O capitão Tomás Cabral de Melo chegara do Ingá do
Bacamarte para a Várzea do Paraíba, antes da revolução de 1848,
trazendo muito gado. O capitão vinha dos Cabrais do Ingá, gente
de posses, de nome feito na província. Os roçados de algodão
destes homens tinham fama. Mas o capitão Tomás descera para a
Várzea. Tinha filhos e pensava dar aos herdeiros uma criação
melhor. E assim liquidara a herança na partilha e chegara ao Pilar,
para ser senhor de engenho. Trazia haveres, as suas moedas de
ouro, um gado de primeira e muita vontade de trabalhar. Tivera que
lutar no princípio com toda dificuldade. Nada sabia de açúcar. Para
ele, porém, não havia empecilhos. Levantou o engenho, e dois
anos após a sua chegada ao Santa Fé tirara a primeira safra. O
povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé. Viam aquele
homem de fora, trabalhando com as suas próprias mãos, e não
acreditavam que nada daquilo desse certo.
(Adaptado: REGO, José Lins do. Fogo Morto. Rio de Janeiro,
José Olympio, 50. ed., 1998. p.115)
A frase do texto corretamente transposta para a voz passiva, em que se mantém o tempo verbal original, está em: