégio, moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar


Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
“Pai, vou me matricular”
Mas me diz um cidadão
“Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar”


Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte?
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer


Tá vendo aquela igreja, moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também


Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
“Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar”

As aspas, na segunda estrofe, foram utilizadas para:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    As aspas devem ser utilizadas para:

    1) Indicar uma citação;

         Ex.: "jogo é jogo, treino é treino", dizia Didi

    2) Indicar neologismo, estrangeirismos, gírias etc

        Ex.: Dario dizia que havia sempre uma "solucionática" para toda  problemática.

    3) Citar obras artísticas ou científicas.

        Ex.: Li "Dom Casmurro" três vezes.


    Fonte: Gramática para concursos - Marcelo Rosenthal - Série Provas e Concursos


  • 4) introduzir a fala de alguém na íntegra.

  • Todas as alternativas são possibilidades corretas do uso das aspas,

    Porém no texto estas buscam introduzir um discurso que não é do enunciador. (Mas sim de um cidadão que o interfere)


ID
1239409
Banca
FCC
Órgão
MPE-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       Como escreveu no começo do século 20 aquele infame senhor russo de cavanhaque, o que fazer? Eu tenho um fraco por esta moçada corajosa que agita no começo do século 21, que vai para a rua, que vai para a praça protestar por liberdade e também para denunciar fraude eleitoral e corrupção. Não sou tão ingênuo e emocional a ponto de me comover com a moçada do “occupy Wall Street” (teve até liberdade demais), mas, quando se trata do pessoal que passa o sufoco no centro de Moscou ou na praça Tahrir, no Cairo, é outra história. Sei, sei, há uma longa distância entre Moscou e Cairo, mas nos dois casos existe o que alguns de forma pejorativa chamam de Geração Facebook. Eu não.
      É chato quando a fadiga com um sistema de lei e ordem, como o de Putin, leva tanta gente a sonhar com outros pregando projetos ainda mais autoritários e nostálgicos. Imagine, Putin quer restaurar glórias passadas do império russo e, ainda por cima, vemos estes avanços de comunistas e da extrema direita? Claro que sobra a solidariedade com a moçada que foi para a rua protestar.
      Pouco conheço, mas em princípio não tenho nada contra o blogueiro russo Alexei Navalnyi, um cruzado contra a corrupção, detido terça-feira em Moscou, assim como centenas de manifestantes, e condenado a 15 dias de prisão. Seu crime? Basicamente popularizar a expressão “partido de escroques e adrões”, ao se referir ao partido governista Rússia Unida. Chato é que, no final das contas, embora este partido do poderoso chefão Vladimir Putin tenha sido humilhado nas eleições parlamentares de domingo (sem fraude, o estrago teria sido maior), os comunistas e a extrema direita tenham avançado. A ronia é quando Putin passa a ser uma espécie de centrista.
      Dá um certo prazer, é verdade, ver Putin suar um pouco, como qualquer ditador ou semiditador. O senador republicano americano John McCain, que não é exatamente Geração Facebook, tuitou de forma provocativa na terça-feira o seguinte: “Querido Vlad (Vladimir Putin), a primavera árabe está chegando a uma vizinhança perto de você
”.

            (Texto adaptado. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/ nova-york/se-cao/facebook/. )

No texto, pode-se afirmar que as aspas, nos 3º e 4º parágrafos, assinalam

Alternativas

ID
1253125
Banca
IDECAN
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Cultura e terror


      Essa minha ideia de que o homem é, sobretudo, um ser cultural, não deve ser entendida como uma visão idealizada e otimista, pelo simples fato de que isso o distingue dos outros seres naturais. 
      Se somos seres culturais, se pensamos e com nosso pensamento inventamos os valores que constituem a nossa humanidade, diferimos dos outros animais, que se atêm a sua animalidade e agem conforme suas necessidades vitais imediatas. 
      Entendo que, ao contrário dos outros animais, o homem nasceu incompleto e, por essa razão, teve de inventar-se e inventar o mundo em que vive. Por exemplo, um bisão ou um tigre nasce com todos os recursos necessários à sua sobrevivência, mas o homem, para caçar o bisão, teve que inventar a lança. 
      Isso, no plano material. Mas nasceu incompleto também no plano intelectual, porque é o único animal que se pergunta por que nasceu, que sentido tem a existência. Para responder a essas e outras perguntas, inventou a religião, a filosofia, a ciência e a arte. 
      Assim, construiu, ao longo da história, uma realidade cultural, inventada, que alcança hoje uma complexidade extraordinária e fascinante. O homem deixou de viver na natureza para viver na cidade que foi criada por ele. 
      Mas, o fato mesmo de se inventar como ser cultural criou-lhe graves problemas, nascidos, em grande parte, daqueles valores culturais. É que, por serem inventados, variam de uma comunidade humana para outra, gerando muitas vezes conflitos insuperáveis. As diversas concepções filosóficas, religiosas, estéticas e políticas podem levar os homens a divergências insuperáveis e até mesmo a conflitos mortais. 
      Pode ser que me engane, mas a impressão que tenho é de que o homem, por ser essencialmente os seus valores, tem que afirmá-los perante o outro e obter dele sua aceitação. Se o outro não os aceita, sente-se negado em sua própria existência. Daí por que, a tendência, em certos casos, é levá-lo a aceitá-los por bem ou por mal. Chega-se à agressão, à guerra. 
      Certamente, nem sempre é assim, depende dos indivíduos e das comunidades humanas; depende sobretudo de quais valores os fundamentam. 
      De modo geral, é no campo da religião e da política que a intolerância se manifesta com maior frequência e radicalismo. A história humana está marcada por esses conflitos, que resultaram muitas vezes em guerras religiosas, com o sacrifício de centenas de milhares de vidas. 
      Com o desenvolvimento econômico e ampliação do conhecimento científico, a questão religiosa caiu para segundo plano, enquanto o problema ideológico ganhou o centro das atenções. 
      A questão da riqueza, da desigualdade social e consequentemente da justiça social tornou-se o núcleo dos conflitos entre as classes e o poder político. 
      Esse fenômeno, que se formou em meados do século XIX, ocuparia todo o século XX, com o surgimento dos Estados socialistas. O ápice desse conflito foi a Guerra Fria, resultante do antagonismo entre os Estados Unidos e a União Soviética. 
      Surpreendente, porém, é que, em pleno século do desenvolvimento científico e tecnológico, tenha eclodido uma das expressões mais irracionais da intolerância religiosa: o terrorismo islâmico, surgido de uma interpretação fanatizada daquela doutrina. 
      O terrorismo não nasceu agora mas, a partir do conflito entre judeus e palestinos, lideranças fundamentalistas islâmicas o adotaram como arma de uma guerra santa contra a civilização ocidental, que não segue as palavras sagradas do Corão. 
      Em consequência disso, homens e mulheres jovens, transformados em bombas humanas, não hesitam em suicidar-se inutilmente, convencidos de que cumprem a vontade de Alá e serão recompensados com o paraíso. 
      Parece loucura e, de fato, o é, mas diferente da doença psíquica propriamente dita. É uma loucura decorrente do fanatismo político ou religioso, que muda o amor a Deus em ódio aos infiéis. 
      Embora o Corão condene o assassinato de inocentes, na opinião dos promotores de tais atentados - que matam sobretudo inocentes - só é proibido matar os “nossos” inocentes, como afirmou Bin Laden, não os inocentes “deles”. 
      Tudo isso mostra que o homem é mesmo um ser cultural, mas que a cultura tanto pode nos transformar em santos como em demônios. 

                          (Ferreira Gullar. Cultura e terror. Folha de São Paulo. Abril/2013. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/1269134-cultura-e-terror.shtml.) 


Sobre o emprego das aspas nos termos “nossos” e “deles” em “[...] só é proibido matar os ‘nossos’ inocentes, [...] não os inocentes ‘deles’.” (17º§), é correto afirmar que foram usadas com a finalidade de

Alternativas
Comentários
  • Discordo com o Gabarito, tendo em vista que uma citação literal é a Transcrição literal de trecho de obra alheia.

    exemplo:  Segundo Fulano "citação literária..."

    Questão Mal Formulada

  • Errei e depois entendi,é que as duas palavras aparecem dentro de uma citação,veja: 

    “[...] só é proibido matar os ‘nossos’ inocentes, [...] não os inocentes ‘deles’.”

    Não devemos olhar as palavras isoladamente, estão com aspas pq no texto original estavam assim,é uma citação literal.

  • Citação literal dentro da própria citação literal...banca pequena é uma droga mesmo. Não sabe fazer, inventa.

  • A questão não é ser banca pequena ou grande. Já peguei uma questão da Cespe que questiona este mesmo artifício. Inclusive, usa duas alternativas bem parecidas com essas: uma dizendo que era citação literal e outra que o autor usou de ironia. 
    A resposta para a questão é a mesma que esta: indica citação literal. 
    Concordo que dá brechas para acharmos que é ironia, mas fazer o quê? O jeito é pegar a manha.

  • Gab B

     

    Caí na pegadinha, porém concordo com o gabarito. Muitas vezes a falta de atenção e o "achar" que a questão foi dada nos fazem perder pontos preciosos.

  • Discordo da colega Mariana.

    Exceto por duas palavras distintas e separadas, no texto da prova não há aspas no trecho:  Embora o Corão condene o assassinato de inocentes, na opinião dos promotores de tais atentados - que matam sobretudo inocentes - só é proibido matar os “nossos” inocentes, como afirmou Bin Laden, não os inocentes “deles”. 

    As aspas foram incluídas apenas na pergunta, como forma de destacar a parte reproduzida do texto original.

    Ou seja, não há como afirmar que existe uma fala dos promotores de tais atentados ou do Bin Laden, na parte em que o autor escreve:  só é proibido matar os “nossos” inocentes, como afirmou Bin Laden, não os inocentes “deles”. 
    Pode ser que seja o próprio autor emitindo com suas próprias palavras a opinião desses tais promotores ou a do Bin Laden. 

     

    Questão mal formulada.

  • Discordo totalmente da banca. Sentido irônico faz mais sentido no contexto do texto pois não há inocentes nossos e deles. Todos são inocentes. Não há lados. Todo o texto dá esse sentido.

  • Banca imprevisivel, ao menor sinal de aspas em prova da idecan deixar por ultimo

    é ironia quando o autor fala as coisas diretamente https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/41c50655-25

  • Respondi sem olhar o contexto e errei.

    Sempre importante buscar o trecho no texto para responder com menos dúvida possível.

  • Gab. B

    Confie no seu potencial. Responda a questão sem voltar para o texto! 

  • Essas bancas fazem questões com mais de um gabarito, pois se a letra "B" está certa a letra "E" não está errada.

    Isso foi uma citação direta do Bin Laden e ao mesmo tempo com um tom irônico, uma vez que não existem "inocentes" no terrorismo.

  • Essa frase está ironia pura. Banca brincante!

  • USO DA ASPAS

    Citar Obras: 

    Quando queremos citar no texto o nome de uma obra, artigo, dissertações, teses, capítulos de livro, filmes, dentre outros, devemos utilizar as aspas (e ainda, o itálico), por exemplo:

    A “Gioconda” é a obra mais famosa de Leonardo Da Vinci; O autor relata em seu artigo intitulado “Memórias de um Soldado”, sua vida durante a guerra

  • pode até ser que uma das duas instâncias seja citação literal: como afirmou Bin Laden

    mas a outra só pode ser irônica, pois o sentido 'avesso' certamente não estava na fala dele, se é que ele disse isso.


ID
1277890
Banca
TJ-GO
Órgão
TJ-GO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      A violência contra a juventude negra foi debatida, em outubro, pela Comissão de Direitos Humanos do Senado.
De acordo com o estudo A Cor dos Homicídios no Brasil, desenvolvido pelo coordenador da área de estudos da violência da Faculdade Latino-Americana no Rio de Janeiro, de 2001 a 2010, enquanto o índice de mortalidade entre jovens brancos no país caiu 27,1%, o de mortalidade entre negros cresceu 35,9%.
      Com base em dados do sistema de informações de mortalidade, do Ministério da Saúde, a pesquisa revela que, no Brasil, as maiores vítimas de violência são jovens negros com baixa escolaridade. O racismo é a maior motivação para os crimes. Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pará, Distrito Federal e Pernambuco são as unidades da Federação que mais registram casos de homicídios contra negros.
      Outro dado da pesquisa mostra que, em 2010, quase 35 mil negros foram assassinados no pais. "Os números
deveriam ser preocupantes para um país que aparenta não ter enfrentamentos étnicos, religiosos, de fronteiras, raciais ou políticos. Representam um volume de mortes violentas bem superior ao de muitas regiões do mundo que atravessaram conflitos armados internos ou externos", avalia o pesquisador.
      "É uma situação alarmante, que coloca o Brasil entre os piores lugares do mundo — sétimo lugar — em relação ao homicídio, mas em situação pior ainda em relação à morte de jovens negros. O governo reconhece que esse é um problema histórico que afeta
especificamente a juventude negra", disse a porta-voz da Secretaria Nacional da Juventude da Presidência da República.

Extermínio de jovens negros preocupa autoridades brasileiras. Internet: (com adaptações).

No que se refere aos aspectos lingüísticos do texto, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas

ID
1279426
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFPB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Dinheiro lidera os motivos de brigas entre casais no País


Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa saída para você sentir que está no controle da situação


      Mesmo quando as finanças vão bem, dinheiro é o principal motivo de briga entre casais. Se as contas andam
apertadas, então, o terreno é propício para que ambos descontem suas ansiedades um no outro. Mas, com um pouquinho de esforço, dá pra lidar com essa parte chata da vida a dois e barrar as brigas antes mesmo que elas comecem. Em primeiro lugar, é importante que o casal fale a mesma língua quando se trata de dinheiro (na próxima página, montamos um teste para vocês avaliarem se estão mesmo alinhados). Pesquisa mundial feita recentemente mostrou que 72% dos casais se preocupam com os gastos do parceiro. Se um se sacrifca para economizar, e o outro torra a grana, problemas à vista.
      Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa saída para você sentir
que está no controle da situação. Só fique esperto para bater este papo no momento certo. “Nunca tente conversar se você estiver muito estressado com suas contas”, sugere o consultor fnanceiro Jill Gianola. Em vez disso, procure uma hora em que os dois estejam calmos e sem distração.
      É importante que o casal esteja alinhado nas decisões de com o quê gastar, como economizar e quanto investir. Se apenas um exerce controle sobre as finanças, o outro pode acabar se sentindo excluído e impotente. É bacana que vocês decidam juntos quem paga o quê – e como. A renda de vocês é unifcada ou cada um tem sua conta separada no banco? Vocês consultam um ao outro antes de fazer uma aquisição que comprometa o orçamento da casa? Quem é o responsável pelas contas? Se vocês estão se entendendo do jeito que está, ótimo. Mas, de qualquer forma, a regra de ouro pra não rolar estresse é não esconder do parceiro nenhum tipo de gasto.
      Brigas sobre dinheiro são um dos principais motivos que levam um casal ao divórcio. Se você e seu companheiro não conseguem falar sobre o assunto sem que isso vire um pé de guerra, e isso está colocando seu relacionamento em risco, pense em procurar ajuda. Um consultor financeiro pode dar dicas de como administrar as finanças, enquanto uma terapia de casal pode ajudar os dois a resolverem certas diferenças. O segredo é conversar, ter comprometimento e não culpar o outro por fatores que estão fora de seu controle. Pensamento positivo: se vocês souberem lidar com problemas financeiros, isso significa que terão jogo de cintura para enfrentar outras situações difíceis – e sairão dessa fortalecidos.

Texto adaptado – Fonte: http://www.meionorte.com/noticias/jor-nais-e-revistas/dinheiro-lidera-os-motivos-de-brigas-entre-casais-no-pais-86284.html

Em “‘Nunca tente conversar se você estiver muito estressado com suas contas’”, as aspas foram empregadas no texto

Alternativas
Comentários
  • Uso das aspas:

    1) Antes e depois de citações textuais (exemplo da questão);

    2) Para assinalar estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares;

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso;

    4) Quando se citam nomes de mídias, livros, etc.


    Fonte: A Gramática para Concursos Públicos, de Fernando Pestana.


  • Caramba, o que custa para a AOCP indicar o parágrafo ou linha em que está o trecho? Negócio cansativo ficar caçando --'

  • Resposta Letra D. Indicar uma citação

  • Guilherme Lopes , assim é mel na chupeta

  • Guilherme Lopes 

     

    Ctrl + F e digita o que você quer achar no texto.

     

     

     

     

  • Tiago Roriz

    E tem como usar isso na hora da prova?

  • Tem não, Guilherme kkkkkk :-) Na hora da prova é tchaca na butchaca: ou você cai pra dentro ou fod* a jararaca, parceiro... Esse troço de Ctrl + FIND só te deixa "mal acostumado: você me deixou mal acostumado, com a sua preguiça... Então volta, refaz logo esse exercício, pra eu passar e pra que possa ser felizzzzzzz..."

  • Resposta: Letra D

    O uso das aspas serve para indicar uma citação.

  • Uso das aspas:

    1) Antes e depois de citações textuais (exemplo da questão);

    2) Para assinalar estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares;

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso;

    4) Quando se citam nomes de mídias, livros, etc.

    Fonte: A Gramática para Concursos Públicos, de Fernando Pestana.

  • GABARITO: LETRA D

    Aspas – indicativo de destaque.

    São usadas para indicar:

    a) Citação literal:

    “A mente do homem é como uma távola rasa” – disse o filósofo.

    b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias:

    “Peace” foi o que escreveram na faixa.

    Ficava “desmorrendo” com aquela feitiçaria.

    Estou sentido uma “treta”.

    c) Indicar o sentido não usual de um termo.

    Energia “limpa” custa caro.

    d) Indicar título de obra.

    “Sentimento do Mundo” é uma obra do Modernismo Brasileiro.

    e) Indicar ironia

    Ele é um grande “pensador” da humanidade.


ID
1289524
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


No Texto 1 há o emprego de aspas, sinal de pontuação, em três ocorrências: 


1. Na primeira ocorrência, para realçar a expressão “um mistério”.
2. Na segunda ocorrência, para isolar uma citação textual retirada de uma obra.
3. Na terceira ocorrência, para destacar um estrangeirismo, ou seja, uma expressão não característica da linguagem de quem escreveu o texto. 

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • normas para emprego das aspas :

    indicam citação textual ;

    indicam serem estrangeiras ou de gíria certas palavras;

    indicam vários motivos, mas o principal é indicar o uso de palavras e expressões fora do sentido habitual 

  • Gabarito: C.


    1 . Certo. Destacar palavras que representem termos conotativos (ironia), estrangeirismo, vulgarismo.

    2 . Certo. Citações ou transcrições de um texto.

    3 . Errado. Tem o mesmo sentido do anterior.


    Bons estudos e inté (✿◠‿◠)

  • c)  São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.

  • na terceira ocorrência -> “palavra justa”/ nada a ver com estrangeirismo.

  • 1. sentido particular e nao extatamente ironico. 

  • Estrangeirismo é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que tenha ou não equivalentes. É o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa. De acordo com o idioma de origem, as palavras recebem nomes específicos, tais como anglicismo (do inglês), galicismo (do francês), etc. O estrangeirismo possui duas categorias: em vez da correspondente em nossa língua. É apontada nas gramáticas normativas como um vício de linguagem, o que, há muito, é tido como uma visão simplista por diversos linguistas

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

  • Como assim "realçar a expressão"?

    As aspas foram usadas em "um mistério" para remeter à opinião de João Ubaldo.

     


ID
1302394
Banca
IDECAN
Órgão
CRA-MA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em "Costumamos chamar essa sensação de 'cair a ficha'..." (42§), a expressão destacada encontra-se entre aspas pois trata-se de

Alternativas
Comentários
  • Apesar de não ter achado no texto a expressão mencionada, e também não entender o significado de '42§', continua fácil associar que 'cair a ficha' é um gíria. letra A

  • "Costumamos chamar essa sensação de 'cair a ficha'...
     Essa expressão indica uma Gíria. Vale salientar também que,no contexto de aspas,podemos utilizá-las também em neologismos e estrangeirismos.

  • Gabarito A

    ASPAS( " )

    ·       Antes e depois de citações ou transcrições textuais;

    ·       Discurso direto: Enunciador reproduz literalmente as falas citadas, SEM AUXÍLIO DE VERBO DE DIZER.

    ·       Para representar nomes de livros ou legendas;

    ·       Para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia;

    ·       Ressaltar o tom pejorativo;

    ·       Para realçar uma palavra ou expressão.

  • uso das aspas quando usar?

    Gírias: 

    Quando na produção textual são empregadas as expressões populares, denominadas de gírias, utiliza-se as aspas, por exemplo:

    A Cibele disse que “não rolou” as vendas de bilhetes. (A expressão destacada significa na linguagem denotativa que não aconteceu.)


ID
1303363
Banca
FUNCAB
Órgão
PM-SE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Esquadrão de quatro patas


      Dia do show de Madonna. Ruas fechadas, policiamento ostensivo, pessoas revistadas, gente para todo lado. Mas foi no palco, antes de a cantora dar boa-noite aos cariocas, que uma cena chamou atenção. Enquanto os ávidos fãs da diva do pop chegavam ao Parque dos Atletas, na Barra, o soldado Boss, da PM do Rio, comandava seus amigos Scot e Brita numa varredura completa em busca de qualquer objeto suspeito no perímetro onde a estrela americana iria se apresentar. Caixas, camarim, backstage, tudo foi vasculhado. Nada encontrado. Sinal verde para começar o espetáculo.
      Boss é um labrador de 6 anos. Ele e seus colegas rottweilers, pastores e malinois vêm atingindo números excepcionais no que diz respeito ao combate ao crime. Na quarta passada foram divulgados índices atualizados, já incluindo a primeira semana de dezembro - constata-se, por exemplo, que a quantidade de drogas apreendidas graças ao faro dos cachorros é vinte vezes maior em relação a 2010. O desempenho da equipe incomoda de tal maneira os líderes do tráfico que, há algumas semanas, a ordem partida do comando do crime era atirar diretamente nos cachorros. “Foi um momento de tensão”, revela o tenente-coronel Marcelo Nogueira, do Batalhão de Ação com Cães (BAC). Bem que tentaram, mas nenhum foi atingido. Os 69 animais do BAC continuam de pé, em quatro patas.
      Meliantes se desesperam, autoridades se regozijam. “Os cães são uma ótima alternativa no combate ao crime, têm uma atuação fantástica”, elogia o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Desde o início da instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), em 2008, a tropa canina sempre esteve envolvida. E também se destaca em qualquer grande evento que o Rio receba, além de acompanhar as principais personalidades que desembarcam na cidade. Em 2011, foram os cachorros policiais que vasculharam o carro de Barack Obama e toda a frota presidencial americana.
      Seu quartel-general, o BAC, fica em Olaria, na Zona Norte do Rio. Os animais trabalham seis horas por dia, fazem duas refeições - 250 gramas de ração por vez - , dormem à tarde e só entram na piscina quando não há mais operações previstas. Desde muito cedo é possível identificar os filhotes mais corajosos, ágeis e que gostam de buscar objetos. Para a turma boa de olfato e que caça bem, os policiais atrelam ao seu brinquedo favorito como uma bolinha, o cheiro de uma droga ou de pólvora. Assim, toda vez que o bicho sobe uma favela, para ele é nada mais, nada menos que uma possibilidade de “divertimento”. Por sua vez, o grupo destinado a intervenções (que ataca sob ordens dadas em português, inglês e alemão) passa por um treinamento físico mais rígido e por variadas simulações de busca por reféns, procura de bandidos e invasões a locais de difícil acesso. A carreira é curta: se com 1 ano e 8 meses o animal está formado, com 8 anos é aposentado e encaminhado para adoção.
      Os primeiros cães policiais chegaram ao Rio em 1955, vinte no total, vindos de um criadouro em São Paulo. Hoje pode-se dizer que a maior parte da tropa é nascida no canil de Olaria. As raças se alternam ao longo do tempo. Se no começo era o pastor-alemão que combatia os ladrões do mundo inteiro, nas décadas seguintes o dobermann e o rottweiler ganharam fama de maus na caça aos criminosos. De dez anos para cá, destacam-se o pastor-holandês e os temidos malinois, estes com participação fundamental na ação contra o terrorista Bin Laden. Por aqui, logo após o episódio do ônibus 174, em 2000, o treinamento intensivo com cães para resgate de reféns foi reforçado. “Se acontecesse hoje, o seqüestrador teria sido imobilizado por um cão e nenhum inocente sairia ferido”, ressalta o tenente-coronel Nogueira.
      Até a Copa de 2014 está prevista a aquisição de oitenta cães europeus já treinados, o que vai permitir que cada soldado tenha seu próprio cachorro (atualmente existe um revezamento). Com vistas à Olimpíada de 2016, serão intensificados os intercâmbios com a polícia de Espanha, Suíça e França - aliás, uma força parisiense esteve aqui na semana passada para mais uma etapa de aprimoramento dos trabalhos com animais. “Em três anos, teremos uma das melhores companhias do mundo”, aposta o major Victor Valle, do BAC. Ali, existe uma máxima: o melhor amigo do homem está se tornando o inimigo número 1 do crime.

(Renan França, in Revista Veja Rio, 19/12/2012)

No último parágrafo do texto, o uso das aspas no fragmento: “Em três anos, teremos uma das melhores companhias do mundo” se justifica por:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão cabia recurso, no texto fala que é tenente coronel , e na questão fala que é major?, houve discrepância da banca aí, entre o texto e a questão.

  • "Parabéns" pra mim. Troquei o comando da questão: USO DAS ASPAS, por USO DA VÍRGULA. Meu cérebro bugou.

  • lucas vaqueiro vc ta viajando


ID
1313575
Banca
CETRO
Órgão
Prefeitura de São Paulo - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O site Business Insider, com sede em Nova York, enviou um repórter ao País para conferir as notícias de que os artigos da Apple aqui são os mais caros do mundo. A conclusão do repórter foi a de que os preços aqui são ‘inacreditáveis’.

“O iPhone 5S de 64 gigabytes brasileiro custa R$3.599,00, ou cerca de US$1.637, o que torna o iPhone vendido no Brasil o mais caro do mundo”, constata o site. O mesmo produto custa US$849 nos EUA. “Ainda é caro, mas é a metade do preço no Brasil”, acrescenta.

O levantamento com os produtos Apple é apenas mais um numa lista em que já entraram outras estatísticas semelhantes que comprovam que os preços no Brasil são mais altos em vários itens. O mais recente estudo foi o ‘índice Zara’, feito pelo Banco BTG Pactual com os preços da grife espanhola Zara.

O Brasil também costuma frequentar posições no topo do ranking do ‘índice Big Mac’, que compara os preços dos hambúrgueres do McDonald’s em dólares nos países onde a rede está presente. E os preços dos videogames Play Stations também causaram polêmica nos últimos meses.

“Os preços absurdos do Brasil, que se estendem para além de produtos da Apple, podem ser atribuídos a gargalos de transporte, políticas protecionistas, uma história de alta inflação, um sistema fiscal disfuncional e uma moeda sobrevalorizada”, escreve o repórter Michael Kelley.

Estadão on-line, 14/4/2014. Preços da Apple no Brasil são “inacreditáveis”, diz site dos EUA. Texto com adaptações.

Levando em consideração o 1º e o 2º parágrafos do texto e as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, analise as assertivas abaixo.

I. Em “as notícias de que os artigos”, o termo destacado pode ser substituído por “das quais”.

II. O uso de “sua conclusão” em vez de “a conclusão do repórter” evitaria uma repetição, mas representaria um prejuízo para a clareza do fragmento.

III. As aspas em “inacreditáveis” devem-se ao uso irônico da expressão por parte do autor do texto.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito já alterado pela banca.

    Gabarito letra C.

  • O gabarito é para ser "letra D" mesmo.

    A figura de linguagem utilizada na afirmativa III foi hipérbole, e não ironia.

  • Não vejo ironia em inacreditáveis.

  • Ironia - Consiste em declarar o oposto do que realmente se pensa ou do que é, com tom de deboche, normalmente.

    – Que motorista excelente você, quase me atropelou.

    – Professor, olha como meu boletim está excelente, só há uma nota acima da média.

    Obs.: As aspas muitas vezes marcam uma ironia:

    Quando a “linda” funcionária entrava na empresa, começavam os risos sarcásticos.

    Fonte A gramatica para concursos - Pestana

  •  enviou um repórter ao País para conferir as notícias de que os artigos da Apple aqui são os mais caros do mundo.

    De que não é pronome relativo, é conjunção integrante iniciando oração subordinada substantiva completiva nominal, ou seja, não poderia ser substituído por DAS QUAIS.

    PMAL 2021. SE EU ERREI, CORRIJA-ME.


ID
1321405
Banca
FUNCAB
Órgão
PM-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:


      Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
      Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
      Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
      O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
      O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
      Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.

FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.


“‘Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.’” (§ 6) No fragmento em questão, o uso das aspas por Rubem Fonseca visa, essencialmente:

Alternativas
Comentários
  • assinalar trecho transcrito.

     

     

  • Gabarito: D

    É preciso dar uma breve lida no paragrafo para entender o motivo das aspas. "Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.”. É uma frase com dedicatória que estava escrita no livro que ele achou.


ID
1333138
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto mostra um conjunto de sinais gráficos. Assinale a opção que indica o segmento do texto em que o emprego de um desses sinais está corretamente justificado.

Alternativas
Comentários
  • Alguém explique por favor o erro da D

  • Creio que a explicação da D seria a mesma da letra E: indicar a transcrição de palavras alheias, já que esses termos são utilizados pelo que o autor chama de "parte da esquerda viúva da ruína socialista".

  • A FGV é do mal! Mas dessa vez acertei.

     

  • os professores deveriam comentar TODAS as questões de português da FGV, sem exceção.

  • Alternativa E


     

    As aspas são usadas para:

    - citações (  menção no texto de informação extraída de outros documentos );

    - destacar palavras pouco usadas ( palavras estrangeiras incomuns );

    - indicar palavras com outro sentido (como afectivo, irónico, etc.);

    - destacar palavras ou expressões com valor significativo (embora, para este caso, seja preferível o negrito);

    - indicar o título de obras;

    - representar a fala de uma pessoa (embora, para este caso, seja preferível o travessão no discurso directo);

  • D e E ficam dúbias, uma vez que não cita o autor das frases transcritas, então não temos como saber se é mesmo o que se diz na questão.



  • Não sei se meu pensamento é o correto para responder questões da FGV, mas pelo que percebi existem questões dessa banca que vc consegue responder interpretando a questão, bem como suas alternativas. Essa questão foi um desses casos.


    A alternativa D não poderia ser a resposta, pois no final da fala o autor diz "seja lá o que esses termos signifiquem hoje". Na justificativa diz: "emprego de aspas para indicar uma cópia de termos técnicos."

    Aí eu me perguntei: COMO QUE UM TERMO TÉCNICO PODE TER UM SIGNIFICADO HOJE E OUTRO AMANHÃ?"

    Não tem lógica entendeu?


    Daí descartei e fui pra letra E que é mais correta de todas.

    “Já ocorreu a tal ‘mudança estrutural’. O Brasil democrático não se parece com seu passado tristonho, embora ainda haja tanto por fazer” – emprego de aspas para indicar a transcrição de palavras alheias.


    De fato, "mudança estrutural" foi utilizada no texto como uma palavra alheia. Percebam a palavra em destaque "a tal mudança estrutural". Eu entendi que o uso de A TAL foi para ser entendido como "Já ocorreu a CONHECIDA / FAMOSA / DITA / TÃO FALADA mudança estrutural.", ou seja, palavras alheias.


    Espero ter ajudado.

  • Complicado não ter comentário do professor. Eu marquei a letra D, por achar que seria alternativa menos pior.

    Vou ficar sem entender o porquê do erro..

    Nas questões da CESPE, tem comentário pra ca***.


ID
1345204
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Imprensa Oficial do Estado de Alagoas publicou, em maio deste ano, o livro Relatórios de Graciliano Ramos Publicados no Diário Oficial. Escritos em 1929 e 1930, esses documentos públicos, endereçados ao então governador de Alagoas, Álvaro Paes, prestavam contas da administração do autor de Vidas Secas à frente da Prefeitura de Palmeira dos Índios. O uso de linguagem quase coloquial com traços de ironia, inesperada para textos oficiais, chama atenção. É o que ocorre, por exemplo, no trecho em que Graciliano se refere aos gastos com iluminação do Município: “A Prefeitura foi intrujada* quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras. É um bluff**. Pagamos até a luz que a lua nos dá.”.

* enganada.** blefe, em inglês.

Leia, atentamente, o trecho adiante, colhido no Relatório de 11 de janeiro de 1930, e responda a questão proposta:

Não me resolveria, é claro, a pôr em prática no segundo ano de administração a eqüidade que torna o imposto suportável. Adotei-a logo no começo. A receita em 1928 cresceu bastante. E se não chegou à soma agora alcançada, é que me foram indispensáveis alguns meses para corrigir irregularidades muito sérias, prejudiciais à arrecadação.”

Assinale a alternativa que reproduz a redação do trecho selecionado, “atualizada” de acordo com as novas regras estabelecidas pelo Acordo Ortográico da Língua Portuguesa, aprovado em dezembro de 1990, em Lisboa, e adotado no Brasil por meio do Decreto Legislativo n° 54, de 1995, no que se refere à acentuação gráica, aos empregos do trema e da crase.

Alternativas
Comentários
  • "Excetua -se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por." 

    Fonte: Anexos I e II do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, retirado do site da ABL.

  • A forma verbal  pôr continua sendo grafada com acento circunflexo para se distinguir da preposição átona por.

  • E na mesma linha dos comentários abaixo, não admite-se crase antes de verbo.

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
1358914
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  A Nova Praga

    Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

    Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

    (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

                                                                      (Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

"Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim 'arena'".

O comentário correto sobre um dos componentes desse segmento do texto é

Alternativas
Comentários
  • a) Que se refere a tempo

    b)  Essa se refere a algo no passado, para indicar o momento presente o certo seria "esta"

    c) Tem por antecedente "disciplina"

    d) Não indica algo repentino

    e) Gabarito

  • "arena"  faz parte de outro idioma?

  • Arena faz parte de outro idioma?? B está errada ??

  • De acordo com o Prof. Zambelli da casa do concurseiro, os pronomes demonstrativos - Esse, Essa, Isso, fazem referência a um PASSADO BREVE. Por isso, considero a B errada.

  • A palavra "arena", na acepção em que está empregada no texto, é estrangeira.

  • Pessoal,

    O pronome "essa" está sendo usado para retomar um termo antecedente: Latim. Não tem a ver, portanto, com o tempo em que a frase ocorre.


    Vejamos a seguinte explicação:

    Pelo nome parecem ser complicados, mas usar os pronomes anafóricos e catafóricos é mais fácil do que se imagina.

    O pronome anafórico se refere a algo que já foi dito.

    Passar em um concurso e comprar um carro. Esses são os meus objetivos de 2010.

    Viu? “Esses” se refere ao que está no período anterior.

    O pronome catafórico indica algo que será mencionado.

    Estes são os meus objetivos de 2010: passar em um concurso e comprar um carro.

    Percebeu a diferença? “Estes” se refere ao que está no final do período.


    Fonte: http://www.alo.com.br/blogs/?IdBlog=24&IdPost=3292


    Bons Estudos! ^^

  • a) o pronome relativo "que" - sublinhado no segmento - tem por antecedente o substantivo "Latim".

    Não.  O pronome relativo "que" faz referência ao termo "tempo".

    b) a forma do demonstrativo "essa" se justifica porque o autor se refere a algo que ocorre no momento presente.

    Item incorreto. O demonstrativo "essa", quanto à posição temporal, ou faz referência  ao tempo futuro ou ao passado relativamente próximo ao falante.

    c) o pronome relativo "cuja" tem por antecedente o substantivo "escolas".

    Item errado, pois cuja, no frase, refere-se ao termo "disciplina". Porque a ausência é da disciplina e não das escolas. 

    d) o substantivo "desastre" indica que o fato citado ocorreu repentinamente.

    Não. 

    Resposta correta é a letra "e".

  • Olha galera vou ver a explicação de vcs aqui pq o professor explica de uma maneira muito sucinta 


  • Excelente explicação a do Gabriel Monteiro.

  • Na letra "B" essa tem carater anafórico. Por isso, "essa disciplina"se refere a um termo anterior que é LATIM

  • esse professor não explica pora nenhuma!!!!!!!!!!

  • Esse professor expliocou oq mesmo.

  • Ele dá a resposta no texto, praticamente.  "...para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim 'arena'".

  • Qconcursos, por favor, contratem o Jean Aquino, professor de português do Cejuris, o cara é muittttoooo bom no que ele faz. Fica essa dica ai!!

  • Questão muito tranquila para ser da banca FGV. gabarito letra E
  • Nem precisa ler o texto para responder!
  • E✓,pois se refere a uma palavra em latim.


ID
1366522
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IF-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Mundo Tem Conserto 

     O Brasil tem mais celulares que habitantes. Em novembro de 2013, ultrapassamos 270 milhões de linhas. Não se sabe o quanto os recém-comprados substituem aparelhos jogados fora, mas uma pesquisa de 2012 da empresa de softwares F-Secure indica que um terço dos brasileiros troca de aparelho todos os anos. Não se trata de um fenômeno nacional. Em 10 dos 14 países pesquisados, a maior parte dos entrevistados disse não esperar mais de dois anos para comprar um novo equipamento. Chegou-se a um ponto em que, nos Estados Unidos, um plano da operadora Verizon permite trocar o modelo por um mais recente a cada 6 meses, o que praticamente transforma o celular num bem perecível. Mas esta reportagem não é sobre celulares. É sobre fones de ouvido, ferros de passar roupa, tostadeiras, computadores e vários outros bens eletroeletrônicos que, ao primeiro sinal de defeito ou novidade, jogamos fora, aumentando uma pilha de lixo eletrônico de quase 40 milhões de toneladas por ano, segundo a ONU. Esse nosso descaso, no entanto, tem conserto. É isso o que prega um crescente grupo de ativistas geeks presente em pelo menos 30 países, inclusive no Brasil.

     Os consertadores ("fixers", em inglês) pregam que o melhor para o planeta não é reciclar lixo, e sim não produzi-lo. "Nunca possuímos tantas coisas como hoje, mesmo que as utilizemos cada vez menos", diz Deyan Sudjic, diretor do Museu do Design, em Londres, e autor do livro A Linguagem das Coisas. "Como gansos alimentados à força com grãos até seus fígados explodirem para virar foie gras, somos uma geração nascida para consumir."

     A estratégia dos fixers para combater essa lógica passa por rejeitar a resposta pronta de assistências técnicas autorizadas de que "vale mais a pena comprar um novo". Só é possível esse questionamento porque o movimento começa a se apropriar do conhecimento técnico e a disseminá-lo, divulgando como é possível fazer pequenos reparos e deixar de descartar um produto ainda próprio para o uso.

Programado para morrer

     Mais do que prolongar a vida útil das peças, os entusiastas do conserto propõem reduzir a dependência com relação a serviços de grandes empresas. No alvo desse questionamento está a obsolescência programada, o fato de que alguns produtos são desenhados para não durar ou para que, quando tiverem um problema, não sejam reparados. Um exemplo bem documentado disso é a primeira versão do iPod, de 2001. Clientes reclamavam que a bateria do MP3 player estragava após um ano e que não havia como trocá-la. Alguns chegaram a gravar conversas com o serviço de atendimento ao consumidor da empresa, que dizia não fornecer novas baterias e que o melhor era comprar um iPod novo. Por conta disso, a advogada Elizabeth Pritzker levou a Apple aos tribunais em uma ação coletiva em 2003. "Recebemos documentos técnicos e vimos que a bateria foi desenhada para durar apenas um curto período de tempo", diz Pritzker no documentário The Light Bulb Conspiracy. Após alguns meses, a ação judicial terminou em um acordo. A Apple, que já tinha vendido 3 milhões de unidades, aceitou criar um programa de substituição das baterias e estendeu a garantia para dois anos, oferecendo compensação aos que entraram na justiça. Procurada pela reportagem, a Apple não indicou ninguém para comentar o caso.

     Não se trata apenas de ir contra fabricantes que produzem coisas com um ciclo de vida curto. Os fixers também pressionam a indústria para que não dificulte o conserto propositalmente, prática na qual a Apple também é citada. Assim que o iPad Mini foi lançado, por exemplo, blogs começaram a abrir o aparelho e mostrar como a opção por colar as partes umas às outras dificultava qualquer reparo. Outra das denúncias desse tipo, publicada na revista Wired, afirma que o Macbook Pro Retina é o laptop menos "consertável" que existe. "O display é fundido no vidro, a memória RAM é soldada na placa do computador, o que impede upgrades. A bateria é colada no case, o que obriga o usuário a enviar todo o computador para a Apple a cada vez que ela precisa ser trocada", diz o texto.

     Esse tipo de alerta quer colocar na pauta dos consumidores o quão fácil será o conserto. Sim, porque, sejamos francos, uma hora o seu eletrônico deve apresentar algum problema, e é bom que neste momento você não tenha de passar por uma via- crúcis para uma simples troca de bateria. Um dos núcleos dos ativistas que pressionam a indústria é o site iFixit, um repositório internacional de guias para consertar os mais diferentes tipos de aparelho. O iFixit dissemina dicas de entusiastas da eletrônica para leigos fazerem seus reparos e tem a ambição de reunir manuais de conserto "para todos os equipamentos existentes no mundo" ? parece exagero, mas só para celulares há 1,8 mil guias no site. Com base nisso, a página mantém um índice de "consertabilidade" para alguns aparelhos, como tablets e smartphones (veja o quadro Escala de Consertabilidade no final da matéria). "Se você não pode consertar um produto, você não o possui de verdade", diz seu slogan.

O iFixit é parte de um ecossistema para o conserto que nunca foi tão propício, com vídeos tutoriais no YouTube, distribuidoras online de peças e encontros para ensinar a reparar todo tipo de eletrônicos. "Vemos esse movimento como uma forma de ativismo", afirma Vincent Lai, diretor do Fixers Collective, um coletivo de consertadores baseado em Nova York. "Quando reparamos ou consertamos algum objeto, nós reafirmamos a posse e o direito de agir sobre ele. Estamos dizendo aos fabricantes que nós é que vamos escolher a forma e por quanto tempo usamos nossos aparelhos, não eles", diz.

Mão na massa

     Grupos como o de Lai estão espalhados pelo mundo todo. O próprio Fixer's Collective tratou de mapear (e contatar) mais de 30 deles, em países como Austrália, Espanha e Finlândia. "Mas existem inúmeros outros que estão fora do nosso radar", diz. "É uma contracultura em franco desenvolvimento." O objetivo desses coletivos é promover eventos em que pessoas de uma comunidade possam levar seus pertences quebrados ou com defeito e consertá-los de graça e, mais importante do que isso, aprender a repará-los no caso de uma nova necessidade. [...]

     A ideia tem inspiração na Maker Faire, considerada hoje a maior feira de inovação dos EUA. Uma espécie de Woodstock dos nerds, o evento é um divertido expoente da cultura maker (adeptos do faça você mesmo). “A ideia vigente é que, para ser inovador, você precisa fazer as coisas, não as relegar às grandes corporações. Se você não faz mais, a inovação deixa de acontecer,” afirma Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É um novo significado que surge na nossa relação com os nossos pertences: não basta só comprar, é preciso conhecer, consertar. “Com ferramentas e conhecimentos, os fazedores têm a capacidade para reparar e, em alguns casos, até mesmo melhorar os produtos que compram”, diz Mike Senese, editor-executivo da revista Make, que organiza o Maker Faire. [...] Para o movimento de consertadores, mais importante do que o ambiente de inovação é mudar a cultura em relação aos objetos.

TONON, Rafael. O mundo tem conserto. Galileu. São Paulo, Globo, n. 271, fev. 2014, p. 42- 46. (Adaptado)

No texto, as palavras “consertável” e “consertabilidade” estão entre aspas porque

Alternativas
Comentários
  • o gab. é a letra B.... estranho!

  • Essa questão ta foda!

  • As pessoas mais velhas sabem que essas palavras são de uso recente. Procurem em textos antigos (de uns 20 anos atrás). Elas não eram usadas. Reposta b.

  • na dúvida, marque a menos errada.

    Vai eliminando as mais estranhas. A chance de acertar aumenta! Bons Estudos!
  • sinceramente eu não endente o porque de ser a letra b?

  • As palavras são novas ou seja são Neologismo que  é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova.

    Letra B

  • An? Sério isso?
    Talvez seja mesmo...
    Talvez a o verbo consertar seja velho, mas a palavra ''consertável'' (adjetivo) seja recente mesmo. Só pode ser isso:

    Adjetivo consertável = qualidade de algo que pode se recuperar por meio da ação de outrem.
    Verbo consertar = ação de reparar algo.

  • Bem lógico usar aspas porque são palavras novas...

  • Galera, vamos procurar responder e comentar aos pedidos do enunciado.

    No caso, a questão pediu a justificativa do sinal de aspas, logo o "neologismo" foi a justificativa.

    No dicionário:Neologismo

    1. emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma língua ou não.

    2. atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na língua.

  • Na dúvida, vá direto ao comentário da Suzana, excelente.

  • Recente é o que? 30 anos?

  • Ambíguo: é um adjetivo na língua portuguesa que define algo que tem ou pode ter mais do que um sentido. Alguma coisa que pode ter múltiplos significados. Quando uma palavra possui diversos significados também pode ser chamada de polissêmica

     

    Fonte: https://www.significados.com.br/ambiguo/

  • "ASPAS": Assinalar estrageirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas.

    Ex: deletar (eliminar), abobado (aquele que é “bobo”, sonso), internetês (a língua da internet).

     

    #Força, Fé e Foco.....

  • Fabricio Maia, se a resposta fosse a letra C a sua explicação faria sentido.

    Isso aqui é Neologismo.

     

  • Eu chorei pesquisando mais sobre esse "Foie Gras". Deprimentíssimo! :´(


ID
1370710
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de João Pessoa - PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Remédios e Venenos

No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína, puros e em vários remédios, para diversas finalidades, que eram consumidos livremente pela população, de crianças a idosos. Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de "dependente de drogas" não existia.

Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido legalmente no Brasil até 1937.

(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados americanos. Como no início do século XX.

No Uruguai, ela será comercializada pelo Estado, a preços populares (um terço da cotação atual na rua), mas sujeita a inúmeras, e inúteis, restrições. Estrangeiros não podem comprar, só fumar, e os usuários locais têm cota mensal de 40 gramas, mas podem vender a um amigo. Só 30% da população apoiam, mas o tabu foi quebrado e a experiência deles será uma pesquisa valiosa para nós.

(MOTTA, Nelson. O GLOBO, 13/12/2013)

O autor do texto colocou a expressão "dependente de drogas" entre aspas porque essa expressão

Alternativas
Comentários
  • Expressão linguística? Gabarito contestável, não?

  • As expressões linguísticas são aqueles termos ou frases que possuem um significado diferente daquele que as palavras teriam isoladamente. Esses termos trazem com eles traços culturais de determinada região onde são utilizados. Boa parte deles possui origem de alguma situação histórica ou de alguns hábitos que eram praticados pelas populações antigamente e que nos dias de hoje podem ter sido esquecidos.

    O uso dessas expressões é muito importante para a comunicação informal, tanto na escrita quanto na fala, sendo bastante utilizadas em discursos e correspondência formal.

    A pessoa que escreve ou fala, ao usar expressões idiomáticas tem como motivo a vontade de incluir na frase algo diferente que do que é pregado pela linguagem convencional. Ao utilizar esse tipo de expressão, essa pessoa pode fazer com que a frase tenha mais força ou suavidade, deixando-a mais rica. O poder de enfatizar os sentimentos de alguém fica mais claro.


  • Existem algumas expressões que são muito comuns em nosso dia dia como por exemplo: “Você acertou na mosca!” ou “Pode tirar seu cavalinho da chuva!” Mas quando dizemos que alguém acertou na mosca, essa pessoa realmente conseguiu acertar uma mosca? Sabemos que esse tipo de expressão é no sentido figurado, por isso chamado de expressão linguística. (Priscila Melo, site estudo kids) Na letra d o termo "dependente de drogas" não está no sentido figurado e sim no sentido literal da expressão. Alguém que depende de drogas. Neste caso, a questão é passível sim de ANULAÇÃO.

  • Discordo do gabarito, questão deve ser anulada.

  • a) a expressão comum na imprensa é "usuário de drogas"
    b) a ideia importante do texto é a tese ou o que motivou o texto
    c) depreciativo seria se fosse a expressão "maconheiro" ou "aspirador de pó"
    d) gabarito
    e) esses enunciados com afirmações depreciativas ou generalizadoras, você sempre desconsidera

  • Não entendi nada! Indiquem para comentário!

  • O termo ''dependentes de drogas'' tornou-se uma expressão linguística, pois o seu sentido é figurado, ninguém depende de nada, o termo correto para não ser uma expressão linguística seria usuário de drogas.

    Dizer dependentes de drogas é o mesmo de dizer que uma pessoa vive , come , respira, toma banho e faz todas suas atividades com drogas, que sem elas não conseguiria ser INDEPENDENTE

    LETRA D

    APMBB


ID
1385998
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

DEPOIMENTO

Fernando Morais (jornalista)

O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infância, não era o ouro dos altares das igrejas. Nem o casario português recortado contra a montanha. Isso eu tinha de sobra na minha própria cidade, Mariana, a uma légua dali. O espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prédio limpo, reto, liso, um monólito branco que contrastava com o barroco sem violentá-lo. Era “o Hotel do Niemeyer”, diziam. Deslumbrado com a construção, eu acreditava que seu criador (que supunha chamar-se “Nei Maia”) fosse mineiro - um marianense, quem sabe?

A suspeita aumentou quando, ainda de calças curtas, mudei-me para Belo Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele só podia mesmo ser mineiro. No bairro de Santo Antônio ficava o Colégio Estadual (a caixa d’água era o lápis, o prédio das classes tinha a forma de uma régua, o auditório era um mata- borrão). Numa das pontas da vetusta Praça da Liberdade, Niemeyer fez pousar suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos, um edifício de apartamentos cujo nome não me vem à memória. E, claro, tinha a Pampulha: o cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja.

Com o tempo cresceram as calças e a barba, e saí batendo perna pelo mundo. E não parei de ver Niemeyer. Vi na França, na Itália, em Israel, na Argélia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo planeta aumentou minha confusão sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase meio século depois do alumbramento produzido pela visão do “Hotel do Nei Maia”, continuo sem saber onde ele nasceu. Mesmo tendo visto um papel que prova que foi na Rua Passos Manuel número 26, no Rio de Janeiro, estou convencido de que lá pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar Niemeyer, não tenham dúvidas, é mineira.

(Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Cecília (coord.). Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 1998. p. 29)

No último parágrafo, as aspas são utilizadas para destacar o

Alternativas
Comentários
  • *As aspas devem ser empregadas quando no texto surgirem neologismos, arcaísmos ou gírias, pois é importante que esses termos ganhem destaque.

  • As aspas  também são usadas para:

    1 Para abrir e fechar citações. Exemplo:“Uma vida não questionada, não merece ser vivida.” Platão

    2 Quando exprimir ironia ou destacar uma palavra ou expressão usada fora do contexto habitual. Exemplo:Eles se comportaram “super” bem!

    http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/quando-e-como-usar-aspas-em-um-texto

  • Em qual parte do texto diz que foi na infância que o Jornalista o chamava dessa forma?

  • O autor, no primeiro parágrafo, situa temporalmente as suas lembranças na época de infância: "O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infância, não era o ouro dos altares das igrejas" (...)
    No segundo parágrafo, o autor prossegue falando da infância/juventude. É o que podemos concluir do trecho "A suspeita aumentou quando, ainda de calças curtas"(...).

    Somente no terceiro trecho, o autor faz referência à sua vida adulta, ao dizer "Com o tempo cresceram as calças e a barba (...)"
  • Gabarito "A"

    Era “o Hotel do Niemeyer”, diziam. Deslumbrado com a construção, eu acreditava que seu criador (que supunha chamar-se “Nei Maia”).

    Bons estudos!

  • As aspas foram usadas no termo “Nei Maia”  para isolar palavras ou expressões que são alheias ao idioma padrão, como é o caso dos modos populares da fala;

    Função das Aspas

    Isolar palavras ou expressões que são alheias ao idioma padrão.

    Entende-se por palavras ou expressões alheias todas aquelas que se desviam do padrão-culto de fala.

    - os estrangeirismos;

    - as gírias;

    - os modos populares da fala;

    -os arcaísmos, etc.

    Fonte: Livro Português Descomplicado - Flávia Rita, pág. 212

  • Comentário: com a leitura atenta do texto, não só do último parágrafo,
    podemos perceber que a aspas foram usadas (também no primeiro parágrafo)
    para marcar a forma errada como o jornalista se referia, na infância, a
    Niemeyer.

     

    GABARITO: A

     

    PROF: RAFAELA FREITAS
     


ID
1393018
Banca
VUNESP
Órgão
PC-CE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                       A morte do narrador

    Recentemente recebi um e-mail de uma leitora perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo parecer com seus netos.


    Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o próprio termo “velhice" já pede sinônimos politicamente corretos, como “terceira idade", “melhor idade", “maturidade", entre outros.


    Uma característica do politicamente correto é que, quando ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia articulada como gesto falso, ideias bem comportadas. 


    Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e da morte. Sua opção é pela “negação", traço de um dos sintomas neuróticos descritos por Freud. 


        Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os mais velhos querem “aprender" com os mais jovens (aprender a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, é também desorganizador da própria juventude. Ouço cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com eles. 


    Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, que questionam as “verdades constituídas do passado". A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado (que “nada" serve ao mundo do progresso) tem um nome: idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou para as redes sociais. 


(Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado)

Considere o trecho do último parágrafo:

Em termos humanos, o passado (que “nada” serve ao mundo do progresso) tem um nome: idoso.

Apresentando entre aspas a palavra “nada”, o autor

Alternativas
Comentários
  • Essa deu pra "matar" observando as palavras-chave "utilidade" e "nada serve". O autor usa a expressão "nada" para destacar a opinião da sociedade, a qual nega a utilidade do idoso para o mundo do progresso.

    Bons estudos! 

  • A sociedade pensa isso? 

  • Por que a D não pode ser? Ao falar da D.....reafirma a opinião de que o idoso não traz novasa contribuições, não seria o mesmo que Destacar a opinião de que o idoso já não tem mais utilidade como diz a A? fiquei sem entender.....

  • Na verdade,o objetivo do  autor, ao usar as "aspas," é  DESTACAR uma opinião e não reafirmá-la.


  • Thaise,

    Ao colocar o nada na frase o autor está de certa forma afirmando que o idoso não tem mais utilidade para a sociedade (isso seria o pensamento para os mais jovens que criticam seus pais por quererem aprender com eles);

    Ao colocar entre aspas ele está colocando em dúvida isso, como se estivesse negando esse pensamento dos mais jovens (opinião do autor);


    Ou seja, na minha opinião, ele se vale das aspas para criticar, negar o pensamento dos mais jovens...




  • O autor elabora um texto dissertativo argumentativo, obviamente para informar e propulsionar uma reflexão sobre o algo, contudo sem ou com pouca utilidade, visto que poucos conseguem extrair uma interpretação decente, dessa porcaria.

  • Eu acho que esta questão deveria ser anulada. 

    Ao meu ver, o autor refuta, põe em dúvida a ideia de que "o passado "nada"  serve ao mundo do progresso" (...)

    Esse "nada" infere um "será". Será que o passado nada serve ao mundo do progresso?

  • NA MINHA simples e humilde opnião acredito que a letra D também está certa. GAB. A

  • Realmente é uma questão complicada. Esse ""nada"" é uma ironia.


    Depois de alguns minutos refletindo, é possível chegar a conclusão que essa ironia ao mesmo tempo que retoma o pensamento que é criticado ao longo do texto ( de que o idoso não contribui para o progresso, ou seja lá como quiser definir a tese do texto), também discorda desse pensamento, pois o põe entre aspas.


    Imaginem a seguinte situação:

    Um amigo elogia muito um filme, diz que é muito bom, mas você, quando assiste, detesta. Quando esse mesmo amigo lhe perguntar o que achou, você vira e responde(cheio de ironia) : "Muuuuito bom".

    Ao mesmo tempo que você retoma a opinião desse seu amigo, que havia falado bem do filme, ironicamente discorda (nega) essa opinião dele.


    É bom encontrarmos com esse tipo de questão por aqui, vermos que, de repente aparece uma questão mais difícil que irá exigir mais do nosso tempo de prova, mas que com calma conseguimos resolver. Acabei chegando a uma conclusão referente a essa figura de linguagem.


    Bons estudos. Fiquem com Deus.

  • As aspas são empregadas simplesmente para DESTACAR.

    a) destaca a opinião de que o idoso já não tem utilidade, para negá-la.

    A finalidade da palavra nada é negar a utilidade do idoso.

    NADA foi utilizada com sentido negativo, com emprego das aspas para dar DESTAQUE, que é uma de suas funções na regra de pontuação da gramática: colocar palavra ou expressão em evidência.

  • Para mim a melhor resposta seria a letra D, mais pelo visto a questão foi mal elaborada e causou duvida na maioria e por isso deveria ter sido anulada...minha opinião, bons estudos.

  • Gabarito: A. 
    Acertei porque pensei o seguinte: as aspas foram usadas para negar que o passado não serve para o progresso, para a atualidade, visto que, serve. 
    Bem como idosos. O autor do texto não concorda com alguns padrões da atualidade porque as pessoas mais velhas, especialmente aquelas que não estão se modernizando, indo para academias e usando computadores conectados à internet são vistas de uma forma negativa por uma fatia da população, muitas vezes, mais jovem. Um dos trechos que me fez concluir isso foi este: "Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a combater essa desvalorização dos mais velhos." 

    Assim, "apresentando entre aspas a palavra 'nada', o autor destaca a opinião de que o idoso já não tem utilidade, para negá-la."

    Boa sorte e bons estudos!


  • o "nada" é irônico...

     

    Quem já leu Pondé sabe que esse cara não escreve textos sem ironias rsrs

  • Pondé é foda! ;) E como o colega mencionou, o autor foi sarcástico ao dizer "nada". 

  • Fiquei em dúvida sobre a parte final da alternativa a "para negá-la". O Autor não está negando tal opinião, está a reafirmando com uma ironia, justamente por isso marquei alternativa D.

    O quem acham?

  • Questão de difícil interpretação. André, o ' para negá-la ' na resposta correta, refere-se a ' ... não serve ao mundo do progresso '.

  • Muitos já se posicionaram, mas mesmo lendo os comentários tive dificuldade para entender. então resolvi encrever.

    O "nada" é a opinião dos outros e não do autor, ou seja, o autor nega esse "nada", o autor nega a falta de utilidade dos idosos. 

  • pq não é a D?

  • Primeiramente esclarecer o uso das aspas:

     

    1 Para abrir e fechar citações. Exemplo: “Uma vida não questionada, não merece ser vivida.” Platão

    2 Quando exprimir ironia ou destacar uma palavra ou expressão usada fora do contexto habitual. Exemplo: Eles se comportaram “super” bem!

    3 Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos ou arcaísmos. Exemplos: Todos ficaram “abobados” com a notícia.

    4 Para marcar estrangeirismo (quando não há opção de itálico). Exemplo: Faça o “back up” para não correr o risco de perder os arquivos.

    5 Para delimitar o título de uma obra. Exemplo: “As 7 Dimensões da Comunicação Verbal” (Reinaldo Passadori)

     

    O autor simplesmente encerra o texto concordando com o título, ou seja, ele exprime uma ideia em tom de ironia de que o idoso ficou no passado, logo é inútil ao presente, bem como na construção do futuro. Desta forma ocorre a "morte do narrador". Contudo, continuo sem entender o erro da letra D, pois não vislumbrei em nenhum momento o DESTAQUE e sim a IRONIA, que por sua vez está presente tanto na letra A quanto na letra D. 

     

    GABARITO: A

     

    FONTE: https://exame.abril.com.br/carreira/quando-e-como-usar-aspas-em-um-texto/

  • acredito que o examinador com sua influência de filha da putagem requeriu por duas alternativas similiares, mas sua inclinaçao pela alternativa A foi também uma refutação de crueldade com idoso!!! manezaooo

  • Assertiva A]

    destaca a opinião de que o idoso já não tem utilidade, para negá-la.

  • Gastei tempo em ....pra resolver a questão.

ID
1395376
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um verbo decisivo

Ansiosos por descobrirem mais um “inimigo" político, eleitores, ou melhor, torcedores me criticam por não tomar partido, por estar em cima do muro nessa briga de foice entre os presidenciáveis. E estou mesmo, porque, em meio a paixões desenfreadas, esse é o lugar mais indicado para quem dispõe de um espaço privilegiado e se recusa a transformá-lo em palanque. Proselitismo aqui só contra o uso da violência pelos candidatos, cujas divergências, aliás, são menos ideológicas e mais idiossincráticas. Na verdade, combatem de preferência as pessoas, mais do que as ideias. Quem gosta de baixo nível deve procurar o “território livre" da Internet - livre principalmente para xingamentos e acusações sem provas. Alguém sugeriu que, a exemplo deste jornal, que na seção “Dos leitores" se recusa a publicar cartas com ofensas, as emissoras de TV deveriam criar um código de conduta nos debates, uma espécie de pacto de não agressão pessoal pelas partes em disputa. Se até nas selvagens lutas de vale-tudo do MMA há limites para os golpes, por que não estabelecer restrições éticas na guerra eletrônica? Claro que muitos iam acusar a medida de censura, cerceamento da liberdade de expressão. Mas os que ligam a televisão para ver debates, e não embates, com certeza aplaudiriam.

[....] É possível que vença não quem apresentou o melhor programa de governo, mas quem usou com mais eficácia contra o/a adversário/a o verbo que virou moda nessa campanha: desconstruir.

(Zuenir Ventura)

Na primeira frase do texto, a palavra “inimigo” aparece entre aspas para

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica?

  • José Thiago para responder essa questão coloquei a oração assim.

    Os eleitores, ou melhor, torcedores ansiosos por descobrirem mais um "inimigo" político me criticam por não tomar partido por estar em cima do muro nessa briga de foice entre os presidenciáveis.

    A dúvida maior paira entre a alternativa A e B, logo.

    Quem está ansioso por mais um "inimigo"? Os torcedores que estão desejosos que o autor dessa do muro e tome partido contra os políticos. Então inimigos não ridiculariza o posicionamento de alguns fanáticos e sim causa divergência, Ex: São Paulo e Corinthians.

    Sendo assim letra A.

    Espero ter sanado sua dúvida.



  • relativizar = tratar ou descrever uma coisa negando-lhe caráter absoluto

  • Errei a questão, mas depois refleti e consegui entendê-la. As aspas servem para demonstrar que os inimigos não são tão inimigos assim e que existem mais na cabeça do público ao qual o autor se refere. 

    Portanto o papel das aspas é justamente relativizar o termo inimigos.

  • O fato de relativizar as divergências não exclui o fato de que o autor ridiculariza o fanatismo de alguns. Uma coisa não exclui a outra. A questão tem duas respostas e basta ver as estatísticas pra ver que muitos devem ter pensando assim. Questão covarde da FGV.

  • QUE QUESTÃO M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A !!!

  • Bruno Fernandes, eu pensei como vc e por isso achei q a resposta seria letra e.

    Poh acho q essa questão tem varias respostas.

  • Guilherme, relativizar a palavra significa sim excluir o fato de o autor ridicularizar fanatismo político. Como o colega já colocou abaixo, relativizar significa tratar ou descrever uma coisa negando-lhe caráter absoluto, ou seja, o autor não quis dizer exatamente INIMIGO, de uma forma literal, mas de uma forma mais abrangente, dando a noção de que pensamentos e ideias divergentes são "inimigos", ou que estão em posições adversas.

    Por exemplo, se você concorre à mesma vaga que eu, então digo que você é meu "inimigo", mas em um sentido mais abrangente, relativizado. No sentido de adversário.

    Então dito isso, o autor não quis dizer que as pessoas tratam os políticos como INIMIGOS literalmente, mas como indivíduos que ocupam um espaço adversário.

    Não se trata de fanatismo, mas de posições adversárias.

  • Apesar de ter ótimos comentários, vamos solicitar o do professor!

  • relativisar é tratar ou descrever algo negando-lhe carater absoluto.

    ou seja: inimigo não é realmente um inimigo no sentido literal da palavra.

    assemelha-se a uma ironia.

    creio que seja isso.

    comentário da professor(a) por favor!


ID
1411276
Banca
FDC
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              A COPA DO MUNDO PERDIDA
                              Chico Alencar, O Globo, 14/02/2014
                     “O conhecimento do Brasil passa pelo Futebol” (José Lins do Rego)
      A seleção brasileira de futebol tem boas chances de ganhar a Copa do Mundo. Mas os titulares da política, em termos de conquistas permanentes para a sociedade, o propalado “legado social”, já desperdiçaram uma grande oportunidade.
      Fico só no estritamente prometido pelos promotores do evento esportivo, já que iniciativas em educação e saúde, por exemplo, nem no banco de reservas ficaram. Recursos não faltaram, especialmente os públicos. As suntuosas “arenas” reformadas ou erguidas consumiram R$8,9 bilhões, dos quais só R$133 milhões da iniciativa privada. É a prova, em concreto e aço, de que, no Brasil, quando se quer, se faz. Mesmo os atrasos de praxe são resolvidos rapidamente, com aditivos contratuais. A junção de trabalho operoso, tecnologia de ponta e vontade política tudo realiza. E no padrão que a “mestra Fifa” mandou... O que fazer com os “elefantes brancos” fica para depois.
      Não faltaram recursos também para os Centros de Treinamento ofertados às 31 seleções que chegarão aqui até junho. Foram preparados nada menos que 74 estádios e instalações, em várias cidades. (....) Gol contra mesmo são as obras de mobilidade urbana. As 56 intervenções viárias e de transporte de massa previstas nas 12 cidades-sede caíram para 39 - das quais apenas meia dúzia está concluída. Seu impacto no dia a dia da população será pequeno. Entre o prometido e o que está sendo entregue há um abismo. É que, ao contrário do destinado aos equipamentos esportivos, os cortes foram de R$8,34 bilhões, quase 50% do investimento previsto em 2010. Assim, essas iniciativas resumem-se a acessos aos estádios e melhorias das vias nos seus entornos. Em Manaus, o placar das obras viárias não sai do zero, Brasília e Rio só terão uma e Cuiabá, Salvador e Porto Alegre, duas. Resultados frustrantes para quem anunciava verdadeiras “goleadas” na locomoção da população das regiões metropolitanas, de 2014 em diante.
      O Brasil fora das quatro linhas não é uma “caixinha de surpresas”: como é de nossa má tradição, faltou o jogo coletivo, o respeito ao público. E, como um time com setores desarticulados, sobrou distância entre o planejado e o realizado, entre o social de longo prazo e o ganho particular imediato. A Copa da Fifa será um evento ruidoso, agitado e ... passageiro. Em matéria de legado, já fomos desclassificados.

O autor utiliza aspas muitas vezes no texto. A alternativa em que o emprego de aspas destaca uma ironia é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C


ID
1413544
Banca
VUNESP
Órgão
CREMESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             Os eletrônicos “verdes"

Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde" que a Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: trata- se do Eco Book que exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos" fazem uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que a área de TI (tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.

Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde" permitirá adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir os custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes" também conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável.

O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez render-se às propostas do “ecologicamente correto" - ele era duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no cartucho - o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador. Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em grandes empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.

                                                                           (Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado)

Em – Computadores “limpos” fazem uma importante diferença no efeito estufa.. – a expressão entre aspas pode ser substituída, sem alterar o sentido no texto, por:

Alternativas
Comentários
  • Acho que não precisa de explicação.

    Gabarito: A

  • O gabarito correto é A, computadores produzidos com materiais reciclados.

  • Poxa, coloquei a D. Bambu não é material reciclável o.O

  • só considerei as alternativas "feitos com", não faz sentido sem o "feito" antes...

  • O "Limpo" está se referindo ao celular que foi feito com garrafas recicladas, mas tb ao notbook que foi feito com bambu.

  • Concordo com o fuleragem. bambu não eh material reciclado e sim, tirado da natureza
  • Assertiva A

    "Limpos" = Sentido de com material reciclado.


ID
1415098
Banca
FGV
Órgão
SEGEP-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir:

                       Tendências para as cadeias no futuro?

     Na Malásia, uma equipe de designers e arquitetos elaborou um conceito de centro de detenção    bastante diferente. O projeto  consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em  teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura  potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo  teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo.
     A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de  agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar para se  autossustentar e até distribuir o excesso de alimento produzido  para a sociedade. Fábricas e centros de reciclagem também  serviriam a esse propósito. 
     Visando reduzir os custos necessários para manter dezenas  de agentes carcerários, o teórico social Jeremy Betham projetou  uma instituição que manteria todas as celas em um local circular,  de forma que fiquem expostas simultaneamente. Dessa forma,  apenas alguns poucos guardas posicionados na torre no centro  do prédio já conseguiriam manter a vigilância sobre todos os detentos. Embora um presídio nesse estilo tenha sido construído  em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento.
     Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália,  onde um centro de detenção foi    elaborado a partir de containers  de transporte de mercadorias em navios modificados para servir
como celas temporárias. Outra prisão na Nova Zelândia também  passou a usar a mesma solução para resolver problemas de superlotação.
     Entretanto, o conceito tem causado muita polêmica, pois as  condições das celas em containers   seriam desumanas — o que  temos que levar em consideração em se tratando de um país tão   quente. "Morar" em uma caixa de metal sob um sol de escaldar  não deve ser nada agradável.

                                                                                       (Fernando Daquino, 04/ 11/2012 - Arquitetura)

"'Morar' em uma caixa de metal sob um sol de escaldar não deve ser nada agradável".
Nesse último período do texto, o vocábulo 'morar' aparece entre aspas porque

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E

     A expressão "Morar" se trata de uma prisão não de um lar.

  • Pão pão queijo queijo ! rsrs

  • Não interpretei ironia alguma na frase...
  • Se eu não acertasse pelo menos essa, quebraria meu notebook.

  • Não também não considerei ironia. Seria mais um sentido mais positivo de "confinar", por exemplo.


ID
1423231
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

O emprego das aspas em “universalismo” sugere a seguinte ideia:

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes:

    GABARITO: LETRA C


ID
1429957
Banca
COPS-UEL
Órgão
SEAP-PR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, a seguir, e responda a questão.

Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada ontem instituiu, na prática, a tolerância zero de álcool no trânsito em todo o país. Agora, mesmo que o motorista parado nas blitze da lei seca tenha bebido menos de um copo de cerveja terá de pagar multa por infringir a lei – que aumentou para R$ 1.915,40 no ?m de 2012. A resolução 432 do Contran foi publicada no Diário Oficial da União. Ela regulamentou as mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional, que foram sancionadas pela presidenta Dilma Rousseff em 20 de dezembro, e passaram, por exemplo, a aceitar testemunhos de embriaguez como prova de que o motorista cometeu infração.
Uma das principais mudanças foi estabelecer como infração dirigir sob “qualquer influência" de álcool.
Mas, como há certos níveis de imprecisão nos aparelhos de bafômetro, faltavam regras para definir
como caracterizar qualquer limite. A decisão do Contran, após uma série de estudos, foi determinar que o motorista terá cometido infração se tiver 0,01 miligrama de álcool para cada litro de ar expelido dos pulmões na hora de fazer o teste. Mas definiu, na regulamentação, que o limite de referência será de 0,05 miligramas – por causa dessas diferenças dos aparelhos, em uma espécie de “margem de erro" aceitável. Assim, se o bafômetro apresentar o número “0,05" no visor, o motorista já terá de pagar multa de R$ 1.915,40.
Outra determinação é que, no caso de o motorista fazer exame de sangue, não será admitido nenhum
nível de álcool no sangue. “Sabemos que os acidentes não são reduzidos por decreto, mas é preciso
dar um basta à violência no trânsito", disse ontem o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, durante
evento em Brasília para detalhar as mudanças na legislação. “O grande objetivo é mudar a postura da
sociedade em relação ao risco do uso do álcool ao volante", explicou.

(Adaptado de: RIBEIRO, B.; VALLE, C. do; MENDES, V. Começa a valer tolerância zero de álcool no trânsito. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 30 jan. 2013. Cidades. C8.)

De acordo com os recursos linguístico-semânticos do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. No trecho “O grande objetivo é mudar a postura da sociedade em relação ao risco do uso do álcool ao volante", as aspas são usadas no texto por se tratar de um discurso direto.
II. No fragmento “Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada ontem", os parênteses foram usados para indicar a sigla da expressão anterior.
III. Em “Uma das principais mudanças foi estabelecer como infração dirigir sob “qualquer influência" de álcool", a expressão em destaque está entre aspas no texto por se tratar de uma metáfora.
IV. No fragmento “Sabemos que os acidentes não são reduzidos por decreto, mas é preciso dar um basta à violência no trânsito", as aspas são usadas no texto para realçar o argumento apresentado.

Alternativas
Comentários
  • Sobre o item III 

    Metáfora: termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria.

    A metáfora também pode ser entendida como COMPARAÇÃO ABREVIADA, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.

    Ex: O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais.

         Cada ave é um livro de duas folhas aberto no céu.

     

  • A questão exige conhecimento pontuação. Vejamos:

    I. Correta.

    Discurso direto reproduz a fala exatamente como foi dita, de forma integral. Por isso, está correto o que se afirma a assertiva.

    Il. Correta.

    “Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)

    Pode-se usar parênteses para indicar algo já mencionado anteriormente em formato de sigla, o que de fato ocorre com Contran.

    III. Incorreta.

    A expressão foi usada para dá ênfase a expressão “qualquer influência"

    IV. Incorreta.

    Mesmo motivo da primeira(discurso direto).

    São corretas: I e II.

    GABARITO: A


ID
1433833
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder às questão, considere o texto abaixo.

    Trânsito e lixo. Esses dois agentes são a dor de cabeça de qualquer cidade grande. Em São Paulo, então, a dor é muito mais aguda. Considerando que a frota de carros na capital só cresce, o problema parece sem solução. Mas só parece. Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto para colocar ordem nesse caos. E a resposta vem do lugar mais improvável: os rios da cidade.
    O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema em São Paulo em dois momentos. O primeiro envolve a construção de uma série de portos na borda dos rios e das represas que circundam a cidade. Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo produzido pela metrópole, desde saquinhos que os moradores colocam nas portas das casas até a terra e o entulho de construções e demolições.
    Essa carga seria levada para os portos de caminhão, mas existe uma diferença importante. Com a construção dos portos para recebimento do lixo, as distâncias percorridas pelos veículos seriam encurtadas. Sem precisar atravessar a cidade, eles desafogariam o trânsito. Os barcos - que conseguem movimentar 400 toneladas, enquanto um caminhão transporta apenas oito - atracados nos portos percorreriam o resto do caminho. Além dos portos, existiriam três centros de processamento, prontos para receber 800 toneladas de lixo por hora. E toda essa carga seria reciclada, transformada em matéria-prima novamente.
    "O Hidroanel constitui uma infraestrutura de saneamento, mobilidade e transporte, que tem como espinha dorsal o canal navegável. Ele serve também como um arco irradiador de desenvolvimento", resume um dos pesquisadores.


(Adaptado de: ROMERO Luiz; DAVINO Ricardo e MANOEL Vinícius. Superinteressante, dezembro de 2012, p. 48)

No último parágrafo, o segmento marcado pelas aspas constitui

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B.

    O uso das aspas é, entre outras coisas, para reproduzir literalmente a fala de uma pessoa.


    Bons esutdos!


ID
1461034
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Publicidade danosa à criança

                                                                                                                        Dalmo de Abreu Dallari*

            O controle da publicidade dirigida à criança vincula-se à questão da liberdade de comércio e não à liberdade de expressão, que é um direito fundamental da pessoa humana. Essa distinção é essencial, pois retira a base jurídica dos que, interessados prioritariamente no comércio, tentam sustentar a alegação de inconstitucionalidade das normas legais e regulamentares que fixam diretrizes para a publicidade dirigida à criança. Essa diferenciação entre o direito à liberdade da publicidade com o objetivo de promoção de vendas e, portanto, como capítulo da liberdade de comércio, e as limitações da publicidade que vise a captação de vontades, de maneira geral, afetando negativamente direitos fundamentais da pessoa humana, foi ressaltada com grande ênfase e com sólido embasamento jurídico pela Corte Constitucional da Colômbia, em decisão proferida no final de 2013. A questão que suscitou o pronunciamento da Corte Constitucional colombiana era a publicidade do tabaco e, tomando por base justamente a diferença entre o direito à publicidade comercial e o direito de livre expressão, que é atributo da pessoa humana universalmente consagrado, a Corte rejeitou a alegação de inconstitucionalidade das limitações jurídicas à publicidade comercial, para a proteção dos direitos fundamentais da pessoa humana.
            Essas considerações são necessárias e oportunas no Brasil, para que se dê efetividade aos direitos fundamentais das crianças, enquanto seres humanos, assim como aos direitos e garantias que lhes são especificamente assegurados em documentos jurídicos internacionais e, expressamente e com grande ênfase, na Constituição brasileira de 1988. Como ponto de partida para as considerações jurídicas sobre a constitucionalidade das limitações legais e regulamentares à publicidade dirigida à criança, vem muito a propósito lembrar o que dispõe o artigo 227 da Constituição: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida..., à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência famil iar e comunitária, além de colocá-las a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
            Um dos instrumentos jurídicos tendo por objetivo garantir a efetividade desses dispositivos constitucionais é o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), órgão vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, criado pela Lei nº 8.242, de 1991. Entre suas atribuições está a competência para “elaborar as normas gerais da política nacional de atendimento dos direitos da criança e do adolescente”, incluindo-se aí, evidentemente, a competência para o estabelecimento de diretrizes visando dar efetivo cumprimento às obrigações internacionais assumidas pelo Brasil em relação aos direitos da criança e do adolescente, de modo especial na Convenção sobre os Direitos da Criança, incorporada ao sistema normativo brasileiro em 1990. A isso tudo se acrescentam inúmeros dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente, lei número 8.069, também de 1990, cujo artigo 72 dispõe que as obrigações nele previstas não excluem da prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
            Foi justamente no sentido de dar efetividade a essas disposições jurídicas, que configuram obrigações do Estado brasileiro, que o Conanda editou a Resolução 163/2014, de 4 de Abril de 2014, fixando diretrizes sobre a publicidade comercial que é dirigida maliciosamente à criança, explorando suas fragilidades e, assim, ofendendo seus direitos fundamentais, induzindo-a a sentir a necessidade de consumir determinados bens e serviços, tendo o objetivo prioritário de proporcionar lucro aos anunciantes. A Resolução considera abusivo o direcionamento da publicidade e de comunicação mercadológica à criança, “com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço”. São abusivos os anúncios que contêm linguagem infantil, trilhas sonoras de músicas infantis, desenho animado, promoção de distribuição de prêmios ou brindes colecionáveis, com apelo ao público infantil entre outros aspectos.
            Voltando à observação inicial, essa Resolução do Conanda tem perfeito enquadramento nas disposições constitucionais e contribui para que o Brasil dê efetividade às obrigações jurídicas assumidas internacionalmente com relação à proteção dos direitos e da dignidade da criança e do adolescente. Não tem cabimento a alegação de inconstitucionalidade da Resolução 163/2014, que é expressão do cumprimento das competências, que são direitos e obrigações jurídicas do Conanda e que, efetivamente, é um passo importante para o afastamento de abusos que são frequentemente cometidos na publicidade comercial dirigida ao público infantil. A proteção e a busca de efetivação dos direitos da criança e do adolescente devem ter, por determinação constitucional, absoluta prioridade sobre objetivos comerciais, não se podendo admitir que a liberdade de comércio se confunda com a liberdade como direito fundamental da pessoa humana. A aplicação da Resolução do Conanda será extremamente valiosa, contribuindo para que na vida social brasileira a criança e o adolescente sejam tratados como prioridades.


                        * Dalmo de Abreu Dallari é jurista. - Jornal do Brasil digital HTTP://www.jb.com.br/dalmo-dallari/noticias/2014


A função das aspas no 2º. e no 3º. parágrafos é

Alternativas

ID
1462999
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                                        Demarcação das Terras Indígenas

    O Instituto Socioambiental (ISA) vem alertando para a lentidão na demarcação das terras indígenas e para o baixo grau de efetividade nos processos de consulta aos grupos cujas terras estão sujeitas ao impacto de grandes obras públicas.
    Nos governos eleitos sob a égide da Constituição de 1988, foram identificados e demarcados cerca de dois terços das terras indígenas. Grandes batalhas foram travadas e o reconhecimento das terras avançou de forma desigual.
    Hoje, a maior parte dos conflitos está no Sul, Sudeste, Nordeste e em Mato Grosso do Sul, na metade não amazônica do país, onde vivem 40% da população indígena em 1,5% da extensão total das terras dos índios. Nessa metade se concentrou o processo de colonização e é onde estão 85% da população brasileira. A aplicação do artigo 231 da Constituição resultaria no reconhecimento de terras indígenas em extensão suficiente para garantir a reprodução física e cultural de seus ocupantes. Já há e ainda haverá situações em que sua aplicação não será suficiente para prover terras em extensão mínima que garanta a sobrevivência e a reprodução cultural de grupos específicos. Não faz sentido desprover de direitos as pessoas que dispõem de títulos legítimos e às quais não se pode atribuir responsabilidades por políticas impostas aos índios no passado pela União ou pelos estados.
    Assim como na Amazônia, também é maior a extensão das propriedades, dos assentamentos, das unidades de conservação ou de áreas destinadas à defesa nacional.
    No resto do país, diante do denso processo de ocupação econômica e demográfica, o reconhecimento de terras indígenas enfrentou mais dificuldades, assim como tende a afetar mais pessoas e interesses econômicos. Pior ficou a situação de povos, como os Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul, que permaneceram invisíveis ao Estado brasileiro por longo tempo, sendo que hoje se sabe tratar-se da mais populosa etnia no Brasil, mas que não dispõe de terras nem sequer na dimensão destinada aos assentados da reforma agrária.
    Há equívoco quando é advogada a revisão pela Embrapa dos laudos antropológicos que embasam as demarcações. O critério de “produtividade”, evocado para excluir áreas com potencial produtivo dos limites das terras a serem demarcados, além de inconstitucional e discriminatório, deixaria a Embrapa na situação de ter que responder, judicialmente, por prejuízos causados aos índios.
    Pior ainda é a iniciativa da bancada ruralista, que pretende emendar a Constituição para exigir a homologação das terras pelo Congresso, que tem exercido com dificuldade a sua função legislativa e não teria como produzir juízo técnico sobre a destinação de terras, tarefa típica do Executivo. O resultado seria a paralisação das demarcações e a transferência das decisões para o Congresso.
    Nos casos em que a aplicação do artigo 231 forem insuficientes, como é o caso dos Guarani-Kayowá, uma solução justa e legal é a desapropriação de áreas, indenizando-se os proprietários pelo valor das terras, o que poderá representar um custo menor do que suportar processos conflitivos, com recurso à violência ou à justiça e com resultados menos efetivos para todos.
    Não é preciso burocratizar o procedimento administrativo para a demarcação, que já foi juridicamente saneado em 1996. É preciso dotar a Funai de instrumentos para desapropriar e indenizar com presteza com títulos de efetivo valor (como os títulos da dívida agrária), para enfrentar situações específicas que geram conflitos e perpetuam injustiças.
    O bater de cabeças entre ministros e parlamentares não resolve a questão. Cabe ao ministro da Justiça a responsabilidade de retomar o processo demarcatório, provendo os instrumentos para que a União conclua, de forma ágil e justa, o resgate de direitos que se espera há 25 anos.

Márcio Santilli. O Globo Amanhã. P.29 28-05-2013. ( Adaptado)

O uso de aspas no sintagma critério de “produtividade”, 6º parágrafo, denota quanto à intenção comunicativa do enunciador,

Alternativas
Comentários
  • Gab: C.


    Usam-se aspas:

    a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos.

    Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências.
    Por favor, antes de sair, faça um “backup”!
    Ele mora lá nos “cafundó do Judas”!

    b) Antes ou depois de citações. (*) 

    Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas".

    "É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém.

    textos retirados ou baseadas em reportagens da Folha Online.

    c) Para assinalar palavras ou expressões irônicas.

    Exemplos: Eles se comportaram “super” bem.
    Sim, porque são uns “anjinhos”.

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Equipe Brasil Escola


    Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/aspas.htm



ID
1464895
Banca
IESES
Órgão
IFC-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder a questão.

                 MORRE SOLDADO QUE SEGUIU “LUTANDO" 30 ANOS
                                 APÓS RENDIÇÃO DO JAPÃO


                         Hiroo Onoda faleceu aos 91 anos em Tóquio.
                                    Ele morou 14 anos no Brasil

                                                                                                                   Publicado em: 17/01/2014

                                                          Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/mor...
                              seguiu-lutando-30-anos-apos-rendicao-do-japao Acesso em 21 de janeiro de 2014

         O ex-tenente japonês Hiroo Onoda, que viveu  escondido nas florestas das Filipinas durante três    décadas  sem saber que a II Guerra Mundial tinha terminado, morreu  nesta quinta-feira em Tóquio    aos 91 anos, informou nesta  sexta a emissora pública NHK. Onoda, que estava  hospitalizado desde o início do mês, surpreendeu o Japão  com sua inesperada aparição em 1974, quando finalmente  abandonou sua missão na selva e voltou ao seu país. Após  sua saga, o tenente chegou a morar no Brasil, onde  comprou uma fazenda de gado.
         O ex-integrante do Exército Imperial japonês foi  enviado em 1944 como oficial de inteligência para a ilha filipina de Lubang, onde permaneceu escondido nos 29 anos seguintes, sem saber que o conflito tinha terminado e que o Japão tinha se rendido. Onoda chegou aos 22 anos na ilha das Filipinas com a missão de penetrar nas linhas inimigas, realizar operações de vigilância e sobreviver de
maneira independente até receber novas ordens, o que fez exatamente durante três décadas.
         Após a rendição do Japão, em 1945, o soldado  seguiu servindo ao seu país na floresta. Convencido da  continuidade da guerra, Onoda seguia escondido e,  segundo declarou, coletando “informações importantes"  para o Japão. Durante seus longos anos na selva de  Lubang, o ex-tenente viveu de bananas, mangas e do gado  que conseguia matar, escondendo-se da polícia filipina e  das expedições de japoneses que foram em sua procura,  confundidas por ele com espiões inimigos.
          Em março de 1974, Onoda, então com 52 anos,  finalmente recebeu de um antigo superior que se deslocou  até a ilha instruções para abandonar a missão. Um ano após  sua volta ao Japão, Onoda se mudou para o Brasil, onde  administrou com sucesso uma fazenda em Mato Grosso do  Sul, na cidade de Terenos. Em 1989, retornou ao Japão,  onde passou a dar cursos sobre a vida na natureza para os jovens.

Sobre os recursos de estruturação e atribuição de sentido ao texto, analise as proposições a seguir. Em seguida, escolha a alternativa que contenha a análise correta sobre as mesmas.
I. As aspas empregadas no título denotam ironia.
II. A vírgula em: “o ex-tenente viveu de bananas, mangas e do gado que conseguia matar” separa termos de mesma função na oração.
III. Há uma falha de regência em “Ele morou 14 anos no Brasil”.
IV. A palavra “onde” pode assumir diferentes sentidos, um deles é expressar circunstância, como é o caso de todas as ocorrências destacadas no texto.

Alternativas
Comentários
  • "onde" só para lugar

  • Alternativa A


    ''Ele morou no Brasil'' não existe erro de regência ai, pois o verbo morar é regido pela preposição ''em''. Nesse caso, fica em+o (artigo) do substantivo Brasil.

  • Gabarito: Letra D

    I. As aspas empregadas no título denotam ironia. 

    Correto.   "MORRE SOLDADO QUE SEGUIU “LUTANDO" 30 ANOS APÓS RENDIÇÃO DO JAPÃO"  Na verdade, embora o soldado acreditasse que ainda estava lutando na guerra, não estava, pois esta havia acabado.

    II. A vírgula em: “o ex-tenente viveu de bananas, mangas e do gado que conseguia matar” separa termos de mesma função na oração. 

     Correto. Acredito que o verbo viver esteja empregado como intransitivo e "de bananas, mangas..." seja adjunto adverbial.

    III. Há uma falha de regência em “Ele morou 14 anos no Brasil”. 

    A banca considerou como correto. Acredito que ficaria assim "Ele morou POR 15 anos no Brasil. "

    IV. A palavra “onde” pode assumir diferentes sentidos, um deles é expressar circunstância, como é o caso de todas as ocorrências destacadas no texto.

    Errado. Onde está empregado com o sentido de lugar. 

    " Após  sua saga, o tenente chegou a morar no Brasil, onde  comprou uma fazenda de gado. "

    " O ex-integrante do Exército Imperial japonês foi  enviado em 1944 como oficial de inteligência para a ilha filipina de Lubang, onde permaneceu escondido nos 29 anos seguintes

    Um ano após  sua volta ao Japão, Onoda se mudou para o Brasil, onde  administrou com sucesso uma fazenda em Mato Grosso do  Sul, na cidade de Terenos. Em 1989, retornou ao Japão,  onde passou a dar cursos sobre a vida na natureza para os jovens. "

  • Não consegui enxergar erro de regência e por isso errei a questão. 


ID
1481749
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-PA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Um homem de consciência

            Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.
Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E, por muito tempo, não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.
            Mas João Teodoro acompanhava com aperto no coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.
            “Isto já foi muito melhor”, dizia consigo. “Já teve três médicos bem bons - agora um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando ...”
            João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar- -se, mas para isso necessitava de um fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
            “É isso”, deliberou lá por dentro. “Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.”
      Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, se julgava capaz de nada ...
            Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca! ...
            João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada botou-as num burro, montou seu cavalo magro e partiu.
            - Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?
            - Vou-me embora - respondeu o retirante. - Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.
            - Mas, como? Agora que você está delegado?
            - Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado eu não moro. Adeus.
            E sumiu.

                                                            (Monteiro Lobato. Cidades Mortas. São Paulo: Globo, 2009)

rábula: advogado sem diploma

Leia os enunciados a seguir:

I. “Isto já foi muito melhor”, ... (4.º parágrafo)
II. Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. (7.º parágrafo)

As aspas e os dois pontos foram empregados, respectivamente, com a função de

Alternativas
Comentários
  • e)isolar o pensamento da personagem; introduzir um esclarecimento.

  • Qual a diferença de isolar o pensamento e indicar uma citação?

  • Eduardo, as diferenças são:

    - isolar um pensamento: algo que se pensou, não pronunciou. 

     “Isto já foi muito melhor”, dizia consigo. Ou seja, ele dizia para si, refletia, pensava.

    - indicar uma citação: algo que foi pronunciado, foi dito.

    Alternativa E

  • Assertiva E

    isolar o pensamento da personagem; introduzir um esclarecimento.

  • GABARITO: LETRA E

    ACRESCENTANDO:

     Aspas:

    As aspas são usadas comumente em citações, mas também há outras funções bem interessantes. Atualmente o negrito e o itálico vêm substituindo frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são empregadas:

    1) Antes e depois de citações textuais.

    – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a editora de opinião do jornal Correio Braziliense e especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64.

    2) Para assinalar estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas.

    – Chávez, com 58 anos, é uma figura doente e fugidia, que hoje representa o “establishment”. (Carta Capital)

    – Não me venham com problemática, que tenho a “solucionática”. (Dadá

    Maravilha)

    – O homem, “ledo” de paixão, não teve a “fortuna” que desejava.

    – Mulher Filé dá “capilé” em repórter “nerd”. (Jornal Meia Hora)

    – Anderson Silva “passou o carro” no adversário.

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso.

    – Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro.

    – Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão!

    – Se ela fosse “minha”...

    4) Quando se citam nomes de mídias, livros etc.

    – Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”.

    – “Os Lusíadas” foi escrito no século XVI.

    FONTE: Pestana, Fernando A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 3. ed. –

    Rio de Janeiro :Método, 2017 . 1611 p . – ( Provas e concursos)


ID
1488622
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Texto I

      No fim do século XIV, Portugal, vitimado por uma sucessão de administrações perdulárias, se convertera em um reino endividado. Sem alternativas para produzir riquezas em seu território, a coroa voltou os olhos para o mar. Essa epopeia em busca de riquezas é narrada pelo jornalista mineiro Lucas Figueiredo em Boa Ventura!. Calcada sobre um minucioso levantamento histórico, a obra traça um quadro desolador da penúria em que então vivia Portugal e retrata as adversidades que enfrentou para achar uma solução: a chamada Corrida do Ouro brasileira, que se deu entre os anos de 1697 e 1810.
      Foi o sonho dourado português que levou dom Manuel ardenar, em março de 1500, a viagem de Pedro Álvares Cabral ao desconhecido. Depois de atingir o arquipélago de Cabo Verde, o jovem navegador voltou a proa de sua caravela para o Ocidente, com a missão de salvar a coroa da falência. O rei apostou nas terras ermas e inexploradas do Novo Mundo. Para ele, poderia estar ali a fonte rápida e repleta de riquezas que guindariam Portugal à fartura.
      A pressão de Lisboa levou o governador-geral Tomé de Sousa a organizar a primeira expedição oficial em busca do metal, seduzido pelos rumores sobre a existência de uma montanha dourada margeada por um lago também de ouro - local fantástico que os nativos chamavam de Sabarabuçu. A comitiva partiu de Pernambuco em 5 de novembro de 1550, e os homens que se embrenharam na floresta nunca mais foram vistos. Mas o mito de Sabarabuçu levaria à organização de outras dezenas de expedições no decorrer dos 121 anos seguintes - todas fracassadas.
      Em 1671, o paulista Fernão Dias, uma das maiores fortunas da região, aceitou o pedido de Lisboa para empreender mais uma missão em busca de Sabarabuçu. Ao contrário de seus antecessores, porém, o bandeirante não partiu sem antes analisar os erros daqueles que haviam perecido na floresta, devorados por animais ferozes ou índios e mortos eles próprios pela fome e pelas adversidades naturais. Os preparativos levaram três anos. Ciente de que era impossível que centenas de homens sobrevivessem sem uma linha de abastecimento, Dias ordenou que, à medida que se embrenhassem na floresta, os pioneiros providenciassem a plantação de lavouras e a criação de animais. Ao longo de toda a rota que interligava a vila de São Paulo ao que hoje é o Estado de Minas Gerais, Dias montou a infraestrutura necessária para o que seria a primeira experiência bem sucedida dos portugueses na busca de riquezas. Em sete anos de trabalhos, ele percorreu 900 quilômetros entre São Paulo e Minas. Morreu no caminho de volta para casa, sem jamais ter alcançado a lendária Sabarabuçu. Mas fizera algo ainda mais extraordinário: havia inaugurado a primeira via de interligação entre o litoral e o interior do país em um terreno antes intransponível.
      Doze anos depois da morte de Fernão Dias, surgiram as primeiras notícias dando conta da localização de ouro onde hoje é Minas Gerais. Com a descoberta de novas lavras, o sonho de ouro continuava a mover os aventureiros. Em 1700, o bandeirante Borba Gato deu as boas novas ao governador: havia encontrado Sabarabuçu. Festas e missas foram celebradas para comemorar a "providência divina".
      Localizada onde hoje é a cidade de Sabará, a terra batizada com o nome mítico por Borba Gato incendiou a imaginação dos europeus. Dessa forma, a corrida do ouro levou um dos lugares mais hostis de que se tinha notícia a abrigar o embrião do que viria a ser o estado de governança no Brasil.

                                    (Leonardo Coutinho. Veja, 30 de março de 2011, pp. 134-136, com adaptações)

Festas e missas foram celebradas para comemorar a "providência divina". (5º parágrafo)

É correto depreender do emprego das aspas que isolam a expressão grifada acima

Alternativas

ID
1489234
Banca
UFMT
Órgão
UFMT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A TV e a sua opinião

Em 2011, 59,4 milhões de domicílios brasileiros tinham televisão, o que equivale a 96,6% do total. De longe, a televisão é o meio de comunicação mais difundido e utilizado.
[...]

A televisão é o meio de comunicação pelo qual se informa o maior número de pessoas. E muitos só se informam pela televisão. Não leem jornais, revistas. Sua opinião, portanto, é formada com base nessas informações. Sempre por trás de uma mensagem há alguém que a envia, e devemos nos perguntar por que esse alguém nos envia essa mensagem e por que neste momento. A sincronia, por exemplo, entre a ampla divulgação do julgamento do mensalão com as últimas eleições é uma dessas questões.

[...]
A televisão é o meio de comunicação pelo qual se informa o maior número de pessoas. E muitos só se informam pela televisão. Não leem jornais, revistas. Sua opinião, portanto, é formada com base nessas informações. Sempre por trás de uma mensagem há alguém que a envia, e devemos nos perguntar por que esse alguém nos envia essa mensagem e por que neste momento. A sincronia, por exemplo, entre a ampla divulgação do julgamento do mensalão com as últimas eleições é uma dessas questões.

[...]

A televisão reduz os cidadãos à dimensão de meros consumidores. Não há análise de contexto, os fatos não se inscrevem em lógicas mais amplas. Quando há programas de debates, estes são em altas horas, não são para as massas. E mesmo assim os debatedores, em sua ampla maioria, se alinham com os interesses das emissoras. Seus noticiários destacam o crime e a violência, disseminando o medo na população e fazendo que esta aceite um mundo de arbitrariedades no qual, por exemplo, a polícia executa sumariamente “suspeitos”, consagrando a pena de morte na prática, sem qualquer julgamento, o que identifica o Estado não só como cúmplice dos crimes, quando não como os próprios agentes da violação de direitos, mas também como legitimador desse discurso televisivo. Se esses comportamentos se apresentam como a única solução, se temos visões parciais, distorcidas, dos fatos, provavelmente teremos opiniões equivocadas sobre eles.

(Silvio Caccio Bava, Le Monde Diplomatique Brasil, março de 2013.)

Sobre o terceiro parágrafo, analise as afirmativas.

I - O autor emite juízo de valor ao criticar as arbitrariedades promovidas pela polícia.

II - Tendo em vista as relações de sentido constituídas no texto, o primeiro período apresenta a consequência cujas causas são apresentadas nos três períodos subsequentes.

III - As aspas empregadas como recurso persuasivo destacam a ação da polícia como verdade absoluta.

IV - O uso do gerúndio, no penúltimo período, sugere ação comumente praticada pela polícia.

V - No segundo período, o advérbio quando remete à ideia de que os debates na televisão são remotos.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão o correto não seria referência ao terceiro parágrafo ao invés do quarto, como afirma o enunciado?

  • Acredito que sim, a questão deveria ser anulada.

  • Vamos indicar para comentário!!!

  • Não tem a opção IV, reparem que a ordem das alternativas estão: I, II, III E V ??? NÃO TEM IV

  • Thaís Viana,

    O opção IV está junto da III. Acredito ser apenas erro na formatação do texto. Observe:

    III - As aspas empregadas como recurso persuasivo destacam a ação da polícia como verdade absoluta. IV - O uso do gerúndio, no penúltimo período, sugere ação comumente praticada pela polícia. 

  • concordo.. ficou meio confuso

  • Questão anulada.

    http://www.cev.ufmt.br/portal/concursos/tecnico2014/medio.htm

    http://www.cev.ufmt.br/portal/concursos/TECNICO2014/comunicado_recurso_gabarito.pdf

  • essa é daquelas questões subjetivas de múltipla escolha ^^


ID
1489573
Banca
VUNESP
Órgão
TCE-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Incoerência americana

    Fechar Guantánamo. Barack Obama prometeu fazê-lo em 2008, quando disputava seu primeiro mandato como presidente dos EUA, supostamente o cargo mais poderoso do mundo.
    Seis anos e duas eleições depois, o campo de prisioneiros continua em funcionamento,_________ os valores democráticos ___________ os americanos tanto se vangloriam.
    Alguns dos 136 detidos (número que resta após o envio de seis deles para o Uruguai) estão presos há mais de uma década sem acusação formal. São, entretanto, considerados “perigosos demais".

                                                                                           (Folha de S.Paulo, 11.12.2014. Adaptado)

Na frase – São, entretanto, considerados “perigosos demais". – (terceiro parágrafo), as aspas são empregadas como marcação de

Alternativas
Comentários
  • Alt E

  • "Ironia": como ser perigosos demais se nem acusação formal possuem....


ID
1493209
Banca
NUCEPE
Órgão
Prefeitura de Parnarama - MA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO (Para a questão)

                A história do pescador

      "Fala sério..." Ninguém disse isso enquanto José Salvador Alvarenga narrava seu drama, mas certamente pensou. Mais de um ano perdido no Oceano Pacífico, num barco à deriva, alimentando-se de pássaros e tartarugas. Difícil de acreditar. "Eu não sabia a hora, o dia. Sabia apenas se era dia ou noite", disse Alvarenga, de 37 anos e natural de El Salvador, ao jornal britânico The Daily Telegraph. "Eu não via terra. Puro oceano." Na semana passada, quando esse misterioso homem apareceu do nada nas Ilhas Marshall - micropaís da Micronésia formado por atóis e ocupado por apenas 70 mil pessoas -, muitos ficaram de boca aberta. Sua odisseia mais parecia fruto da imaginação que realidade, apesar das precárias condições físicas de seu protagonista. Aos poucos, ele oferecia preciosos detalhes e conquistava os incrédulos ouvintes. Sim, José Salvador Alvarenga jurava ter passado 13 meses no Pacífico - e estava pronto para contar sua história.
(...)

(Revista Época - nº 819, de 10 de fevereiro de 2014. Personagem da Semana. JOSÉ SALVADOR ALVARENGA. p. 14)

No trecho, temos a recorrência de uso de aspas para

Alternativas
Comentários
  • quando estamos lendo o texto os trechos que estão entre aspas representam falas 

    a unica alternativa que fala em falas é a A logo...

    letra A

  • GABARITO: LETRA A

     Aspas:

    As aspas são usadas comumente em citações, mas também há outras funções bem interessantes. Atualmente o negrito e o itálico vêm substituindo frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são empregadas:

    1) Antes e depois de citações textuais.

    – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a editora de opinião do jornal Correio Braziliense e especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64.

    2) Para assinalar estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas.

    – Chávez, com 58 anos, é uma figura doente e fugidia, que hoje representa o “establishment”. (Carta Capital)

    – Não me venham com problemática, que tenho a “solucionática”. (Dadá

    Maravilha)

    – O homem, “ledo” de paixão, não teve a “fortuna” que desejava.

    – Mulher Filé dá “capilé” em repórter “nerd”. (Jornal Meia Hora)

    – Anderson Silva “passou o carro” no adversário.

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso.

    – Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro.

    – Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão!

    – Se ela fosse “minha”...

    4) Quando se citam nomes de mídias, livros etc.

    – Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”.

    – “Os Lusíadas” foi escrito no século XVI.

    FONTE: Pestana, Fernando A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 3. ed. –

    Rio de Janeiro :Método, 2017 . 1611 p . – ( Provas e concursos)


ID
1501285
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UNCISAL
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“ANOREXIA EMOCIONAL” E VÍNCULOS AFETIVOS

As formas mais conhecidas de compulsão emocional são a sexual e a codependência. Na primeira, os portadores praticam sexo de maneira incontrolável (e, às vezes, sem critérios na escolha dos parceiros), e, na codependência, as pessoas se afogam em relacionamentos problemáticos, pouco saudáveis e o veem como base e o objetivo da sua existência.

A “anorexia emocional” também se enquadra como compulsão emocional, mas se afasta das demais compulsões que geralmente estão associadas à falta de controle e ao exagero. A “anorexia emocional” trata das dificuldades de envolvimento e de se estabelecer vínculos afetivos, sendo considerada compulsão pelo fato de existir uma força que conduz o portador a repetir um ato deliberado, ou até mesmo contrário à vontade.

Disponível em: < http://mulher.uol.com.br/comportamento>. Acesso em: 01 dez. 2014

O uso reiterado das aspas na expressão “anorexia emocional ” se justifica para

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o pq da letra E ser a certa.

  • Qual você marcou, Ivie? Eu marquei a "A" e também não entendi o porquê de ser a "E".

  • GENTE, EU ACHO O SEGUINTE :

    O NEOLOGISMO ESTÁ CORRETO NO TEXTO . MAS A QUESTÃO É QUE ELE PEDE O USO

    REITERADO, OU SEJA, POR DUAS, TRÊS OU MAIS VEZES NO TEXTO. COM ISSO, ACENTUA O

    VALOR SIGNIFICATIVO DA EXPRESSÃO.

    ASSIM, PENSO EU, QUE SEJA A LETRA E.

    ESPERO TER COLABORADO

    ABRAÇOS FRATERNOS !

  • Gabarito E

    Regras para o uso das aspas:

    As aspas devem ser empregadas sempre que você for abrir e fechar citações. Observe o exemplo:

    O senhor… mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra montão.

    (Grande sertão: Veredas - Guimarães Rosa)

    Uma situação de uso em que as aspas são empregadas com frequência é quando temos como intenção exprimir ironia ou conferir destaque a uma palavra ou expressão empregada fora de seu contexto habitual. Observe o exemplo:

    Moça linda bem tratada,
    Três séculos de família,
    Burra como uma porta:
    Um “amor”.

    (Mário de Andrade)

    As aspas devem ser empregadas quando no texto surgirem neologismos, arcaísmos ou gírias, pois é importante que esses termos ganhem destaque. Observe o exemplo:

    "(...) Já outro, contudo, respeitável, é o caso - enfim - de 'hipotrélico', motivo e base desta fábrica diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem de bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas.”

    (Tutameia – Terceiras estórias. Guimarães Rosa*)

    * Guimarães Rosa é um escritor de nossa literatura muito conhecido pela criação de neologismos. Segundo ele, “hipotrélico” significa “pessoa pedante”, que tem pouco respeito com a opinião alheia.

    Para ressaltar a ocorrência de empréstimos linguísticos (estrangeirismos) no texto, sobretudo quando não estiver disponível a opção “itálico”. Observe o exemplo:

    A “baby-sitter” e o “barman” marcaram um encontro no “hall” do edifício.

    Para marcar o título de uma obra. Observe o exemplo:

    Memórias Póstumas de Brás Cubas”. (Machado de Assis)

    Regras para a pontuação quando houver aspas:

    Se a frase começa e termina com aspas, o ponto deve ficar dentro das aspas. Exemplo:

    Está morto: podemos elogiá-lo à vontade.” (Machado de Assis)

    Se a frase não está integralmente dentro das aspas, a pontuação deve ficar fora das aspas. Exemplo:

    Estou de acordo com Machado de Assis, que dizia, sabiamente: “lágrimas não são argumentos”.

  • ASSERTIVA E

    As  "ASPAS"  são usadas para assinalar citações textuais e para indicar que um termo é gíria, estrangerismo ou que está sendo usado em sentido figurado: ironicamente ou humoristicamente.

    No caso da questão, elas são usadas para acentuar valor significativo á expressão destacada.

  • Acredito que poderia ser um neologismo, já que "anorexia"  se refere a um distúbio alimentar. Mas a (e) não está errada, pois as aspas ressaltam o significado da expressão , já que a expressão se  repete.

    Em minha opnião, questão anulável. No entanto a banca é soberana.


ID
1504099
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Cuiabá - MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                     Invasões Bárbaras

                                                               A arte de rua ganha status e abre salas e galerias
                                                         para as obras de ex-office-boys, metalúrgicos e motoboys.

    Zezão, 34, coleciona algumas passagens pela polícia, a última em 2004. Pego em flagrante quando grafitava um muro no bairro do Pacaembu, ficou preso por oito horas, até que seu advogado negociasse a soltura.
    Titi Freak, 31, foi enquadrado quando desenhava “umas estrelas” na rua e ficou nas garras da lei por três horas.
    Boleta, 28, então, foi freguês com direito a tratamento especial; uma vez, teve o corpo todo pintado com sua própria tinta; em outra, o carão policial incluiu uma “brincadeira” de roleta russa.
    A punição podia variar, mas a lei era – e é – a mesma: pichação e grafite são considerados crimes no Brasil. Ambos se
enquadram na categoria de “danos patrimoniais”, sujeitos a pena entre três meses e um ano, mais multa. Mas o tempo passa e, como sempre, a transgressão acaba sendo absorvida pelos bacanas. O vandalismo de outrora agora é chique e, em vez de celas, seus autores frequentam salas e salões.

(Nina Lemos – Folha de São Paulo. 26/03/2006.)

O texto mostra três casos de emprego de aspas:
1. “umas estrelas”
2. “brincadeira”
3. “danos patrimoniais”

Sobre esses empregos, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Como que "umas estrelas" e "brincadeira" seriam cópias de outras textos?

    A alternativa "a" parece mais sensata.

  • Juro que não entendi como chegar a conclusão que são cópias de outros textos.

  • Eu marquei a letra A por entender ser a "menos pior".. não consegui visualizar a alternativa correta!

  • Também fui na letra A por ser a mais sensata...
  • Rafael Nova a questão não foi anulada, no gabarito preliminar a alternativa correta era a C, no entanto com o gabarito oficial a banca mudou para alternativa E.

  • Acho que eles tinham a intensão de perguntar uma coisa e mandaram outra. Se perderam na formulação da questão e não quiseram anular por autoritarismo.

  • Acredito que a cópia de outros textos se referem aos termos que o autor leu, no caso, em depoimentos(do policial, do grafiteiro) e descrição do crime 

  • Aspas tem a função de destacar uma parte do texto, mesmo sabendo isso ainda errei a questão. Estou começando a ficar seriamente preocupado com as provas da FGV

  • Existem textos orais e sob a forma escrita. Por isso o gabarito na alternativa E. Todas as aspas reproduzem/copiam outros textos produzidos, 2 sob a forma oral e 1 texto sob a forma escrita.

  • sentada e chorando.....

  • AMANDA, FUI PELO MESMO RACIOCÍNIO QUE O SEU.

  • Grande coisa, alterar de C para E é como trocar 6 por meia dúzia, nenhuma tem sentido. Aliás, a letra E foi a primeira que desconsiderei, mas já tinha o pressentimento que iria errar pois achei e ainda acho que não tem opção correta.

  • Indiquem esta questão para comentário por favor. Vamos ver o que os professores tem a dizer.

  • 1) INDIQUEM PARA COMENTÁRIO - QUERO VER COMO O PROFESSOR VAI JUSTIFICAR ESTE GABARITO.

    2) De acordo com o site : http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono34.php

    As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas:

    I) Antes e depois de citações ou transcrições textuais. 

    Ex: Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale um beijo de moça namorada."

    (QUE É O CASO AFIRMADO/UTILIZADO COMO GABARITO PELA BANCA NOS TRÊS CASOS). Porém eu só consigo perceber esta situação quanto ao último emprego, como uma transcrição literal do código penal, enquadrando a ação no crime de "Danos Patrimoniais".

    II) Para representar nomes de livros ou legendas.Ex: Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI.

    III) Para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia.

    Ex: O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado.(Veja)Com a chegada da polícia, os três suspeitos "se mandaram" rapidamente.
    Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova!


    (NA MINHA HUMILDE OPINIÃO ENCAIXAM-SE AQUI O SEGUNDO E TERCEIRO EXEMPLO, COMO CASOS DE IRONIA)

    IV) Para realçar uma palavra ou expressão.

    Exemplos:

    Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não".
    Quem foi o "inteligente" que fez isso?

  • Não entendi como a FGV chegou a este gabarito. 
    Entendo que "danos patrimoniais" é retirada do código penal. Mas "brincadeira" e "umas estrelas" ??? De que texto foi retirado isso, gente?? 

  • essa banca deve ser composta pelo Estado Islamico, so pode

  • Eu marquei a letra D) praticamente certo de que iria acertar (me lasquei), porque, pra mim, "Brincadeiras" e "danos patrimoniais" são as ironias (e não "umas estrelas" e "brincadeiras", como diz a letra A).


    Sendo "Brincadeiras" e "danos patrimoniais" as ironias elas indicam novos significados para essas palavras porque elas passam a significar exatamente o contrário dos seus significados reais, passando, assim, a ter um novo significado.


    Sinceramente, ainda acho que esse é o pensamento mais correto frente as outras alternativas.


    Obs.: Quando cita "umas estrelas" o autor demonstra que Titi Freak faz alguns desenhos na rua que nem ele mesmo sabe ou lembra quais eram, ele generalizou os desenhos falando em "umas estrelas". Acho que passa longe de ser uma ironia.


  • Tive também outro pensamento (mas esse seria impossível ter antes de saber o gabarito correto):


    "Brincadeiras" mostra a visão dos policiais (e não do grafiteiro, como diz a letra c), sendo assim, provavelmente, no texto verbal dos policiais, eles utilizaram a palavra 'brincadeira' para justificar a roleta Russa.

    Já 'danos patrimoniais' está no código penal.


    Ou seja, 'brincadeiras' foi copiada do texto dos policiais e "danos patrimoniais' foi copiada do Código Penal.

  • Os comentários do professor Arenildo Santos, incluídos hoje, são muito pertinentes para entender a questão.

  • Elaboraram mal as alternativas, para não anular, trocaram de C para E. No fim, não vejo nenhuma como correta. cópia de outros textos? Quase tudo hoje em dia é cópia, vai sair colocando aspas em tudo agora?!

  • Hahahaha...só dando gargalhadas da fund.grande viagem....

  • A explicaçao do profesor defende a tese que as aspas indicam uma copia de outro texto (ou expressoes) que nao são so autor..discordo mas entendo que O Segredo é entender a loucura da banca e tentar seguir essa logica nas questoes

  • Essa banca se supera a cada concurso. Pior do que ela é ver esses professores tentando justificar essas aberracoes.

  • oque São Aspas?

    Aspas são um sinal de pontuação, cuja finalidade é destacar uma parte do texto.

    1º Em citações: e a Fala de outra Pessoa, Ex.:O Ministro Tal, Falou tal Coisa, Abre aspas Coloca a Fala do Ministro fecha aspas

    2º transcrição de Outro Texto: "Amor é fogo que arde sem se ver"_ Rimas de Luis de Camões

    3º Nas palavras ou Expressoes Populares:  Custa os olhos da cara

    4º estrangeirismos: Palavras de Outro pais que usamos Ex:O Ela espera o "feedback" de sua Ação 

    5º Arcaismo/arcaica: Palavras Antigas_ Ele Comprou um Brinco para "vosmece"

    6º Girias: Paolla Oliveira e Minha "Crush" heheh

    7º em neologismo: emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma língua ou não ex: olha as Novisnhas "Embrazando"

    8º Ironia: "belo" trabalho

    9ºenfase: Recurso linguístico que, utilizado em certos enunciados, realça

    10º Nomes de Obras Literarias e artistica: Estudaram "Capitães de Areia" no Semestre passado

     

    Bem Amigos com tudo isso podemos chegar a conclusão de que a resposta deveria ser letra F, nenhuma das alternativas, ja que ao meu ver não tem motivos para o gabarito ser letra E

     

  • acho absurdo.

  • Rindo de nervouser

  • A autora do texto não diz se está copiando os depoimentos de outros textos. Se a alternativa dissesse que eram palavras externas tudo bem. De fato os três casos podem ser de polifonia. Mas seria necessário ter uma bola de cristal para adivinhar que viera de outros textos.

  • se os professores da banca tivessem que se identificar, duvido que fariam um prova assim

  • 79% de erro, nunca tinha visto um índice tão alto.
  • Eu errei a questão, mas lendo os comentários, cheguei ao seguinte raciocínio. Vamos lá...

    Caso 01: "umas estrelas". No texto, não dá para saber de onde vem. Reparem, não há suporte no texto para entender porque a autora usaria "umas estrelas".

    Caso 02: "brincadeira". Aqui, pelo contexto, dá para entender que não é uma brincadeira, mas que ou a autora ou alguém está dizendo que aquilo foi uma brincadeira, quando na verdade passou longe disse, já que roleta russa pode levar a morte rss.

    Caso 03: "danos patrimoniais" a depender do contexto pode ser uma expressão técnica (em algum texto de lei).

    a) (1) e (2) não indicam ironia. Talvez, se forçar a barra um pouco, o item (2)...

    b) todos os casos indicam humor. O item (3) pode ser visto como uma expressão técnica, a depender do contexto.

    c) essa é a única que o candidato pode afirmar que está errada rss. Não é o grafiteiro que diz "brincadeira".

    d) (2) e (3) novos significados... O item (2) de fato pode ser entendido como uma palavra que diz o contrário do que quer dizer, que está sendo usada fora de seu campo semântico... O item (3) não. Reparem que estão sendo caracterizadas as pichações e aí a autora inclui "danos patrimoniais", que realmente caracteriza as pichações, pois elas causam dano ao patrimônio de alguém.

    e) Dizer que é cópia de outro texto é forçar a barra.... Porque não dá para dizer que há outros textos.Poderia ser tido como: expressões que foram utilizadas em outro contexto e a autora coloca como citações, as aspas reforçam essa ideia, mas daí a deduzir que vem de um texto (algo escrito).... É aquilo... FGV sofre de uma bipolaridade aguda!!!! (sem querer ofender a quem sofra disso).

  • 76% de erro. Que alívio!!! O problema não sou eu e sim a questão.

  • eu concordo com o comentário de Tiago Silva Alves]

    porém quando colocou "umas estrelas" entre aspas dá para interpretar que o cara tava fazendo uma obra de arte e eles resumiram a "umas estrelas" tipo dizer que a noite estrelada de van Gogh é apenas "umas estrelas" sendo caso de ironia.

    o mesmo acontece com "brincadeira"

    para mim ambos seriam caso de ironia (porém dentro do universo delegacia x preso). Acho que nesse caso nós temos que ir pelo que a banca consider mais certa. (dentro do universo autor x texto)

    veja que no primeiro caso o autor destaca o que provavelmente estava na ocorrência policial: detido por pintar "umas estrelas" (não é uma fala do autor, é uma fala de outra pessoa)

    o segundo caso o autor só teria como saber por depoimento de alguém, provavelmente de quem sofreu a "brincadeira" (o policial pode ter usado "brincadeira" para descrever sua ação)

    o terceiro caso: o autor só pode ter tirado de alguma lei (cod. penal)

    analisando por esse lado acaba sendo transcrição de outros textos.Pois em nenhum caso é fala do próprio autor.

  • Se uma maioria esmagador coloca um gabarito como ocorreu aqui, a questão obviamente possui um erro de interpretação ou o avaliador não conseguiu passar corretamente o que ele queria ou ele queria algo muito além, mas não deixou isso explícito, muito menos deixou pistas disso. Eu falo isso pois eu já trabalhei com elaboração de provas objetivas para diversas disciplinas no ensino médio e, muitas vezes, tinha que devolver a avaliação por causa desses erros. Não se preocupem se vcs "erraram" (ironia nas minhas aspas). Pulem-na. Serio, não compensa matutar o gabarito. Pra vcs chegarem nessa resposta dada pela banca, vocês teriam que supor, algo que nunca deve ocorrer numa prova teste, ainda mais se uma outra alternativa possui capacidade de resposta.

  • Nem o próprio professor, soube explicar direito '-'

  • absurda essa questão. não tem como saber se as palavras em aspas vieram do texto dos autos da prisão dos rapazes, se veio da fala dos policiais durante a abordagem dos rapazes, enfim. cabe recurso.

  • Nem mãe dinah acerta essa! Somente o examinador e a sua mente.
  • Então teríamos que conhecer esses "textos" pra acertar a questão! kkkkkkkkkkkk


ID
1505002
Banca
FRAMINAS
Órgão
Prefeitura de Itabirito - MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Apelidada de "água em pó", tecnologia que armazena água
                               em grãos de polímero promete acabar com a seca

             Alguns especialistas refutam eficácia do produto por falta de comprovação científica

(1§) Enquanto crescem os temores de que um dia fiquemos sem água, pesquisadores mexicanos têm desenvolvido uma tecnologia para enfrentar o problema da seca e viabilizar a produção agrícola em regiões de clima árido. A Chuva Sólida - nome comercial que a empresa mexicana Silos de Água deu ao produto - é um pó capaz de absorver grandes quantidades de água: 10 gramas do polímero retêm 1 litro de água, que depois vai sendo liberada gradualmente no solo.
(2§) Criada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) nos anos 1970, é derivada de um gel absorvente para fraldas. O engenheiro químico Sérgio Jesus Rico Velasco adaptou a ideia e patenteou a nova versão da fórmula.
3§) O governo mexicano teria testado o produto e, segundo a Silos de Água, concluiu que o polímero incrementaria a colheita em 300%. A empresa afirma que a água encapsulada dura até 10 anos no solo, e recomenda o uso de 50 quilos do polímero por hectare - o que equivale a um custo de cerca de R$ 3,5 mil por hectare.
(4§) Apesar do entusiasmo de Velasco, pesquisadores americanos questionam a eficácia do produto. A professora Linda Chalker-Scott, da Universidade do Estado de Washington, disse à BBC que não há evidência científica de que o produto armazene água por sequer um ano.

                                                                            (http://goo.gl/VCJkXK. Acesso: 27/08/2013. Adaptado.)

Qual destes comentários sobre o título do texto está adequado?

Alternativas
Comentários
  • Errado o gabarito. O correto é a letra B. As aspas servem para indicar gíria, estrangeirismos, neologia etc. Vide Aquino 2011, pg 181.

  • O gabarito ficou letra b mesmo ?

  • Bom dia! Gostaria de saber se o gabarito apontado pela banca(C) está correto. Acredito que o "B" esteja correto.

    Francisco da Silva

  • O verbo prometer está no presente do indicativo, que indica certeza. Para indicar uma hipótese não precisaria está no subjuntivo?


ID
1508308
Banca
FCC
Órgão
MPE-CE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
    
                                         Litorais recortados

       Um modelo desenvolvido por físicos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH)  é o primeiro a simular em computador uma variedade considerável de contornos possíveis que as linhas costeiras podem assumir. Os  autores do trabalho são os primeiros a admitir que é uma abordagem simplificada de um fenômeno complexo. Mas esperam que o
modelo, que explora o uso de figuras geométricas conhecidas como fractais, possa no futuro auxiliar o monitoramento da erosão  marítima, uma preocupação constante das cidades litorâneas.
     “Nuvens não são esferas, montanhas não são cones e litorais não são círculos", disse certa vez o matemático francês Benoit Mandelbrot, que cunhou o termo fractal em 1975, se referindo à incapacidade da geometria convencional de retratar as formas da  natureza. Os fractais - formas geométricas de aparência rugosa, cheia de reentrâncias - saem-se muito melhor na tarefa.
     Apesar de litorais serem citados como exemplos de fractais desde os anos 1960, só em 2004 surgiu a primeira explicação do modo como a natureza os esculpe. O físico francês Bernard Sapoval e seus colegas italianos Andrea Baldassari e Andrea Gabrieli  criaram um modelo simples da força erosiva do mar em costas rochosas.
      Após Sapoval apresentar esse trabalho num seminário na UFC, o físico José Soares de Andrade Junior e seus alunos de doutorado Pablo Morais e Erneson Oliveira começaram a pensar em como produzir litorais virtuais com dimensões fractais diferentes. Com o português Nuno Araújo e o alemão Hans Hermann, físicos do ETH, criaram um modelo que, embora simplifique muito a ação  do mar, trata de forma mais realista a distribuição das rochas
.

                      (Adaptado de Igor Zolnerkevic. Pesquisa FAPESP. n. 187, Setembro de 2011, p.48 e 49)

Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada no texto.
I. Em Mas esperam que o modelo, que explora o uso de figuras geométricas conhecidas como fractais, possa no futuro auxiliar o monitoramento da erosão marítima... (1º parágrafo), a retirada simultânea das vírgulas não implicaria prejuízo para o sentido original.
II. Em “Nuvens não são esferas, montanhas não são cones e litorais não são círculos” (2º parágrafo), o emprego das aspas indica tratar-se de transcrição exata das palavras do matemático francês.
III. Em Os fractais - formas geométricas de aparência rugosa, cheia de reentrâncias - saem-se muito melhor na tarefa (2º parágrafo), o segmento isolado por travessões é de natureza explicativa.
Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A 

     

    BONS ESTUDOS 

  • GABARITO: LETRA A

    EM RELAÇÃO AO ITEM I

     Aspas:

    As aspas são usadas comumente em citações, mas também há outras funções bem interessantes. Atualmente o negrito e o itálico vêm substituindo frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são empregadas:

    1) Antes e depois de citações textuais.

    – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a editora de opinião do jornal Correio Braziliense e especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64.

    2) Para assinalar estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas.

    – Chávez, com 58 anos, é uma figura doente e fugidia, que hoje representa o “establishment”. (Carta Capital)

    – Não me venham com problemática, que tenho a “solucionática”. (Dadá

    Maravilha)

    – O homem, “ledo” de paixão, não teve a “fortuna” que desejava.

    – Mulher Filé dá “capilé” em repórter “nerd”. (Jornal Meia Hora)

    – Anderson Silva “passou o carro” no adversário.

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso.

    – Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro.

    – Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão!

    – Se ela fosse “minha”...

    4) Quando se citam nomes de mídias, livros etc.

    – Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”.

    – “Os Lusíadas” foi escrito no século XVI.

    FONTE: Pestana, Fernando A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 3. ed. –

    Rio de Janeiro :Método, 2017 . 1611 p . – ( Provas e concursos)


ID
1510285
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           Previsão do tempo no Sudeste é uma dor de cabeça
                                                 para cientistas


    Se a sucessão de boas e más notícias sobre a chuva que abastece os reservatórios de São Paulo parece uma confusão só, não se preocupe: previsões climáticas sobre o Sudeste brasileiro podem confundir até especialistas.
    Isso acontece porque a região mais populosa do Brasil ocupa uma área do globo terrestre que recebe todo tipo de influência complexa, desde a umidade oriunda da Amazônia até as frentes frias “sopradas" da Antártida.
    Resultado: um nível de incerteza acima do normal numa seara que, por natureza, já é bastante incerta.
    “Isso vale principalmente para prever o clima, ou seja, as variações de médio e longo prazo, mas também é verdade, ainda que em grau bem menor, para as previsões de tempo, ou seja, na escala de dias", diz Tercio Ambrizzi, climatologista da USP.
    Portanto, não é que o tempo seja mais instável na área do sistema Cantareira, o mais castigado pela atual crise e agora em ligeira recuperação. O que ocorre é que a região que abastece o Cantareira às vezes pode ficar mais sujeita a variações aleatórias de um sistema climático naturalmente complicado.

(Folha de S.Paulo, 15.02.2015)

Observe as passagens:

... até as frentes frias “sopradas” da Antártida. (segundo parágrafo)

“Isso vale principalmente para prever o clima, ou seja, as variações de médio e longo prazo...” (quarto parágrafo)

O uso das aspas, na primeira passagem, e o uso das vírgulas, na segunda, justificam-se pelos seguintes motivos, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra (e)


    Sentido Figurado é o sentido "simbólico", "figurado", que podemos dar a uma palavra; o que podemos encontrar no termo destacado:  até as frentes frias “sopradas” da Antártida. (segundo parágrafo)

    Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, característica inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e leite.


    “Isso vale principalmente para prever o clima, ou seja, as variações de médio e longo prazo...” (quarto parágrafo)
  • "Ou seja" é um elemento explicativo e deve ser isolado com vírgulas. É possível acertar somente com a primeira passagem ou com a segunda fica a gosto do candidato.

     


ID
1511260
Banca
CEPERJ
Órgão
SEDUC-RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO LER NAS “ENTRELINHAS”?

As conhecidas “entrelinhas” são uma boa metáfora visual para aquilo que poderíamos designar, de maneira mais apropriada, como o “não-dito” de um texto. Entre uma linha e outra não há supostamente nada exceto o branco da página, da mesma maneira que o não-dito obviamente não foi escrito, logo, não pode ser lido.

Entretanto, lembremos que a linguagem humana é simultaneamente pletórica e insu?ciente: sempre se diz mais e menos do que se queria dizer. Até mesmo um texto prosaico e informativo esconde algumas informações e sugere outras, que se nos revelam se soubermos ler... nas entrelinhas. Ora, um texto de ?cção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas, justamente para poder tanto esconder quanto sugerir mais informações. Desse modo, ele desa?a o seu leitor a decifrá-lo, vale dizer, a escavar as suas entrelinhas.

Nos dois parágrafos acima, por exemplo.
O que se encontra nas entrelinhas?
O que eu não disse?
O que estou escondendo?

Quando digo que “um texto de ficção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas” e “desafia o seu leitor a decifrá-lo”, vejo-me escondendo nada menos do que o próprio autor do texto, porque empresto consciência e vontade a uma coisa, isto é, a um texto. Se o meu leitor percebe que fiz isto, ou seja, se o meu leitor lê nas entrelinhas do meu texto, ele pode me interpretar ou de um modo conservador ou de um modo mais ousado.

O meu leitor conservador pode entender que apenas recorri a uma metonímia elegante, dizendo “texto” no lugar de “autor do texto” por economia de palavras e para dar estilo ao que escrevo. O meu leitor ousado já pode especular que sobreponho o texto ao seu autor para sugerir que a própria escrita modifica quem escreve, e o faz no momento mesmo do gesto de escrever.

Ambas as interpretações me parecem válidas, embora eu goste mais da segunda. Talvez haja outras leituras igualmente válidas, embora nem tudo se possa enfiar impunemente nas entrelinhas alheias. Em todo caso, creio que achei um bom exemplo de leitura de entrelinhas no próprio texto que fala das entrelinhas...

Se posso ler nas entrelinhas de textos teóricos ou informativos como este que vos fala, o que não dizer de textos de ficção? Este meu texto não se quer propositalmente ambíguo ou plurissignificativo, mas o acaba sendo de algum modo, por força das condições internas de toda a linguagem, o que abre espaço para suas entrelinhas, isto é, para seus não-ditos.

Um texto de ficção, entretanto, já se quer ambíguo e plurissignificativo, assumindo orgulhosamente suas entrelinhas. Estas entrelinhas são maiores ou menores, mais ou menos carregadas de sentido, dependendo, é claro, do texto que contornam. Textos menores e mais densos, por exemplo, tendem a conter entrelinhas às vezes maiores do que eles mesmos.

É o caso do menor conto do mundo, do hondurenho Augusto Monterroso, intitulado “O Dinossauro”. O conto tem apenas sete palavras e cabe em apenas uma linha: “quando acordou, o dinossauro ainda estava ali”.
As entrelinhas cercam este conto, provocando muitas perguntas, como, por exemplo:

1. Quem acordou?
2. Quem fala?
3. Onde é ali?
4. O dinossauro ainda estava ali porque também se encontrava lá antes de a tal pessoa dormir, ou porque ela sonhara com o dinossauro e ele saiu do sonho para a sua realidade?
5. O dinossauro que ainda estava ali é o animal extinto ou um símbolo?
6. Se for o animal extinto e supondo que o conto se passa na nossa época, como ele chegou ali?
7. Se não se passa na nossa época, então em que época se passa a história?
8. Se, todavia, o dinossauro é um símbolo, o que simboliza?

Na verdade, as entrelinhas contêm as perguntas que um texto nos sugere, muito mais do que as respostas que ele porventura esconde. A nossa habilidade de ler nas entrelinhas se desenvolve junto com a nossa habilidade de seguir as sugestões do texto e de formular perguntas a respeito dele e mesmo contra ele, para explorá-las sem necessariamente respondê-las de uma vez para sempre.

Gustavo Bernardo (Adaptado de: revista.vestibular.uerj.br/coluna/)

No sétimo parágrafo, o uso das aspas é motivado por:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA B 


    "Quando digo que “um texto de ficção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas” e “desafia o seu leitor a decifrá-lo”, ..." .


    ESTÃO NO 2° PARÁGRAFO : Entretanto, lembremos que a linguagem humana é simultaneamente pletórica e insu?ciente: sempre se diz mais e menos do que se queria dizer. Até mesmo um texto prosaico e informativo esconde algumas informações e sugere outras, que se nos revelam se soubermos ler... nas entrelinhas. Ora, um texto de ?cção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas, justamente para poder tanto esconder quanto sugerir mais informações. Desse modo, ele desa?a o seu leitor a decifrá-lo, vale dizer, a escavar as suas entrelinhas.

  • ESTÁ ESCRITO NO SÉTIMO PARÁGRAFO, ERREI POR NEM SABER ONDE ESTAVA ESSAS ASPAS. NA VDD NEM FIZ NÉ...

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Como usar aspas?

    As aspas são usadas para destacar…

    Citações:

    Como disse Júlio César “Veni, vidi, vici”.

    Transcrições:

    “Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso querer ser nada. / À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo” (Álvaro de Campos).

    Nomes de obras literárias ou artísticas:

    Você já leu “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera?

    Estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares:

    A empresa responsável pelo “coffee break” ainda não chegou.

    Palavras e expressões com ironia ou ênfase:

    “Lindo” serviço, meu amigo, “lindo” serviço!

    FONTE: https://duvidas.dicio.com.br/aspas-o-que-e-como-usar/


ID
1515514
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Cada vez que se conhece um novo estudo sobre o transporte na Região Metropolitana de São Paulo cresce a perplexidade. E não foi diferente com o mais recente estudo, que abrangeu 59 municípios e consultou 90 mil pessoas. Vê-se ali que o tempo consumido pelos deslocamentos cresce a cada investigação (está, na média, em 70 minutos por pessoa, 10 minutos mais do que há uma década). O deslocamento mais frequente é a pé, mais do que em ônibus e em trens. Trabalho e educação são as maiores causas de deslocamentos.

      A perplexidade aumenta diante dos custos crescentes e da ausência de alternativas nas políticas públicas. O estudo de Marcos Fernandes, da Fundação Getúlio Vargas, mostra que, com o número de horas consumido nos deslocamentos, as pessoas poderão desperdiçar milhões de reais em um tempo determinado. E cada vez mais pessoas deslocam-se em automóveis -em 1997 eram principalmente as que ganhavam mais de R$ 3.040 e, 10 anos depois, passaram a abranger as que ganham a partir de R$ 1.520 -, mas com o tempo de percurso cada vez maior, porque nesse período a frota de carros particulares passou de 3,09 milhões para 3,60 milhões. Nesse espaço de tempo a população da área aumentou de 16,79 milhões para 19,53 milhões. Os veículos coletivos respondem por 55% do transporte e os automóveis, por 30%.

      O especialista Nelson Choueri calculou, há alguns anos, que, com o tempo consumido nos deslocamentos em São Paulo, perdem-se 165 vidas úteis por dia (em horas de trabalho) ou cerca de 50 mil por ano, que valem (pelo salário médio) R$ 14,4 bilhões anuais. Se esse valor pudesse ser convertido em investimentos, eles seriam suficientes para, em duas décadas, implantar o metrô em toda a cidade.

      E não é só. As pessoas consomem 20% de seu tempo "útil" no transporte. O rendimento energético de um veículo individual não passa de 30% -o restante se perde como calor. O deslocamento de uma pessoa por automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô. E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são transportadas por caminhões -quando o transporte ferroviário, cada vez mais sucateado, é algumas vezes mais barato -que, em média, têm 20 anos de uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que trabalham de 20 a 30 horas seguidas.

      Por essas e outras, a Associação Nacional de Transportes Públicos tem clamado que na cidade de São Paulo o transporte já ocupa mais de 50% do espaço total, somando ruas, avenidas, praças, garagens e estacionamentos. O que deveria ser meio passa a ser fim em si mesmo.

                       (Washington Novaes. O Estado de S. Paulo, A2 Espaço Aberto, 10 de abril de 2009,
                                                                                                                                    com adaptações)

Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados no 4 o parágrafo:

I. As aspas na palavra "útil"denotam um sentido diferente do habitual para seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.

II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar a afirmativa imediatamente anterior.

III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões, deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte rodoviário em São Paulo.

Está correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • O item III afirma que o comentário deixa IMPLÍCITA uma crítica. Não seria EXPLÍCITA?

    Aliás, o texto como um todo é uma crítica ao predomínio do transporte rodoviário.

  • André, acho que para ser explícito, deveria ter algo especificamente no texto isolado por travessões, que denote a crítica do autor. Nesse fragmento do texto, não há nada explícito, apenas uma informação (transporte ferroviário está cada vez mais sucateado e é algumas vezes mais barato que o rodoviário). Para ser explícito, deveria, nesse trecho, falar algo como "e por isso deveríamos usar mais o transporte ferroviário" ou algo assim.

  • I. As aspas na palavra "útil"denotam um sentido diferente do habitual para seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.CORRETO.

     As aspas ainda podem ser utilizadas para chamar atenção em relação a alguma palavra ou expressão, para indicar malícia ou ironia ou ainda para destacar nomes de textos indicados como referência

     

    Exemplo: Ele é o  ”melhor” técnico quando se trata de criticar a seleção.

     

    II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar a afirmativa imediatamente anterior.CORRETO

    A função dos dois pontos é introduzir palavras, expressões ou frases que servem para esclarecer ou explicar uma passagem anterior.

    E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são transportadas por caminhões.

     Além do deslocamento de uma pessoa por automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô também 93% das cargas no Estado de São Paulo são transportadas por caminhões. 

    O uso dos dois pontos está afirmando os dois termos anteriores relacionado ao desperdicio

     

    III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões, deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte rodoviário em São Paulo. CORRETO

    -quando o transporte ferroviário, cada vez mais sucateado. ( sucateado ->Critica ao transporte ferroviário)

     


ID
1530517
Banca
CS-UFG
Órgão
Prefeitura de Goianésia - GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1
                              O barquinho que se tornou "O Barquinho"
                                                                                          Roberto Menescal


            Com 14 anos, ganhei um material para mergulho. Coisa muito simples, uma máscara de mergulho, um pé de pato e um canudo para respirar na superfície. Como sou capixaba, mesmo morando no Rio de Janeiro, era no Espírito Santo que passava todas as férias.
Fiquei apaixonado pelo mar e pela caça submarina, tornando-me um terrível predador, querendo caçar todos os grandes peixes que via.
            Aos 17 anos, comecei em Vitória a tocar violão, e no fim dessas férias, voltando ao Rio com essa novidade, descobri que Nara Leão, minha namoradinha nessa época, também tinha começado a tocar o instrumento em suas férias em Campos do Jordão.
            Foi uma maravilha, pois quase todas as noites eu ia a seu apartamento para tocarmos. Sempre aparecia alguém para cantar e tocar com a gente, e assim foi-se armando um grupo que em dois anos começou a compor suas músicas e se tornou o que foi chamado de "a turma da bossa nova".
            A turminha da gente de vez em quando ficava chateada comigo, pois várias vezes fugi de entrevistas e mesmo de alguns shows porque tinha pescaria marcada.
            Claro que minhas histórias de pescador, comprovadas por fotos, faziam sucesso nos nossos encontros e cada vez mais minhas músicas nasciam do mar.
            Um dia em 1961 resolvi levá-los para um passeio de fim de semana. Pegamos um barco alugado em Arraial do Cabo (RJ) e começamos nossa aventura. O dia estava lindíssimo, com águas claras e quentes, e as poucas ondas, apesar de assustarem a moçada, não prejudicaram nosso passeio.
            Comecei a mergulhar e a pegar lagostas, badejos e outros peixes, deixando de boca aberta a turma, Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, o pessoal do Tamba Trio, algumas das meninas que nos acompanharam e minha futura mulher, Yara.
            Levei-os para um lugar mais raso onde todos desajeitadamente fizeram o batismo no fundo do mar. Lá pelas 15h, desligamos o motor e fomos fazer um lanche, deixando que o barco deslizasse à vontade por aquele lindo dia.
            Quando fomos ligar o motor para continuarmos o passeio, ele não quis pegar de jeito nenhum, apesar das dezenas de tentativas que fizemos, até acabar a bateria.
Claro que o pavor crescia cada vez que víamos o quanto estávamos longe da ilha. Fiquei tentando acalmar a turma enquanto tentava fazer o motor pegar, girando uma manivela.
            Para tentar mostrar que tudo ia correr bem, eu cantarolava junto ao barulho que o motor fazia nessas tentativas de funcionamento.
            De repente, perto das 18h, vimos uma grande embarcação de pesca vindo do horizonte em direção a Cabo Frio. Amarramos algumas roupas coloridas aos remos e fizemos sinais para que nos vissem.
            Em poucos minutos eles mudaram o rumo. Os pescadores vindo da Bahia nos deram todo o apoio e começaram a nos rebocar em direção ao Arraial do Cabo.
            Neste mesmo momento, Bôscoli e eu fizemos de brincadeira o verso: "O barquinho vai, e a tardinha cai", refrão que fomos cantando até nossa chegada ao cais, enfim são e salvos! No dia seguinte, no apartamento de Nara Leão em frente ao mar de Copacabana, Bôscoli me perguntou: "Beto, como foi aquela melodia que você fez ontem no barco?". Respondi cantando: "O barquinho vai, a tardinha cai".
            Ele me disse "não, essa eu me lembro, estou falando daquela quando você tentava fazer o motor pegar". "Ronaldo", falei, "não me lembro exatamente, mas foi uma coisa meio sincopada, igual ao barulho de um motor falhando, tá, tá, tá, tá...".
            Então começamos a compor esse que se tornaria nosso maior sucesso, "O Barquinho".

Disponível em:<www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/> . Acesso em: 6 de jan. 2014.  




A voz do coautor da letra da canção “O Barquinho” é delimitada no texto por

Alternativas
Comentários
  • Delimitada por "Aspas" Letra D

  • GABARITO: LETRA D

     Aspas:

    As aspas são usadas comumente em citações, mas também há outras funções bem interessantes. Atualmente o negrito e o itálico vêm substituindo frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são empregadas:

    1) Antes e depois de citações textuais.

    – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a editora de opinião do jornal Correio Braziliense e especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64.

    2) Para assinalar estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas.

    – Chávez, com 58 anos, é uma figura doente e fugidia, que hoje representa o “establishment”. (Carta Capital)

    – Não me venham com problemática, que tenho a “solucionática”. (Dadá

    Maravilha)

    – O homem, “ledo” de paixão, não teve a “fortuna” que desejava.

    – Mulher Filé dá “capilé” em repórter “nerd”. (Jornal Meia Hora)

    – Anderson Silva “passou o carro” no adversário.

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso.

    – Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro.

    – Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão!

    – Se ela fosse “minha”...

    4) Quando se citam nomes de mídias, livros etc.

    – Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”.

    – “Os Lusíadas” foi escrito no século XVI.

    FONTE: Pestana, Fernando A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 3. ed. –

    Rio de Janeiro :Método, 2017 . 1611 p . – ( Provas e concursos)


ID
1533865
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Eram tempos menos duros aqueles vividos na casa de Tia Vicentina, em Madureira, subúrbio do Rio, onde Paulinho da Viola podia traçar, sem cerimônia, um prato de feijoada - comilança que deu até samba, "No Pagode do Vavá". Mas como não é dado a saudades (lembre-se: é o passado que vive nele, não o contrário), Paulinho aceitou de bom grado a sugestão para que o jantar ocorresse em um dos mais requintados italianos do Rio. A escolha pela alta gastronomia tem seu preço. Assim que o sambista chega à mesa redonda ao lado da porta da cozinha, forma-se um círculo de garçons, com o maître à frente. [...]
       Paulinho conta que cresceu comendo o trivial. Seu pai viveu 88 anos à base de arroz, feijão, bife e batata frita. De vez em quando, feijoada. Massa, também. "Mas nada muito sofisticado."
      Com exceção de algumas dores de coluna, aos 70 anos, goza de plena saúde. O músico credita sua boa forma ao estilo de vida, como se sabe, não dado a exageros e grandes ansiedades.


                                                                                                   T. Cardoso, Valor, 28/06/2013. Adaptado.

Considere estas afirmações sobre elementos linguísticos presentes no texto:

I O verbo “traçar" pertence a um registro linguístico diverso do que predomina no texto.
II No trecho "um dos mais requintados italianos do Rio", ocorre elipse de um substantivo.
III Com as aspas em "Mas nada muito sofisticado", o autor do texto imprime, a essa expressão, um tom irônico.

Tendo em vista o contexto, está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I) O verbo ''traçar'' está empregado em sua forma nominal em infinitivo, que não se encontra predominante no texto, já que a maioria dos verbos estão conjugado.

    II) Há uma concordância ideológica, sabemos que o autor se refere a um "restaurante"

    LETRA D

    APMBB


ID
1534144
Banca
CETAP
Órgão
AL-RR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jovial

            Só em teoria podemos falar no sentido “verdadeiro” das palavras. Na prática, um vocábulo terá o significado que os falantes de uma determinada época atribuírem a ele- é simples e trágico assim. Vejam o que vem acontecendo com jovial, que significava precisamente “alegre, folgazão, divertido, espirituoso”. Derivado de Júpiter (ou Jovis), (o mesmo Zeus dos gregos), este adjetivo entrou na língua por meio das duas irmãs, a Astrologia e a Astronomia, que eram muito mais próximas na Antiguidade Clássica do que hoje. Os astrônomos romanos só conheciam, além da Terra, os cinco planetas observáveis a olho nu, todos batizados com nomes do panteão divino: Júpiter, Mercúrio, Marte, Vênus e Saturno. Ao que parece, o batismo desses planetas seguiu mais ou menos um critério de comparação de sua aparência e de seu comportamento com as características de cada divindade. Mercúrio ganhou o nome do veloz mensageiro dos deuses por causa da rapidez com que se move; Júpiter recebeu o nome do deus supremo do Olimpo por seu brilho intenso e por sua trajetória peculiar, mais lenta e majestosa que a dos planetas mais próximos. E assim por diante.
            Para os romanos, as pessoas nascidas sob a influência de um planeta deveriam apresentar as características do deus correspondente. Júpiter era visto como uma divindade feliz, exuberante, alegre- daí o adjetivo jovialis, do Latim Tardio, pai de nosso jovial e avô de jovialidade e jovializar. Apreciem, prezados leitores, a clareza do bom Morais, cujo dicionário é de 1813: “Jovial- amigo de rir, e fazer rir”! E o Machado, então? O exemplo que trago, do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário: “Isidoro não se podia dizer triste, mas estava longe de ser jovial”.
            Este vocábulo e seus descendentes nada têm a ver com jovem e juventude, que vêm de família completamente diferente; no entanto, a grande semelhança entre os dois radicais (e o desconhecimento da origem mitológica de jovial) está fazendo muita gente usar um pelo outro. Todo santo dia, deparo com artigos que falam de pele jovial, roupa jovial, corte de cabelo mais jovial, onde há uma clara referência a jovem. Evolução? Não acho; a perda de uma diferença na língua sempre será um momento de luto, porque nos empobrece.

                                                                                                                        (MORENO, Claúdio. O Prazer das Palavras. p. 74)


“Vejam o que vem acontecendo com jovial, que significava precisamente “alegre, folgazão, divertido, espirituoso””.

Sobre o fragmento, seria INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Saiba que:

      A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.

    Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint36.php

  • Explicativa = Com vírgula

    Restritiva = Sem vírgula

  • Foi empregada a primeira vírgula pela presença de uma oração adjetiva explicativa.

     

    Para não errar mais:

     

    reStritiva: Sem vírgula;

    expliCativa: Com vírgula;

     

    a) as aspas marcam a ironia do discurso;

    b) advérbios deslocados são, via de regra, isolados por vírgulas.

    d) os termos alegre, folgazão, divertido, espirituoso exercem a mesma função sintática de predicativos do sujeito;

    e) "vem acontecendo" denota alguma coisa que começou, mas ainda não acabou, ou seja, que continua;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: C

  • Vejam o que vem acontecendo com jovial,

    seria um adjunto adverbial de tempo?

  • Pedro Henrique, não, cara, isso é uma locução verbal do verbo principal 'vem' e o verbo auxiliar no gerúndio 'acontecendo', juntos equivalem ao pretérito imperfeito do indicativo na forma composta e denotam uma continuidade, ou seja, algo que se iniciou no passado e perdura até o momento da fala.

    'TEM' + PARTICÍPIO= TEM ACONTECIDO

    'VEM' + GERÚNDIO= VEM ACONTECENDO

    Essas duas formas são as formas composta do pretérito imperfeito do indicativo, ambas denotam continuidade.

  • oração restritiva - sem virgula

    c) Foi empregada a primeira vírgula pela presença de uma oração adjetiva restritiva.

  • Para fins de sentido, não pode haver vírgulas em orações adjetivas restritivas.

    Letra C


ID
1535377
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - O rádio, esse mistério

      Modéstia à parte, também tenho lá a minha experiência em rádio. Quando era menino, em Belo Horizonte, fui locutor do programa "Gurilândia" da Rádio Guarani. Não me pagavam nada, a Rádio Guarani não passando de pretexto para namorar uma menina que morava nas imediações. Mas ainda assim, bem que eu deitava no ar a minha eloquência cheia de efes e erres, como era moda na época. Quase me iniciei nas transmissões esportivas, incitado pelo saudoso Babaró, que era o grande mestre de então, mas não deu pé: eu não conseguia guardar o nome dos jogadores.
      Em compensação, minha irmã Berenice me estimulando a inspiração, usei e abusei do direito de escrever besteiras, mandando crônicas sobre assuntos radiofônicos para a revista "Carioca". "O que pensam os rádio-ouvintes" era o nome do concurso permanente. Com o quê, tornei-me entendido em Orlando Silva, Carmen Miranda, César Ladeira, Sílvio Caldas, Bando da Lua, Assis Valente, Ary Barroso, e tudo quanto era cantor, locutor ou compositor de sucesso naquele tempo.
      Rádio é mesmo uma coisa misteriosa. Começou fazendo sucesso na sala de visitas, acabou na cozinha. Cedeu lugar à televisão, que já vai pelo mesmo caminho. Ninguém que se preze [...] tem coragem de se dizer ouvinte de rádio - a não ser de pilha, colado ao ouvido, quando apanhado na rua em dia de futebol. Mas a verdade é que tem quem ouça. Ainda me lembro que Francisco Alves morreu num fim de semana, sem que a notícia de sua morte apanhasse nenhum jornal antes do enterro; bastou ser divulgada pelo rádio, e foi aquela apoteose que se viu.
      Todo mundo afirma que jamais ouve rádio, e põe a culpa no vizinho, embora reconhecendo que deve ter uma grande penetração, "principalmente no interior". Os ouvintes, é claro, são sempre os outros.
      Mas hoje estou pensando no mistério que é o rádio, porque de repente me ocorreu ter vivido uma experiência para cujas consequências não encontro a menor explicação, e que foram as de não ter consequência nenhuma.
      Todo mundo sabe que a BBC de Londres é uma das mais poderosas e bem organizadas estações radiofônicas do mundo. [...] Ao longo de dois anos e meio, chovesse ou nevasse, fizesse frio ou gelasse, compareci semanalmente aos estúdios do austero edifício da Bush House em Aldwich, para gravar uma crônica, transmitida toda terça-feira, exatamente às 8 e 15 da noite, hora de Brasília, ou zero hora e quinze de quarta-feira, conforme o Big Ben. Eram em torno de 10 minutos de texto que eu recitava como Deus é servido, seguro de estar sendo ouvido por todo o Brasil, "principalmente no interior". E imaginava minha voz chegando a cada cidade, a cada fazenda, a cada lugarejo perdido na vastidão da pátria amada. [...]
      Pois bem - e aí está o mistério que me intriga: sei de fonte limpa que os programas da BBC têm no Brasil esses milhares de ouvintes. No entanto, nunca encontrei ninguém que me tivesse escutado: nem um comentário, uma palavra, uma carta, ainda que desfavorável - nada. A impressão é de que passei todo esse tempo falando literalmente para o éter, sem que nenhum ouvido humano me escutasse. [...]

                                                                                (Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Rio de Janeiro:
                                                                                                                              Record, 6.ed. 1976. pp. 36-37)

Quanto à repetição da expressão "principalmente no interior", isolada por aspas, é correto afirmar que se trata de

Alternativas
Comentários
  • "insistência desnecessária"

    uau..nunca marcaria uma assertiva dessa como correta, pois demonstra muito uma certa "opinião pessoal" do examinador..provinha sacana essa.

  • Tambem achei! 

    nunca marcaria essa como correta.

  • Fui direto na questão D, como a maioria. Mas, já não é a primeira questão da FCC que eu erro ao atrelar o uso das aspas à ironia. Então, fui atrás do significado da palavra ironia. Eis que: Ironia é o uso de palavras com umsentido diferente ou oposto do significado mais comum. É uma figura de linguagem que faz uma contradição bem humorada ao que se quer dizer. 
    Então, não poderíamos dizer que  "principalmente no interior" representa uma ironia. Logo, teríamos que buscar outra resposta. Se refletirmos com calma, o termo entre aspas é sim uma insistência desnecessária. Se fosse retirada do texto, não faria nenhuma falta. Mas, reconheço que é uma conclusão suada... 

     


ID
1550365
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  Texto I 
                                                       Obama decepcionou



         O governo brasileiro considerou "um primeiro  passo",  cujos  desdobramentos "irá acompanhar com extrema atenção", o discurso  de  45  minutos  em  que  o presidente  americano,  Barack  Obama, prometeu  limitar  os  abusos  da espionagem dos Estados Unidos no país e no  mundo.  Não  fosse  o  protocolo diplomático,  o  Planalto  bem  que  poderia falar  em  "primeiro  e  duvidoso  passo", tantas  as  indefinições,  condicionantes  e ambiguidades  da  nova  política  de inteligência da Casa Branca.

       Os países que podem espionam uns aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente democráticos  espionam  seus  próprios cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional, eufemismo  para  proteção  do  sistema  de poder vigente e dos interesses econômicos a  ele  atrelados.  Ainda  assim,  é  inegável que  o  colossal  aparato  americano  de bisbilhotagem,  invocando  o  combate  ao terrorismo,  foi  muito  além  do  tolerável pela  ordem  internacional,  sem  falar  nas transgressões do respeito que governos de sociedades livres devem à privacidade dos cidadãos.

        Não  fossem  as  estarrecedoras revelações  do  ex-analista  terceirizado  da NSA,  a  Agência  de  Segurança  Nacional dos  EUA,  Edward  Snowden,  asilado  na Rússia  desde  agosto  passado,  tudo continuaria  como  antes  -  ou  ficaria  pior  - sob  a  gestão  do  presidente prematuramente  aquinhoado  com  o Prêmio  Nobel  da  Paz.  Dias  depois  dos primeiros  vazamentos,  em  junho  último, Obama  não  se  pejou  de  defender  os grampeamentos  e  disse  que  os americanos  não  precisavam  se  preocupar com isso.


        Agora,  no  discurso  de  sexta-feira, ele tomou pela primeira vez a iniciativa de citar Snowden pelo nome para acusá-lo de causar  prejuízos  potenciais  à  segurança dos  americanos  e  à  política  externa  do país.  Não  se  esperaria  que  ele  fosse chamar  o  delator  de  herói  -  o  que  é,  para muitos,  dentro  e  fora  dos  EUA  -,  mas  a referência corroborou a percepção de que, no geral, Obama considera a vigilância de todo justificada.

     Quando  se  divulgou  que  entre  os alvos  do  exército  americano  de  arapongas figuravam a presidente brasileira (além de 34  outros  líderes)  e  a  Petrobrás,  Dilma exigiu  de  Washington  um  pedido  formal de  desculpas.  Não  pelo  poderio  ímpar  dos EUA  em  espionar  os  quatro  cantos  da Terra, como sugeriu Obama marotamente, mas  pelo  que  os  EUA  fazem  com  esse poderio,  sob  nenhum  controle institucional.

    Sabendo  disso,  ele  não  poderia assegurar  que  os  EUA  "não  vigiam pessoas  comuns  que  não  ameaçam  a nossa  segurança  nacional".  Quando muito,  cessará,  como  prometeu,  a espionagem dos líderes "de nossos amigos próximos  e  aliados",  salvo  "forte  razão  de segurança  nacional"  -  um  conceito  de notória  elasticidade.  Outra  conveniente ressalva  foi  a  de  que  "em  caso  de  real emergência" - definida por quem? - ou por ordem judicial se acessarão os metadados (ligações  telefônicas  e  mensagens  de correio eletrônico) em posse da NSA.

     Esse arrastão é considerado o maior abuso  contra  os  direitos  individuais  dos americanos, excluída a manipulação física
de  100  mil  computadores  para  ser invadidos  mesmo  quando  desligados.  Em dezembro,  um  comitê  nomeado  por Obama  apresentou-lhe  um  relatório  de 300  páginas  e  46  recomendações,  entre elas  a  de  proibir  a  coleta  e armazenamento  dos  metadados.  Ele  se limitou,  porém,  a  dar  um  prazo  para  que lhe deem "novas opções" de estocagem.

     Segundo  a  comissão,  o  programa, considerado  inconstitucional  por  um  juiz federal, "não tem impacto discernível para prevenir  atos  terroristas".  Outras recomendações  antiabuso  também  foram ignoradas.  Às  folhas  tantas  de  sua  fala, Obama recorreu à obviedade, ao dizer que os  direitos  individuais  dos  cidadãos  não podem  depender  da  boa  vontade  dos governantes, mas das leis que enquadram as suas decisões. Pena que ele pouco faça para  fortalecer  a  legislação  contra  a devassa da intimidade alheia.

   Certa  vez,  o  general  Golbery  do Couto  e  Silva  admitiu  ter  criado  um "monstro"  com  o  Serviço  Nacional  de Informações  (SNI)  da  ditadura  militar. Obama  não  criou  a  NSA  -  ela  data  de 1952  -,  mas  tampouco  será  ele  quem  a domará.


            Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obama-decepcionou,1120905,0.htm









As aspas, bastante utilizadas no texto I, podem ser empregadas com o objetivo de reproduzir literalmente o discurso de uma pessoa ou de um órgão.

Com base no texto I, assinale a alternativa em que as aspas não foram empregadas com o objetivo de reproduzir genuinamente o enunciado que integra um documento ou discurso:

Alternativas
Comentários
  • B

    (...) o Planalto bem que poderia falar em "primeiro e duvidoso passo", tantas as indefinições, condicionantes e ambiguidades da nova política de inteligência da Casa Branca.

    "primeiro e duvidoso passo" não é uma fala do planalto e sim do autor do texto.


ID
1552300
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Plataforma

        O Rio vive uma contradição no carnaval que parece não ter saída. Não vai longe o tempo em que reclamava da decadência da folia nas ruas. O carnaval tinha se transformado no desfile de escolas de samba, uma festa elitista que se resumia ao que acontecia nos limites do Sambódromo e que era vista por apenas 30 mil pessoas que pagavam caro para participar da brincadeira. E que só durava duas noites. Para quem se diz o maior carnaval do mundo, convenhamos que é muito pouco mesmo. Agora, quando os blocos voltaram a animar as ruas da cidade durante toda a folia e ainda nas semanas que a antecedem, o Rio continua reclamando. Tem bloco demais, tem gente demais, tem pouco banheiro, tem muito banheiro... Carnaval é festa espontânea. Quanto mais organizado, pior. Chico Buarque fala sobre isso no ótimo samba "Plataforma". "Não põe corda no meu bloco/ Nem vem com teu carro-chefe/ Não dá ordem ao pessoal", já dizia ele num disco de antigamente. Bem, como antigamente as letras de Chico sempre queriam dizer outra coisa, é capaz de ele não estar falando de organização do carnaval. Mas à certa altura ele é explícito: "Por passistas à vontade que não dancem o minueto". Para quem está chegando agora, pode parecer o samba do crioulo doido. Mas o compositor faz uma referência ao desfile do Salgueiro de 1963, quando "Xica da Silva" foi apresentada à avenida. A escola "inovou" apresentando uma ala com 12 pares de nobres que dançavam o minueto. Foi um escândalo. Não pode. Passista tem que desfilar livre, leve e solto. Falando disso agora, quando passistas não têm a menor importância, quando eles mal são vistos na avenida, percebe-se que o minueto era o de menos. Mas isso é escola de samba, e o assunto aqui é carnaval de rua (faz tempo que escola de samba não é carnaval de rua). Com o renascimento dos blocos, o Rio recuperou a alegria do carnaval nas calçadas, no asfalto, na areia. E agora? Basta dar uma olhada nas cartas dos leitores aqui do jornal. Reclama um leitor: "Para os moradores de Ipanema, (o carnaval de rua 2011) transformou-se num tormento. Ruas bloqueadas até para o trânsito de pedestres, desrespeito à Lei do Silêncio, atos de atentado ao pudor e, por vezes, de vandalismo". Escreve outro, sobre os mijões, figura que ficou tão popular no período quanto a colombina e o pierrô: "A Guarda Municipal deveria agir com mais atenção e no rigor da lei. Está muito sem ação". Mais um: "Com que direito a prefeitura coloca esses banheiros horrorosos nas avenidas da orla, onde se paga dos IPTUs mais caros do mundo, ocupando vagas de carros que já são tão poucas?" Como se vê, e voltando a citar o samba do Chico, o carioca tem o peito do contra e mete bronca quando o assunto é carnaval. Mas carnaval de rua muito organizado... não sei, não. É como botar o pessoal que sai nos blocos pra dançar o minueto. Carnaval de rua e organização não combinam.

                                                                                        (Artur Xexéo. Revista O Globo, dezembro de 2011)

Ao longo do texto, faz-se a utilização intensa das aspas. Assinale a alternativa que justifica corretamente o emprego desse sinal de pontuação nos trechos em destaque abaixo:

I. Chico Buarque fala sobre isso no ótimo samba“Plataforma"
II. A escola “inovou" apresentando uma ala com 12 pares de nobres que dançavam o minueto.
III. “Com que direito a prefeitura coloca esses banheiros horrorosos nas avenidas da orla, onde se paga dos IPTUs mais caros do mundo, ocupando vagas de carros que já são tão poucas?"

Alternativas
Comentários
    • As aspas devem ser empregadas sempre que você for abrir e fechar citações. 


    • Uma situação de uso em que as aspas são empregadas com frequência é quando temos como intenção exprimir ironia ou conferir destaque a uma palavra ou expressão empregada fora de seu contexto habitual. Observe o exemplo:


    • As aspas devem ser empregadas quando no texto surgirem neologismos, arcaísmos ou gírias, pois é importante que esses termos ganhem destaque. Observe o exemplo:


    • Para ressaltar a ocorrência de empréstimos linguísticos (estrangeirismos) no texto, sobretudo quando não estiver disponível a opção “itálico”. 

    • Para marcar o título de uma obra. 


    • Se a frase começa e termina com aspas, o ponto deve ficar dentro das aspas. 


    • Se a frase não está integralmente dentro das aspas, a pontuação deve ficar fora das aspas. 

  • Alternativa e)


    Bem, no inciso I temos um destaque a uma publicação. No inciso II temos exatamente um questionamento de uma atitude e, no inciso III, temos uma citação textual.
  • Exatamente, o destaque de uma publicação. No II o questinoamento e no III a citação

  • Questionamento de uma atitude? pelo amor de Deus

  • Não concordo com o item II, pois não se trata de questionamento, mais sim de uma explicação do quesito inovar, informado pelo autor.

  • Ao meu ver o item II demonstra ironia e não  questionamento.

  • Eu também não consegui entender o porquê do II item ser considerado questionamento!

  • O IBFC SEMPRE cobra algo relacionado ao discurso direto.

     

    É questão certa de prova.

  • A escola “inovou" apresentando uma ala com 12 pares de nobres que dançavam o minueto. - Não deixa de ser uma inovação o autor não ironizou foi questionamento mesmo;

  • texas massagre kkkkkkkkk

    gabarito:E

  • Misericórdia, essa letra E ta quase dizendo "eiei a resposta sou eu viu seu tabareu"

  • Gabarito: E

    discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens.

  • No discurso direto o narrador apresenta a fala da personagem, normalmente aparecem com verbo elocutivo, dois pontos, aspas ou travessão.

    Ex: O professor pediu aos alunos: "Fiquem quietos" (fernando pestana)