SóProvas



Questões de Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)


ID
715
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Da ação dos justos

Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa
juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que
os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a
juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente
omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações
de violência e de corrupção que se multiplicam em
nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento
público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe
uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação
efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie
moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não
tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de
dignidade.

Como não concordar com a oportunidade da frase?
Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a
comentários pessoais, não indo além de um mero discurso
ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é
impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em
gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância
acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e
gera conseqüências.

A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer
hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e
pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas
pela total ausência de compromisso com o interesse público.
Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não
confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam
coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva
a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e
não abram mão de reagir contra quem a ignore.

A inação dos justos é tudo o que os contraventores e
criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que
se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”,
“Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”,
promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a
barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira,
seu cúmplice silencioso.


* Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX.
(Aristides Villamar)

É exemplo de construção verbal na voz passiva:

Alternativas
Comentários
  • Voz verbal é uma categoria gramatical que indica a relação entre o sujeito, o verbo e o objeto da oração. O sujeito pode praticar ou sofrer a ação expressa pelo verbo. Se a pratica, a voz é ativa; se a sofre, a voz é passiva.
    Nesse caso a única alternativa que mostra uma ação sendo sofrida pelo verbo é a da alternativa (D) (...) vêm sendo investigadas e punidas.
    As demais praticam a ação. Reparem sempre no verbo.
    (A) não concordar; (B) não transpõe; (C) pautam...e (E) ...indo além
  • Alternativa D
    Por ser a única que existe uma locução verbal (Vêm sendo).
  • Ser+ particípio = voz passiva analítica

  • Gabarito: Letra D

     

    Resuminho de voz passiva:

     

    Voz passiva Analítica

    *  Ser + Particípio do Verbo Principal

     

    Voz passiva Sintética

    *  Verbo na 3° pessoa + Pronome apassivador

     

    DICAS:

    * Em geral, se voz ativa tiver um verbo, voz passiva terá dois verbos. Se tiver dois verbos na voz ativa, a voz passiva conterá três verbos.

    * Deve-se preservar a correlação verbal


    Instagram: concursos_em_mapas_mentais

  • vêm sendo investigadas e punidas.

  • Normalmente, as orações na voz passiva analítica são contruídas por locuções verbais (verbo ser auxiliar + verbo principal no particípio)

    Ex: A menina foi salva pelo médico

    Foi - verbo ser no presente do indicativo (auxiliar)

    Salva - particípio irregular do verbo salvar (principal)

  • Obrigado a todos

  • Gabarito: Letra D

     

    Resuminho de voz passiva:

     

    Voz passiva Analítica

    *  Ser + Particípio do Verbo Principal

     

    Voz passiva Sintética

    *  Verbo na 3° pessoa + Pronome apassivador


ID
2455
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Alcatrazes
Expedição ao Arquipélago Proibido
Johnny Mazzilli

O balanço do barco, o mar instável e a chuva
puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por
completo e olhávamos impressionados as falésias
rochosas com 200, 300 metros verticais assomando
diretamente das águas e entremeadas por mantos de
vegetação tropical - muito, muito maiores do que
imaginávamos.
Ao contornar a ilha principal em busca do Ninhal das
Fragatas, nosso ponto de ancoragem, demos de cara com
a exuberância da fauna, uma espécie de "Galápagos" do
litoral paulista. Milhares de aves se empoleiravam nos
arbustos costeiros e centenas voavam gritando acima de
nós, num cenário que parecia nos remeter ao passado.
O desembarque é moroso - tudo tem que ser
transferido para um bote de borracha com motor de popa
que conduz as tralhas ao costão em sucessivas e lentas
baldeações. Não há praia ou cais e são necessárias
seguidas aproximações, recuos e reaproximações com o
bote, apenas para descer a carga de uma viagem.
A tralha era extensa - pilhas de mochilas,
equipamentos de mergulho e fotográfico, cordas, bolsas
impermeáveis e caixas, muitas caixas com itens para
pesquisa e coleta de animais. Chovia sem parar enquanto
subíamos carregados pela encosta rochosa escorregadia
em direção ao local do acampamento, a 50 metros dali.
Parou de chover quando montamos o acampamento.
Precisávamos de tempo para as pesquisas e
principalmente para a investida na parede rochosa -
trabalho inédito nas ilhas e que gerou grande expectativa
entre as equipes. Cada time composto por membros do
Projeto Tamar, Instituto Butantã, Fundação Florestal,
Biociências da USP e Projeto Alcatrazes faria, no curto
prazo de dois dias, suas próprias pesquisas com aves,
serpentes, répteis e batráquios.

Revista Planeta, out. 2006, p. 37 (fragmento).

O texto II se inicia com um período escrito na voz ativa. Transpondo-o para a voz passiva, o resultado será:

Alternativas
Comentários
  • Errei..Dei mole.

    A letra B tá certa pois somente o que era O.D. ("parte de nosso efetivo" ) na voz ativa, é que se transforma em Sujeito na voz passiva.

    Verbo SER + V.T.D. no PARTICÍPIO. = VOZ PASSIVA ANALÍTICA ou VOZ PASSIVA COM AUXILIAR.



  • Na passiva analítica o objeto direto se transforma em sujeito paciente.

    Eu comprei um carro.
    Um carro foi comprado por mim.

    Se não houver um objeto direto, não será possível fazer a voz passiva.


    Porém a questão cobrou conhecimentos mais básicos que isso.

    Na voz passiva analítica sempre haverá um verbo auxiliar. E ele sempre estará no mesmo tempo verbal que a voz ativa.

    Os verbos auxiliares são: ser, estar e ficar.

    Os verbos que iniciam a locução verbal das alternativas A, C e E não são auxiliares.

    Na alternativa "D" nem há verbo auxiliar.
  • O professor estava inspirado!! :)

  • Muito boas as aulas. Parabéns!

    • Parte de nosso efetivo foi posta enjoada e cabisbaixa pelo balanço do barco, o mar instável e a chuva, durante as quatro horas de travessia;

    • FOI (verbo SER) POSTA (PARTICÍPIO)

    Passiva analítica.

    • o barco, o mar instável e a chuva, (Suj. Ativo)


ID
2935
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As crônicas de Rubem Braga



Décadas atrás, afortunados leitores de jornal podiam
contar com uma coluna em que sobravam talento, reflexão,
observação atenta das cenas da vida, tudo numa linguagem
límpida, impecável, densamente poética e reflexiva. Era uma
crônica de Rubem Braga. Os chamados "assuntos menores",
que nem notícia costumam ser, ganhavam na pena do cronista
uma grandeza insuspeitada. Falasse ele de um leiteiro, de um
passarinho, de um pé de milho, de um casal na praia, de uma
empregada doméstica esperando alguém num portão de
subúrbio
? tudo de repente se tornava essencial e vivo, mais
importante que a escandalosa manchete do dia. É o que
costumam fazer os grandes artistas: revelam toda a carga de
humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual
costumamos passar desatentos.
Rubem Braga praticamente só escreveu crônicas, como
profissional. À primeira vista, espanta que seja considerado um
dos grandes escritores brasileiros dedicando-se tão-somente a
um gênero considerado "menor": a crônica sempre esteve longe
de ter o prestígio dos romances ou dos contos, da poesia ou do
teatro. Mas o nosso cronista acabou por elevá-la a um posto de
dignidade tal que ninguém se atreverá de chamar seus textos
de "páginas circunstanciais". Tanto não o foram que estão todas
recolhidas em livros, driblando o destino comum do papel de
jornal. Recusaram-se a ser um entretenimento passageiro:
resistem a tantas leituras quantas se façam delas, reeditam-se,
são lidas, comentadas, não importando o dia em que foram
escritas ou publicadas.
Conheci Rubem Braga já velho, cansado, algo
impaciente e melancólico, falando laconicamente a estudantes
de faculdade. Parecia desinteressado da opinião alheia,
naquele evento organizado por uma grande empresa, a que
comparecera apenas por força de contrato profissional.
Respondia monossilabicamente às perguntas, com um olhar
distante, às vezes consultando o relógio. Não sabíamos, mas já
estava gravemente doente. Fosse como fosse, a admiração que
os jovens mostravam pelo velho urso pouco lhe dizia, era
evidente que preferiria estar em outro lugar, talvez sozinho,
talvez numa janela, ou na rede do quintal de seu apartamento
(sim, seu apartamento de cobertura tinha um quintal aéreo,
povoado de pássaros e plantas), recolhendo suas últimas
observações, remoendo seus antigos segredos. Era como se
nos dissesse: "Não me perguntem mais nada, estou cansado,
tudo o que me importou na vida já escrevi, me deixem em paz,
meninos."
E teria razão. O leitor que percorrer crônicas do velho
Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do
que já disse e continua dizendo em suas páginas mágicas,
meditadas, incapazes de passar por cima da poesia da vida.



(Manuel Régio Assunção)

Transpondo-se para a voz passiva a frase tudo o que me importou na vida já escrevi, ela ficará:

Alternativas
Comentários
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram Agora análise da frase da questão:tudo o que me importou na vida já escreviSubstituindo: tudo o que me importou na vida = issoescrevi isso.Passando para voz passiva:isso foi escrito por mim.
  • Transpondo-se para a voz passiva a frase tudo o que me importou na vida já escrevi, ela ficará: Tudo o que me importou na vida já foi por mim escrito. Alternativa correta letra "A".
  • Apenas VTD poderá assumir a forma passiva. Onde, o OD será o sujeito da passiva; o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva. 

    Exemplo: Eu o acompanharei. Voz Ativa

                    Ele será acompanhado por mim. Voz Passiva.

    Alternativa correta: A

    Vamos em frente!

  • Lembrar sempre de atentar-se ao tempo do verbo na ativa, pois terá de ser o mesmo tempo na passiva para o verbo "ser". Nesse caso, "já escrevi" que é pretérito perfeito, então na passiva o "ser" estará também no pretérito perfeito "foi".

    Já escrevi - Já foi escrito por mim - Já por mim foi escrito

  • Já foi (loc. verbal): verbo SER + PARTICÍPIO - PASSIVA ANALÍTICA..


ID
3688
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Para que servem as ficções?

Cresci numa família em que ler romances e assistir a
filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma
perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono
para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no
banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente,
pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam
claro que meu interesse pelas ficções era uma parte
crucial (e aprovada) da minha "formação". Eles sequer exigiam
que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor
cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados
com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser
pai, agi da mesma forma. Por quê?

Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma
"escola de vida": ela nos apresenta a diversidade do mundo e
constitui um repertório do possível. Alguém dirá: o mesmo não
aconteceria com uma série de bons documentários ou ensaios
etnográficos? Certo, documentários e ensaios ampliam nossos
horizontes. Mas a ficção opera uma mágica suplementar.

Tome, por exemplo, "O Caçador de Pipas", de Khaled
Hosseini. A leitura nos faz conhecer a particularidade do Afeganistão,
mas o que torna o romance irresistível é a história singular
de Amir, o protagonista. Amir, afastado de nós pela particularidade
de seu grupo, revela-se igual a nós pela singularidade
de sua experiência. A vida dos afegãos pode ser objeto
de um documentário, que, sem dúvida, será instrutivo. Mas a
história fictícia "daquele" afegão o torna meu semelhante e meu
irmão.

Esta é a mágica da ficção: no meio das diferenças
particulares entre grupos, ela inventa experiências singulares
que revelam a humanidade que é comum a todos, protagonistas
e leitores. A ficção de uma vida diferente da minha me ajuda a
descobrir o que há de humano em mim.

Enfim, se perpetuei e transmiti o respeito de meus pais
pelas ficções é porque elas me parecem ser a maior e melhor
fonte não de nossas normas morais, mas de nosso pensamento
moral.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 18/01/2007)

Transpondo-se para a voz passiva a frase transmiti o respeito de meus pais pelas ficções, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • A única alternativa que mantém o tempo verbal da frase inicial é a letra C.Transmiti o respeito -> O respeito foi transmitido
  • O respeito de meus pais pelas ficções foi transmitido para mim.
  • Assertiva C correta.

    Na voz passiva analítica, o verbo auxiliar deve ficar no mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Desse modo, o verbo "transmitir" está empregado no pretério perfeito (tempo) do indicativo (modo), qual seja, "transmiti". O mesmo deve ocorrer com o verbo auxiliar "ser". Salienta-se que para formar a locução verbal com o auxiliar, o verbo pricipal deve ficar no particípio.



  • Por que não poderia ser a letra A? Algém pode explicar? Grato.

  • Fora é um verbo mais-que-perfeito, o mais-que-perfeito é uma ação passada em relação a outra ação também passada, por isso que não é.

ID
4009
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 9 a 14 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

Permitir às empresas que utilizem, em projetos artísticos,
parte do dinheiro que gastariam com tributos. É esse o espírito
das leis de incentivo, sejam elas municipais, estaduais ou
federais. A proposta é simples: como no orçamento da maioria
dos governos os recursos destinados à cultura são geralmente
escassos, os artistas e produtores, em vez de recorrer ao
Estado, procuram patrocínio da iniciativa privada, com o
atraente argumento de que, sem desembolsar nenhum centavo,
além do que gastaria em impostos, o empresário poderá
vincular sua marca àquele livro, show, produção de artesanato
ou outra ação desse tipo.
A Lei Rouanet é o principal instrumento de captação de
recursos para iniciativas culturais no Brasil. Por meio dela, as
empresas podem investir em produções até 4% do imposto de
renda devido e deduzir o valor na hora de pagar ao Fisco. A
verba investida só não é abatida integralmente em investimentos
em filmes de ficção
? que já têm uma lei específica ? e
em projetos de música popular, cuja dedução é de 30% do valor
aplicado. Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas
culturais, com um desconto de, no máximo, 6% do imposto de
renda.
Há, ainda, as leis de incentivo à cultura estaduais, que
oferecem geralmente abatimentos no Imposto sobre Comércio
de Mercadorias e Serviços (ICMS), e municipais, que isentam
os investimentos do pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS)
ou do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
(IPTU).

(Adaptado de Alan Infante, Vida Bosch, out/nov/dez 2005, p. 43)

Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas culturais. (2o parágrafo)

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser:

Alternativas
Comentários
  • Iniciativas culturais podem se patrocinadas também por pessoas fisícas.
  • Alternativa B
    Iniciativas culturais também podem ser patrocinadas(locução verbal) pelas(preposição por) pessoas físicas.
  • Assertiva B é a correta.

    Na voz passiva analítica, o verbo auxiliar deve ficar no mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Desse modo, o verbo "patrocinar" está empregado no infinitivo. O mesmo ocorre com o verbo auxiliar "ser". Salienta-se que para formar a locução verbal com o verbo ser, o principal deve ficar no particípio.
  • podem ser patrocinadas.


ID
4168
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto
seguinte.

Caso de injustiça

Quando adolescente, o poeta Carlos Drummond de
Andrade foi expulso do colégio onde estudava. A razão alegada:
"insubordinação mental". O fato: o jovem ganhara uma nota
muito alta numa redação de Português, mas o professor, ao lhe
devolver o texto avaliado, disse-lhe que ele talvez não a
merecesse. O rapaz insistiu, então, para que lhe fosse atribuída
uma nota conforme seu merecimento. O caso foi levado ao
diretor da escola, que optou pela medida extrema. Confessa o
poeta que esse incidente da juventude levou-o a desacreditar
por completo, e em definitivo, da justiça dos homens.
Está evidente que a tal da "insubordinação mental" do
rapaz não foi um desrespeito, mas uma reação legítima à
restrição estapafúrdia do professor quanto ao mérito que este
mesmo, livremente, já consignara. O mestre agiu com a
pequenez dos falsos benevolentes, que gostam de transformar
em favor pessoal o reconhecimento do mérito alheio.
Protestando contra isso, movido por justa indignação, o jovem
discípulo deu ao mestre uma clara lição de ética: reclamou pelo
que era o mais justo. Em vez de envergonhar-se, o professor
respondeu com a truculência dos autoritários, que é o reduto da
falta de razão. E acabou expondo o seu aluno à experiência
corrosiva da injustiça, que gera ceticismo e ressentimento.
A "insubordinação mental", nesse caso, bem poderia ter
sido entendida como uma legítima manifestação de amorpróprio,
que não pode e não deve subordinar-se à
agressividade dos caprichos alheios. Além disso, aquela
expressão deixa subentendido o mérito que haveria numa
"subordinação mental", ou seja, na completa rendição de uma
consciência a outra. O que se pode esperar de quem se rege
pela cartilha da completa subserviência moral e intelectual? Não
foi contra esta que o jovem se rebelou? Por que aceitaria ele
deixar-se premiar por uma nota alta a que não fizesse jus?
Muitas vezes um fato que parece ser menor ganha uma
enorme proporção. Todos já sentimos, nos detalhes de situações
supostamente irrelevantes, o peso de uma grande injustiça.
A questão do que é ou do que não é justo, longe de ser
tão-somente um problema dos filósofos ou dos juristas, traduzse
nas experiências mais rotineiras. O caso do jovem poeta
ilustra bem esse gosto amargo que fica em nossa boca, cada
vez que somos punidos por invocar o princípio ético da justiça.

(Saulo de Albuquerque)

Transpondo-se para outra voz verbal a frase ......, a forma verbal resultante será .......

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima apresentada, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • a) já está na voz passiva, logo não entra no enunciado da questão já que ela pede para tranpor a frase para "outra voz", e nesse caso estaríamos alternando dentro da voz passiva(da analítica para a sintética).

    b)Idem letra A. Ademais, o "se" da voz passiva sintética deve vir depois do verbo já flexionado.

    c)Os auxiliares só da voz passiva só podem ser SER e ESTAR, e não o verbo TER.

    d)A forma correspondente seria "foi dada" e não "foi dodo" como aparece na alternativa.

    e) Opção correta.
  • a)  o poeta foi expulso do colégio = expulsaram o poeta do colégio;

    b) que lhe fosse atribuída uma nota = que lhe atribuíssem uma nota.

    c) o mérito que este já consignara = o mérito que já fora consignado

    d) deu ao mestre uma clara lição = uma clara lição foi dada ao mestre.

    e) acabou expondo seu aluno = acabou sendo exposto.
    CORRETA 

ID
4474
Banca
FCC
Órgão
TRE-MS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 9 baseiam-se no texto
apresentado abaixo.

Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções
aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco
temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes
manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a
canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando
uma densidade raramente obtida por nossos melhores
artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas
"menores", desempenham um papel fundamental na cultura
brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente
menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação
artística nem sempre observada em seus congêneres
de outros quadrantes do planeta.

Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério
de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o
romance, a sinfonia, as "belas artes" em geral. O movimento é
dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se
geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, "lá"
também - onde quer que seja esse lugar - nunca floresceu uma
canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um
elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e
de melodia no Brasil.

Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente
tudo. No conto "Um homem célebre", ele nos mostra
Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas,
desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes
de imenso apelo popular. Morre consagrado - mas como autor
pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase
desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos
grandes artistas "menores" por excelência, Caetano sempre
soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo
às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...]

O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando
para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o
caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir
da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa
carioca, recebendo status de futebol-arte.

Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope
de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os
encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o
Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma
ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das
imensas "qualidades artísticas" dos desfiles nacionais...

Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em
Formação da literatura brasileira ("Comparada às grandes, a
nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos
exprime."), pode-se arriscar que muito da produção artística
brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras
paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos
Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Nássara, Cartola - produtores
de "miudezas" da mais alta estatura. Afinal são eles, e não
outros, que expressam o que somos.

(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de
2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum)

Pois se aqui não se geraram obras... (2o parágrafo)

A forma verbal correta, de sentido idêntico ao da forma grifada acima é:

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão a banca quis que o candidato soubesse a transformação de voz ativa, como está o enunciado, para a voz passiva, escolher umas das alternativas .
    Deve-se verificar qual é o tempo da frase - PRETÉRITO IMPERFEITO. Logo ao passarmos para a voz passiva devemos manter o mesmo tempo, acrescentar o verbo auxiliar "ser" e o objeto direto - obras - passará a ser o sujeito na voz passiva. Obras está no plural, então a construção deverá concordar com "obras".
     
    Reescrevendo a frase:

    Obras FORAM GERADAS aqui.
  • Cuidado!
    Eles/elas GERARAM -   pretérito PERFEITO/pretérito MAIS-QUE-PERFEITO
    Eles/elas GERAVAM -   pretérito IMPERFEITO
     

  •  Analisando a frase, temos:   Pois se aqui não se geraram obras...

     

                Há, na frase, a presença de forma verbal na voz passiva sintética. Vale ressaltar que há equivalência entre a forma passiva sintética (verbo + partícula "se") e analítica (locução verbal + agente da passiva), porém é importante destacar que o tempo e modo verbal deve ser o mesmo. Logo, o correto seria: Pois se aqui não foram geradas obras, preservando o pretérito perfeito do indicativo no verbo auxiliar (ser) e colocando o verbo principal (gerar) no particípio.


ID
4648
Banca
FCC
Órgão
TRE-MS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

Ensino que ensine

Jogar com as ambigüidades, cultivar o improviso, juntar
o que se pretende irreconciliável e dividir o que se supõe
unitário, usar falta de método como método, tratar enigmas
como soluções e o inesperado como caminho
? são traços da
cultura do povo brasileiro. Estratégias de sobrevivência? Por
que não também manancial de grandes feitos, tanto na prática
como no pensamento? A orientação de nosso ensino costuma
ser o oposto dessa fecundidade indisciplinada: dogmas
confundidos com idéias, informações sobrepostas a
capacitações, insistência em métodos "corretos" e em respostas
"certas", ditadura da falta de imaginação. Nega-se voz aos
talentos, difusos e frustrados, da nação. Essa contradição
nunca foi tema do nosso debate nacional.

Entre nós, educação é assunto para economistas e
engenheiros, não para educadores, como se o alvo fosse
construir escolas, não construir pessoas. Preconizo revolução
na orientação do ensino brasileiro. Nada tem a ver com falta de
rigor ou com modismo pedagógico. E exige professorado
formado, equipado e remunerado para cumprir essa tarefa
libertadora.

Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas
soluções únicas, atenção para as formulações alternativas, as
soluções múltiplas ou inexistentes e a descoberta de problemas,
tão importante quanto o encontro de soluções. Em leitura e
escrita, análise de textos com a preocupação de aprofundar,
não de suprimir possibilidades de interpretação; defesa, crítica e
revisão de idéias; obrigação de escrever todos os dias,
formulando e reformulando sem fim. Em ciência, o despertar
para a dialética entre explicações e experimentos e para os
mistérios da relação entre os nexos de causa e efeito e sua
representação matemática. Em história, e em todas as
disciplinas, as transformações analisadas de pontos de vista
contrastantes.

Isso é educação. O resto é perda de tempo. (...) Quem
lutará para que a educação no Brasil se eduque?

(Roberto Mangabeira Unger, Folha de S. Paulo, 09/01/2007)

NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção:

Alternativas
Comentários
  • Temos que ter em mente o seguinte:
    1- O Objeto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva;
    2- Na passiva o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo trans. direto da ativa;
    3- Na voz passiva o vtd ficará no participio.

    É só achar o verbo e ver se ele é VTD OU VTI

    Eu resolvi assim, se alguém tiver outra dica, eu agradeço.

    abraço a todos
  • Basta lembrar que VTI não vai para a passiva.
  • verbo depender é "VTI"

    verbos transitivos indiretos, de ligação, intransitivos e oração sem sujeito não admitem transposição para a voz passiva.

  • Colegas, como ficaria a alternativa A na voz passiva?

  • Tiago acredito que a letra A  ficaria assim: Nossa fecundidade indisciplinada  deveria ser contemplada pela orientação do nosso ensino.

  • Tiago vieira

    nossa fecundidade indisciplinada deveria ser contemplada pela orientação do nosso ensino

    é so lembrar e adaptar

    POR, PELO e DE introduz a voz passiva na maioria das vezes

  • SÓ ADMITE TRANSPOSIÇÃO EM OBJ DIRETO


ID
5671
Banca
CESGRANRIO
Órgão
EPE
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Memória
Potencial para o futuro


Treinar a memória equivale a treinar os músculos
do corpo ? é preciso usá-la ou ela atrofia. Há duas boas
maneiras para fazer isso: a primeira é a leitura, porque,
no instante em que se lê algo, ativam-se as memórias
visual, auditiva, verbal e lingüística. "A qualidade do que
se lê importa mais que a quantidade, porque gostar do
assunto gera interesse", diz o médico e pesquisador
Iván Izquierdo, diretor do Centro de Memória da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A memória
sofre influência do humor e da atenção, despertada
quando existe interesse em determinado assunto ou
trabalho ? o desinteresse, ao contrário, é uma espécie
de "sedativo", que faz a pessoa memorizar mal. A outra
forma de deixar a memória viva é o convívio com
familiares e amigos, com quem se podem trocar idéias
e experiências. "Palavras cruzadas são inferiores à
leitura, mas também ajudam. Da mesma forma que ouvir
uma música e tentar lembrar a letra ou visitar uma cidade
para onde já se viajou e relembrar os pontos mais
importantes", afirma Izquierdo.
É preciso corrigir o estilo de vida para manter a
memória funcionando bem. "Uma pessoa de 40 anos
só sofre de esquecimento se viver estressada e tiver
um suprimento de informações acima do que é capaz
de processar. Não dá para esperar o mesmo nível de
retenção de informação quando se lê um e-mail enquanto
se conversa ao telefone e é interrompido pela secretária.
É preciso dar tempo para o cérebro", explica o psiquiatra
Orestes Forlenza, da USP.
Segundo Barry Gordon, professor da Johns Hopkins
Medical Institution, a memória "comum" focaliza coisas
específicas, requer grande quantidade de energia mental
e tem capacidade limitada, deteriorando-se com a idade.
Já a "inteligente" é um processo que conecta pedaços
de memória e conhecimentos a fim de gerar novas
idéias. É a que ajuda a tomar decisões diárias, aquela
"luz" que se acende quando se encontra a solução de
um problema. Por exemplo: a comum esquece o
aniversário da mulher; a inteligente lembra o que poderia
ser um presente especial para ela. A comum esquece
o nome de um conhecido encontrado na rua; a
inteligente lembra o nome da mulher dele e onde ele
trabalha, pistas que acabam levando ao nome da
pessoa.

CLEMENTE, Ana Tereza; VEIGA, Aida. Receitas para a inteligência.
Revista Época. 31 out.2005. p.77-78.

Assinale a opção cuja estrutura apresenta o verbo na voz ativa.

Alternativas
Comentários
  • A) "ativam-se as memórias visual, auditiva, verbal e lingüística."
         Voz passiva sintética

      
    B) "com quem se podem trocar idéias e experiências"
         Voz passiva sintética

     C) "...quando se lê um e-mail..."
          Voz passiva sintética


     D)"...enquanto se conversa ao telefone..."
          Voz ativa. 
          Neste caso o verbo conversar é intransitivo .
          Só se admite voz passiva com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos.

     E)"...quando se encontra a solução de um problema."
         Voz passiva sintética

  • A solução mais simples é prestar atenção nos verbos:
    a) ativar - VTD (as memórias = OD)
    b) poder - VTD (trocar idéias e experiências = OD)
    c) ler - VTD (um e-mail = OD)
    d) conversar - VI (ao telefone = adjunto adverbial)
    e) encontrar - VTD (a solução = OD)
    Já que verbo intransitivo não admite voz passiva, logo, a frase está na voz ativa.

ID
9097
Banca
ESAF
Órgão
TJ-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder às questões de 01 a 03.

A modernização da agricultura dos últimos
cinqüenta anos trouxe como salvação da
lavoura os agrotóxicos e os adubos solúveis.
Esses venenos químicos são capazes de
entrar na planta seja através das folhas, dos
frutos, das sementes, dos galhos ou dos troncos.
Tais produtos químicos destroem microorganismos
úteis ao solo, prejudicando a
planta na sua retirada de nutrientes do solo,
como fósforo, cálcio, potássio, nitrogênio e
outros. Eles também exterminam minhocas,
besouros e outros pequenos organismos
altamente benéficos para a agricultura. No
homem, os venenos químicos modificam o
DNA - a essência da vida -, atacam o sistema
imunológico e geram mutações, provocando
câncer ou feto defeituoso em mulheres
grávidas. Ao mesmo tempo, bloqueiam a
absorção de nutrientes, debilitando o organismo
humano, aumentam a ansiedade e
provocam alteração do comportamento.

Assinale a opção que apresenta, de forma correta, o primeiro período do texto na voz passiva.

Alternativas
Comentários
  • A modernização da agricultura dos últimos cinqüenta anos trouxe como salvação da lavoura os agrotóxicos e os adubos solúveis.

    Como no período acima na voz ativa, o verbo transitivo direto trouxe está no pretérito perfeito do indicativo, então na voz passiva o verbo auxiliar obrigatoriamente ficará também no pretérito perfeito do indicativo, e o encontramos na alternativa C - foram.

  • letra c é a correta.

  • Uma das melhores sensacoes da vida é acertar questoes. :)


ID
12469
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

A eterna juventude

Conforme a lenda, haveria em algum lugar a Fonte da
Juventude, cujas águas garantiriam pleno rejuvenescimento a
quem delas bebesse. A tal fonte nunca foi encontrada, mas os
homens estão dando um jeito de promover a expansão dos
anos de "juventude" para limites jamais vistos. A adolescência
começa mais cedo - veja-se o comportamento de "mocinhos" e
"mocinhas" de dez ou onze anos - e promete não terminar
nunca. Num comercial de TV, uma vovó fala com desenvoltura
a gíria de um surfista. As academias e as clínicas de cirurgia
plástica nunca fizeram tanto sucesso. Muitos velhos fazem
questão de se proclamar jovens, e uma tintura de cabelo é
indicada aos homens encanecidos como um meio de fazer
voltar a "cor natural".
Esse obsessivo culto da juventude não se explica por
uma razão única, mas tem nas leis do mercado um sólido
esteio. Tornou-se um produto rentável, que se multiplica
incalculavelmente e vai da moda à indústria química, dos
hábitos de consumo à cultura de entretenimento, dos salões de
beleza à lipoaspiração, das editoras às farmácias. Resulta daí
uma espécie de código comportamental, uma ética subliminar,
um jeito novo de viver. O mercado, sempre oportunista, torna-se
extraordinariamente amplo, quando os consumidores das mais
diferentes idades são abrangidos pelo denominador comum do
"ser jovem". A juventude não é mais uma fase da vida: é um
tempo que se imagina poder prolongar indefinidamente.
São várias as conseqüências dessa idolatria: a
decantada "experiência dos mais velhos" vai para o baú de
inutilidades, os que se recusam a aderir ao padrão triunfante da
mocidade são estigmatizados e excluídos, a velhice se torna
sinônimo de improdutividade e objeto de caricatura. Prefere-se
a máscara grotesca do botox às rugas que os anos trouxeram, o
motociclista sessentão se faz passar por jovem, metido no
capacete espetacular e na roupa de couro com tachas de metal.
É natural que se tenha medo de envelhecer, de adoecer,
de definhar, de morrer. Mas não é natural que reajamos à lei da
natureza com tamanha carga de artifícios. Diziam os antigos
gregos que uma forma sábia de vida está na permanente preparação
para a morte, pois só assim se valoriza de fato o presente
que se vive. Pode-se perguntar se, vivendo nesta ilusão da
eterna juventude, os homens não estão se esquecendo de
experimentar a plenitude própria de cada momento de sua
existência, a dinâmica natural de sua vida interior.

(Bráulio Canuto)

A construção que admite transposição para a voz passiva é:

Alternativas
Comentários
  • Qual o problema em se transpor para a voz passiva como:

    Esse culto a juventude é favorecido pelas leis de mercado.
  • Na alternativa b, favorecer é verbo transitivo direto e, por isso, admite transposição para voz passiva: esse culto da juventude é favorecido pelas leis do mercado.
  • alguém poderia explicar a alternativa "e"?
  • No contexto, o verbo "CRESCER"  é transitivo indireto: cresce a que maneira? a olhos vistos. A transposição do verbo para a voz passivo só é possível nos verbos transitivos diretos.

    Espero ter ajudado!
  • Na verdade, CRESCER na alternativa 'e' é verbo intransitivo e não admite construção na voz passiva!
  • Na alternativa C?
    deixar normalmente é verbo transitivo, nesta frase ele está intransitivo?
  • Na alternativa (C) existe uma locação verbal, "...deixou de ser...", em que o verbo principal é o "ser" que é verbo de ligação, portanto não se admite transposição para voz passiva.

  • Alguém poderia explicar pq não poderia ser a letra D??

  • Na (D) o verbo "Resultar" está como VTI. 

  •  

    Resolução:

    http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI80436,91041-Voz+passiva+quando+e+possivel

  • a)  São  = VL = nao admite VP

    b) favorecem = V transitivo direto = é favorecido 

    c) deixou de ser  =  verbo principal é VL

    d) resulta = V intransitivo = nao admite VP 

    e) cresce = V. intransitivo = nao admite VP 

     

  • Quem favorece, favorece ALGO a ALGUÉM.


ID
13486
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao
texto seguinte.

A família na Copa do Mundo

A rotina de uma família costuma ser duramente atingida
numa Copa do Mundo de futebol. O homem da casa passa a ter
novos hábitos, prolonga seu tempo diante da televisão, disputaa
com as crianças; a mulher passa a olhar melancolicamente
para o vazio de uma janela ou de um espelho. E se, coisa rara,
nem o homem nem a mulher se deixam tocar pela sucessão
interminável de jogos, as bandeiras, os rojões e os alaridos da
vizinhança não os deixarão esquecer de que a honra da pátria
está em jogo nos gramados estrangeiros.
É preciso também reconhecer que são muito distintas as
atuações dos membros da família, nessa época de gols. Cabe
aos homens personificar em grau máximo as paixões
envolvidas: comemorar o alto prazer de uma vitória, recolher o
drama de uma derrota, exaltar a glória máxima da conquista da
Copa, amargar em luto a tragédia de perdê-la. Quando
solidárias, as mulheres resignam-se a espelhar, com
intensidade muito menor, essas alegrias ou dores dos homens.
Entre as crianças menores, a modificação de comportamento é
mínima, ou nenhuma: continuam a se interessar por seus
próprios jogos e brinquedos. Já os meninos e as meninas
maiores tendem a reproduzir, respectivamente, algo da atuação
do pai ou da mãe.
Claro, está-se falando aqui de uma "família brasileira
padrão", seja lá o que isso signifique. O que indiscutivelmente
ocorre é que, sobretudo nos centros urbanos, uma Copa do
Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares. Algumas
pessoas não resistem à alteração dos horários de refeição, à
alternância entre ruas congestionadas e ruas desertas, às
tensas expectativas, às súbitas mudanças de humor coletivo
? e
disseminam pela casa uma insatisfação, um rancor, uma
vingança que afetam o companheiro, a companheira ou os
filhos. Como toda exaltação de paixões, uma Copa do Mundo
pode abrir feridas que demoram a fechar. Sim, costumam
cicatrizar esses ressentimentos que por vezes se abrem, por
força dos diferentes papéis que os familiares desempenham
durante os jogos. Cicatrizam, volta a rotina, retornam os papéis
tradicionais
? até que chegue uma outra Copa.
(Itamar Rodrigo de Valença)

Transpondo-se para a voz passiva a frase uma Copa do Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares, a forma verbal sublinhada deverá ser substituída por

Alternativas
Comentários
  • Fica assim...A solidez... é posta à prova...
    Cuidado..com o plural de laços familiares.!
    Mas o sujeito é A solidez que está no singular
  • Transpondo-se para a voz passiva a frase uma Copa do Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares

    Para descobrir qual é o sujeito basta perguntar ao verbo principal O QUE ou QUEM, neste caso o verbo é POR = PÕE pergunta-se então O QUE É POSTO À PROVA? A SOLIDEZ, portanto É POSTA.
  • Tudo bem... acertei a questão pois tive que marcar uma alternativa. Porém, no meu entendimento a frase não poderia ser transposta para a voz passiva, pois o trecho põe à indica que o verbo nesta frase foi utilizado como VTI (regendo a preposição a) o que justifica a ocorrência da crase, o que impede a transposição para a voz passiva, visto que apenas VTD aceitam ser transpostos.

  •  a)

    é posta


ID
13921
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1    Para a direita a noção de cidadania procura
      expurgar a noção de igualdade inerente a este termo.
      A cidadania é vista como uma outorgação do Estado ou, no
4    limite, o reconhecimento da igualdade jurídica, que 
     discrimina e escamoteia o fato de que os direitos, para serem
     gozados, necessitam de uma certa homogeneidade social e
7   econômica. Assim, ao absolutizar o nivelamento jurídico dos
     indivíduos, este raciocínio opera um escamoteamento das
     desigualdades econômicas, sociais, políticas e culturais que
10 permeiam uma sociedade onde as classes sociais, os gêneros,
     as etnias e os grupos têm acesso diferenciado e desigual aos
     bens materiais e simbólicos.

João B. A. da Costa.
Democracia, cidadania e atores políticos de esquerda.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Acerca do texto acima, julgue os itens que se seguem.

Preservam-se as relações semânticas do texto ao se transformar a oração de voz passiva "A cidadania é vista" (R.3) na oração de voz ativa: A direita vê a cidadania.

Alternativas
Comentários
  • CERTO. essa mesma questão está Q6002 . 
    Na alteração sugerida pela questão, a relação semântica é preservada porque não há alteração de sentido (é isso q significa semântica) para o texto; qto à estrutura sintática não se pode dizer o mesmo. Vejamos: voz ativa (sujeito faz = "a direita"; "a cidadania" é objeto).
    Na voz passiva o sujeito sofre (a cidadania). O segredo é verificar de quem o verbo está falando. Se fala de quem sofre é voz passiva; se fala de quem faz é voz ativa (isso não responde a 100% dos casos, mas resolve por enquanto). (copiado da Colega Andreia Valentim)
  • caracas errei de novo

  • INTERPRETE O TEXTO!

    Força, colega!

  • Essa questão vai na contra mão da regra que afirma: Na transformação da voz ativa → Voz passiva (ou vice versa), altera o sentido!

    POR FAVOR PROFESSORES, AJUDA AI

  • Como transformar da ativa pra passiva?

    1) O verbo tem que ter Objeto Direto e Sujeito!

    2) Haverá a inversão entre o que é OD e o que é SUJ!

    3) Na voz passiva analítica, a estrutura é SER+PARTICIPIO, em que o verbo ser terá o mesmo tempo do verbo na ativa.

    4)Processo inverso também funciona.

    "A cidadania é vista" - Passiva analítica - Sujeito + verbo ser + particípio + OD (que é oculto, mas pelo texto dá pra perceber que é "a direita") - Então é só trocar OD-SUJ e suprimir o verbo ser e colocar o verbo principal no tempo do verbo ser.

    A direita (que antes era OD) (seguiu o presente do indicativo igual ao verbo "é") a cidadania. (que antes era o Sujeito)

  • achei que o termo a direita vê a cidadania estava extrapolando. uma vez que a cidadania é vista, deduz-se que pir todos. agora quando fala: a direita vê a cidadania, ai jà se restringe a visao da direita.

  • essa questão realmente vai na contra mão em relação ao que os professores dizem eles dizem que voz ativa ---> voz passiva - altera o sentido voz passiva analítica ---> voz passiva sintética - não altera o sentido
  • A voz passiva analítica é formada por:


ID
14257
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Na cidade de Atenas, considerava-se cidadão
(thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse
prestado serviço militar e que fosse homem livre. Da reforma
4 de Clistenes em diante, os homens da cidade não usariam
mais o nome da família, mas, sim, o do demos a que
pertenciam. Manifestariam sua fidelidade não mais à família
7 (gens) em que haviam nascido, mas à comunidade (demói)
em que viviam, transferindo sua afeição de uma instância
menor para uma maior. O objetivo do sistema era a
10 participação de todos nos assuntos públicos, determinando
que a representação popular se fizesse não por eleição, mas
por sorteio.

Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir.

A estrutura em voz passiva "considerava-se" (l.1) poderia
ser substituída por outra forma de passiva, era considerado,
sem comprometer a coerência do texto.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO! O verbo considerar é transitivo direto e na companhia do pronome apassivador 'se' forma a VOZ PASSIVA SINTÉTICA.A proposta de alteração é para a VOZ PASSIVA ANALÍTICA, acrescentando o verbo auxiliar 'ser' no mesmo tempo de 'considerava'(pretérito imperfeito do indicativo)e levando o verbo principal para o participio.Essa alteração é plenamente possível e não compromete a coerência ou a correção gramatical, já que os tempos verbais foram respeitados.Vejamos: VOZ PASSIVA SINTÉTICA '...considerava-se cidadão qualquer ateniente maior de 18 anos...' VOZ PASSIVA ANALÍTICA '...era considerado cidadão qualquer ateniente maior de 18 anos...':)
  • OK, mas e quanto a vírgula? 
  • Como saber se pode trocar da passiva sintética pra analítica? Simples! é só saber se o "se" realmente é partícula apassivadora.

    Considerar - quem considera, considera algo, portanto é VTD! Se é VTD o "se" realmente é partícula apassivadora, já que o se vai ser:

    VTD - Partícula apassivadora.

    VTDI - Partícula apassivadora.

    VI - Índice de indeterminação do sujeito.

    VTI - Índice de indeterminação do sujeito.

    VL - Índice de indeterminação do sujeito.

  • Passo para transformação

    Buscar o objeto direto O.D

    Transformar verbo em SER+PARTICÍPIO

    3º Manter o tempo verbal da voz ativa

    4º Levar o sujeito da voz ativa para função de agente da passiva

    Voz ativa -> Na cidade de Atenas, considerava-se cidadão (thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse prestado serviço militar e que fosse homem livre.

    Voz passiva -> Qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse prestado serviço militar e que fosse homem livre, era considerado cidadão (thetes) na cidade de Atenas.


ID
14743
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 11 a 15 referem-se ao
texto apresentado abaixo.

1 Nos séculos XVIII e XIX e no começo do século
XX, os extraordinários acontecimentos que anunciavam a
promessa de uma nova sociedade pareciam dividir
nitidamente o mundo entre os defensores e os inimigos da
5 liberdade e do progresso social, permitindo aos
revolucionários traduzir em programas políticos sua fé na
força emancipatória da aliança entre o intelectual educador
e o proletário moderno. Contudo, seu diagnóstico da
realidade, embora não chegasse a abalar os alicerces
10 dessa fé, já atentava para as novas formas de manipulação
e domínio emersas das próprias revoluções democráticas,
detectando um problema central para aqueles que ainda
hoje procuram vincular a utopia à lógica dos fatos: até que
ponto a busca intelectual do verdadeiro e a ação solidária
15 podem se ampliar e ter efetividade em um universo
impregnado
? e decodificado ? pela cultura do
individualismo e da competição.

(PIOZZI, Patrizia. Os arquitetos da ordem anárquica: de
Rousseau a Proudhon e Bakunin. São Paulo: Editora
UNESP, 2006, p. 213.)

Transpondo a frase os extraordinários acontecimentos pareciam dividir nitidamente o mundo entre os defensores e os inimigos da liberdade e do progresso social para a voz passiva, a forma verbal corretamente obtida é:

Alternativas
Comentários
  • Na transposição da voz ativa para a voz passiva o objeto direto da ativa (mundo) vira sujeito da passiva e o sujeito da ativa(Os extraordinários acontecimentos) passa a agente da passiva. O verbo permanece no mesmo tempo e modo, concordando agora com o novo sujeito.
    "O mundo parecia ser dividido..."
  • os extraordinários acontecimentos pareciam dividir nitidamente o mundo entre os defensores e os inimigos da liberdade e do progresso social

    Pessoal, na frase acima temos uma locução verbal: encontro de um verbo auxiliar com um verbo principal. Este é o último verbo da locução. Na voz passiva, o verbo auxiliar tem que manter a mesma conjugação do verbo principal da voz ativa. O verbo principal encontra-se no infinitivo. Portanto, a letra "a" encontra-se correta.
  • Dicas para a transposição de vozes:
    1. Em regra, apenas verbos TRANSITIVOS DIRETOS ou TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS podem ser transformados para a voz passiva.
    2. A quantidade de verbos aumenta na tranformação de ativa para passiva e diminui de passiva para ativa. Se há 2 verbos na ativa, serão 3 na passiva, como na questão: pareciam dividir --> parecia ser dividido.
    3. Lembrar que o verbo auxiliar da locução da voz passiva será colocado no mesmo "modo" e "tempo" do verbo principal da voz ativa.
    Exemplo: Ele revisa (pres. do indicativo) o acordo. --> O acordo é (pres. do indicativo) revisado por ele.

    Na frase em questão:  os extraordinários acontecimentos pareciam dividir nitidamente o mundo entre os defensores e os inimigos da liberdade e do progresso social --> o mundo parecia ser dividido nitidamente entre os defensores e os inimigos da liberdade e do progresso social pelos extraordinários acontecimentos.

    Fonte: Nova Gramática da Língua Portuguesa para Concursos, do professor Rodrigo Bezerra.


  • Nessas frases que tem que passar pra voz passiva, quando encontro frases grandes, sempre diminuo a frase pra facilitar.

    EX: os extraordinários acontecimentos pareciam dividir nitidamente o mundo entre os defensores e os inimigos da liberdade e do progresso social

    Eu faço assim: os extraordinários pareciam dividir o mundo

    Passando pra voz passiva: o mundo parecia ser dividido pelos extraordinários.

  • Direito CIVIL


ID
18013
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1     Para a direita a noção de cidadania procura
expurgar a noção de igualdade inerente a este termo.
A cidadania é vista como uma outorgação do Estado ou, no
4 limite, o reconhecimento da igualdade jurídica, que
discrimina e escamoteia o fato de que os direitos, para serem
gozados, necessitam de uma certa homogeneidade social e
7 econômica. Assim, ao absolutizar o nivelamento jurídico dos
indivíduos, este raciocínio opera um escamoteamento das
desigualdades econômicas, sociais, políticas e culturais que
10 permeiam uma sociedade onde as classes sociais, os gêneros,
as etnias e os grupos têm acesso diferenciado e desigual aos
bens materiais e simbólicos.

João B. A. da Costa. Democracia,
cidadania e atores políticos de esquerda.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Acerca do texto acima, julgue os itens que se seguem.

Preservam-se as relações semânticas do texto ao se transformar a oração de voz passiva "A cidadania é vista" (L.3) na oração de voz ativa: A direita vê a cidadania.

Alternativas
Comentários
  • De fato amudança não tras prejuizo as rlações semanticas, pois mesmo na voz passiva " A cidadania é vista" por quem?
    Pela direita.
    Passando-se para a voz ativa, o sujeito continua a exercer a ação de "ver a cidadania"
  • Na alteração sugerida pela questão, a relação semântica é preservada porque não há alteração de sentido (é isso q significa semântica) para o texto; qto à estrutura sintática não se pode dizer o mesmo. Vejamos: voz ativa (sujeito faz = "a direita"; "a cidadania" é objeto).
    Na voz passiva o sujeito sofre (a cidadania). O segredo é verificar de quem o verbo está falando. Se fala de quem sofre é voz passiva; se fala de quem faz é voz ativa (isso não responde a 100% dos casos, mas resolve por enquanto).
  • Mais um autor deturpando o conceito de "Direita". Percebe-se o nível de escrita quando se utiliza a palavra "escamoteia" 2 vezes no mesmo texto.

  • A direita vê a cidadania.

  • E impressão minha ou todas as bancas são militantes de esquerda?

  • Questão cespe: A

    Eu: modo comuna ativado

  • Por favor, alguém pode me responder essa: Como assim as Relações semânticas são mantidas ?

    A cidadania é vista (...) Quem é Vista? A Cidadania, ok.

    A direita vê a cidadania. (...) Quem vê a Cidadania ? A Direita, ok

    Não ocorreu alteração de sentido ? Sempre fiz as questões, em que mandava substituir algo e o referente havia mudado, consequentemente, o sentido também, porque isso não aconteceu aqui ?

  • Se fala de quem sofre, é voz passiva!! Se fala de quem faz sofrer, é voz ativa!!!
  • Muito provavelmente se pedisse a correção gramatical, a questão estaria errada


ID
19045
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 9 a 15 baseiam-se no texto
apresentado abaixo.

Metade da população do globo mora e trabalha em
regiões costeiras
? estima-se que duas mil famílias se instalem
diariamente em áreas próximas aos litorais. A ocupação dessas
áreas provoca um fluxo crescente de água doce contaminada
por resíduos de insumos agrícolas, dejetos e esgotos doméstico
e industrial, que é despejado nos oceanos. Todos esses
materiais descartados são ricos em nutrientes, que favorecem a
proliferação de algas de vários tipos.
As algas são parte da vida marinha mas, em excesso,
transformam-se numa ameaça para todas as outras espécies
vegetais e animais. Ao morrerem, elas se depositam no fundo
do mar, onde são degradadas por bactérias. Quando há algas
demais, a ação desses microorganismos consome a maior parte
do oxigênio da água, fazendo que todas as formas de vida
entrem em colapso. O resultado são as zonas mortas,
inabitáveis para a maioria das espécies, salvo organismos que
vivem com pouco oxigênio, como algumas bactérias. Nos anos
50, havia no mundo três zonas mortas reconhecidas pelas
entidades que estudam os oceanos. Hoje, existem 150
? uma
delas no entorno da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro.
O excesso de algas decorrente dos resíduos da ação
humana também é mortal para os corais. Mesmo antes de se
decomporem, as algas formam um escudo que bloqueia a luz
do sol, fundamental para a sobrevivência deles. Embora os
recifes de coral cubram menos de 1% do solo dos oceanos, eles
servem de abrigo para 2 milhões de espécies, ou 25% da vida
marinha. A maioria já não abriga mais uma quantidade de
peixes suficientemente variada e numerosa para manter saudáveis
esses corais.

(Adaptado de Leoleli Camargo, Veja, 27 de setembro de 2006,
p.101-102)

... onde são degradadas por bactérias. (2o parágrafo) Transpondo-se a frase para a voz ativa, a forma verbal passa a ser, corretamente,

Alternativas
Comentários
  • Onde as bactérias se degradam
  • As bactérias degradam as algas que ao morrerem se depositam no fundo do mar.
  • Bom primeiro não sou professor de português, muito pelo contrário é a matéria que mais dificuldade que eu tenho, por isso tento me dedicar ao máximo.

    Está questão tento resolver deste jeito.

    onde são degradadas por bactérias. VOZ PASSIVA

    O segredo está no SÃO, então vc vai Conjugador o verbo SER
    Presente do Indicativo
    eu sou
    tu és
    ele é
    nós somos
    vós sois
    eles SÃO

    Bom decobrimos que ele é da 3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo.

    Meio caminho andado.

    onde são degradadas por bactérias. VOZ PASSIVA
    As bactérias ------- as algas...... VOZ ATIVA

    Como a gente sabe que o SÃO é da 3ª pessoa Presente do Indicativo, devemos encontrar a resposta conjugando o verbo degradar tb na 3ª do Presente do indicativo.

    Presente do Indicativo
    eu degrado
    tu degradas
    ele degrada
    nós degradamos
    vós degradais
    eles DEGRADAM

    Está aí a resposta.
    As bactérias degradam .....

    Espero que não tenha enrolado mais do que explicado.

    Bons esudos



  • Ao passar uma frase da voz passiva para a voz ativa deveremos transformar a locução verbal em 1(um) único verbo. Portanto, já de cara eliminariamos as letras "c" "d" "e". Depois é só colocar o verbo no tempo verbal da frase!
  • Valeu Ricardo! Bem passo a passo p/ iniciantes como eu e q tem dificuldade na matéria... É isso aí! Brigadao

ID
26740
Banca
FCC
Órgão
TRE-SE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

O futuro da humanidade

          Tudo indica que há um aquecimento progressivo do planeta
e que esse fenômeno é causado pelo homem. Nossos
filhos e netos já conhecerão seus efeitos devastadores: a
subida do nível do mar ameaçará nossas costas, e o desequilíbrio
climático comprometerá os recursos básicos - em
muitos lugares, faltará água e faltará comida.
          Os humanos (sobretudo na modernidade) prosperaram
num projeto de exploração e domínio da natureza cujo custo é
hoje cobrado. Para corrigir esse projeto, atenuar suas conseqüências
e sobreviver, deveríamos agir coletivamente. Ora,
acontece que nossa espécie parece incapaz de ações coletivas.
À primeira vista, isso é paradoxal.
          Progressivamente, ao longo dos séculos, chegamos a
perceber qualquer homem como semelhante, por diferente de
nós que ele seja. Infelizmente, reconhecer a espécie como
grupo ao qual pertencemos (sentir solidariedade com todos os
humanos) não implica que sejamos capazes de uma ação
coletiva. Na base de nossa cultura está a idéia de que nosso
destino individual é mais importante do que o destino dos
grupos dos quais fazemos parte. Nosso individualismo, aliás, é
a condição de nossa solidariedade: os outros são nossos
semelhantes porque conseguimos enxergá-los como indivíduos,
deixando de lado as diferenças entre os grupos aos quais cada
um pertence. Provavelmente, trata-se de uma conseqüência do
fundo cristão da cultura ocidental moderna: somos todos
irmãos, mas a salvação (que é o que importa) decide-se um por
um. Em suma: agir contra o interesse do indivíduo, mesmo que
para o interesse do grupo, não é do nosso feitio.
          Resumo: hoje, nossa espécie precisa agir coletivamente,
mas a própria cultura que, até agora, sustentou seu caminho
torna esse tipo de ação difícil ou impossível.
          Mas não sou totalmente pessimista. Talvez nosso
impasse atual seja a ocasião de uma renovação. Talvez
saibamos inventar uma cultura que permita a ação coletiva da
comunidade dos humanos que habitam o planeta Terra.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 8/02/07)

NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção:

Alternativas
Comentários
  • os verbos transitivos indiretos não podem passar para a voz passiva, somente os transitivos diretos. Como o verbo tratar-se, pronominal, é transitivo indireto esta é a resposta correta.
  • Verbo Comprometer é VTD? VTDI? Achei que fosse VTI...errei.

    Alguém pode ajudar?
  • Daniel em relação a sua dúvida, ao verbo comprometer analise a frase abaixo:


    A chuva comprometeu(O QUÊ) o desempenho do time
                            VTD                                        OD


    Quando lê-se "A chuva comprometeu" a frase não tem sentido completo necessitando de complemento, neste caso, não podendo ser VI e VTI, pois, não exige preposição em seu complemento.


    Deus abençoe e bons estudos.
      
  • Fiquei na dúvida com o "haverão DE...", alguém pode me ajudar?
  • Thais, é uma locução verbal. na voz passiva ficaria assim: Esses efeitos devastadores haverão de ser conhecidos pelos nossos descendentes.

  • Se alguém puder explicar detalhadamente a letra B e C seria de grande ajuda.


ID
27952
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

SABIÁ GANHA STATUS DE AVE NACIONAL

          O sabiá sempre foi o pássaro escolhido por poetas
     e compositores brasileiros para representar o país.
     Já ganhou versos de alguns dos maiores artistas nacionais:
     de Gonçalves Dias, em sua "Canção do exílio", a
5   Tom Jobim e Chico Buarque, em "Sabiá", passando por
     Luiz Gonzaga, na canção também chamada "Sabiá".
     Tamanho currículo capacitou o passarinho de peito
     alaranjado a ser considerado a ave nacional do Brasil,
     desbancando uma concorrente de peso: a ararajuba,
10 com suas vistosas penas verdes e amarelas.
          Um decreto assinado pelo Presidente da República
     confirmou que o Dia da Ave é 5 de outubro e informou que
     "o centro de interesse para as festividades desse dia será
     o sabiá, como símbolo representativo da fauna ornitológica
15  brasileira e considerado popularmente Ave Nacional do
     Brasil."
          - A ave nacional de um país não pode ser escolhida
     em razão da cor da bandeira - afirma o ornitólogo
     Johan Dalgas Frisch, presidente da ONG Associação de
20  Preservação da Vida Selvagem e um dos maiores cabos
     eleitorais do passarinho. - Ela representa o folclore, a
     música, a poesia, a alma do povo. E não existe qualquer
     música com ararajuba, poesia alguma.
     Dalgas Frisch lembra ainda que, se a ararajuba
25  fosse indicada ave nacional, correria o risco de ser
     extinta:
          - Uma ararajuba vale hoje cerca de US$ 5 mil
     entre os traficantes de animais. Se fosse ave nacional,
     passaria a valer uns US$ 50 mil. Acabaria sendo extinta
30  e não representaria o espírito poético e folclórico da
     nação.
          O Brasil, com 1.667 espécies de aves, era um dos
     poucos países a não ter ave nacional. A águia de cabeça
     branca, nos Estados Unidos, simboliza a união de todos
35  os estados. Já o robim, na Grã-Bretanha, foi escolhido
     por ter inspirado William Shakespeare. Na Argentina, a
     ave nacional é o hornero (joão-de-barro), que representa
     o gaúcho dos pampas.
          A campanha de Frisch para que o sabiá se tornasse
40  ave nacional tem mais de 35 anos. Remonta ao tempo
     em que o então presidente Costa e Silva assinou um
     decreto criando o Dia da Ave.
          - Foram anos de luta, mas ganhamos a batalha e
     ainda salvamos a ararajuba - comemora.

          O Globo, 23 nov. 2002 (com adaptações)

Assinale a opção em que o verbo da oração está na voz ativa.

Alternativas
Comentários
  • Acho que o gabarito é a letra E. Alguém concorda?
  • Na letra E: "foi escolhido" - voz passiva.
    A letra D está correta.
  • O meu raciocínio é:
    Quando passamos um verbo na voz ativa para uma voz passiva verificamos que o verbo fica sendo uma locução verbal. Portanto, a unica opção que não existe uma locução verbal é a letra "d".
  • A voz passiva analítica como via de regra é formada por verbo ser/ter + particípio: Jóias são vendidas. Outra maneira de testar se a oraçao está na voz passiva é tranformando-a em voz passiva sintética: Vendem-se jóias.
  • Falou em voz passiva, foca no particípio. Matou a questão!

  • Resposta - D

    VP -> Verbo no particípio (  finaliza com ado, edo, ido )

    a)

    "...passarinho (...) a ser considerado a ave nacional..."(l. 7-8) PASSIVA

     b)

    "- A ave nacional de um país não pode ser escolhida..."(l. 17-18) PASSIVA

     c)

    "...se a ararajuba fosse indicada ave nacional,"(l. 24-25) PASSIVA

     d)

    "...um dos poucos países a não ter ave nacional."(l. 32-33)

     e)

    "Já o robim, na Grã-Bretanha, foi escolhido..."(l. 35) PASSIVA

  • VERBO NA PASSIVA ANALÍTICA = VERBO AUX(SER/ESTAR) + PARTICÍPIO.

    NA VOZ PASSIVA O SUJEITO SOFRE A AÇÃO.

    VERBO NA ATIVA = SUJEITO PRATICA A AÇÃO.


ID
29833
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções para as questões de números 1 a 11.

Assinale, na folha de respostas, a alternativa que
preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

Transpondo para a voz passiva a frase "Até o final do ano eles terão cumprido o acordo", obtém-se a forma verbal ...... .

Alternativas
Comentários
  • Voz ativa = "Até o final do ano eles terão cumprido o acordo"

    Voz passiva = O acordo terá sido cumprido até o final do ano por eles.
  • Esquema prático:contar os verbos;
                      tempo e modo inalterados;
                     inverter os termos inicial e final
    .
                           
  • UMA ESTRATÉGIA PARA NUNCA ERRAR QUESTÕES DESSE TIPO: SEMPRE.. EU DISSE SEMPRE QUE A VOZ ATIVA TIVER 1 VERBO PRATICANDO A AÇÃO, A VOZ PASSIVA TERÁ 2 VERBOS, E SEMPRE QUE A VOZ ATIVA TIVER 2 VERBOS, A VOZ PASSIVA TERÁ 3 VERBOS.

    SEMPRE A VOZ PASSIVA TERÁ MAIS VERBOS DO QUE A VOZ ATIVA.

  • O acordo terá sido cumprido até o final do ano por eles.

  • Voz ativa - Até o final do ano eles terão cumprido o acordo

    Voz passiva analítica - O acordo terá sido cumprido por eles até o final do ano

    Voz passiva sintética - O acordo ter-se-á cumprido por eles até o final do ano

  • VOZ PASSIVA SERÁ SEMPRE COM UM VERBO A MAIS DO QUE A VOZ ATIVA.


ID
68749
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e
não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou
sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a
magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque",
exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é
plantação de soja e pastagem pra gado."

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas,
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduásbandeira,
lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado
de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta,
primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros
de queda livre.

No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece
um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao
contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão,
nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna
exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas,
os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca
descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local
transformou em artigo de exportação.

Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das
matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas,
dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do
município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o
Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente
espetáculo da bioluminescência, uma irradiação de luz azul
esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos
cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado
para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por
avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios
que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza
provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes
do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão
e dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões
de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.

Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies
de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o
Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.
O que percebo, como testemunha ocular, é que entra
governo e sai governo e o processo de desertificação do país
continua em crescimento assombroso.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em
fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços
das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela
genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso
conformismo e nossa proverbial omissão.

(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

Agrotóxicos despejados por avião são levados pelo vento ... (4º parágrafo) Há também emprego de voz passiva no segmento que se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi? a letra E tbm pode ir pra passiva, não pode?

  • Juliane, a pergunta foi qual opção já se encontra na voz passiva e não qual pode ser transposta. A alternativa A é a única que já está na voz passiva, sintética no caso. :)

  • Colegas, me ajudem por favor. Não consigo ver voz passiva na letra "A", sendo que para mim, só há passiva na letra "C". 

    Alguém me ajuda??!!
  • Natalia Oliveira, 
    na letra A tem voz passiva sintética, VTD + se.

  • Escolhi a letra A por exclusão e por raciocínio... A frase " donde só se tira..." quer dizer que algo ou um objeto é tirado de algum lugar...

    Ex: "Pedras preciosas são tiradas do rio pelos garimpeiros". Neste exemplo, o verbo "tirar" está na voz passiva porque as pedras foram tiradas pelos garimpeiros. Na voz ativa essa mesma frase ficaria: "Os garimpeiros tiram as pedras preciosas do rio".

    Portanto a frase "donde só se tira..." remete a voz passiva e não a voz ativa.

    Não sei se meu raciocínio está certo, mas foi como escolhi a letra A como resposta certa.

  • Fiz por exclusão. 

    1) Procurei as alternativas em que há VTD para ser possível a voz passiva. No caso, letras A (tirar e por), B (descobrir) e E (abandonar).

    2) Entre as letras A, B e E = A (voz ativa), E (se é condição).

    3) Sobrou a E


  • Questão ridiculamente mal formulada. 


ID
71872
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e
não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou
sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a
magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque",
exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é
plantação de soja e pastagem pra gado."

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas,
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduásbandeira,
lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado
de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta,
primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros
de queda livre.

No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece
um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao
contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão,
nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna
exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas,
os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca
descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local
transformou em artigo de exportação.

Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das
matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas,
dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do
município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o
Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente
espetáculo da bioluminiscência, uma irradiação de luz azul
esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos
cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado
para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por
avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios
que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza
provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes
do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão
de dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões
de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.
Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies
de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o
Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.
O que percebo, como testemunha ocular, é que entra
governo e sai governo e o processo de desertificação do país
continua em crescimento assombroso.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em
fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços
das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela
genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso
conformismo e nossa proverbial omissão.

(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

Agrotóxicos despejados por avião são levados pelo ven- to ... (4 º parágrafo) Há também emprego de voz passiva no segmento que se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • a) ... que donde só se tira e não se põe ... o se é partícula apassivadora – De onde só é tirado. De onde só não é postoVoz ativa – Tirar somente b) ... os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca descobriram o capim-douradovoz passiva : O capim dourado foi descoberto pelos habitantes...c) ... o Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer. Na voz passiva o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.Esta oração é nominal, logo, não tem objeto direto para torná-la passiva. A segunda oração “tende a desaparecer”também não possui objeto direto.d) ... é que entra governo e sai governo ... Sai e entra são intransitivos e o sujeito é governo. Não tem objeto direto.e) ... se abandonarmos nosso conformismo e nossa proverbial omissão. “se” introduz uma oração condicional, verbo futuro do presente do subjuntivo de abandonar. Sujeito oculto “nós. - nosso conformismo é obj direto.Voz passiva – se nosso conformismo e nossa proverbial omissão forem abandonados.
  • Não entendi essa letra a. Alguém pode explicar melhor?
  • Chega-se a resposta por exclusão das alternativas b,c,d,e.

    Partícula apassivadora é uma função gramatical desempenhada pelo pronome reflexivo se quando acompanhado de verbo transitivo direto (VTD), e o elemento paciente, que passa a ser sujeito, não for iniciado por preposição.

    SE: Função Sintática = Partícula apassivadora: serve para indicar que a frase está na voz PASSIVA sintética. Para comprovar, pode-se colocar a frase na voz passiva analítica.

    Só sei que donde só se tira e não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar."

    de onde só se tira = VP sintetica

    De onde só é tirado = VP analitica

    de onde não se põe = VP sintetica

    De onde não é posto = VP analitica
     

  • Resposta letra - A :

    Oração com sentido impessoal + verbo TRASITIVO DIREITO (TIRAR/PÔR) = "SE" COMO PARTÍCULA APASSIVADORA.

    Espero ter ajudado =D
    bons estudos.
  • Dica para classificar o SE (professor Ronaldo Silva de Brasília)
    1 teste: passe a frase para a voz passiva analítica
                  se der certo: o SE é partícula apassivadora;
                  se der errado: ele poder se índice de indeterminacao do sujeito (mas faca o segundo teste)

    2 teste: coloque ele ou ela antes do verbo
                  se der certo: o SE é parte integrante do verbo
                  se der errado: o SE é índice de indeterminacao do sujeito.

    Bons estudos!

ID
72157
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da timidez

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem
horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório
por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante
timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório
apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com
os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser
notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo
psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o
analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele
acha que se sentir inferior é doença.

Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são
apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é
mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de
chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre
sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para
disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico.
Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha* existe um
tímido tentando se esconder, e dentro de cada tímido existe um
exibido gritando: "Não me olhem! Não me olhem!", só para
chamar a atenção.

O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando
entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para
sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é
dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no
lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma
noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio
destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode
fazer para embaraçá-lo.


* Atriz de TV muito extrovertida, identificada pela maquiagem e roupas
extravagantes.

(Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

Transpondo-se para a voz passiva o segmento ninguém descobre sua timidez, a forma verbal resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Ao transpor para a voz passiva ou ativa, o tempo e o modo do verbo não pode ser mudado.é - presenteterá - passadoserá - futuro
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • Ninguém descobre sua timidez. VOZ ATIVA

    -O objeto direto da voz ativa(sua timidez) será o sujeito da voz passiva.
    -O sujeito da voz ativa(ninguém) será o agente da passiva.
    -O verbo auxiliar 'SER' na voz passiva deverá estar no mesmo tempo verbal que o verbo principal da voz ativa( 'DESCOBRE'-presente do indicativo), e será seguido pelo verbo principal conjugado no particípio.

    Portanto:
    Sua timidez não É descoberta por ninguém. VOZ PASSIVA
  • não é descoberta.


ID
72181
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duas linguagens

Na minha juventude, tive um grande amigo que era estudante
de Direito. Ele questionava muito sua vocação para os
estudos jurídicos, pois também alimentava enorme interesse
por literatura, sobretudo pela poesia, e não achava compatíveis
a linguagem de um código penal e a freqüentada pelos poetas.
Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava, sem muita
convicção, lembrando-lhe que grandes escritores tinham formação
jurídica, e esta não lhes travava o talento literário.

Outro dia reencontrei-o, depois de muitos anos. É juiz de
direito numa grande comarca, e parece satisfeito com a profissão.
Hesitei em lhe perguntar sobre o gosto pela poesia, e ele,
parecendo adivinhar, confessou que havia publicado alguns livros
de poemas - "inteiramente despretensiosos", frisou. Ficou de
me mandar um exemplar do último, que havia lançado
recentemente.

Hoje mesmo recebi o livro, trazido em casa por um amigo
comum. Os poemas são muito bons; têm uma secura de estilo
que favorece a expressão depurada de finos sentimentos.
Busquei entrever naqueles versos algum traço bacharelesco,
alguma coisa que lembrasse a linguagem processual. Nada.
Não resisti e telefonei ao meu amigo, perguntando-lhe como
conseguiu elidir tão completamente sua formação e sua vida
profissional, freqüentando um gênero literário que costuma
impelir ao registro confessional. Sua resposta:

? Meu caro, a objetividade que tenho de ter para julgar
os outros comunica-se com a objetividade com que busco tratar
minhas paixões. Ser poeta é afinar palavra justas e precisos
sentimentos. Justeza e justiça podem ser irmãs.

E eu que nunca tinha pensado nisso...

(Ariovaldo Cerqueira, inédito)

Todas as formas verbais estão corretamente empregadas e flexionadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Não há nada que IMPILA mais ao registro confessional da linguagem do que uma vocação poética essencialmente lírica. b) O juiz disse ao amigo que lhe conviEra freqüentar as duas linguagens, a poética e a jurídica. c) Constatou que nos poemas não se vislumbrava qualquer marca que adviesse da formação profissional do amigo. PERFEITA d) O juiz lembrou ao amigo que o ofício de poeta não destituI de objetividade o ofício de julgar. e) Nem bem se detIVera na leitura dos poemas do amigo e já percebera que se tratava de uma linguagem muito depurada.
  • Comentários (fonte: Henrique Nuco, Português FCC, editora Ferreira)

    a) Não há nada que impela mais ao registro confessional da linguagem do que uma vocação poética essencialmente lírica. ERRADO. O presente do subjuntivo do verbo "impelir" é: que eu impila, tu impilas, ele impila, nós impilamos, vós impilais, eles impilam. CORREÇÃO: não há nada que IMPILA mais ao registro confessional da linguagem que uma vocação poética essecialmente lírica. 

    b) O juiz disse ao amigo que lhe convira freqüentar as duas linguagens, a poética e a jurídica. ERRADO. O verbo "convir" conjuga-se como "vir". Assim: viera>conviera. CORREÇÃO:  O juiz disse ao amigo que lhe CONVIERA...

    c) Constatou que nos poemas não se vislumbrava qualquer marca que adviesse da formação profissional do amigo. CERTO. Todas as formas verbais estão corretas: constatou (pretérito perfeito do indicativo do verbo "constatar"), vislumbrava (pretérito imperfeito do indicativo de "vislumbrar"), adviesse (pretérito imperfeito do subjuntivo de "advir", que se conjuga como "vir" > VIESSE = ADVIESSE. 



  • (A)  Impila
    (B)  Conviera
    (C) Correta.
    (D)  Destitui
    (E)  Detivera
    Bons estudos


ID
72337
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CNBB fecha questão contra a redução
da maioridade penal


A cúpula da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos
do Brasil) divulgou a posição da entidade, que é totalmente
contrária às propostas de redução da maioridade penal de 18
para 16 anos, que tramitam no Congresso Nacional.
O presidente da entidade, dom Geraldo Majella, disse
que os congressistas deveriam se esforçar em combater as
causas da violência e melhorar a educação para evitar que mais
jovens entrem para a criminalidade. "Não basta baixar a idade
penal para resolver o problema. A questão do adolescente
infrator deve ser resolvida não só com a polícia, mas com
políticas públicas que ajudem a dar educação", afirmou dom
Geraldo.

Os bispos também se manifestaram contra a intenção de
se fazer um plebiscito nacional sobre a redução da maioridade.
Para dom Geraldo, a força da mídia e a violência dos crimes
recentes podem influenciar as pessoas. Segundo ele, "o
plebiscito vai refletir toda a paixão que a sociedade expõe
quando ocorre algum crime de grande repercussão."
Os bispos também afirmaram que vão conversar com
deputados e senadores para tentar convencê-los a não votarem
as matérias que tratem do assunto. Só na Câmara, há 177
matérias que tratam de crimes praticados por adolescentes, 58
das quais abordam a redução da maioridade. No Congresso, o
projeto mais recente apresentado pelo líder do PL, é bastante
rigoroso: propõe a redução da maioridade para 13 anos.

(Folha on line, "Cotidiano", 26/11/2003)

Transpondo-se para a voz passiva a frase A força da mídia e a violência dos crimes recentes podem influenciar as pessoas, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta, letra ATranscrição para voz passiva:As pessoas PODEM SER INFLUENCIADAS..... força da midia e violencia.....
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  •  

                                                                           S                      V                     C

    Voz Ativa = sujeito pratica a ação               [ Agente ]       [ verbo ]          [ Paciente ]

                                                                           S                     V                     C

    Voz Passiva = sujeito sofre a ação               [Paciente ]       [ verbo ]          [ Agente ]

    ==> Analítica = Verbo auxiliar(ser/estar) + verbo principal (no particípio)

    ==> Sintética = Verbo (VTD/VTDI) + se

  • Gabarito - A

     

    Aqui, busque, antes de ler as alternativas, perguntar-se: “como ficaria essa oração na voz passiva”. De preferência, anote.

     

     

    Voz ativa: A força da mídia e a violência dos crimes recentes podem influenciar as pessoas (Objeto direto)

     

     

    Bom, eu sei que, na voz passiva, não há objeto direto, pois ele será o SUJEITO PACIENTE da minha oração, portanto:

     

     

    Voz passiva: As pessoas (Suj. Paciente) podem ser influenciadas pela força da mídia e a violência dos crimes.

     

     

    Perceba que o tempo e modo verbal do verbo "influenciar" na voz ativa são usados no verbo "ser" da loc. verbal (Ser + Particípio) da voz passiva, por isso, ambos os verbos estão no infinitivo. 

  • Gabarito A

    As pessoas podem ser influenciadas pela força da mídia e pela violência dos crimes recentes.

  • A força da mídia e a violência dos crimes recentes podem influenciar as pessoas

    As pessoas podem ser influenciadas


ID
72874
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A tribo que mais cresce entre nós

A nova tribo dos micreiros* cresceu tanto que talvez já não
seja apenas mais uma tribo, mas uma nação, embora a
linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam ao seu
objeto de culto sejam quase de uma seita. São adoradores que
têm com o computador uma relação semelhante à do homem
primitivo com o totem e o fogo. Passam horas sentados, com o
olhar fixo num espaço luminoso de algumas polegadas,
trocando não só o dia pela noite, como o mundo pela realidade
virtual.

Sua linguagem lembra a dos funkeiros** em quantidade de
importações vocabulares adulteradas, porém é mais ágil e rica,
talvez a mais rápida das tribos urbanas modernas. Dança quem
não souber o que é BBS, modem, interface, configuração,
acessar e assim por diante. Alguns termos são neologismos e,
outros, recriações semânticas de velhos significados, como
janela, sistema, ícone, maximizar.
No começo da informatização das redações de jornal,
houve um divertido mal-entendido quando uma jovem repórter
disse pela primeira vez: "Eu abortei!". Ela acabava de rejeitar
não um filho, mas uma matéria. Hoje, ninguém mais associa
essa palavra ao ato pecaminoso. Aborta-se tão impune e
freqüentemente quanto se acessa.
Nada mais tem forma e sim "formatação". Foi-se o tempo
em que "fazer um programa" era uma aventura amorosa. O
"vírus" que apavora os micreiros não é o HIV, mas uma
intromissão indevida no "sistema", outra palavra cujo sentido
atual nada tem a ver com os significados anteriores. A geração
de 68 lutou para derrubar o sistema; hoje o sistema cai a toda
hora.

Alguns velhos homens de letras olham com preconceito
essa tribo, como se ela fosse composta apenas de jovens, e
ainda por cima iletrados. É um engano, porque há entre os
micreiros respeitáveis senhoras e brilhantes intelectuais. Falar
mal do computador é tão inútil e reacionário quanto foi quebrar
máquinas no começo da primeira Revolução Industrial. Ele veio
para ficar, como se diz, e seu sucesso é avassalador. Basta ver
o entusiasmo das adesões.

(Zuenir Ventura, Crônicas de um fim de século)

* micreiros = usuários de microcomputador.
** funkeiros = criadores ou entusiastas da música funk.

Não é possível alterar a voz da forma verbal da frase:

Alternativas
Comentários
  • Questão complicada, aliás, a prova de Português do TRT/MG, foi um trem de doido mesmo!

    a) constitui o quê? é possível
    b) não é possível, mas pq? houve o quê? Será pq o verbo haver está no sentido de existir, por isso ,é impessoal e assim, uma oração sem sujeito?
    c)olham o quê? é possível
    d) abortado o quê? é possível
    e) não entendi, que pergunta faço aqui? são o quê? Será que não é possível pois já se encontra na voz passiva?


    Será que alguém poderia comentar essa questão? Qual é o racicínio para se chegar à resposta correta? Eu marquei a letra E.

  •   Amigo, não sei se estou certo mas a mim o que chamou mais atenção foi o verbo HAVER no sentido de EXISTIR , que é sempre impessoal . Portanto fica sem os componentes básicos para a transformação de voz .

      Espero ter dado uma direção . Abrçs
  • A questão pergunta apenas sobre a alteração de voz.

    A questão "e)" está na voz passiva com verbo fazer (VTD). Logo, é possível passá-lo para a voz ativa, ou seja, alterar a voz do verbo.

    Como não tem agente da passiva, creio que ficaria assim, indeterminando o sujeito:
    A partir de termos ou expressões já antigos, fazem recriações semânticas.
  • b) No começo da informatização das redações de jornal, houve um divertido mal-entendido.
    ----------------------------------------------------
    a) A quantidade dos micreirosconstitui, de fato, uma nação, mais do que uma simples tribo.
    Uma nação já é constituída pela quantidade dos micreiros.
    ----------------------------------------------------
    c) Alguns velhos homens de letras olham com preconceito essa tribo.
    Essa tribo é olhada com preconceito por alguns velhos homens de letras
    ----------------------------------------------------
     d) A jovem repórter citada no texto tinha abortado uma matéria, e não um filho.
    Uma matéria, e não um filho, tinha sido abortada pela jovem repórter citada no texto
    ----------------------------------------------------
     e) Recriações semânticas são feitas a partir de termos ou expressões já antigos
    Fazem Recriações semânticas a partir de termos ou expressões já antigos
  • Voz ativa - sujeito agente
    Voz Passiva - Sujeito Paciente

    Não há de se falar em voz passiva com o  verbo haver no sentido de existir pois ele é impessoal, não possui sujeito.
    Só podem mudar de voz os verbos VTD ou VTDI. O objeto direto da Voz Ativa, vira sujeito paciente da Voz Passiva.
    Verbos intrasitivos ou transitivos indiretos não aceitam a voz passiva porque não possuem objeto direito. 
    O verbo haver, apesar de transitivo direto, jamais aceita ser apassivado
    Os exemplos em que se vê esse verbo na voz passiva indicam frases nas quais “haver” é mero auxiliar. Como verbo principal, haver não aceita passiva:
    Haverá novos conflitos no sul do Líbano ( não há transposição passiva )
    Estão havendo reuniões secretas no Palácio ( não há transposição passiva )
    Houve um acidente na BR ( não há transposição passiva )
    Deverá haver uma mudança no Código Penal ( não há transposição passiva )
  • Segundo o dicionario, o HAVER com sentido de EXISTIR é VTD. nao admitiria voz passiva? me manda uma resposta quem puder

ID
74254
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leis para indigentes morais

Acaba de chegar a Massachussets um grupo de
adolescentes sudaneses que viajaram diretamente da Idade da
Pedra, ou quase, para a América do século XXI. São cinco mil
refugiados, que estão sendo distribuídos pelos EUA. Para
muitos, a viagem de avião é a primeira experiência em um
transporte motorizado.

Qual será o maior estranhamento para esses
jovens? A neve e a calefação? Os celulares? A Internet? (...)
O susto virá da quantidade de leis formais
detalhadas e explícitas que regram a vida americana, enquanto
a vida da tribo era regrada por poucas normas quase sempre
implícitas - ou seja, pela confiança de todos numa moral
comum tácita.

Nossas leis tornam-se cada vez mais detalhadas,
pois há a idéia de que um código exaustivo garantiria o
funcionamento de uma comunidade justa. De fato, essa
proliferação revela a angústia de uma cultura insegura de suas
opções morais. Por sermos indigentes morais, compilamos uma
casuística da qual esperamos que diga exatamente o que fazer
em cada circunstância. O dito legalismo da sociedade
americana, tão freqüentemente denunciado, é apenas o sinal
dessa indigência.

A tentativa de animar uma comunidade por uma
lengalenga de leis testemunha a fraqueza do vínculo social. Não
podemos confiar numa inspiração moral compartilhada, por isso
inventamos regras para ter, ao menos, muitas obrigações
comuns.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém. S. Paulo: Publifolha,
2004, pp. 66/68)

Indica-se uma alteração da voz verbal do segmento sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • A) Cinco mil refugiados estão sendo distribuídos pelos EUA . VOZ PASSIVA
        
    Cinco mil refugiados foram distribuídos pelos EUA. VOZ PASSIVA

     B) Qual será o maior estranhamento para esses jovens? VOZ ATIVA
          Qual terá sido o maior estranhamento para esses jovens? VOZ ATIVA

     C) O susto virá da quantidade de leis formais. VOZ ATIVA
          O susto deverá vir da quantidade de leis formais VOZ ATIVA

     D) A vida da tribo era regrada . VOZ PASSIVA ANALÍTICA.

         A vida da tribo regrava-se. VOZ PASSIVA SINTÉTICA

      E) É por isso que inventamos tantas regras. VOZ ATIVA
           É por isso que são inventadas tantas regras. VOZ PASSIVA

     

  • Indica uma alteração na voz verbal:

    É por isso que inventamos tantas regras= voz ativa;

    Tantas regras são inventadas por nós= voz passiva.

    e) houve alteração na voz

    Como diz nosso amigo Daniel: COMENTÁRIO OBJETIVO.

    Que Deus nos ilumine , sempre!

ID
74428
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crimes hediondos

É correta a disposição do Ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, de aperfeiçoar a Lei de Crimes Hediondos, de
modo a permitir que condenados com base nesse diploma
tenham direito à progressão da pena, isto é, ao abrandamento
das condições de encarceramento.

Mais do que um instrumento efetivo para combater a
criminalidade, a referida Lei, de 1990, foi uma tentativa até certo
ponto açodada do Legislativo de dar uma resposta aos justos
anseios da população por mais segurança. O problema é que
essa legislação, que pode ser resumida como o endurecimento
das penas e do regime de prisão para certos crimes, não
apenas é pouco eficaz para conter a violência criminosa como
ainda gera uma série de efeitos colaterais contraproducentes.
Para começar, ela cria distorções na proporcionalidade entre
delitos e penas. (...)

No mais, a Lei, ao manter por mais tempo o condenado
nos presídios, contribui para a superpopulação das cadeias. Ela
também tira das autoridades carcerárias um instrumento de
controle do detento, que é a possibilidade de recompensá-lo
com a redução da pena por bom comportamento.
Defender uma revisão na Lei de Crimes Hediondos não
significa de modo algum ser leniente com a criminalidade, que
precisa ser combatida com energia pelo poder público. O
melhor remédio contra a violência é justamente a virtual certeza
de que todos os que cometerem crimes serão punidos. E isso,
infelizmente, não existe no Brasil, onde ainda se faz necessário
avançar na formação de uma polícia moderna e eficaz, que
elucide delitos e capture seus perpetradores. É esse o caminho
a seguir, ao lado de medidas de prevenção.

(Adaptado de Folha de S. Paulo, 12 de agosto de 2004, A2)

... que precisa ser combatida com energia pelo poder público. (início do 4º parágrafo)

Transpondo-se a frase para a voz ativa, a forma verbal passará a ser

Alternativas
Comentários
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaramAgora a questão do texto: ... que precisa ser combatida com energia pelo poder público. podemos resumir para:Ela precisa ser combatida pelo poder público.O poder público precisa combater ela (combatê-la).
  • que precisa ser combatida c/ energia
     
    2 verbos -  ser (V. auxiliar)    precisa (V.principal)  
    p/ passar p/ voz ativa um verbo aux vai embora
    precisa   está na 3ª p p   logo só  ha uma alternativa q está nesse modo (letra A) uma vez q na mudança de voz deve prevalecer no  mesmo tempo verbal
    Bons estudos p/ nós





  • que precisa ser combatida com energia pelo poder público

    Poder público precisa combater com energia 


ID
74434
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crimes hediondos

É correta a disposição do Ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, de aperfeiçoar a Lei de Crimes Hediondos, de
modo a permitir que condenados com base nesse diploma
tenham direito à progressão da pena, isto é, ao abrandamento
das condições de encarceramento.

Mais do que um instrumento efetivo para combater a
criminalidade, a referida Lei, de 1990, foi uma tentativa até certo
ponto açodada do Legislativo de dar uma resposta aos justos
anseios da população por mais segurança. O problema é que
essa legislação, que pode ser resumida como o endurecimento
das penas e do regime de prisão para certos crimes, não
apenas é pouco eficaz para conter a violência criminosa como
ainda gera uma série de efeitos colaterais contraproducentes.
Para começar, ela cria distorções na proporcionalidade entre
delitos e penas. (...)

No mais, a Lei, ao manter por mais tempo o condenado
nos presídios, contribui para a superpopulação das cadeias. Ela
também tira das autoridades carcerárias um instrumento de
controle do detento, que é a possibilidade de recompensá-lo
com a redução da pena por bom comportamento.
Defender uma revisão na Lei de Crimes Hediondos não
significa de modo algum ser leniente com a criminalidade, que
precisa ser combatida com energia pelo poder público. O
melhor remédio contra a violência é justamente a virtual certeza
de que todos os que cometerem crimes serão punidos. E isso,
infelizmente, não existe no Brasil, onde ainda se faz necessário
avançar na formação de uma polícia moderna e eficaz, que
elucide delitos e capture seus perpetradores. É esse o caminho
a seguir, ao lado de medidas de prevenção.

(Adaptado de Folha de S. Paulo, 12 de agosto de 2004, A2)

O verbo flexionado de forma INCORRETA está grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Atenção ao verbo REQUERER, ele não se conjuga da mesma forma que o verbo QUERER.Verbo Querer / Pret Perf Indicativoeu quistu quisesteele quisnós quisemosvós quisestesELES QUISERAMVerbo Requerer / Pret Perf Indicativoeu requeiritu requeresteele requereunós requeremosvós requerestesELES REQUERERAM
  • requerereu requeri (digitei errado, acrescentei um i)
  • O Verbo REQUERER não é conjugado da mesma maneira que o verbo QUERER, ou seja:Eles quiseramEles requereram
  • Para não mais errarmos...

    A forma REQUISERAM  NÃO EXISTE!!!
  • UMA DAS ACERTIVAS ESTÁ DESATUALIZADA SEGUNDO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO (C)
    DEEM NÃO DEVE MAIS SER ACENTUADA.

ID
74617
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ganhamos a guerra, não a paz

Os físicos se encontram numa posição não muito
diferente da de Alfred Nobel. Ele inventou o mais poderoso
explosivo jamais conhecido até sua época, um meio de
destruição por excelência. Para reparar isso, para aplacar sua
consciência humana, instituiu seus prêmios à promoção da paz
e às realizações pacíficas. Hoje(*), os físicos que participaram
da fabricação da mais aterradora e perigosa arma de todos os
tempos sentem-se atormentados por igual sentimento de
responsabilidade, para não dizer culpa. E não podemos desistir
de advertir e de voltar a advertir, não podemos e não devemos
relaxar em nossos esforços para despertar nas nações do
mundo, e especialmente nos seus governos, a consciência do
inominável desastre que eles certamente irão provocar, a
menos que mudem sua atitude em relação uns aos outros e em
relação à tarefa de moldar o futuro.

Ajudamos a criar essa nova arma, no intuito de impedir
que os inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós, o
que, dada a mentalidade dos nazistas, teria significado uma
inconcebível destruição e escravização do resto do mundo.
Entregamos essa arma nas mãos dos povos norte-americano e
britânico, vendo neles fiéis depositários de toda a humanidade,
que lutavam pela paz e pela liberdade. Até agora, porém, não
conseguimos ver nenhuma garantia das liberdades que foram
prometidas às nações no Pacto do Atlântico. Ganhamos a
guerra, não a paz. As grandes potências, unidas na luta, estão
agora divididas quanto aos acordos de paz. Prometeu-se ao
mundo que ele ficaria livre do medo, mas, na verdade, o medo
aumentou enormemente desde o fim da guerra. Prometeu-se ao
mundo que ele ficaria livre da penúria, mas grandes partes dele
se defrontam com a fome, enquanto outras vivem na
abundância. (...)

Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua
notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade
e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles
de cujas decisões dependem nossos destinos. Do contrário, a
civilização humana estará condenada.

(Albert Einstein, Escritos da maturidade. Tradução de Maria
Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994)

(*) Este texto foi escrito em 1945, logo depois do fim da
II Guerra Mundial.

Transpondo-se para a voz passiva o segmento que os inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós, a forma verbal resultante deverá ser

Alternativas
Comentários
  • Que a humanidade fosse obitida pelos inimigos. v.pos inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós.v. a
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • Voz ativa:... os inimigos da humanidade a obtivessem...(sujeito agente) (OD) VTD
    Voz passiva:... ela fosse obtida pelos inimigos da humanidade... (sujeito paciente) (agente da passiva)
    Letra C
    Bons estudos

  • sera que alguem vai parar aqui nesse comentario em 2020? bom... se vc chegou ate aqui parabens, ta compromissado mesmo no seu concurso kkk , boa sorte!


ID
74827
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Urbanização abala a saúde de moradores do interior da
Amazônia

Mesmo que aumente o conforto, as conseqüências
do ingresso na vida moderna - com alimentos prontos,
televisão, telefone e máquina de lavar roupa - não são nada
boas para a saúde. Hilton Pereira da Silva, médico e
antropólogo do Museu Nacional, encontrou uma taxa elevada
de hipertensão arterial na população de três comunidades rurais
do Pará que gradativamente deixaram o extrativismo (*) e
começaram a usar bens de consumo tipicamente urbanos.
Aracampina, a maior comunidade estudada,

localizada na ilha de Ituqui, às margens do rio Amazonas, tem
cerca de 600 habitantes. Eram 460 há sete anos, quando Hilton
Silva chegou lá pela primeira vez e notou que a vida mudava
rapidamente - conseqüência da proximidade com Santarém, a
quatro horas de barco. "Quando ocorre a transição para o estilo
de vida moderno e urbano, a primeira mudança é a dieta", diz
ele. "Aumenta o consumo de sal, de enlatados e de comida
industrializada, cheia de aditivos químicos."

Nas primeiras vezes em que esteve lá, o
pesquisador notou que os caboclos pescavam intensamente.
Completavam a alimentação com farinha de mandioca, frutas,
feijão e milho. "Hoje, os caboclos deixaram o extrativismo,
trabalham na pesca industrial, para as madeireiras ou em
fazendas e compram carne em conserva, açúcar, café e
biscoitos", relata. "As mudanças na dieta estão causando uma
mudança gradual na fisiologia do organismo, que leva à
hipertensão."

Ainda não há água encanada em Aracampina, mas
os caboclos agora têm luz elétrica, graças ao gerador a diesel,
fogão a gás, televisão ligada a bateria de carro e telefone que
funciona por meio de rádio. Em conseqüência, houve uma
redução da atividade física que ajuda a equilibrar a pressão
arterial. "Por terem acesso a fogão a gás, não buscam mais
lenha na mata", exemplifica Hilton Silva. "E já usam fralda
descartável, que também reduz o trabalho das mulheres". Mas
surgem outras fontes de estresse, como a necessidade de
ganhar mais dinheiro para comprar comida, relógios, bicicletas e
aparelhos de som.

(Pesquisa. São Paulo: Fapesp, abril 2003.)

(*) extrativismo = atividade que consiste em extrair da natureza
quaisquer produtos que possam ser cultivados para fins
comerciais ou industriais.

Transpondo-se para a voz passiva a frase As mudanças na dieta estão causando uma mudança gradual na fisiologia do organismo, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • OBJETO DIRETO TORNA-SE SUJEITO E SUJEITO TRONA-SE OBJETO DIRETO...
  • ao mudar para a voz ativa tem que observar a flexão de tempo e número, que no caso é presente do indicativo e 3ª pessoa do singular, respectivamente. Singular porque ao passar para a voz ativa o sujeito será "uma mudança gradual na fisiologia do organismo" que esta no singular, logo para que ocorra a concordância o verbo deve seguir o sujeito.
  • ao mudar para a voz ativa tem que observar a flexão de tempo e número, que no caso é presente do indicativo e 3ª pessoa do singular, respectivamente. Singular porque ao passar para a voz ativa o sujeito será "uma mudança gradual na fisiologia do organismo" que esta no singular, logo para que ocorra a concordância o verbo deve seguir o sujeito.
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • As mudanças na dieta (plural)       estão causando (plural)     uma mudança gradual na fisiologia do organismo.

    Uma mudança gradual na fisiologia do organismo (singular)      está sendo causada (singular)      pelas mudanças na dieta.

  • Como ainda ninguém respondeu com clareza a questão, acredito que na ordem direta a frase fique assim:


    UMA MUDANÇA GRADUAL NA FISIOLOGIA DO ORGANISMO ESTÁ SENDO CAUSADA PELAS MUDANÇAS NA DIETA.


    Se estiver errado por favor me corrijam.


    Bons estudos!
  • GABARITO: D

     

     

    voz passiva analíticaVerbo ser ou estar + particípio como verbo principal 

    EX1: Está sendo causada mudança gradual na dieta e na fisiologia do organismo

     

     

     

     

     

     

  • Voz ativa com 2 verbos na conversão a voz passiva terá 3 verbos ( sempre 1 a mais que na ativa ) 

        Verbo ''ser'' herda a forma nominal do verbo auxiliar da voz ativa e o verbo auxiliar da voz ativa passa para a forma de particípio .

     Está sendo causada ( Letra d) - Pois a concordância é feita com o sujeito ( uma mudança gradual ...) 


  • está sendo causada.


ID
75211
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A amizade

Uma amizade verdadeira possui tão grandes vantagens
que mal posso descrevê-las. Para começar, em que pode
consistir uma "vida vivível" que não encontre descanso na
afeição partilhada com um amigo? Que há de mais agradável
que ter alguém a quem se ousa contar tudo como a si mesmo?
De que seria feita a graça tão intensa de nossos sucessos, sem
um ser para se alegrar com eles tanto quanto nós? E em
relação a nossos reveses, seriam mais difíceis de suportar sem
essa pessoa, para quem eles são ainda mais penosos que para
nós mesmos.

Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram
só existem em função de uma única forma de utilização: as
riquezas, para serem gastas; o poder, para ser cortejado; as
honrarias, para suscitarem os elogios; os prazeres, para deles
se obter satisfação; a saúde, para não termos de padecer a dor
e podermos contar com os recursos de nosso corpo.
Quanto à amizade, ela contém uma série de possibilidades.
Em qualquer direção a que a gente se volte, ela está lá,
prestativa, jamais excluída de alguma situação, jamais importuna,
jamais embaraçosa. Por isso, como diz o ditado, "nem a água nem
o fogo nos são mais prestimosos que a amizade". E aqui não se
trata da amizade comum ou medíocre (que, no entanto,
proporciona alguma satisfação e utilidade), mas da verdadeira, da
perfeita, à qual venho me referindo. Pois a amizade torna mais
maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porque
comunicados e partilhados, seus golpes mais duros.

(Adaptado de Cícero, filósofo e jurista romano)

Transpondo-se para a voz ativa a frase Nossos reveses podem ser consolados pela palavra amiga, a forma verbal resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • Transpondo-se para a voz ativa a frase Nossos reveses podem ser consolados pela palavra amiga, a forma verbal resultante será: A palavra amiga pode consolar nossos revezes.Alternativa correta letra "D".
  • Nossos reveses podem ser consolados pela palavra amiga

    Verbo auxuliar: Ser - Infinitivo.

    Agora basta colocar o verbo consolados para o mesmo tempo verbal que o verbo auxiliar, ou seja, infinitivo:

    A palavra amiga pode consolar nossos reveses.

  • Tem que simplificar:

    [A palavra amiga] [ pode consolar nossos reveses]
            sujeito                   verbo

    Aqui, o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo (voz ativa)

  • Voz ativa: A palavra amiga pode consolar nossos reveses. (sujeito agente) VTD (OD)
    Voz passiva: Nossos reveses podem ser consolados pela palavra amiga. (sujeito paciente) (agente da passiva)
    Letra D
    Bons estudos


ID
75328
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável
e ao bem-estar. As garrafinhas de água mineral já se tornaram
acessórios de esportistas e, em casa, muita gente nem pensa
em tomar o líquido que sai da torneira - compra água em garrafas
ou galões. Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo
de água mineral cresceu 145% - e passou a ocupar um
lugar de destaque nas preocupações de muitos ambientalistas.

O foco não está exatamente na água, mas na embalagem.
A fabricação das garrafas plásticas usadas pela maioria
das marcas é um processo industrial que provoca grande quantidade
de gases, agravando o efeito estufa. Ao serem descartadas,
elas produzem montanhas de lixo que nem sempre é reciclado.
Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas
de conscientização para esclarecer que, nas cidades em
que a água canalizada é bem tratada, o líquido que sai das torneiras
em nada se diferencia da água em garrafas. As campanhas
têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral
com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.

Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação
e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de
barris de petróleo em 2006. Esses processos produziram
2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases
do efeito estufa, poluição equivalente à de 455.000 carros rodando
normalmente durante um ano. O dano é multiplicado por
três quando se consideram as emissões provocadas por transporte
e refrigeração das garrafas.

O problema comprovado e imediato causado pelas embalagens
de água é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas.
Como demoram pelo menos cem anos para degradar,
elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça
exponencialmente. Quando não vão para aterros sanitários, os
recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam
rios e acumulam água que pode ser foco de doenças, como a
dengue. A maioria dos ambientalistas reconhece evidentemente
que, nas regiões nas quais não é recomendável consumir
água diretamente da torneira, quem tem poder aquisitivo
para comprar água mineral precisa fazê-lo por uma questão de
segurança. De acordo com relatório da ONU divulgado recentemente,
170 crianças morrem por hora no planeta devido a
doenças decorrentes do consumo de água imprópria.

(Adaptado de Rafael Corrêa e Vanessa Vieira. Veja. 28 de
novembro de 2007, p. 104-105)

... quando se consideram as emissões provocadas por transporte e refrigeração das garrafas. (final do 3º parágrafo) A forma verbal de sentido equivalente à da grifada acima é:

Alternativas
Comentários
  • A forma verbal em destaque está diretamente relacionado como o verbo "é" do trecho: "O dano é multiplicado por três ...". Como o referido verbo se encontra na 3° pessoal do singular do presente do indicativo, é sensato que a forma verbal que se busca seja aquela conjugada de modo semelhante, observando as opções:ERRADO a) foi considerado. (3°p. singular do pret. perf. do indicativo)ERRADO b) tinham considerado. (3°p. plural do pre. perf. do indicativo)ERRADO c) forem consideradas. (3°p. plural. do fut. do subjuntivo)ERRADO d) deve ser considerado. (3°p. singular do pres. do indicativo)CERTO e) são consideradas. (3°p. do plural do pres. do indicativo)Apenas as opções "d" e "e" estão no mesmo modo e tempo que o verbo "é" do trecho anterior, mas como o verbo "se consideram" está no plural então a resposta correta é "são consideradas".
  • "As emissões provocadas por transporte e refrigeração das garrafas SÃO CONSIDERADAS quando..."
  • São 2 orações;
    1\O dano É multiplicado por três... SUJ= O dano
    2\...quando se CONSIDERAM as emissões provocadas por transporte e refrigeração das garrafas.SUJ= indeterminado
    Na voz passiva fica:
    Quando as emissões provocadas por transporte e refrigeração das garrafas SÃO CONSIDERADAS o dano é multiplicado por três.
  • errei essa questao pq nao voltei ao texto pra ver se dava certo.

    BIZU: quando o enunciado da questao pedir que substituamos, VOLTEMOS ao texto pra testá-lo


ID
75487
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre Ética

A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em
três acepções. Numa, faz-se referência a teorias que têm como
objeto de estudo o comportamento moral, ou seja, como entende
Adolfo Sanchez Vasquez, "a teoria que pretende explicar a
natureza, fundamentos e condições da moral, relacionando-a
com necessidades sociais humanas." Teríamos, assim, nessa
acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser
estudado racional e cientificamente por uma disciplina que se
propõe a descrever as normas morais ou mesmo, com o auxílio
de outras ciências, ser capaz de explicar valorações comportamentais.
Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma
categoria filosófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se
constituiria em núcleo especulativo e reflexivo sobre a complexa
fenomenologia da moral na convivência humana. A Ética, como
parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre os fundamentos
da moral na busca de explicação dos fatos morais.

Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como
objeto descritível de uma Ciência, tampouco como fenômeno
especulativo. Trata-se agora da conduta esperada pela
aplicação de regras morais no comportamento social, o que se
pode resumir como qualificação do comportamento do homem
como ser em situação. É esse caráter normativo de Ética que a
colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os
valores morais dariam o balizamento do agir e a Ética seria
assim a moral em realização, pelo reconhecimento do outro
como ser de direito, especialmente de dignidade. Como se vê, a
compreensão do fenômeno Ética não mais surgiria metodologicamente
dos resultados de uma descrição ou reflexão, mas sim,
objetivamente, de um agir, de um comportamento conseqüencial,
capaz de tornar possível e correta a convivência.


(Adaptado do site Doutrina Jus Navigandi)

Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante deverá ser:

Alternativas
Comentários
  • CABE RECUSO! POIS OS VALORES (DARIAM) OU SEJA (SERIAM DADOS) 3 PESSOA DO PLURAL.
  • Nesta visão, o balizamento do agir seria dado pelos valores morais. "Seria dado" no singular porque deve concordar com "o balizamento do agir", também no singular.
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento do agir.
    para voz passiva ficaria assim:nesta visão, o balizamento do agir  seria dado  pelos valores morais
    então seria dado e   não   teria dado, pois o verbo ter indica posse, fora desse contexto a oração está gramaticamente INCORRETA
     e seria dado permanece no singuular, pois na voz passiva o verbo concorda com o sujeito, no caso: o balizamento do agir.
    RESPOSTA letra A
  • Fica muito mais fácil trabalhar com a frase simplificada: "Os valores dariam o balizamento." Daí teríamos: "O balizamento seria dado pelos valores."
  • Voz ativa:... os valores morais dariam o balizamento...(sujeito agente) VTD (OD)
    Voz passiva:...o balizamento seria dado pelos valores morais. (sujeito paciente) (agente da passiva)
    Letra A
    Bons estudos

  • Nesta visão, os valores morais(SUJ) dariam(FUT. DO PRET. DO INDICATIVO) o balizamento do agir(OBJ.DIRETO)

    ---> VOZ ATIVA.

    O balizamento do agir(SUJ) seria dado(SER + PARTICÍPIO) pelos valores morais. --> VOZ PASSIVA ANALÍTICA.

  • .o balizamento seria dado pelos valores morais


ID
77824
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A ética como pressuposto do direito

O filósofo Emanuel Kant mostrou que nenhum Estado de
direito poderá subsistir se não houver, por parte dos cidadãos,
uma ampla adesão a esse sistema, e não uma mera
obediência, obtida por coerção governamental. Tem sentido
análogo ao dessa consideração de Kant a seguinte passagem
de Rousseau: "Colocar a lei acima do homem é um problema,
para a política, que comparo ao da quadratura do círculo, para a
geometria. Resolvei bem esse problema e o governo fundado
sobre essa solução será bom e sem abuso. Mas até lá, onde
acreditarem fazer reinar as leis, serão os homens que reinarão."

É preciso, pois, desenvolver o ethos da nação, e para
isso é preciso também criar os cidadãos, pois estes só se
tornam efetivamente cidadãos quando têm seus direitos
respeitados, e quando, em contrapartida, observam seus
deveres. Parafraseando Erasmo, o homem não nasce cidadão,
torna-se tal por meio da educação. O cidadão só é despertado
para a necessidade de seu comportamento ético quando
percebe que está na ética uma garantia para um pleno convívio
social. Ele precisa valorizar essa convivência, perceber que ela
é essencial para a sua vida. Caso não dê crédito às normas
éticas, acabará por se amparar nas leis da natureza, que lhe
parecerão mais vantajosas.

O comportamento ético se define pela universalização
dos valores que o norteiam. É a situação em que o indivíduo,
antes de agir, pergunta se o mérito de sua ação vai ao encontro
do que os outros homens valorizam, assim como ele espera que
as ações dos outros encontrem nele plena aprovação. É assim,
retomando a observação de Kant, que se manifesta a adesão
voluntária e participativa do cidadão ao sistema que rege uma
sociedade.

(http://faac.unesp.br/pesquisa/tolerancia/texto_etica_rouanet.htm,
adaptado)

NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento:

Alternativas
Comentários
  • não se forma voz passiva com verbo de ligação. Portanto a questão correta é a letra "d", ou seja, a única que não é capaz de formar voz passiva, por se tratar de verbo de ligação.
  • São essas as transposições?

    Esse problema será bem resolvido...
    O ethos da nação é preciso desenvolver...
    Essa convivência precisa ser valorizada por ele...
    Que nele se encontre plena aprovação pelas ações dos outros...

    No aguardo...
  • ALGUEM EXPLICA A LETRA B ??? 

     

    É PRECISO 

     

    NÃO SERIA TAMBEM UM VERBO DE LIGAÇÃO??? 

  • quanto a letra B : é preciso desenvolver - locução verbal.

    "desenvolver" demanda um objeto direto, podendo assim, formar a voz passiva.


ID
80743
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre a cruz e a caldeirinha

"Quantas divisões tem o Papa?", teria dito Stalin quando
alguém lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante
com os católicos soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio
XI. Efetivamente, além de um punhado de multicoloridos
guardas suíços, o poder papal não é palpável. Ainda assim, como
bem observa o escritor Elias Canetti, "perto da Igreja, todos
os poderosos do mundo parecem diletantes".

Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.
Ao mesmo tempo que uma pesquisa da Fundação Getúlio
Vargas indica que, a cada geração, cai o número de católicos
no Brasil, outra, da mesma instituição, revela que, para os
brasileiros, a única instituição democrática que funciona é a
Igreja Católica, com créditos muito superiores aos dados à
classe política. Daí os sentimentos mistos que acompanharam a
visita do papa Bento XVI ao Brasil.

"O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo
preparada uma Concordata entre o Vaticano e o nosso país.
Nela, todo o relacionamento entre as duas formas de poder
(religioso e civil) será revisado. Tudo o que depender da Igreja
será feito no sentido de conseguir concessões vantajosas para
o seu pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum
interno ao Brasil (pesquisas com células-tronco, por exemplo,
aborto, e outras questões árduas)", avalia o filósofo Roberto
Romano. E prossegue: "Não são incomuns atos religiosos que
são usados para fins políticos ou diplomáticos da Igreja. Quem
olha o Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a
estátua significa a consagração do Brasil à soberania espiritual
da Igreja, algo que corresponde à política eclesiástica de
denúncia do laicismo, do modernismo e da democracia liberal.

A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo "Ameaça
ao Estado laico", avisa que a Concordata poderá incluir o retorno
do ensino religioso às escolas públicas. "O súbito chamamento
do MEC para tratar do ensino religioso tem repercussão
quanto à violação de direitos, em particular de minorias religiosas
e dos que têm praticado todas as formas de consciência e
crença neste país, desde a República", acredita a pesquisadora.
Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe
Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin:
"Quem precisa de divisões tendo como exército a eternidade?"
(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP n. 134, 2007)

A frase que admite transposição para a voz passiva é:

Alternativas
Comentários
  • Só podem ir para a voz passiva os VTD e VTDI, exceto verbos impessoais (sem sujeitos = HAVER, e verbos que expressão fenômenos da natureza).a) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.(PARECER = VL) b) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso. (O retorno do ensino religioso poderá ser incluído pela Concordata.) CERTO c) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. (HAVER = IMPESSOAL) d) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política. (SER = VL) e) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica. (SER = VL)
  • a) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo PARECEM diletantes. VERBO DE LIGAÇÃO - NÃO FAZ PASSIVA b) A Concordata PODERÁ INCLUIR o retorno do ensino religioso. VERBO TRANSITIVO DIRETO(LOCUÇÃO VERBAL) - FAZ PASSIVA c) HÁ estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. VERBO IMPESSOAL(SEM SUJEITO) - NÃO FAZ PASSIVA d) Não SÃO incomuns atos religiosos com finalidade política. VERBO DE LIGAÇÃO - NÃO FAZ PASSIVA e) O Brasil É um país estratégico para a Igreja Católica. VERBO DE LIGAÇÃO - NÃO FAZ PASSIVA;)
  • LETRA B!

    É bom lembrar que os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação não podem ser apassivados. Só podem ser apassivados, portanto, os verbos transitivos diretos.

    Na alternativa (A), o verbo “parecer” e, nas alternativas (D) e (E), o verbo “ser” são de ligação, logo nenhuma das construções podem ser apassivadas.

    Na letra (C), o verbo “haver” está empregado como intransitivo, portanto não pode ser apassivada a construção.

    A construção da letra (B) apresenta a locução verbal “poderá incluir”, em que o verbo “incluir” é o principal. Como se trata de verbo transitivo direto, pois quem inclui inclui alguma coisa ou alguém, a construção pode ser passada para a passiva. O resultado será “o retorno do ensino religioso poderá ser incluído pela Concordata”.
     

  • GABARITO: B

    Olá pessoal,

       Como regra geral, a admissão de voz passiva é pertinente a verbos transitivos diretos. A dica, então, é procurar um entre as alternativas. Você deve ter encontrado dois: “poderá incluir” (na locução, analise o verbo principal, o último) e “Há” (no sentido de existir). Como o verbo haver no sentido de existir não admite sujeito e toda voz passiva possui sujeito, o verbo haver não nos serve. Resta a alternativa B: O retorno do ensino religioso poderá ser incluído pela Concordata.

    Espero ter Ajudado. Bons estudos!!!!
  • b) poderá(v. aux)  incluir(VTD)  ==> poderá(v.aux)+  (V.) ser + incluído(partic)

  • no caso do verbo haver: no sentido de existir, não pode ser utilizado na voz passiva, pois não possui sujeito. Tem objeto direto, mas não se aplica como caso de voz passiva.


ID
81223
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos anos setenta, no auge dos grandes projetos de
infraestrutura implantados pelos governos militares, a Amazônia
era conhecida como o inferno verde. Uma mata fechada e
insalubre, empesteada de mosquitos e animais peçonhentos,
que deveria ser derrubada a todo custo - sempre com incentivo
público - pelos colonos, operários e garimpeiros que se aventuravam
pela região. Essa visão mudou bastante nas últimas duas
décadas, à medida que os brasileiros perceberam que a região
é um patrimônio nacional que não pode ser dilacerado sem
comprometer o futuro do próprio país.

Com seus 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia
representa mais da metade do território brasileiro, 3,6%
da superfície seca do planeta, área equivalente a nove vezes o
território da França. O rio Amazonas, o maior do mundo em
extensão e volume, despeja no mar em um único dia a mesma
quantidade de água que o Tâmisa, que atravessa Londres, leva
um ano para lançar. O vapor de água que a Amazônia produz
por meio da evaporação responde por 60% das chuvas que
caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Mesmo agora, com o reconhecimento de sua grandeza,
a Floresta Amazônica permanece um domínio da natureza no
qual o homem não é bem-vindo. No entanto, vivem lá 25 milhões
de brasileiros, pessoas que enfrentaram o desafio do ambiente
hostil e fincaram raízes na porção norte do país. Assusta
observar que, no intenso debate que se trava sobre a melhor
forma de preservar (ou, na maior parte das vezes, ocupar) a
floresta, esteja praticamente ausente o maior protagonista da
saga amazônica: o homem.

É uma forma atravessada de ver a situação, pois o destino
da região depende muito mais de seus habitantes do que
de medidas adotadas por autoridades do governo ou por organizações
não-governamentais. A prioridade de todas as iniciativas
deveria ser melhorar a qualidade de vida e criar condições
econômicas para que seus habitantes tenham alternativas
à exploração predatória. Só assim eles vão preservar a
floresta em vez de destruí-la, porque terão orgulho de sua
riqueza natural, única no mundo.

(O fator humano. Veja especial, São Paulo, Ano 42, Setembro
2009, pp. 22-24, com adaptações)

... que deveria ser derrubada a todo custo pelos colonos, operários e garimpeiros ... (1º parágrafo)

Transpondo a frase acima para a voz ativa, a forma verbal corretamente obtida será:

Alternativas
Comentários
  • Voz ativa: é como se denomina a flexão verbal que indica que o sujeito pratica ou participa da ação denotada pelo verbo,dá destaque é quem pratica a ação(agente). Não possui verbo ser nem pronome "se". Maria Joana quebrou a janela de dona Télia.A torcida aplaudiu os jogadores.
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD? sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • Deveria ser derrubada pelos colonos,operários e garimpeiros...( Passiva)

    Colonos, operários e garimpeiros  deveriam derrubar... ( Ativa)

    Letra A

    Simples assim! ; )

ID
89818
Banca
FCC
Órgão
TRE-AL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sociedade do espetáculo: mal de uma época

"Nosso tempo prefere a imagem à coisa, a cópia ao original,
a representação à realidade, a aparência ao ser. O cúmulo
da ilusão é também o cúmulo do sagrado." Essas palavras do
filósofo Feurbach nos dizem algo fundamental sobre nossa época.
Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições
modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação
de espetáculos. Tudo o que era diretamente vivido se esvai
na fumaça da representação. As imagens fluem desligadas de
cada aspecto da vida e fundem-se num curso comum, de forma
que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida.
O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a
própria sociedade e seu instrumento de unificação. Como parte
da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência.
Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da
falsa consciência. O espetáculo não é um conjunto de imagens,
mas uma relação entre pessoas, mediatizadas por imagens.
A alienação do espectador em proveito do objeto contemplado
exprime-se assim: quanto mais contempla, menos
vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes,
menos ele compreende a sua própria existência e o seu
próprio desejo. O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos aparentes, apresenta-se
como algo grandioso, positivo, indiscutível e inacessível.
A exterioridade do espetáculo em relação ao homem que
deveria agir como um sujeito real aparece no fato de que os
seus próprios gestos já não são seus, mas de um outro que os
apresenta a ele. Eis por que o espectador não se sente em casa
em parte alguma, porque o espetáculo está em toda parte. Eis
por que nossos valores mais profundos têm dificuldade de
sobreviver em uma sociedade do espetáculo, porque a verdade
e a transparência, que tornam a vida realmente humana, dela
são banidas e os valores, enterrados sob o escombro das
aparências e da mentira, que nos separam, em vez de nos unir.

(Adaptado de Maria Clara Luccheti Bingemer, revista Adital)

A frase que admite transposição para a voz passiva é:

Alternativas
Comentários
  • Na transposição para a voz passiva a frase fica da seguinte forma:"Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e explicada pelo conceito de espetáculo".
  • Para transpor para a voz ativa, é necessário que se localize o sujeito e o objeto direto da oração. Na letra "a" há verbo de ligação, então não OD. Na letra c idem. Na d, em que poderiamos confundir o desligadas com OD, pode-se verificar que o desligada é a forma como as imagens fluem, ou seja, elas fluem (e estavam) desligadas, ou seja, não é OD. Na e novamente há verbo de ligação.
  • Para admitir transposição para voz passiva o verbo deverá ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Eu utilizo neste tipo de questão o resumo das frases, transformando o sujeito em ele (s), ela (s) e o complemento em algo, alguma coisa e observando se exige preposição.a) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. Ele é isso. VLb) O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande diversidade de fenômenos.Ele unifica e explica algo. VTDc) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.Ele é algo. VL d) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida (...). Elas fluem. VI e) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência. Ele é algo. VL
  • Tem que simplificar:

    Para que haja transposição é necessário que o verbo seja VTD ou VTDI.

    No caso, a letra "b" traz os dois verbos "unificar" e "explicar" como VTD.

    Está resolvida a questão.

  • b) unifica(VTD) e explica(VTD) ==> é(V.ser) +  explicada(partc.) e unificada(partc.)


ID
90022
Banca
FCC
Órgão
TRE-AL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O século XX escolheu a democracia como forma predominante
de governo e, para legitimá-la, as eleições pelo voto
da maioria. O momento eleitoral passou a mobilizar as energias
da política e trazer ao debate as questões públicas relevantes.
No entanto, demagogias de campanha e mandatos mal cumpridos
foram aos poucos empanando a festa de cidadania do
sufrágio universal.

Pierre Rosanvallon propõe como um dos critérios para
avaliar o grau de legitimidade de uma instituição a sua capacidade
de encarnar valores e princípios que sejam percebidos
pela sociedade como tais. Assim como a confiança entre pessoas,
legitimidade é uma entidade invisível. Mas ela contribui
para a formação da própria essência da democracia, levando à
adesão dos cidadãos. Afinal, a democracia repousa sobre a
ficção de transformar a maioria em unanimidade, gerando uma
legitimidade sempre imperfeita. O consentimento de todos seria
a única garantia indiscutível do respeito a cada um.

Mas a unanimidade dos votos é irrealizável. Por isso a
regra majoritária foi introduzida como uma prática necessária.
Na democracia os conflitos são inevitáveis, porque governar é
cada vez mais administrar os desejos das várias minorias em
busca de consensos que formem maiorias sempre provisórias.
Há, assim, uma contradição inevitável entre a legitimidade dos
conflitos e a necessidade de buscar consensos. Fazer política
na democracia implica escolher um campo, tomar partido.
Quanto mais marcadas por divisões sociais e por
incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e necessitam
de lideranças que busquem consensos. Como o papel do
Poder Executivo é agir com prontidão, não lhe é possível gerir a
democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas. Mas
também não há democracia sem o Poder Judiciário, encarregado
de nos lembrar e impor um sistema legal que deve expressar
o interesse geral momentâneo; igualmente ela não existe sem
as burocracias públicas encarregadas de fazer com que as
rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas
com certa eficiência e autonomia.

(Gilberto Dupas. O Estado de S. Paulo, A2, 17 de janeiro
de 2009, com adaptações)

... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais. (2º parágrafo)

Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará a ser, corretamente,

Alternativas
Comentários
  • (...) a sua capacidade de encarnar valores e princípios que a sociedade PERCEBA como tais.
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • De maneira simples e rápida se têm dois verbos na voz passiva: verbo auxiliar + verbo principal, na voz ativa terá apenas um, o verbo principal. A resposta é a letra a) e em questões assim em concurso deve-se ganhar tempo para outras questões. Qualquer duvida de uma olhada nas questões: Q31569 e Q34868 sobre vozes do verbo
  • ...valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais.. ( sujeito composto) (locução verbal) (agente da passiva) A FRASE ESTÁ NA VOZ PASSIVA, VERIFICA-SE QUE "VALORES E PRINCÍPIOS" SOFREM A AÇÃO.PASSANDO PARA A VOZ ATIVA:A sociedade PERCEBA os valores e princípios como tais.( sujeito) (od)O OBJETO DIRETO DA VOZ ATIVA SERÁ O SUJEITO DA VOZ PASSIVA.
  • A voz passiva sempre terá um verbo a mais em relação a voz ativa.

    a frase a cima na voz passiva tem dois verbos, quando passarmos para a vos ativa terá apenas um verbo.

    a única alternativa que tem um verbo é a A) PERCEBA

  • concordo com o andré: explicação simples e bem objetiva!!! na passiva a sociedade deixa de ser sujeito enquanto na ativa a sociciedade é quem sofre a ação. torna-sa o sujeito.

  • A oração "valores e princípios que, como tais, sejam percebidos pela sociedade" será transporta para a voz ativa do seguinte modo:

     

    Que a sociedade perceba [verbo no presente do subjuntivo, assim como a forma verbal "sejam", da voz passiva], como tais, os valores e princípios.

     

    Gabarito: A


ID
93346
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um sonho de simplicidade

Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz
da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um
sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a
tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos
cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem
falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque,
por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no
bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?

Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata,
tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim,
a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço.

Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria
preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio
de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de
dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido e
de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de
útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma
sossegada e limpa.

Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho
assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento!
Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, de um
número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de
nada, precisamos apenas viver - sem nome, nem número,
fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o
ribeirão.

(Rubem Braga, 200 crônicas escolhidas

Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles não me dão prazer algum, resultará a forma verbal

Alternativas
Comentários
  • Exatamente o que a Luciana falou."Nenhum prazer me é dado por eles."
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • PARA MIM FICARIA DA SEGUINTE FORMA NA VOZ PASSIVA:Prazer algum não é dado a mim por eles
  • Primeiro verificamos se pode transpor-se:

    Sim, pode, pois o verbo "DAR" é Verbo Transitivo Direto (VTD)

    Depois deveremos ver o tempo e modo do verbo:

    DÃO está no Presente do Indicativo.

    Na questão, você deveria verificar se existia alguma sentença com o mesmo tempo e modo verbal, OU, se existe o mesmo verbo, mas com a indicação do mesmo no Particípio Passado.

    A questão que indica o Particípio Passado está na:

    Letra "B" - é dado

  • verbo ser + particípio


ID
93349
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um sonho de simplicidade

Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz
da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um
sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a
tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos
cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem
falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque,
por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no
bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?

Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata,
tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim,
a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço.

Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria
preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio
de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de
dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido e
de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de
útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma
sossegada e limpa.

Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho
assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento!
Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, de um
número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de
nada, precisamos apenas viver - sem nome, nem número,
fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o
ribeirão.

(Rubem Braga, 200 crônicas escolhidas

Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • O comentário da Luciana está correto, mas com umaressalva: na alternativa E o verbo fica RETIVÉSSEMOS, com acento agudo.
  • A forma mais fácil de resolver este tipo de questão é trocar as formas derivadas dos verbos Ter, Vir e Pôr, pela própria conjugação desses verbos.Veja como facilita na resolução:a) Se todos se detessem mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho.deter deriva do verbo ter, então quando retiramos o "de" obtemos a forma: tessem, claramente errada, o correto seria tivessemb) Como nunca te conviu sonhar, deduzo que sejas feliz.convir deriva do verbo vir, então quando retiramos o "con" obtemos a forma:viu, e o correto seria veio (preste atenção que o verbo é vir e não ver)c) O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.prover (abastecer, suprir) deriva de ver, entao quando retiramos o "pro" obtemos a forma vê, que está correta!d) De onde proviram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?Provir (ter procedência) deriva de vir, então quando retiramos o "pro" obtemos a forma viram, e o correto seria vieram.e) Ah, se retêssemos por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar...reter deriva de ter, então quando retiramos o "re" obtemos a forma têssemos, claramente errada, o correto seria tivéssemos.A FCC cobra muito sobre os derivados dos verbos ter, vir e pôr, mas utilizando esta regrinha você gabarita qualquer uma.
  • ótimo comentário do amigo ...com certeza ajudará muita gente.. como me ajudou...valeu amigo....

    Comentado por Carlos Eduardo Predebon há aproximadamente 1 ano.
  • a) F - Se todos se detivessem mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho.
    b) F - Como nunca te conveio sonhar, deduzo que sejas feliz.
    c) Correto
    d)F - De onde proveram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?
    e)F - Ah, se retivessemos por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar...

  • Eu corrigi da seguinte forma:

     De onde 
    provêm as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?
  • c) O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.

  • a) ERRADO. Se todos se detessem (detivessem) mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho.

    Deter é conjugado igual ao ver ter.

    b) ERRADO. Como nunca te conviu (conveio) sonhar, deduzo que sejas feliz.

    Convir é conjugado igual ao verbo vir.
     

    c) GABARITO. O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.

    – O verbo prover é frequentemente confundido com o verbo provir. Prover indica, principalmente, o ato de providenciar ou fornecer o que é necessário; Já provir indica, principalmente, o ato de ser proveniente de, consequência de ou descendente de.

    – Tome cuidado, pois o verbo prover tem conjugação toda regular (tipo o verbo comer). Entretanto, Ele só é conjugado irregularmente igual ao verbo ver, apenas, no tempo presente do indicativo e o tempo presente do subjuntivo (e claro o modo imperativo). 
     

    d) ERRADO. De onde proviram (provieram) as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?

    Provir é conjugado igualmente ao verbo vir. E significa ter origem de.
    – Não confunda com prover que significa fornecer o que é necessário.
     

    e) ERRADO. Ah, se retêssemos (retivéssemos) por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar...

    Reter é conjugado igualmente ao verbo ter.

  • A. Se todos se detessem detivessem mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho.

    Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

    B. Como nunca te conviu conveio sonhar, deduzo que sejas feliz.

    CONVIR - VIR

    Pretérito Perfeito do Indicativo

    C. O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.

    PROVER (Abastecer) - VER

    Presente do Indicativo

    D. De onde proviram provieram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?

    PROVIR (Proceceder) - VIR

    Pretérito Perfeito do Indicativo

    E. Ah, se retêssemos retivéssemos por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar...

    RETER - TER

    Pretérito Imperfeito do Subjuntivo


ID
93535
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura de massa e cultura popular

O poder econômico expansivo dos meios de
comunicação parece ter abolido, em vários momentos e
lugares, as manifestações da cultura popular, reduzindo-as à
função de folclore para turismo. Tal é a penetração de certos
programas de rádio e TV junto às classes pobres, tal é a
aparência de modernização que cobre a vida do povo em todo o
território brasileiro, que, à primeira vista, parece não ter sobrado
mais nenhum espaço próprio para os modos de ser, pensar e
falar, em suma, viver, tradicionais e populares.

A cultura de massa entra na casa do caboclo e do
trabalhador da periferia, ocupando-lhe as horas de lazer em que
poderia desenvolver alguma forma criativa de autoexpressão;
eis o seu primeiro tento. Em outro plano, a cultura de massa
aproveita-se dos aspectos diferenciados da vida popular e os
explora sob a categoria de reportagem popularesca e de
turismo. O vampirismo é assim duplo e crescente; destrói-se por
dentro o tempo próprio da cultura popular e exibe-se, para
consumo do telespectador, o que restou desse tempo, no
artesanato, nas festas, nos ritos. Poderíamos, aqui, configurar
com mais clareza uma relação de aparelhos econômicos
industriais e comerciais que exploram, e a cultura popular, que é
explorada. Não se pode, de resto, fugir à luta fundamental: é o
capital à procura de matéria-prima e de mão de obra para
manipular, elaborar e vender. A macumba na televisão, a escola
de samba no Carnaval estipendiado para o turista, são
exemplos de conhecimento geral.

No entanto, a dialética é uma verdade mais séria do que
supõe a nossa vã filosofia. A exploração, o uso abusivo que a
cultura de massa faz das manifestações populares não foi ainda
capaz de interromper para sempre o dinamismo lento, mas
seguro e poderoso da vida arcaico-popular, que se reproduz
quase organicamente em microescalas, no interior da rede
familiar e comunitária, apoiada pela socialização do parentesco,
do vicinato e dos grupos religiosos.

(Alfredo Bosi. Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia
das Letras, 1992, pp. 328-29)

O poder econômico expansivo dos meios de comunicação aboliu as manifestações da cultura popular e as reduziu a folclore para turistas.

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas verbais resultantes serão:

Alternativas
Comentários
  • Regras da transposição de vozes verbais.Voz ativa: Sujeito ativo + verbo transitivo direto + objeto diretoEntre parênteses o que foi usado da frase na ativa para transformar a voz passiva.Voz passiva: sujeito passivo (O.D.) + locução verbal (V.T.D.) + agente da passivaPara transformar o verbo transitivo direto em locução verbar deveremos utilizar o seguinte esquema:locução verbal = verbo auxiliar (verbo ser) + verbo principal (no particípio)verbo auxiliar: sempre no mesmo tempo e modo do VTDverbo principal: é o mesmo verbo (VTD) no particípiovamos a alguns exemplos para facilitar:Voz ativaObina faz o gol.sujeito ativo: ObinaVTD: faz (presente do indicativo)Objeto direto: o golO gol é feito pelo Obina.Sujeito passivo: o gollocução verbal: é feito > é = mesmo tempo e modo (presente do indicativo) feito = mesmo verbo no particípioagente da passiva: pelo ObinaAgora um exemplo de voz passiva para ativa:Minha mente foi habitada por gnomos.sujeito passivo: minha menteverbo auxiliar: foi (pretérito perfeito do indicativo)verbo principal: habitada (participio)agente da passiva: por gnomosGnomos habitaram minha mente.sujeito ativo: gnomosVTD: habitaramobjeto direto: minha menteComo cheguei ao VTD?sujeito é Gnomos (eles) o verbo principal é habitar, e o tempo e modo eu pego do verbo auxilar foi (pretérito perfeito):Verbo habitarPretérito perfeitoeu habiteitu habitasteele habitounós habitamosvós habitasteseles habitaram
  • Note que em ambas orações tem apenas um verbo em cada uma, na primeira oração o verbo aboliu e na segunda oração o verbo reduziu. Se na voz ativa tem um verbo na voz passiva terá dois verbos, ou seja verbo auxiliar mais o verbo principal. Com isso eu já eliminaria as letras a) e b) que tem três verbos ( a) têm sido reduzidas b) têm sido abolidas). Os verbos aboliu e reduziu estão no passadio na voz ativa e devem continuar dando a idéia de passado na voz passiva. As letras c) e d) não dão idéia de passado. A resposta que está totalmente correta é a letra e). Resposta: e)
  • O poder econômico expansivo dos meios de comunicação aboliu as manifestações da cultura popular

    Vamos trocar tudo em verde por "ele" e tudo em laranja por  "elas"

    Ele aboliu elas.

    Então é só colocar o verbo auxiliar no mesmo tempo verbal que o verbo aboliu:

    Ela aboliu => Elas aboliram => Elas foram.

    Elas foram abolidas por ele.

    --

    e as reduziu a folclore para turistas.

    Ele ( O poder econômico )  reduziu elas ( as manifestações  culturais ).

    Elas foram reduzidas por ele.

ID
95068
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Justiça e burocracia
A finalidade maior de todo processo judicial é chegar a
uma sentença que condene o réu, quando provada a culpa, ou
o absolva, no caso de ficar evidenciada sua inocência ou se
nada vier a ser efetivamente comprovado contra ele. O
pressuposto é o de que, em qualquer dos casos, a sentença
terá sido justa. Mas nem sempre isso ocorre. O caminho
processual é ritualístico, meticuloso, repleto de cláusulas, de
brechas para interpretação subjetiva, de limites de prazos, de
detalhes técnicos - uma longa jornada burocrática, em suma,
em que pequenos subterfúgios tanto podem eximir de
condenação um culpado como penalizar um inocente. Réus
poderosos contam com equipes de advogados particulares
experientes e competentes, ao passo que um acusado sem recursos
pode depender de defensores públicos mal remunerados
e indecisos quanto à melhor maneira de conduzir um processo.
No limite, mesmo os réus de notória culpabilidade,
reincidentes, por exemplo, em casos de corrupção, acabam por
colecionar o que cinicamente chamam de "atestados de
inocência", sucessivamente absolvidos por força de algum
pequeno ou mesmo desprezível detalhe técnico. Quanto mais
burocratizados os caminhos da justiça, maior a possibilidade de
que os "expedientes" das grandes "raposas dos tribunais" se
tornem decisivos, em detrimento da substância e do mérito
essencial da ação em julgamento. A burocracia dos tortuosos
caminhos judiciais enseja a vitória da má-fé e do oportunismo,
em muitos casos; em outros, multiplica entraves para que uma
das partes torne evidente a razão que lhe assiste.
(Domiciano de Moura)

NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção:

Alternativas
Comentários
  • Para admitir transposição para voz passiva o verbo deverá ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Eu utilizo neste tipo de questão o resumo das frases, transformando o sujeito em ele (s), ela (s) e o complemento em algo, alguma coisa e observando se exige preposição.a) O réu jamais admitiu a culpa.Ele admitiu algo.b) Entraves burocráticos dificultam a distribuição de justiça.Eles dificultam alguma coisa.c) Os mais cínicos colecionam "atestados de inocência".Eles colecionam algo.d) Mas nem sempre isso acaba por ocorrer.Isso acaba POR ocorrer.e) Ele ignorou a importância dos detalhes.Ele ignorou alguma coisa.
  • ALTERNATIVA D.

     

    As demais são todas alternativas que possuem transitividade direta pelos verbos ( regra de ouro da transposição de vozes verbais)

  • Gabarito letra D

    a) A culpa jamais será admitida pelo réu.

    b) A distribuição de justiça é dificultada pelos entraves burocráticos.

    c) Atestados de inocência são colecionados pelos mais cínicos.

    e) A importância dos detalhes foi ignorada por ele.

  • VTD é que vai para voz passiva


ID
95920
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Administração da linguagem

Nosso grande escritor Graciliano Ramos foi, como se
sabe, prefeito da cidade alagoana de Palmeira dos Índios. Sua
gestão ficou marcada não exatamente por atos administrativos
ou decisões políticas, mas pelo relatório que o prefeito deixou,
terminado o mandato. A redação desse relatório é primorosa,
pela concisão, objetividade e clareza (hoje diríamos:
transparência), qualidades que vêm coerentemente combinadas
com a honestidade absoluta dos dados e da autoavaliação -
rigorosíssima, sem qualquer complacência - que faz o prefeito.
Com toda justiça, esse relatório costuma integrar sucessivas
edições da obra de Graciliano. É uma peça de estilo raro e de
espírito público incomum.

Tudo isso faz pensar na relação que se costuma promover
entre linguagens e ofícios. Diz-se que há o "economês", jargão
misterioso dos economistas, o "politiquês", estilo evasivo
dos políticos, o "acadêmico", com o cheiro de mofo dos baús da
velha retórica etc. etc. E há, por vezes, a linguagem processual,
vazada em arcaísmos, latinismos e tecnicalidades que a tornam
indevassável para um leigo. Há mesmo casos em que se pode
suspeitar de estarem os litigantes praticando - data venia - um
vernáculo estrito, reservado aos iniciados, espécie de senha
para especialistas.

Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos
específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar
um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir,
em suma, o vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o
exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem "tradução"
para a própria língua a que presumivelmente pertencem. O
exemplo de Graciliano diz tudo: quando o propósito da comunicação
é honesto, quando se quer clareza e objetividade no que
se escreve, as palavras devem expor à luz, e não mascarar, a
mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito alagoano,
a ética rigorosa do escritor e a ética irrepreensível do
administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios
da honestidade e do respeito para com o outro.

(Tarcísio Viegas, inédito)

alteração de voz verbal e de sentido na passagem da construção

Alternativas
Comentários
  • a letra E foi a unica alternativa em que houve mudança da voz verbal, da atva para a passiva

  • e) O exemplo de Graciliano diz tudo para   tudo é dito   como exemplo para Graciliano.
    Sujeito: O exemplo;
    VTD: diz e presente do indicativo;
    Objeto direto: tudo;
    Mudança na voz verbal: ativa para passiva.
    Mudança de Sentido:Tudo é dito pelo exemplo de Graciliano, e não como exemplo para Graciliano. Utilizarei um exemplo e este será usado para ele.
                
  • Errei ....

  • SER + VERBO NO PARTICÍPIO = VOZ PASSIVA ANALITICA


ID
104416
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A memória ajuda a definir quem somos. Na verdade, nada
é mais essencial para a identidade de uma pessoa do que o
conjunto de experiências armazenadas em sua mente. E a
facilidade com que ela acessa esse arquivo é vital para que
possa interpretar o que está à sua volta e tomar decisões. Cada
vez que a memória decai, e conforme a idade isso ocorre em
maior ou menor grau, perde-se um pouco da interação com o
mundo. Mas a ciência vem avançando no conhecimento dos
mecanismos da memória e de como fazer para preservá-la.
Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que
será uma realidade a manipulação da mente humana. Isso já
está sendo feito em animais. Cientistas brasileiros e americanos
demonstraram ser possível apagar, em laboratório, certas
lembranças adquiridas por cobaias. Tudo indica que as mesmas
técnicas podem ser usadas também para conseguir o efeito
inverso: ampliar a capacidade de reter fatos e experiências na
mente. Há pouco tempo pesquisadores da Universidade da
Califórnia detalharam como as proteínas estão relacionadas ao
surgimento de novas lembranças nos neurônios e à modificação
das já existentes.
Como ocorreu com o DNA no século passado, os códigos
fisiológicos que regulam a memória estão sendo decifrados.
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados
Unidos, nada menos que um quinto do financiamento em pesquisas
médicas do governo federal vai para as tentativas de
compreender os mecanismos do cérebro. Os estudos sobre a
memória têm um lugar destacado nesse esforço científico.
Afinal de contas, mantê-la em perfeito funcionamento tornou-se
uma preocupação central nas sociedades modernas, em que
dois fenômenos a desafiam: o primeiro é a exposição a uma
carga excessiva de informações, que o cérebro precisa processar,
selecionar e, se relevantes, reter para uso futuro; o segundo
é o aumento da expectativa de vida, que se traduz numa
população mais vulnerável a distúrbios associados à perda de
memória.
Um dos caminhos investigados pelos cientistas para
deter as degenerações que resultam em perda mnemônica é
induzir a produção de novos neurônios - a neurogênese. Até
pouco tempo atrás, acreditava-se que as células do cérebro não
se regeneravam. Esse mito foi derrubado e hoje se sabe que
em algumas estruturas cerebrais o nascimento de células
nervosas é um fenômeno comum. O experimento indica que,
se os cientistas conseguirem estimular de maneira controlada a
neurogênese, poderão aplicar essa técnica tanto para
compensar a morte de células causada por uma doença
degenerativa como, em tese, para melhorar a capacidade de
memorização de uma pessoa saudável. Esse será, certamente,
um dia inesquecível.
(Diogo Schelp. Veja. 13 de janeiro de 2010, pp. 79-87, com
adaptações)


Esse mito foi derrubado ... (4º parágrafo)

O verbo que admite transposição para a voz passiva, tal como na frase acima, está grifado em:

Alternativas
Comentários
  • Para passar para voz passiva é necessário ter objeto direto.
  • Ao comentario da fabiana.... é melhorada ...
  • Para que um verbo possa ser colocado na voz passiva, ele tem que ter objeto direto. Então, o verbo pode tanto ser um verbo transitivo direto - VTD - quanto um verbo transitivo direto e indireto - VTDI.

  • Não é mais fácil dizer: resposta letra B e em seguida explicar não????

    Os demais são:

    A) VERBO INTRANSITIVO
    B)VTD
    C)VERBO INTRANSITIVO
    D)VTI
    E)VERBO DE LIGAÇÃO

    DESSA FORMA, OS COLEGAS QUE NÃO ENTENDERAM VÃO OBSERVAR A EXPLICAÇÃO E PODER SEGUIR EM FRENTE. FICAR SÓ DIZENDO QUE TEM QUE SER VTD NÃO AJUDA NINGUÉM.

    VAMOS SER MAIS PRESTATIVOS
  • Sobre a letra E: O verbo permanecem, nesta frase, é INTRANSITIVO.

    permanecem NA memória (na memória é adjunto adverbial de lugar).

    Fonte: aula Flávia Rita.

  • RESP. "B"

    Despertou minha curiosidade. Alguém pode me ajudar?N

    a frase : "A capacidade de memorização das pessoas É MELHORADA consideravelmente por certos tratamentos médicos."

    nesta ocasião o verbo pode ficar no plural concordando com pessoas ?

  • Voz Passiva

     

    A capacidade de memorização das pessoas É MELHORADA consideravelmente por certos tratamentos médicos.

     

    O verbo deve concordar com o núcleo do sujeito: capacidade.


ID
104611
Banca
FCC
Órgão
TCM-PA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informática e educação

O termo informática resulta da aglutinação dos vocábulos
informação e automática, traduzindo-se conceitualmente
como "conjunto de conhecimentos e técnicas ligados ao tratamento
racional e automático de informação, o qual se encontra
associado à utilização de computadores e respectivos programas".
Como ferramenta de trabalho, a informática contribui inequivocamente
para a elevação da produtividade, diminuição de
custos e otimização da qualidade dos serviços. Já como ferramenta
cultural ou de entretenimento, suas possibilidades são
quase infinitas.

Não há como deixar de usar os recursos da informática
nos processos educativos. Ela coloca à disposição dos interessados
um sem-número de opções e campos de pesquisa, para
muito além de um simples adestramento tecnológico. Ela já está
configurando os paradigmas de um novo tempo e de um novo
universo a ser explorado. Entre outras vantagens, ressalte-se a
rápida e efetiva troca de informações entre especialistas e não
especialistas, a transação de experiências em tempo real, a
abertura de um diálogo imediato entre pontos distanciados no
espaço. Para além da simples estupefação tecnológica, que
toma de assalto aos mais ingênuos, a informática oferece uma
transposição jamais vista dos limites físicos convencionais.

Mas essa nova maravilha não deixa de ser uma ferramenta
que, por maior alcance que tenha, estará sempre
associada ao uso que dela se faça. Dependendo de seu
emprego, tanto pode tornar-se a expressão da mais alta criação
humana como a do nosso gênio destrutivo. Assim, há que
capacitar os educandos em geral não apenas no que diz
respeito à competência técnica, como também à preservação
da crítica e da ética.

Os educadores costumam dividir-se, diante dos recursos
da Internet: há quem considere abominável a facilidade das
"pesquisas prontas", que dispensam o jovem de um maior
esforço; mas há quem julgue essa abundância de material um
oportuno e novo desafio para os critérios de seleção do que
seja ou não relevante. É bom lembrar a advertência de um
velho professor: quem acredita que o computador efetivamente
"pensa", ao menos certifique-se de que ele o faz para nós, e
não por nós.
(Baseado em matéria da Revista Espaço Acadêmico, n. 85,
junho/2008)

Transpondo-se para a voz passiva a frase Ela já está configurando os paradigmas de uma nova época, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • Ela já está configurando os paradigmas de uma nova época. Voz ativaSe na voz ativa tem dois verbos( está configurando) na voz passiva terá três, ou seja esses dois e + o verbo auxiliar que pode ser: ser, estar e ficar. Quem tá sofrendo a ação na voz ativa (os paradigmas de uma nova época) vira sujeito na voz passiva. O sujeito da voz ativa vai para o final da frase da voz passiva antecedido pela preposição: por ou pela(o)(s). O verbo principal (está configurando, note que é uma loc. verbal e pode ser substituida por um único verbo"configurava" sendo que nessa locução verbal o verbo principal é configurando) na voz ativa está no gerundio e sendo assim o verbo auxiliar ficará no gerundio quando estiver na voz passiva. A voz passiva é feita com verbo auxiliar + verbo principal no participio.Com os detalhes acima já dá para eliminar as opções a) e e) pois não tem três verbos e a opção c) porque o verbo estar(está) foi trocado pelo verbo ter(têm). A frase na voz passiva ficará da seguinte maneira: Os paradigmas de uma nova época estão sendo configurados por ela. A resposta é a letra b) e não a letra d) pois o verbo está vira "estão" concordando com o novo sujeito ( Os paradigmas de uma nova época) e o verbo configurando vai para o participio "configurados" note que também está concordando com o sujeito. Resposta: b)
  • 1ª dica: OLHAR O(S) VERBO(S):

    - nesse caso, são dois verbos, está configurando, então deve ser acrescentado o verbo SER no meio dos dois, logo ficará uma locução verbal com 3 VERBOS.

    2ª dica: O COMPLEMENTO VERBAL (objeto direto) SERÁ O SUJEITO PASSIVO DA ORAÇÃO NA VOZ PASSIVA:

    - nesse caso: os paradigmas de uma nova época

    RESULTADO: OS PARADIGMAS DE UMA NOVA ÉPOCA JÁ ESTÃO SENDO CONFIGURADOS POR ELA.

    OBS: os verbos concordam com o sujeito.


ID
107638
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duzentos anos atrás, apenas 3% da população mundial viviam em cidades. Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a porcentagem tinha subido para 13% ? ainda uma minoria em um planeta essencialmente rural. Em algum momento deste ano, de acordo com estimativas das Nações Unidas, pela primeira vez na história o número de pessoas que vivem em áreas urbanas ultrapassará o de moradores do campo. Segundo o mesmo estudo, nas próximas décadas, praticamente todo o crescimento populacional do planeta ocorrerá nas cidades, nas quais viverão sete em cada dez pessoas em 2050. A população rural ainda deve aumentar nos próximos dez anos, antes de entrar em declínio gradativo.

O que move a humanidade em direção à vida de colméia? Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a possibilidade de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples. Sua primeira função foi de local de proteção, de armazenagem de alimentos e de entreposto de trocas. A segurança urbana permitiu o desenvolvimento do trabalho especializado, que liberou as pessoas para se engajarem em atividades como as artes, a ciência, a religião e a inovação tecnológica. A lei é a essência da vida urbana desde os tempos babilônicos. Primeiro, porque as cidades são centros de comércio e essa atividade exige regulamentos. Segundo, porque elas atraem diferentes tipos de moradores, que precisam viver juntos e dependem de normas comuns de comportamento.

O lugar que melhor sintetiza a urbanização em escala global é a megalópole. Esse é o nome que se dá aos aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de habitantes. Um em cada 25 habitantes do planeta vive em uma das dezenove megalópoles existentes. Seus moradores desfrutam uma vasta gama de serviços especializados, comércio disponível noite e dia,
programas culturais para todos os gostos, infinitas alternativas de lazer - mas o trânsito pode ser tão congestionado que se torna difícil usufruir as ofertas, ou a preocupação com a segurança é tal que obriga os pais a criar os filhos sob um controle extenuante. Essa situação é agravada pelo fato de quinze desses gigantes estarem localizados em países pobres ou emergentes.

(Adaptado de Thomaz Favero. Veja. 16 de abril de 2008, p.111)

Essa situação é agravada pelo fato de quinze desses gigantes estarem localizados em países pobres ou emergentes. (final do texto)

O verbo que admite o mesmo tipo de transposição ocorrida no exemplo grifado acima está também grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • *Essa situação é agravada pelo fato de quinze desses gigantes estarem localizados em países pobres ou emergentes (ORAÇÃO NA VOZ PASSIVA)e) Neste ano a população urbana ultrapassará o número de moradores das áreas rurais. - ESTÁ NA VOZ ATIVAVOZ PASSIVA- NESTE ANO O NUMERO DE MORADORES DAS ÁREAS RURAIS SERÃO ULTRAPASSADOS PELA POPULAÇÃO URBANA.
  • Como o colega já afirmou,a oração em comento está na voz passiva. Isto porque o verbo AGRAVAR é TRANSITIVO DIRETO.A única opção que possui outro verbo transitivo direto é a letra e):e) Neste ano a população urbana ULTRAPASSARÁ O NÚMERO de moradores das áreas rurais. Portanto, admite-se sua transposição para a voz passiva:O número de moradores das áreas SERÁ ULTRAPASSADO.
  • vale lembrar que somente os verbos V.T.D. ou V.T.D.I. aceitam voz  passiva

    bons estudos a todos!
  • Letra"E"

    O número de moradores das áreas rurais SERÁ ULTRAPASSADA pela população urbana neste ano.
  • (A) “crescem” é intransitivo; então só há voz ativa.
    (B) “mora”  é intransitivo; então só há voz ativa.
    (C) “depende” é transitivo indireto; então só há voz ativa.
    (D) “está” é verbo de ligação; então só há voz ativa.
    (E) “ultrapassará” é transitivo direto,
    Transpondo-se para a voz passiva, teríamos: O número de moradores das áreas rurais será ultrapassado pela população urbana.
    Letra E
    Bons estudos


ID
108610
Banca
FCC
Órgão
SEAD-AP
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O crime não ocorre por acaso. Antes de atacar, o bandido costuma observar atentamente sua vítima. Estuda seus movimentos e pontos fracos e avalia os riscos da investida. A não ser que esteja drogado, quem pratica uma ação criminosa pesa todos esses fatores antes de decidir se vale a pena arriscar. Facilidade de ataque e fuga, fragilidade do alvo e possibilidade de bons ganhos são fatores que pesam na decisão.
Analisando dessa forma, fica fácil entender o que se deve fazer para diminuir o risco de se tornar alvo preferencial, sujeito a ataques a qualquer momento. O melhor é recorrer ao bom senso. Não ostentar jóias nem outros objetos de valor, evitar lugares desertos, procurar estar sempre acompanhado, somente utilizar caixas eletrônicas em locais públicos e prestar atenção quando estiver no trânsito. Apesar de amplamente conhecidos, esses cuidados costumam ser negligenciados pelas pessoas. A tendência é imaginar que coisas ruins só contecem com os outros.
Para evitar o risco de engrossar as estatísticas da criminalidade, a melhor tática é seguir os conselhos de policiais e profissionais especialistas em segurança. Ao caminhar pela calçada, por exemplo, os ladrões preferem abordar pessoas distraídas e que aparentam ter algo de valor. É aconselhável ficar afastado das aglomerações e andar com bolsas e sacolas junto ao corpo. A observação do movimento também ajuda. Uma pessoa precavida tem muito mais chance de um caminho livre de bandidos.

Veja Especial - Sua Segurança

Esses cuidados costumam ser negligenciados pelas pessoas.

Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a forma verbal passa a ser

Alternativas
Comentários
  • Esses cuidados costumam ser negligenciados pelas pessoas.

     
    Como o verbo ser está no infinitivo, quando transformarmos o verbo negligenciar (que está no particípio) ele também deverá ficar no infinitivo (negligenciar). O verbo costumam continua igual e o verbo ser será cortado. Vejamos

    Voz ativa: As pessoas costumam negligenciar esses cuidados.

    resposta: alternativa A.
  • Apassivar uma frase significa pegar o objeto direto e transformá-lo em sujeito paciente.


ID
108706
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre os perigos da leitura

Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra.
Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: "Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!". [...]
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos - ah, isso não lhes tinha sido ensinado!
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.

(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta a mesma estrutura verbal de voz reflexiva empregada na frase - Os candidatos amontoavam-se no corredor.

Alternativas
Comentários
  • A redação correta das alternativas segue abaixo:(A) Concebeu-se, assim, uma nova forma de viver.(B) Foi assim que o prédio se construiu.(C) Os candidatos não sabiam se estavam preparados.(D) Diante do frio, procuraram todos agasalhar-se.(E) Os campos aravam-se com instrumentos primitivos.;)
  • O verbo está na voz reflexiva quando o sujeito é o agente e o paciente ao mesmo tempo, isto é, o sujeito executa e recebe a ação verbal simultaneamente. Essa é a definição tradicional, que, frequentemente, encontramos nos livros escolares de gramática. Exemplos:

    Prejudiquei-me por você.

    Consideras-te vencedor.

    O índio feriu-se.

    Preparemo-nos para o concurso.

    Por que vos arrogais semelhantes privilégios?

    As crianças salvaram-se, fugindo daquele lugar.

    d) Diante do frio, procuraram todos agasalhar-se.

  • Seres inanimados não aceitam voz reflexiva.

  • Os candidatos amontoavam-se no corredor. amontoavam a si mesmos no corredor

     

    Diante do frio, procuraram todos agasalhar-se. agasalharam a si mesmos diante do frio

  • Pessoal, na alternativa "d" não deveria ocorrer a próclise em: "... todos agasalhar-se" já que existe a partícula atrativa "todos"? 

  • Questão antiga. Quem resolveu ela em 2019?

  • Gabarito D

  • Respondendo a pergunta do Matheus Bizinotto:

    Ocorreu a ênclise devido ser um infinitivo.

  • Ô falta de atenção da peste...

  • Acredito que os dois "se" sejam partes integrantes do verbo.

  • O infinitivo aceita a ênclise, o cara é fod*. Para não ater-se <- Certinha tbm

    Para não obter-se <- certinha tbm. Cuidado com as exceções. Quanto ao "SE" da "E" não é possíuvio, uma vez que seres "mortos" não se matam. Inanimado não aceita reflexão

  • Alternativa D

    A) Concebeu-se, assim, uma nova forma de viver.

    Nesse caso, a partícula "se" indica a construção da voz passiva sintética! Mas como sabemos disso? Basta passar a frase para a voz passiva analítica: Assim, uma nova forma de viver foi concebida

    B) Foi assim que o prédio se construiu.

    Não se pode aplicar a voz reflexiva quando o sujeito é um ser inanimado

    C) Os candidatos não sabiam se estavam preparados.

    A partícula "se", neste caso, dá à frase uma ideia de dúvida, incerteza/

    D) Diante do frio, procuraram todos agasalhar-se.

    Aqui, o sujeito é que pratica a ação de agasalhar e, ao mesmo tempo, é quem se torna agasalhado, ou seja, há ocorrência da voz reflexiva

    E) Os campos aravam-se com instrumentos primitivos.

    Não se pode aplicar a voz reflexiva quando o sujeito é um ser inanimado


ID
116719
Banca
FCC
Órgão
TRE-AC
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O caso Amina Lawal

A absolvição da nigeriana Amina Lawal, que havia sido condenada à morte por apedrejamento pela acusação de adultério, representa uma vitória dos direitos humanos e da comunidade internacional. Ela está longe, entretanto, de significar
uma melhora da situação das mulheres no país. Na verdade, a "solução" encontrada pelos juízes da corte islâmica de apelações que reviu o caso manteve as aparências. Lawal foi absolvida devido a "erros de procedimento" nos dois julgamentos anteriores. Em nenhum momento o "crime" (sexo fora do casamento, ou "zina", na lei islâmica) ou a crueldade da pena foram postos em questão. A sentença, porém, aliviou a pressão internacional sobre o governo nigeriano.
O caso Lawal é, para os padrões democráticos ocidentais, um verdadeiro escândalo. Amina Lawal, 31, foi sentenciada em primeira instância, em março de 2002, no Estado de Katsina, no norte da Nigéria. Segundo a Anistia Internacional, a prova usada contra ela foi o fato de ter engravidado sem ser casada. Curiosamente, o homem que ela afirmava ser o pai da criança apenas negou que tivesse mantido relações sexuais com Amina e nem foi a juízo. Pelos cânones da escola Maliki de interpretação da "sharia", a lei muçulmana, que é a corrente dominante no norte da Nigéria, a gravidez é prova bastante da culpabilidade da ré. A condenação de Amina fora confirmada em segunda instância em agosto de 2002.
A absolvição representa um alívio para o governo do presidente Olusegun Obasanjo (cristão). Se o apedrejamento fosse confirmado pela corte islâmica e ascendesse a um tribunal laico, uma eventual liberação de Lawal - vista por observadores como certa - poderia desencadear uma guerra civil entre os muçulmanos do norte do país e os cristãos do sul. Se o pior desfecho foi evitado com a absolvição, a questão dos direitos humanos está longe de equacionada. No
mesmo dia em que Lawal era libertada, a imprensa nigeriana noticiava a condenação ao apedrejamento de um acusado de sodomia.

(Folha de S.Paulo. Editorial. 27/09/2003)

Transpondo-se para a voz ativa a frase havia sido condenada à morte por apedrejamento, o segmento sublinhado deverá ser substituído por

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B. Trata-se de uma questão bastante complexa pois refere-se a vários assuntos.

    Primeiro: transformação de vozes verbais...
    A nigeriana HAVIA SIDO CONDENADA à morte por apedrejamento pela acusação de adultério.
    Sabemos que o SUJEITO da Voz Ativa é o OBJETO DIRETO da Voz Passiva ( e vice-versa)
    Transformando para a Voz Ativa temos: Acusação de adultério HAVIA/HAVIAM CONDENADO a nigeriana.

    Segundo: concordância ...
    A acusação havia OU acusação havia/haviam

    a nigeriana (substitui pela pronome a)
    ATENÇÃO: O pronome a será usado junto ao verbo haver e NÃO junto ao particípio.
    Acusação de adultério HAVIA/HAVIAM CONDENADO a nigeriana.

    Terceiro: emprego de pró/meso/ênclise...
    Verbos terminados com M seguidos pelo pronome A formam -NA
    Desse modo teremos: Acusação de adultério HAVIAM-NA CONDENADO.


  • "havia sido condenada à morte por apedrejamento."

    A questão envolve vozes do verbo e colocação pronominal.

    Na transposição de locução verbal da voz passiva para a voz ativa, mantem-se o primeiro verbo (HAVIA) e adequa o verbo principal (CONDENADA) ao tempo e modo do verbo auxiliar (SIDO).

    SIDO = Particípio, logo, CONDENADA irá para o particípio, ficando = CONDENADA (coincidência ter ficado igual).

    Depois adequa-se a frase às regras de concordância verbal e nominal.

    Assim, eliminaríamos as letras "c", "d" e "e".

    Com relação à colocação pronominal, os tempos compostos (verbo auxiliar + particípio) não admitem pronome após o particípio.
    Se fossee caso de próclise obrigatória ficaria, p ex., não a haviam condenado.
    Não sendo caso de próclise obrigatória, o pronome acompanha o verbo auxiliar. Haviam-na
      
    Mas NUNCA acompanhará o verbo no particípio.

      
  • Um fator complicador para essa questão é que simplesmente não dá pra usar diretamente nenhum dos trechos propostos no texto original. O primeiro comentário tentou, e eis o que saiu: 
    "Acusação de adultério HAVIAM-NA CONDENADO." Aparentemente, ele se deu por satisfeito com essa construção absolutamente tosca e impossível na língua portuguesa.

    Uma boa maneira de salvar o trecho, com voz ativa, seria a seguinte: 
    A absolvição da nigeriana Amina Lawal, a quem haviam condenado à morte por apedrejamento pela acusação de adultério... (Alternativa não proposta pela banca)

     Assim, só podemos concluir que a banca estava falando da possibilidade abstrata de "converter" (nunca de substituir no texto) a frase solta "havia sido condenada" para a voz ativa. Infelizmente, a redação da questão induz ao erro: o candidato perde um tempão tentando substituir as alternativas no texto e começa a achar que está enlouquecendo quando nenhuma se encaixa! 
    (Veja como divulgar a Campanha Nota Justa)
  • Pessoal, transcrevo abaixo o comentário de um professor sobre a questão:

    (FCC- TRE- AC) Transpondo-se para a voz ativa a frase HAVIA SIDO CONDENADA à morte por apedrejamento, o segmento sublinhado deverá ser substituído por:

    a) haviam condenado-a.

    b) haviam-na condenado.

    c) foi condenada.

    d) condenaram-na.

    e) haviam de condená-la.

    GABARITO LETRA B

    Dica: se há 3 verbos na passiva, na ativa teremos 2. Agindo assim, você já elimina a letra D ( condenaram-na).

    Outra dica: na voz ativa, não há a presença do verbo SER, o que elimina a letra C ( foi condenada).

    Mais uma dica: Após locução verbal terminada em particípio passado ( ADO(A), EITO(A), IDO(A), não pode haver forma pronominal oblíqua, ou seja, os pronomes me,te,se,o, a,lhe, nos, vos não caberão nesse tipo de estrutura. Exemplo: Tenho preparado-me para concursos. PODRE! Devido à forma preparADO. A forma correta é Tenho me preparado. Com essa informação, você elimina também a letra A.

    Agora vem a solução para o problema:

    Observe o penúltimo verbo do enunciado (SIDO) -  HAVIA SIDO CONDENADA

    Perceba que ele está no Particípio passado. Pois bem, sabe o que isso significa? Que o verbo principal da voz ativa (último verbo) estará nessa mesma estrutura, ou seja, também no particípio passado. Dê uma olhadinha nas alternativas que sobraram. Achou a letra?

    Isso mesmo. Resposta LETRA B:

    Haviam-na condenado equivale a Ela havia sido condenada por eles.

    Por que não pode ser letra E? Perceba que o último verbo está no infinitivo. Haviam de condená-la equivale, na passiva, a Ela havia de ser condenada por eles. 

    Grande abraço! Professor Heber Vieira

  • Para termos Voz passiva é obrigatório o Objeto Direto na Voz Ativa e sabemos que na voz passiva não é necessário a presença do Agente da passiva.


    Amina Lawal havia sido condenada.


    Voz Passiva                                                                   Voz Ativa

    Amina Lawal = sujeito                           =>              vira Objeto Direto
    havia = verbo auxiliar                            =>              concorda com o sujeito
    sido = verbo SER                                    =>              desaparece
    condenada = verbo principal               =>              passar para o tempo em que estava o verbo SER
    não tem agente da passiva                  =>              vira sujeito


    O que complicou na questão foi a Colocação Pronominal.
     

    COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
    Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + 
    infinitivo, gerúndio ou particípio.

    AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do 
    verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome 
    deverá ficar antes do verbo auxiliar.

    Havia-lhe contado a verdade.
    Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.


    *Como não tem agente da passiva o sujeito será indeterminado (3ª pessoa do plural) 

    Haver(3ª plural) => Haviam
    sIDO (particípio) => Desaparece
    condenar (tempo do verbo SER) => condenADO
    Na locução verbal com o verbo principal no particípio o pronome fica entre os verbos.

    Resposta:

    Haviam-na condenado.

  • Pesado.


ID
116911
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente
experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do
próprio organismo.
Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais
intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.


(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

Transpondo-se para a voz passiva a frase A privação da substância produz sintomas, obtém-se a forma verbal

Alternativas
Comentários
  • A privação da substância produz sintomas (VOZ ATIVA)Os sintomas são produzidos pela privação da substância (VOZ PASSIVA)É importante observar que o tempo verbal da voz ativa deverá ser seguido pelo verbo auxiliar da voz passiva. Verbo principal PRODUZ está no Presente do IndicativoVerbo auxiliar SÃO está no Presente do Indicativo
  • A transposição da voz ativa para passiva deve manter o mesmo tempo verbal. A letra A e a D estão no mesmo tempo verbal, ou seja, presente do indicativo. No entanto, como o verbo deve concordar com o sujeito e o sujeito da voz passiva é Sintomas o verbo deve ir para o plural. A frase vai ficar assim:  Sintomas são produzidos pela privação de susbstâncias.
  • Alt. D.

    A privação da substância produz sintomas -> Sintomas são produzidos pela privação de substâncias.



  • Gabarito : Letra D

     

    A privação da substância produz (tempo presente) sintomas.

    A voz passiva é caracterizada pelo verbo ser + particípio, então teremos:

    Sintomas são produzidos (tempo presente) pela privação da substância.

  • são produzidos.

  • Sintomas são produzidos pela privação da substância.


ID
117829
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A idéia de que o povo é bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania política, provém, sem dúvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filósofo sobre esse ponto era muito mais complexo e profundo do que podem supor alguns de seus ingênuos seguidores.
Do fato de que o homem é sempre bom, e que a sociedade o corrompe, não se seguia logicamente, no pensamento de Rousseau, a conclusão de que as deliberações do povo fossem sempre boas. "Cada um procura o seu bem, mas nem sempre o enxerga. O povo nunca é corrompido, mas é freqüentemente enganado, e é então que ele parece querer o mal" - advertia o filósofo.
É aí que se insere a sua famosa distinção entre vontade geral e vontade de todos. Aquela "só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a soma de vontades particulares". Para Rousseau, nada garantiria que a vontade geral predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrário, ele tinha mesmo da vida em sociedade uma visão essencialmente pessimista. Sustentava que os povos são virtuosos apenas na sua infância e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente.
Não há, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princípio da soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi um moralista, preocupado antes de tudo com a reforma dos costumes, descria completamente de qualquer remédio jurídico para os males da humanidade.



(Fábio Konder Comparato)

Transpondo-se para a voz passiva a frase As pessoas nem sempre enxergam o seu bem, a forma verbal decorrente será

Alternativas
Comentários
  • Analisando a frase...

    As pessoas nem sempre enxergam o seu bem

    Sujeito: As pessoas

    Verbo: Enxergam

    Objeto: o seu bem

    Note que exergam está no presente do indicativo, então o verbo auxiliar deve estar também no presente do indicativo.

    nem sempre o seu bem é enxergado pelas pessoas.

    Vi nas estatísticas que algumas pessoas marcaram a alternativa e).

    Note que "o seu bem" pode ser substituído por  "ele":

    nem sempre ele  é enxergado pelas pessoas.
  •  

    é enxergado

  • As pessoas nem sempre enxergam o seu bem

    O seu bem nem sempre é enxergado pelas pessoas


ID
118615
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma tese corrente entre os antropólogos sustenta que
um dos marcos da separação entre o homem e os demais
primatas foi o advento da família nuclear. Formada por pai, mãe
e filhos que vivem juntos, ela se opõe à chamada família
estendida, em que os animais andam em bandos e as relações
entre membros consanguíneos se dão de outras formas. Entre
os chimpanzés e os bonobos, nossos parentes mais próximos
na árvore da evolução, como entre muitos outros mamíferos
sociais, a guarda da prole fica exclusivamente a cargo da
fêmea.
Uma pesquisa recente de um grupo de arqueólogos
alemães confirma a antiguidade da família nuclear entre humanos.
O estudo foi feito com base num conjunto de quatro
túmulos coletivos, que datam de 4.600 anos atrás, encontrados
próximos ao rio Saale, no interior da Alemanha. Os túmulos
abrigavam treze ossadas, cujas fraturas sugeriam que os
indivíduos haviam sido vítimas de um massacre. Por análises
de DNA, provou-se que num dos túmulos pai, mãe e filhos -
dois meninos com cerca de 5 e 9 anos - haviam sido enterrados
juntos. Como mostra uma reconstituição artística feita a partir
das ossadas, cada uma das crianças foi sepultada, respectivamente,
junto aos braços do pai e da mãe. O achado constitui
a mais antiga evidência arqueológica de família nuclear já encontrada
e identificada por meio da genética.
Até meados do século XX, prevalecia entre os antropólogos
a ideia de que a família nuclear era uma instituição
apenas cultural. Ela está presente em mitos consagrados como
Adão e Eva, a primeira das famílias, segundo a Bíblia. Hoje se
acredita que a família nuclear tenha se estabelecido por trazer
vantagens evolutivas. Segundo o biólogo holandês Frans de
Waal, um dos maiores primatologistas da atualidade, "É provável
que a família nuclear tenha sido essencial para diferenciar a
espécie humana, garantir sua sobrevivência e sua disseminação
pelo planeta".
Várias hipóteses apontam nesse sentido. Nas gerações
imemoriais, os machos que ficavam mais perto das fêmeas
geravam mais descendentes que os aventureiros, que só
apareciam de vez em quando. A relação estável também
ganhou espaço porque, entre humanos, criar um filho não é
fácil. O bebê exige cuidados especiais por mais tempo que
outros primatas. Em ambientes hostis, como a selva ou a
savana, proteger a criança era difícil. Sob a ótica do pai, estar
por perto para arranjar comida, manter as feras afastadas e
garantir a sobrevivência da prole representava uma vantagem
evolutiva.
Como mostra a imagem da família abraçada no túmulo
encontrado na Alemanha, o instinto familiar é ancestral no
Homo sapiens.

(Leandro Nardoch. Veja, 10 de dezembro de 2008, pp. 114-115,
com adaptações)

O estudo foi feito com base num conjunto de quatro túmulos coletivos ... (2ºparágrafo)

O verbo que admite a transposição grifada acima está na frase:

Alternativas
Comentários
  • O estudo foi feito com base num conjunto de quatro túmulos coletivos ... (2ºparágrafo) - Frase na VOZ PASSIVA O verbo que admite a transposição para a voz Passiva é GARANTIR - transitivo direto - alternativa d;A separação entre a espécie humana e a dos demais primatas FOI GARANTIDA pela existência de uma família nuclear.a) verbo de ligação;b) verbo de ligação;c) verbo intransitivo;e) verbo transitivo indireto.
  • Fica assim, após a transposição: A separação entre a espécie humana e a dos demais primatas foi garantida pela existência de uma família nuclear.

    O que a questão pedia era a alternativa onde a voz passiva admitia o uso do verbo auxiliar + Verbo principal
  • oooolhe o verbo no mesmo tempo que mata a questão:

    FOI ( PRETÉRITO PERFEITO)

    GARANTIU ( PRETÉRITO PERFEITO)

    Só ai já tirava três da frente ( A : pretérito imperfeito, B: pretérito imperfeito e C: presente : )

    A letra C tem o verbo no pretérito perfeito mas na frase tem VI


ID
118762
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de não fazer nada

Dizem-me que mais da metade da humanidade se
dedica à prática dessa arte; mas eu, que apenas recente e
provisoriamente a estou experimentando, discordo um pouco
dessa afirmativa. Não existe tal quantidade de gente
completamente inativa: o que acontece é estar essa gente
interessada em atividades exclusivamente pessoais, sem
consequências úteis para o resto do mundo.

Aqui me encontro num excelente posto de observação: o
lago, em frente à janela, está sendo percorrido pelos botes
vermelhos em que mesmo a pessoa que vai remando parece
não estar fazendo nada. Mas o que verdadeiramente está
acontecendo, nós, espectadores, não sabemos: cada um pode
estar vivendo o seu drama ou o seu romance, o que já é fazer
alguma coisa, embora tais vivências em nada nos afetem.

E não posso dizer que não estejam fazendo nada
aqueles que passam a cavalo, subindo e descendo ladeiras,
atentos ao trote ou ao galope do animal.

Há homens longamente parados a olhar os patos na
água. Esses, dir-se-ia que não fazem mesmo absolutamente
nada: chapeuzinho de palha, cigarro na boca, ali se deixam
ficar, como sem passado nem futuro, unicamente reduzidos
àquela contemplação. Mas quem sabe a lição que estão
recebendo dos patos, desse viver anfíbio, desse destino de
navegar com remos próprios, dessa obediência de seguirem
todos juntos, enfileirados, para a noite que conhecem, no
pequeno bosque arredondado? Pode ser um grande trabalho
interior, o desses homens simples, aparentemente desocupados,
à beira de um lago tranquilo. De muitas experiências
contemplativas se constrói a sabedoria, como a poesia. E não
sabemos ? nem eles mesmos sabem ? se este homem não vai
aplicar um dia o que neste momento aprende, calado e quieto,
como se não estivesse fazendo nada, absolutamente nada.

(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende)

Transpondo-se para a voz passiva a frase Cada um pode estar vivendo os seus dramas, a forma verbal resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Cada um pode estar vivendo os seus dramas. (VOZ ATIVA).Cada um dos seus dramas podem estar sendo vividos. (VOZ PASSIVA).
  • b-

    A transoposi;'ao para voz passiva/ativa exige manter o verbo no mesmo tempo verbal e mesmo modo, fazendo com que o agente seja o receptor/causador da ação

  • Ao saber que na passiva sempre há um verbo a mais, fica fácil a resposta


ID
119062
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              O cosmopolita desenraizado

      Quando Edward Said morreu, em setembro de 2003, após batalhar por uma década contra a leucemia, era provavelmente o intelectual mais conhecido do mundo. Orientalismo, seu controvertido relato da apropriação do Oriente pela literatura e pelo pensamento europeu moderno, gerou uma subdisciplina acadêmica por conta própria: um quarto de século após sua publicação, a obra continua a provocar irritação, veneração e imitação. Mesmo que seu autor não tivesse feito mais nada, restringindo-se a lecionar na Universidade Columbia, em Nova York - onde trabalhou de 1963 até sua morte ?, ele ainda teria sido um dos acadêmicos mais influentes do final do século XX.


      Mas ele não viveu confinado. Desde 1967, cada vez com mais paixão e ímpeto, Edward Said tornou-se também um comentarista eloquente e onipresente da crise do Oriente Médio e defensor da causa dos palestinos. O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said - sua crítica à incapacidade do Ocidente em entender a humilhação palestina ecoa, afinal, em seus estudos sobre o conhecimento e ficção do século XIX, presentes em Orientalismo e em obras subsequentes. Mas isso transformou o professor de literatura comparada da Universidade de Columbia num intelectual notório, adorado ou execrado com igual intensidade por milhões de leitores.

      Foi um destino irônico para um homem que não se encaixava em quase nenhum dos modelos que admiradores e inimigos lhe atribuíam. Edward Said passou a vida inteira tangenciando as várias causas com as quais foi associado. O "porta-voz" involuntário da maioria dos árabes muçulmanos da Palestina era cristão anglicano, nascido em 1935, filho de um batista de Nazaré. O crítico intransigente da condescendência imperial foi educado em algumas das últimas escolas coloniais que treinavam a elite nativa nos impérios europeus; por muitos anos falou com mais facilidade inglês e francês do que árabe, sendo um exemplo destacado da educação ocidental com a qual jamais se identificaria totalmente.

      Edward Said foi o herói idolatrado por uma geração de relativistas culturais em universidades de Berkeley a Mumbai, para quem o "orientalismo" estava por trás de tudo, desde a construção de carreiras no obscurantismo "pós-colonial" até denúncias de "cultura ocidental" no currículo acadêmico. Mas o próprio Said não tinha tempo para essas bobagens. A noção de que tudo não passava de efeito linguístico lhe parecia superficial e "fácil". Os direitos humanos, como observou em mais de uma ocasião, "não são entidades culturais ou gramaticais e, quando violados, tornam-se tão reais quanto qualquer coisa que possamos encontrar".

            (Adaptado de Tony Judt. "O cosmopolita desenraizado". Piauí, n. 41, fevereiro/2010, p. 40-43)

O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ... (2º parágrafo)

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é:

Alternativas
Comentários
  • Vamos por eliminação.Não poderia ser as alternativas c, d, e, pois estão conjugados respectivamente, no futuro do pretérito, presente do indicativo e futuro do pretérito, sendo que no enunciado temos o pretérito perfeito. A alternativa "a" é pronome reflexivo. Sendo assim só nos resta a alternativa "b".
  • O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said

           SUJEITO                                                   VERBO                                  OBJETO DIRETO

    Como sabemos, o OD da Voz Ativa será o sujeito da Voz Passiva. A regra geral de concordância diz que " o verbo concorda com o sujeito".

    Verbo Principal é Constituir, que está no infinitivo.

    Então...

    Um deslocamento da atenção intelectual de Said  não chegou a ser constituído pelo engajamento moral e político

  • O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said

    OBS: Um deslocamento da atenção intelectual de Said é o Objeto Direto da voz ativa.Passando para voz passiva analítica o objeto será o paciente que  sofrerá a ação verbal.

    Na voz passiva analítica: um deslocamento da atenção intelectual de Said chegou a ser constituído pelo engajamento moral e político.

    Força e Fé!


ID
119605
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a oração encontra-se na voz passiva sintética:

Alternativas
Comentários
  • a) Voz passiva analíticab) Índice de indeterminação do sujeito (VTI)c) Voz passiva sintética (VTD)d) Voz ativa:)
  • Precisar - Verbo Transitivo Indireto, nesse caso o termo "SE" tem função de termo de indeterminação do sujeito e não de partícula apassivadora.Divulgar - Verbo Transitivo Direto, por essa razão a particula "SE" tem função de particula apassivadora!
  • Voz Passiva Sintética
    A voz passiva sintética é formada por um verbo transitivo direto, um pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente da ação verbal.
    Ex.: Aceitam-se- encomendas.

    Voz Passiva Analítica
    A voz passiva analítica será formada por sujeito paciente, um verbo auxiliar ser ou estar, um verbo principal que indicará uma ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva.
    Ex.: As roupas foram finalizadas pela costureira.

    Leia mais: http://www.seuconcurso.com.br/portuguestiradas/o-que-e-voz-passiva.htm#ixzz2CrzIPGzk
  • Vale lembrar que a VOZ PASSIVA SINTÉTICA é formada da seguinte forma:

     um verbo transitivo direto, um pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente da ação verbal.

    Bons estudos!!!
  • basta retirar o sujeito da ativa e acrescentar a PA=SE 

  • a) Voz passiva analítica --> A medida foi aprovada pelo Congresso.

     b) O se é índice de indeterminação do sujeito (VTI+se) --> Precisa-se de secretária.

     c) Correto, o se é pronome apassivador (VTD+se) --> Divulgou-se o gabarito da prova.

     d) voz ativa --> (Eles) Mataram o jovem friamente

  • Bizu: Sintética - pronome SE..

    Analítica seria : O gabarito foi divulgado..

    GABA: C

    #rumoaoTJPE

  • voz passiva-sintética:

    verbo se ---> artigo substantivo / adjetivo

  • A) verbo SER + particípio = voz passiva analítica

    B) VTI + SE + 3º pessoa do singular = índice de indeterminação do sujeito

    C) VTD + SE + sujeito passivo = voz passiva sintética

  • O gabarito foi divulgado

  • A) está na voz passiva analítica > Verbo ser + particípio

    Foi + aprovado

    B) índice de indeterminação do sujeito> Verbo transitivo indireto + se

    Nesse caso, não se pode passar:

    Precisa-se de secretária > secretária de precisado

    C) correto, voz passiva sintética : Verbo transitivo direto + se

    Divulgou-se (o quê)? o gabarito > o gabarito foi divulgado

    Vende-se (o quê)? casa> casa é vendida

    D) Mataram o jovem > Índice de indeterminação do sujeito

    Quem matou? não se sabe.

    Outro exemplo desse caso:

    Falaram do Governo___ Quem falou?

    PM/BA 2019

  • Diferença entre Voz PASSIVA SINTÉTICA e ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO.

    -> Precisa-se de secretária. (índice de indeterminação): -> Presença de preposição, ou seja, V.T.INDIRETO. Permanece na 3ª pessoa do singular.

    -> Divulgou-se o gabarito da prova. (Passiva Sintética). -> VT.DIRETO. (SE = PARTÍCULA APASSIVADORA). CONCORDA COM O SUJEITO.

  • VTD + SE = Partícula Apassivadora.

    VTI + SE = Índice de indeterminação do sujeito.

    FONTE: MATHEUS OLIVEIRA


ID
120007
Banca
FCC
Órgão
SERGAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O pequeno engenheiro

Ou muito me engano, ou era esse mesmo o nome de um brinquedo do meu tempo de criança. Terá conseguido sobreviver à onda das engenhocas eletrônicas de hoje? Lembrome bem dele: uma caixa de madeira, bonita, com tampa de encaixe corrediça; dentro, um grande número de pecinhas também de madeira, coloridas, de diferentes formas e dimensões. Em algumas delas estavam desenhados um relógio, uma janela, tijolinhos... O conjunto possibilitava (e mesmo inspirava) diversos tipos de edificação: castelos, torres, pontes, edifícios, estações etc.
Não se tratava exatamente de uma prova de habilidade motora: não era grande a dificuldade de erguer um pequeno muro ou de dar sustentação a uma torre. Tratava-se, antes, de usar a imaginação, construir e preencher espaços, compor cenários, como quem arma a ambientação de um palco onde se desenvolverá uma história. Havia, implícita, a par da necessidade de tudo ter que parar em pé, a preocupação estética: insistir no critério da simetria ou permitir variações de padrão? Fantasiar formas ou ater-se à imitação das já bastante conhecidas? Não exagero ao dizer que tudo isso fazia de cada um de nós, para além de um pequeno engenheiro, um pequeno arquiteto, um escultor mirim, um precoce cenógrafo, um artista plástico pesquisando linguagem...
De qualquer modo, esse brinquedo não me levou, na idade adulta, à engenharia, nem ao ramo de construções, nem me fez artista plástico. Ficou na memória, perdido entre outros brinquedos que dispensavam baterias, tomadas elétricas, manuais de instrução e termo de garantia. Sem dúvida havia algum encanto no trenzinho elétrico, que corria obediente pelos trilhos. A meninada ficava olhando, olhando, a princípio interessada, mas logo alguém perguntava: ? Vamos brincar? Ser espectador era pouco: o corpo precisava entrar no jogo. Nem que fosse para habitar, imaginariamente, a torre de um castelo colorido, erguido há pouco com as mãos de um pequeno engenheiro que se entretinha facilmente com suas peças de madeira.


(Oduvaldo Monteiro, inédito)

Transpondo-se para a voz passiva a construção um artista plástico pesquisando linguagem, a forma verbal resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Um artista plástico pesquisando linguagem. (VOZ ATIVA).O verbo pesquisar está no Gerúndio.Linguagem SENDO PESQUISADA por um artista plástico.(VOZ PASSIVA)Observe que o Verbo Auxiliar SER fica também no Gerúndio, mesmo tempo e modo do verbo PESQUISAR na voz ATIVA.
  • a-

    Para passar para a voz passiva, deve-se manter o tempo verbal e o verbo concordar com o agente que recebe a ação porque ele passa a ser sujeito


ID
128359
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Filmes sobre tribunais

Não são poucos os filmes, ou mesmo séries de TV, em
que a personagem principal é uma instituição: um julgamento no
tribunal, com júri popular. É verdade que em muitos desses
filmes há as preliminares das peripécias violentas, da ação
policial, da detenção e do interrogatório de suspeitos, mas o
clímax fica reservado para os ritos de acusação e defesa, tudo
culminando no anúncio da sentença. Que tipo de atração
exercem sobre nós essas tramas dramáticas?

Talvez jamais saibamos qual foi a primeira vez que um
grupo de pessoas reuniu-se para deliberar sobre a punição de
alguém que contrariou alguma norma de convívio; não terá sido
muito depois do tempo das cavernas. O fato mesmo de as
pessoas envolvidas deliberarem em forma ritual deve-se à
crença na apuração de uma verdade e à adoção de paradigmas
de justiça, para absolver ou condenar alguém. A busca e a
consolidação da indiscutibilidade dos fatos, bem como a
consequente aplicação da justiça, não são questões de
somenos: implicam a aceitação de leis claramente
estabelecidas, o rigor no cumprimento dos trâmites processuais,
o equilíbrio na decisão. Ao fim e ao cabo, trata-se de
estabelecer a culpa ou inocência ? valores com os quais nos
debatemos com frequência, quando interrogamos a moralidade
dos nossos atos.

É possível que esteja aí a razão do nosso interesse por
esses filmes ou séries: a arguição do valor e do nível de
gravidade de um ato, sobretudo quando este representa uma
afronta social, repercute em nossa intimidade. Assistindo a um
desses filmes, somos o réu, o promotor, o advogado de defesa,
o juiz, os jurados; dramatizamos, dentro de nós, todos esses
papéis, cabendo-nos encontrar em um deles o ponto de identificação.
Normalmente, o diretor e o roteirista do filme já
decidiram tudo, e buscam deixar bem fixado seu próprio ponto
de vista. O que não impede, é claro, que possamos acionar, por
nossa vez, um julgamento crítico, tanto para estabelecer um
juízo pessoal sobre o caso representado em forma de ficção
como para julgar a qualidade mesma do filme. Destas últimas
instâncias de julgamento não podemos abrir mão.
(Evaristo Munhoz, inédito)

Transpondo-se para a voz passiva a construção dramatizamos, dentro de nós, todos esses papéis, a forma verbal resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Letra correta: "a"
    Todos esses papéis são dramatizados.
  • (Nós) dramatizamos (esses papéis)

    O verbo dramatizamos está no presente do indicativo.

    Então, o verbo auxiliar deve estar no presente do indicativo também:

    Nós somos.
    Eles são.

    Esses papeis (eles) são dramatizados (por nós).
  • a)são dramatizados.

    na voz passiva analítica, o tempo verbal se mantém e o verbo auxiliar é usado para fazer ação se sofrida pelo sujeito

  • O verbo dramatizar está no presente do indicativo. O verbo ser tem que ser jogado para o mesmo tempo mais o particípio.

ID
128572
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jornalismo e universo jurídico

É frequente, na grande mídia, a divulgação de informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos. Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar informações originadas de meios especializados em notícia assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicação informações sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas. O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informática ou a medicina, campos que também possuem linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é lembrada por Leão Serva:


Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são alheios, mas que permitem um certo nível imediato de compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários confusos aparecerão simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreensão da totalidade do significado da notícia.

(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de
Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)


Transpondo-se para a voz passiva o segmento Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • O verbo auxiliar na voz passiva tem que ser o mesmo do verbo principal na voz ativa. Logo, letra E.
  • Essa questão não trouxe grandes dificuldades; porém, outras podem trazer. Logo, vou passar um macete que aprendi com o Prof. Marcelo Rosenthal.

    A dúvida está relacionada ao uso do futuro do subjuntivo e do infinitivo pessoal.
    Como saber qual é o certo?
    No caso em tela, troca-se o verbo alcançar pelo fazer, e em seguida se faz a pergunta: para ele (gênero de informação) fazer, ou para ele fizer?
    Se a resposta fosse o verbo fizer, o tempo estaria no futuro do subjuntivo; na nossa questão seria vier a alcançar.
    Como a resposta foi para ele fazer, trata-se do infinitivo pessoal, portanto ser alcançado.

  • Perfeito o comentário do colega. (bisú do professor Marcelo):

    Para esse gênero fizer ou fazer ...adequadamente?
    Resp.: Para esse gênero fazer.
    Então, para esse gênero ser alcançado.

    Bons estudos!

  • Na transformação da voz ativa para a voz passiva


    O... Vira...
    Sujeito Agente da passiva
    Objeto direto Sujeito paciente



    Fonte: macosvalerio = Q153052 ...e foi assim que eu aprendi. :)
  • Como a forma nominal infinitiva está sendo empregada na voz ativa, o mesmo dar-se-á na voz passiva analítica. 

    Alcançar = Ser
    O particípio do verbo alcançar deve concordar em número e gênero com o sujeito  (o público leitor leigo). Por isso das formas gerúndio, particípio e infinitivo serem chamadas de formas nominais. Elas exercem um papeis de substantivos e adjetivos (objeto direto, indireto, predicativos, adjuntos adnominais, complemento nominais, entre outros).


ID
130168
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jornalismo e universo jurídico

É frequente, na grande mídia, a divulgação de
informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais
para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos.
Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o
público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do
jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar
informações originadas de meios especializados em notícia
assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar
uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista
precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de
uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico
exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos
meios de comunicação informações sobre fatos complexos
relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle
externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade
administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande
número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas
na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o
desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas.
O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos
enfocados em segmentos especializados, como a economia, a
informática ou a medicina, campos que também possuem
linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo
jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de
incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como
as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é
lembrada por Leão Serva:

Um procedimento essencial ao jornalismo, que
necessariamente induz à incompreensão dos fatos que
narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são
alheios, mas que permitem um certo nível imediato de
compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser
o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários
confusos aparecerão simplificados para o leitor,
reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de
compreensão da totalidade do significado da notícia.

(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de
Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)

Transpondo-se para a voz passiva o segmento Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • questão repetida...

    ver questão Q45493

  • Condições para poder transpor para a voz passiva:

    1.º) O verbo deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto.
    2.º) Não pode se tratar de um verbo de ligação.
    3.º) A frase deve formar sentido quando transformada para a voz passiva.

     Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo


    1) Alcançar é verbo VTD, por isso podemos transformar para a voz passiva.
    2) Devemos analisar em qual tempo e modo verbal está o verbo.

    Alcançar = infinitivo

    3) Logo, o verbo ser deve ficar também no infinitivo e o verbo alcançar no particípio.

    Resposta: Alternativa D  Para o público leitor  leigo ser alcançado adequadamente por esse gênero de informação.
     
  • ser alcançado.


ID
134215
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cronistas

Profissão das mais invejáveis, a de cronista. Regularmente,
deve escrever e enviar um pequeno texto para um jornal,
tratando de qualquer coisa com alguma graça, ou com
melancolia, ou com desbragado humor, ou mesmo com solene
poesia. Se não lhe ocorre qualquer assunto, sempre pode discorrer
sobre a falta de assunto. E se uma grande ideia de repente
o assalta, ótimo, ela bem poderá render uma sequência
de três ou quatro crônicas. A imaginação entra em greve? Puxa
uma revista ou jornal e faz uma disfarçada paráfrase da matéria
que um repórter levou tempo para apurar. Ou que tal vingar-se
da amada que o abandonou, colocando-a como protagonista de
uma cena tão imaginária como ridícula?
Não se ganha muito dinheiro, em geral, mas sempre dá
para pagar as pequenas dignidades. E há também quem alimente
a esperança de que o exercício da crônica leve ao do conto,
e este ao romance, de tal forma que, de repente, passe a ser reconhecido
como um escritor de verdade. Esta é a ambição de
um cronista não-convicto: começar a ser considerado um
Escritor.
Mas essa condição de Escritor, vista sob outra
perspectiva, pode não ser tão invejável como a de um cronista:
aquele tem que tratar, em centenas de páginas, dos grandes
dramas humanos, das aflições intensas de um ou mais indivíduos,
das paixões profundas, dos amplos painéis sociais etc.
E aí ele não consegue mais ver sentido em escrever trinta
linhas sobre, por exemplo, o prazer que é abrir numa manhã a
janela e ver passar na calçada a beleza distraída de uma moça
apressada, que vira a esquina e desaparece para sempre.
Talvez para não perder a oportunidade de registrar o encanto
do efêmero, talvez por preguiça, há cronistas, como Rubem
Braga, que jamais deixam de ser tão-somente cronistas. "Tãosomente",
aliás, não se aplica, em absoluto, a esse admirável
Escritor de crônicas. Quem as conhece não recusará ao velho
Braga esse E maiúsculo, que o identifica como um dos maiores
autores da nossa literatura.

(Eleutério Damásio, cronista inédito)

NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento do texto:

Alternativas
Comentários
  • Condições para podermos transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva:

    1.º) O verbo deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto.
    2.º) Não pode se tratar de um verbo de ligação.
    3.º) A frase deve formar sentido quando transformada para a voz passiva.

     

    O único seguimento do texto que não admite transposição para a voz passiva é o que consta na alternativa C.
     (...) jamais deixam de ser tão somente cronistas. É VL, por isso não admite a passiva. 
     


ID
136486
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jornalismo e universo jurídico

É frequente, na grande mídia, a divulgação de informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos. Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar informações originadas de meios especializados em notícia assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicação informações sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas. O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informática ou a medicina, campos que também possuem linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é lembrada por Leão Serva:


Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são alheios, mas que permitem um certo nível imediato de compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários confusos aparecerão simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreensão da totalidade do significado da notícia.

(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)


Transpondo-se para a voz passiva o segmento Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo. (VOZ ATIVA) - O VERBO ALCANÇAR ESTÁ NO INFINITIVO.O público leitor leigo precisa ser alcançado por esse gênero de informação. (VOZ PASSIVA) - O VERBO AUXILIAR "SER" TAMBÉM FICA NO INFINITIVO.Alternativa Correta - a
  • Condições para poder transpor para a voz passiva:

    1.º) O verbo deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto.
    2.º) Não pode se tratar de um verbo de ligação.
    3.º) A frase deve formar sentido quando transformada para a voz passiva.

     Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo

    1) Alcançar é verbo VTD, por isso podemos transformar para a voz passiva.
    2) Devemos analisar em qual tempo e modo verbal está o verbo.

    Alcançar = infinitivo

    3) Logo, o verbo ser deve ficar também no infinitivo e o verbo alcançar no particípio.

    Resposta: Alternativa A  Para o público leitor  leigo ser alcançado adequadamente por esse gênero de informação.


ID
136717
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Discórdia em Copenhague

Frustrou-se redondamente quem esperava, na 15ª Conferência sobre Mudança Climática (COP-15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emergentes e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de muitos debates e negociações, o encontro convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento político genérico, firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas para cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios capazes de impedir a elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague buscava atingir.
Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, no próximos três anos, embora sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instrumentos serão usados para distribuí-lo. Faltou-lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. "O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui", disse Yvo de Bôer, secretário-executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP-16, que vai acontecer em 2010, na Cidade do México.
O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos países ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmente. Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para políticas de mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam que os emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda externa para suas políticas de combate ao aquecimento global.


(Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, no 167)

"O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui."

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas sublinhadas devem ser substituídas, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Para que uma frase seja passada da voz ativa para a voz passiva, ela deve ter objeto direto. Então, organizando as frases de forma que possamos enxergar o objeto direto e o sujeito, fica mais fácil raciocinar:

    O que temos de alcançar = Nós (sujeito) temos de alcançar o que (objeto direto... pode trocar por "isso")
    =
    O que tem de ser alcançado por nós


    O que deveríamos ter alcançado = Nós (sujeito) deveríamos ter alcançado o que (objeto direto... pode trocar por "isso")
    =
    O que deveria ter sido alcançado por nós
  • GAB A


ID
137590
Banca
FCC
Órgão
MPE-AP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Velhos e modernos

Pode-se assistir a mais de um comercial na TV em que
se explora a imagem de "velhinhas modernas", ou seja, senhoras
idosas que falam gíria de surfista, dominam a linguagem dos
computadores ou denunciam com malícia juvenil a atitude
conservadora de algum jovem. Tais velhinhas em geral surgem
vestidas à antiga - o que ressalta ainda mais a inesperada
demonstração de "modernidade" de que são capazes.
Certo, não há mesmo por que identificar a velhice com
estagnação da vida, asilo e melancolia. Mas por que identificála
com o seu contrário? Isso equivale a sair de um estereótipo
para cair em outro: em vez de se passar a imagem de uma
pessoa acomodada e incapaz, resignada numa cadeira de
balanço ou num sofá, busca-se a imagem padrão do adolescente
para "salvar" a velhice de seus limites naturais. Parece
que a dificuldade está em aceitar as qualidades que são
efetivamente próprias de uma pessoa já bastante vivida: experiência,
sabedoria, maturação, generosidade, capacidade de
compreensão. Tais atributos parecem estar em baixa na
cotação do mercado publicitário: jovens vendem, e velhos
podem vender se forem tão ou mais "modernos" do que os
jovens. O resultado, como não poderia deixar de ser, é uma
caricatura: a vovó fala palavrões que escandalizam a adolescente,
a vovó é mais maliciosa que a neta. Em suma: o melhor
de viver bastante é poder chegar à velhice exatamente como
aquele que está começando a viver...

Antes de se classificar tais comerciais como tolos,
melhor será pensar na razão mesma de existirem. Não foram
criados a partir do nada: correspondem a uma supervalorização
da juventude, que é um fenômeno do nosso tempo. Desde que
se descobriu que as crianças e os adolescentes constituem uma
fatia considerável do consumo, investe-se muito na conquista
desse público - o que significa potenciar os valores que nele se
representam. Já os aposentados não terão tão grande atrativo.
Como se vê, a cultura moderna incorpora cada vez mais
drasticamente as qualidades que ao mercado interessa ressaltar.
A velhice passa a não ter rosto: colocaram-lhe a máscara
risonha de um jovem deslumbrado.

(Horácio Valongo dos Reis, inédito)

A vovó fala palavrões que escandalizam a adolescente.

Uma nova redação correta da frase acima, transposta para a voz passiva, será:

Alternativas
Comentários
  • Ache o verbo de ligação e ponto positivo. Se encontrar mais de uma analise o tempo e o modo verbal. Simples... simples...
  • Transpor para a voz passiva oraçoes subordinadas requer mais atençao.

    Uma tatica q costumo usar é a seguinte:

    A vovó fala palavrões que escandalizam a adolescente.

    como sao 2 oraçoes: a vovo fala palavroes / palavroes escandalizam a adolescente.

    transcorro as 2 frases em separado para voz passiva, em seguida faço a junçao!

    dá justamente a alternativa D.

    espero ter ajudado =)

  • Correta letra D
    Alguem pode me esclarecer porque nao a letra a, que seria voz passiva sintética?
  • Concordo com Carla Cristina. 
  • Carla Cristina e Silvia,
    Creio que na letra A, o escandalizou-se torna a frase na voz Reflexiva. Nesse caso,  a menina se escandalizou em vez de ter sido escandalizada pela vó.
    Se alguém puder contribuir, favor fazê-lo.
  • Revendo a questao acredito que o erro está devido a mudança na concordância Escandaliza-se ao invés do EscandalizaM-


ID
138400
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cronistas

Profissão das mais invejáveis, a de cronista. Regularmente,
deve escrever e enviar um pequeno texto para um jornal,
tratando de qualquer coisa com alguma graça, ou com
melancolia, ou com desbragado humor, ou mesmo com solene
poesia. Se não lhe ocorre qualquer assunto, sempre pode discorrer
sobre a falta de assunto. E se uma grande ideia de repente
o assalta, ótimo, ela bem poderá render uma sequência
de três ou quatro crônicas. A imaginação entra em greve? Puxa
uma revista ou jornal e faz uma disfarçada paráfrase da matéria
que um repórter levou tempo para apurar. Ou que tal vingar-se
da amada que o abandonou, colocando-a como protagonista de
uma cena tão imaginária como ridícula?
Não se ganha muito dinheiro, em geral, mas sempre dá
para pagar as pequenas dignidades. E há também quem alimente
a esperança de que o exercício da crônica leve ao do conto,
e este ao romance, de tal forma que, de repente, passe a ser reconhecido
como um escritor de verdade. Esta é a ambição de
um cronista não-convicto: começar a ser considerado um
Escritor.
Mas essa condição de Escritor, vista sob outra
perspectiva, pode não ser tão invejável como a de um cronista:
aquele tem que tratar, em centenas de páginas, dos grandes
dramas humanos, das aflições intensas de um ou mais indivíduos,
das paixões profundas, dos amplos painéis sociais etc.
E aí ele não consegue mais ver sentido em escrever trinta
linhas sobre, por exemplo, o prazer que é abrir numa manhã a
janela e ver passar na calçada a beleza distraída de uma moça
apressada, que vira a esquina e desaparece para sempre.
Talvez para não perder a oportunidade de registrar o encanto
do efêmero, talvez por preguiça, há cronistas, como Rubem
Braga, que jamais deixam de ser tão-somente cronistas. "Tãosomente",
aliás, não se aplica, em absoluto, a esse admirável
Escritor de crônicas. Quem as conhece não recusará ao velho
Braga esse E maiúsculo, que o identifica como um dos maiores
autores da nossa literatura.

(Eleutério Damásio, cronista inédito)

NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento do texto:

Alternativas
Comentários
  • Letra D. O verbo da oração é um VTI. (não admite transposição para a voz passiva: VI, VTI, VL).

  • Só quem admite trasposição para a voz passiva são: VTD e VTDI...
    Os demais não admitem... que são os casos de: VTI; Verbos Intransitivos e verbos de ligação. Sendo esse  último a chave da questão!!!!!
    SER, ESTÁ, FICAR, PERMANECER,APARECER, CONTINUAR...dentre outros todos saõ verbos de ligação!!!!!!!!!!
    PORTANTO...
    (...) jamais deixam deSER  tão somente cronistas.
                                            Verbo de ligação
  • A voz passiva necessita de um VTD para se concretizar. Nas

    alternativas A, B, C e E, os verbos “faz”, “escrever e enviar”, “perder” e

    “identifica” são transitivos diretos. Já na letra D, o verbo principal “ser” é de

    ligação.

    Gabarito – D

     

ID
140008
Banca
FCC
Órgão
TJ-AP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os doutores do pessimismo

Não é preciso ser um grande gênio para constatar que
vivemos num mundo bárbaro, que o ser humano é capaz das
maiores atrocidades, que a vida é feita de competição, inveja,
egoísmo e crueldade. Ninguém precisa ter vivido num campo de
prisioneiros na Sibéria nem ter sido moleque em região violenta
de uma grande cidade para saber disso. Mas virou moda, entre
muitos intelectuais e jornalistas, anunciar uma espécie de "visão
trágica" do mundo, como se se tratasse da mais surpreendente
novidade.

Com certeza há nisso uma reação saudável contra o
excesso de otimismo. Nada mais correto do que denunciar o
horror. O que me parece estranho é que, mais que denunciar o
horror, esses pensadores trágicos e jornalistas sombrios gostam
de destruir as esperanças. O reconhecimento do Mal, a
percepção de que ninguém é "bonzinho" e de que a realidade é
uma coisa dura e feia vão-se transformando em algo próximo do
fascínio. E, com diferentes níveis de elaboração e de cortesia
pessoal, esses autores tendem a fazer do fascínio uma
estratégia de choque.

Quanto mais chocarem o pensamento corrente (que
considera ruim bombardear crianças e bom defender a
Amazônia, por exemplo) mais ganharão em originalidade, leitura
e cartas de protesto. Parece existir uma competição nas
páginas dos jornais e na Internet para ver quem conseguirá ser
o mais "durão", o mais "realista", o mais desencantado. Será
chamado de ingênuo ou nostálgico todo aquele que quiser algo
melhor do que o mundo em que vive. Então, aquilo que deveria
ser ponto de partida se torna ponto de chegada: o horror e a
crueldade fazem parte da paisagem. Melhor assim, quem sabe:
"nós, pelo menos, tiramos disso a satisfação de não sermos
ingênuos". Você está esperançoso com a vitória de Obama?
Ouço um risinho: "que otário". Você quer que se preservem as
reservas indígenas da Amazônia? Mais um risinho: os militares
brasileiros entendem mais do problema do que você, que pensa
ser bonzinho mas é tão malvado como nós. "Pois o ser humano
é mau, desgraçado e infeliz desde que foi expulso do Paraíso.
Você não sabe disso?"

O que sei é que algumas pessoas foram expulsas do
Paraíso para morar numa mansão em Beverly Hills e outras
para morar em Darfur (*).

(Adaptado de Marcelo Coelho, Folha de S. Paulo, 21/01/2009)

(*) Beverly Hills = rica cidade da Califórnia; Darfur = região
pobre e conflituosa do Sudão.

Transpondo-se para a voz passiva a construção dada, chega-se à forma verbal indicada entre parênteses em:

Alternativas
Comentários
  • Que nós vivemos num mundo bárbaro seja contatado.nós vivemos = presente do indicativoseja = presente do subjuntivo
  • Duvidas nessa questão:Parace-me que a alternativa E seria a mais indicada:VA -> Ouço um risinho(...)VP -> Um risinho foi ouvido(...)
  • Para a alternativa C ser correta os tempos têm que ser os mesmos:Ouço = tenho ouvidoPresente do indicativo = presente do indicativo.
  • a) correta -
    Para constatar que vivemos num mundo bárbaro.
    É uma reduzida de infinitivo. Desdobrando fica:
    Para que se constate que vivemos num mundo bárbaro.
    Ao transpor para voz passiva, deve-se manter o verbo ser no mesmo tempo
    do verbo principal da voz ativa desdobrada ou não desdobrada.
    Constate é presente do subjuntivo do verbo contatar, assim o verbo ser
    no mesmo tempo fica: que eu seja. A voz passiva será:
    Para que seja constatado que vivemos num mundo bárbaro.
    b)  for chocado. Verbo ser no mesmo tempo do principal da voza ativa. Futuro do subjuntivo.
    c) ser defendida ou seja defendida. idem assertiva "a".
    d) ser anunciada ou seja anunciada.
    e) é ouvido. Verbo ser no mesmo tempo do verbo ouvir da voz ativa.
  • questão repetida

  • Marquei a alternativa E...mas depois percebi o erro.....OUÇO está no PRESENTE do INDICATIVO...e o verbo FOI no pretérito perfeito do indicativo...o CORRETO seria:



    Um risinho É ouvido.
  • Olá pessoal!!
    Antes de começar: 

    Ex.: "O cachorro feriu o homem" ..... Passando para a voz passiva: "O homem foi ferido pelo cachorro"
    1º passo: a voz passiva sempre terá um verbo a mais que a ativa.      .......... foi ferido
    2º passo: um dos verbos da voz passiva apresentará o mesmo tempo e modo do verbo da voz ativa.       .......... foi 
    3º passo: entender que o sujeito paciente é o que sofre a ação e o agente.      .......... o homem, pois foi quem se feriu.
    4º passo: entender que o agente da passiva é quem agiu.        .......... o cachorro, pois foi quem feriu o homem.

    Agora vamos à questão!
    Resposta: letra "A" de Abestado!
    Colocarei as alternativas e as respectivas respostas dentro dos parênteses: 
    a) para constatar que vivemos num mundo bárbaro (...) (seja constatado)
    b) Quanto mais chocarem o pensamento corrente (...) (seja chocando)
    c) bom defender a Amazônia (...) (seja defendida)
    d) virou moda anunciar uma espécie de visão trágica (...) (ser anunciada)
    e) Ouço um risinho (...) (é ouvido)
  • Jonh....

    Parabens ....muito obrigada
    beijos
    e otimos estudos

ID
142303
Banca
FCC
Órgão
TJ-AP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os doutores do pessimismo

Não é preciso ser um grande gênio para constatar que vivemos num mundo bárbaro, que o ser humano é capaz das maiores atrocidades, que a vida é feita de competição, inveja, egoísmo e crueldade. Ninguém precisa ter vivido num campo de prisioneiros na Sibéria nem ter sido moleque em região violenta de uma grande cidade para saber disso. Mas virou moda, entre muitos intelectuais e jornalistas, anunciar uma espécie de "visão trágica" do mundo, como se se tratasse da mais surpreendente novidade.
Com certeza há nisso uma reação saudável contra o excesso de otimismo. Nada mais correto do que denunciar o horror. O que me parece estranho é que, mais que denunciar o horror, esses pensadores trágicos e jornalistas sombrios gostam de destruir as esperanças. O reconhecimento do Mal, a percepção de que ninguém é "bonzinho" e de que a realidade é uma coisa dura e feia vão-se transformando em algo próximo do fascínio. E, com diferentes níveis de elaboração e de cortesia pessoal, esses autores tendem a fazer do fascínio uma estratégia de choque.
Quanto mais chocarem o pensamento corrente (que considera ruim bombardear crianças e bom defender a Amazônia, por exemplo) mais ganharão em originalidade, leitura e cartas de protesto. Parece existir uma competição nas páginas dos jornais e na Internet para ver quem conseguirá ser o mais "durão", o mais "realista", o mais desencantado. Será chamado de ingênuo ou nostálgico todo aquele que quiser algo melhor do que o mundo em que vive. Então, aquilo que deveria ser ponto de partida se torna ponto de chegada: o horror e a crueldade fazem parte da paisagem. Melhor assim, quem sabe: "nós, pelo menos, tiramos disso a satisfação de não sermos ingênuos". Você está esperançoso com a vitória de Obama? Ouço um risinho: "que otário". Você quer que se preservem as reservas indígenas da Amazônia? Mais um risinho: os militares brasileiros entendem mais do problema do que você, que pensa ser bonzinho mas é tão malvado como nós. "Pois o ser humano é mau, desgraçado e infeliz desde que foi expulso do Paraíso. Você não sabe disso?"
O que sei é que algumas pessoas foram expulsas do Paraíso para morar numa mansão em Beverly Hills e outras para morar em Darfur (*).

(Adaptado de Marcelo Coelho, Folha de S. Paulo, 21/01/2009)

(*) Beverly Hills = rica cidade da Califórnia; Darfur = região
pobre e conflituosa do Sudão.


Transpondo-se para a voz passiva a construção dada, chega-se à forma verbal indicada entre parênteses em:

Alternativas
Comentários
  • a) correta -
    Para constatar que vivemos num mundo bárbaro.
    É uma reduzida de infinitivo. Desdobrando fica:
    Para que se constate que vivemos num mundo bárbaro.
    Ao transpor para voz passiva, deve-se manter o verbo ser no mesmo tempo
    do verbo principal da voz ativa desdobrada ou não desdobrada.
    Constate é presente do subjuntivo do verbo contatar, assim o verbo ser
    no mesmo tempo fica: que eu seja. A voz passiva será:
    Para que seja constatado que vivemos num mundo bárbaro.
  • Isso aí, muitos caíram na letra "e".
    .
    Maaaas, deve haver correlação entre tempos e modos verbais.
    .
    Dessarte, a letra "e" ficaria da seguinte maneira: "um risinho é ouvido".
  • Eu mesmo caí neste "pega" da alternativa "e", não me atentei para o tempo verbal. Um risinho é ouvido, e não foi ouvido.
  • Pq a letra "b" está errada???

ID
142570
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Trabalho infantil: prós e contras.

Darcy Ribeiro, um dos mais originais e polêmicos pensadores do Brasil, não admitiria a alternativa que está no título deste artigo. Para ele, trabalho não era opção para as crianças: só deveria haver a obrigatoriedade da escola, da boa escola, em período integral e com duas refeições diárias. Estava pensando em atender amplamente as necessidades dos meninos e meninas carentes - parcela significativa da infância brasileira. Mas enquanto o sonho de Darcy não se torna realidade, o debate continua.
A favor do trabalho infantil estão aqueles que, considerando a inviabilidade de qualquer outra solução imediata, preferem evitar o mal maior - o do abandono e da delinquência de nossas crianças -, contornando-o com a permissão oficial de integração do menor no mercado de trabalho. Regulamentados por lei o horário máximo e as condições mínimas de adequação ao universo da criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e a ajudar a desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, inclusive, o acesso a uma educação suplementar: cursos profissionalizantes, estágios, atualizações etc.
Contra o trabalho infantil alinham-se os que defendem tanto o encaminhamento obrigatório das crianças à escola como a interdição do aproveitamento delas em qualquer tipo detrabalho profissional, em qualquer caso. Ainda que a escola não venha a suprir a necessidade das refeições diárias completas, do uniforme doado e do banho tomado, ela representaria o compromisso mínimo da educação em meio período, do ambiente de socialização e da sempre oportuna merenda escolar. Caberiam aos pais, aos adultos, à sociedade em geral as providências para que se poupassem as crianças de qualquer outra atividade.
Ainda temos muito a caminhar: é olhar as ruas das grandes cidades para constatar que a realidade vem exibindo uma terceira - e a pior - via. A tragédia dos menores abandonados é de tal ordem que faz pensar na abrangência das propostas de Darcy Ribeiro, que são também, certamente, as mais justas. Rever, reexaminar, rediscutir suas propostas não é um retorno ao passado: é buscar atender as necessidades de um melhor futuro.

(Tarso de Cintra Meirelles, inédito)

Transpondo para a voz passiva a construção Darcy Ribeiro (...) não admitiria a alternativa, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • Formação da Voz Passiva

    A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.

    1- Voz Passiva Analítica
    Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. O verbo SER acompanha o tempo do verbo da frase a ser convertida.
    Não admitiria alternativa - > Não seria admitida alternativa
     
    2- Voz Passiva Sintética
    A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.

    Por exemplo:
    Abriram-se as inscrições para o concurso.
    Destruiu-se o velho prédio da escola.

     

  • Condições para podermos transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva:

    1.º) O verbo deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto.
    2.º) Não pode se tratar de um verbo de ligação.
    3.º) A frase deve formar sentido quando transformada para a voz passiva.


    A) Para transformar a frase Darcy Ribeiro (...) não admitiria a alternativa, primeiramente devemos ver se ela comporta transposição para a voz passiva. A resposta é sim, pois o verbo admitir é VTD (verbo transitivo direto).

    B) Depois disso, devemos ver em que modo e tempo verbal está o verbo.

    Admitiria = Futuro do pretérito (ele admitiria)

    C) Estando o verbo admitir no futuro do pretérito, o verbo ser também deve estar no futuro do pretérito (ele seria). O verbo admitir vai o particípio. Vejamos.

    A alternativa não seria admitida por Darcy Ribeiro.

  • Em que tempo e modo está o verbo na voz ativa? Futuro do

    pretérito simples do indicativo. Então, na voz passiva (verbal ou analítica),

    ele ficará no particípio; seu auxiliar (ser, estar, ficar) assumirá o tempo e o

    modo dele. Na alternativa A, o verbo ser está conjugado no futuro do pretérito

    composto do indicativo. Na alternativa B, no futuro do pretérito simples do

    indicativo. Na alternativa C, o verbo admitir continua na voz ativa; apenas foi

    conjugado no futuro do pretérito composto do indicativo. Na alternativa D, o

    verbo auxiliar está no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo Na

    alternativa E, a locução verbal caracteriza voz ativa ( o verbo

    principal, “admitir”, não está no particípio, mas sim no infinitivo). 



    NNNNNNNN . nA        Gabarito: B


ID
151657
Banca
FCC
Órgão
TCE-GO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


Notícias e mais notícias

      Confesso que já estou cheio de me informar sobre o mundo. Pela TV, pelo rádio, pelos incontáveis canais da Internet, pelos celulares, pelos velhos jornais e revistas não param de chegar notícias, comentários, opiniões formadas. Essas manifestações me cercam, obrigam-me a tomar conhecimento de tudo, enlaçam-me numa rede de informações infinitas, não me deixam ignorar nenhum acontecimento, do assalto no bar da esquina aos confrontos no Oriente Médio. Gostaria de descansar os olhos e os ouvidos, daria tudo para que se calassem por algum tempo essas notícias invasoras, e me
sobrasse tempo para não saber mais nada de nada...
      Minha utopia é acordar num dia sem notícias, quando os únicos acontecimentos sensíveis fossem os da natureza e os do corpo: amanhecer, clarear, ventar, escurecer – e andar, olhar, ouvir, sentar, deitar, dormir. Parece pouco, mas é mais que muito: é impossível. É impossível fruir esse estado de contemplação – melhor dizendo: de pura e permanente percepção de si e do mundo. Até porque partiria de nós mesmos a violação desse estado: em algum momento nos cansaríamos e passaríamos a cogitar coisas, a avaliar, a imaginar, e estenderíamos nossa curiosidade para tudo o que estivesse próximo ou distante. Em suma: iríamos atrás de informações. Ficaríamos ávidos por notícias do mundo.
      O ideal talvez fosse um meio termo: nem nos escravizar-mos à necessidade de notícias, nem nos abandonarmos a um confinamento doentio. Mas o homem moderno sabe cada vez menos equilibrar-se entre os extremos. Nossa época, plena de novidades, não nos deixa descansar. Cada tela apagada, cada
aparelho desligado parece espreitar-nos, provocando-nos: – Você sabe o que está perdendo?
      Desconfio que estejamos perdendo a capacidade de nos distrairmos um pouco com nós mesmos, com nossa memória, com nossos desejos, com nossas expectativas. Bem que poderíamos acreditar que há, dentro de nós, novidades a serem descobertas, notícias profundas de nós, que pedem calma e silêncio para se darem a conhecer.


(Aristides Bianco, inédito) 

Transpondo-se para a voz passiva a frase passaríamos a imaginar coisas, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA DA QUESTÃO:

    d) passariam a ser imaginadas
    O verbo imaginar é transitivo direto  e por isso poderá ser transpassado para a VOZ PASSIVA e está sendo conjugado no INFINITIVO PESSOAL, portanto o verbo ser deverá ser conjugado no mesmo tempo verbal.

  • Dica: corre do "TER"!

    É  "SER"!


ID
156358
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que apresenta oração na voz passiva.

Alternativas
Comentários
  • A Eliete Soares está muito equivocada, pois foram é forma verbal do verbo IR, que não é sequer verbo de ligação.
    Além do mais, voz passiva não tem nada a ver com verbo de ligação. Os verbos que admitem  a  transposição da voz ativa para a  voz passiva são: verbo transitivo direto e verbo transitivo direto e indireto.
    Nas orações na voz passiva, não é o sujeito que pratica a ação, mas sim o agente da passiva.

    O público aplaudiu muito os palhaços do circo. (voz ativa)
    Sujeito       VTD    AA        objeto direto

    Os palhaços do circo foram muito aplaudidos pelo público. (voz passiva)
     Agente da passiva

    O verbo auxiliar IR fica no mesmo tempo e modo verbal do verbo principal da voz ativa, ou seja, nesse exemplo aplaudiu está no pretérito perfeito do indicativo, então o verbo auxiliar  toma a forma de foram.
  • Os palhaços do circo é o sujeito que sofre a ação de ser aplaudido.

    Por isso a oração está na voz passiva.

  • Gilvandro Alves da Silva

    após ler seu comentário, percebi que o o equivocado aqui está sendo você, o verbo "foram" não está como verbo "ir", mas como verbo "ser" (o que não importa, visto que é verbo auxiliar, portanto a regência cabe ao verbo principal "aplaudir")


    veja o exemplo abaixo:

    Ações solidárias  foram praticadas

    Sujeito paciente Voz passiva analítica 
     

    foram – verbo ser / praticadas - particípio



    basta que passe a frase da questão para o presente do indicativo:

    ===>>> Os palhaços do circo são (verbo ser) muito aplaudidos pelo público.
  • Pedro Henrique... é reflexiva.
  • GABARITO: LETRA E

     

    Ocorre voz passiva quando o verbo indica uma ação sofrida ou desfrutada pelo sujeito.

     

    a) Apesar da enchente, salvaram-se todos nadando.

    o sujeito "todos" está praticando a ação de se salvar

     b)No ano passado, construíram muitos prédios na cidade.

    o sujeito indeterminado "alguém" está praticando a ação de construir prédios

     c)Durante a cerimônia, as pessoas se cumprimentaram efusivamente.

    o sujeito "as pessoas" está praticando a ação de se cumprimentar

     d)Depois de ter recebido muitos golpes, o lutador caiu.

    o sujeito "lutador" está praticando a ação de cair

     e)Os palhaços do circo foram muito aplaudidos pelo público.

    o sujeito "os palhaços" está sofrendo a ação de ser aplaudido. Nesse caso o complemento: "pelo público" é agente da passiva

     

  • uma galera se baseando em sentido pra saber o que e voz passiva ou nao, esse negocio de quem pratica ou recebe a ação nao tem muito haver. VOz passiva e uma estrututa SINTATICA,tem que ter essa estrutura,a frase pode esta na no sentido de passividade mas se nao tiver a estrutura que a regra pedi nao e voz passiva. TOMEM MUITO CUIDADO.......ORAÇÕES PASSIVAS NAO SAO NECESSEARIAMENTE VOZ PASSIVA.......TEM QUE TER A ESTRUTURA.

  • Se eu estiver errado, avise-me!

    Gabarito letra E.

    A) Reflexiva;

    B) Voz ativa (Sujeito indeterminado);

    C) Reciproca;

    D) Voz ativa.

    Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

    Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.

  • A voz passiva analítica é formada por:


ID
159148
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Exclusão social

A humanidade tem dominado a natureza a fim de tornar
a vida cada vez mais longa e mais cômoda. Essas vantagens se
expandiram para um número crescente de seres humanos.
Graças à combinação dessas duas tendências, os homens
imaginaram que seria possível construir uma utopia em que
todos teriam acesso a tudo: todos, pelas mudanças sociais; a
tudo, por causa dos avanços técnicos. No século XX, numa
demonstração de arrogância, muitos chegaram a marcar o ano
2000 como a data da inauguração dessa utopia.
Neste início de século, vemos que a técnica superou as
expectativas. Os seres humanos dispõem de uma variedade de
bens e serviços inimagináveis até há bem pouco tempo, que
aumentaram substancialmente a esperança de vida, ampliaram
o tempo livre a ser usufruído e ainda oferecem a possibilidade
de realizar sonhos de consumo. Mas a história social não cumpriu
a parte que lhe cabia no acordo, e uma parcela considerável
da humanidade ficou excluída dos benefícios. Ainda mais
grave: o avanço técnico correu a uma velocidade tão grande
que passou a aumentar a desigualdade e a ameaçar a estabilidade
ecológica do planeta. A exclusão deixou de ser vista como
uma etapa a ser superada: é um estado ao qual bilhões de
seres humanos - os excluídos da modernidade - estão
condenados.

Na modernidade técnica, o processo social, tanto entre
os capitalistas mais liberais quanto entre os socialistas mais
ortodoxos, é analisado do ponto de vista econômico, ignorandose
ou relegando-se a um segundo plano os aspectos sociais e
os éticos. Já no século XIX, na luta pela abolição da escravidão,
Joaquim Nabuco procurava encarar o processo social
sob três óticas: a moral, a social e a econômica. Mais de um
século passado, é urgente retomar essa visão triangular, se se
deseja superar a barbárie da exclusão.

(Cristovam Buarque. Admirável mundo atual. S. Paulo: Geração
Editorial, 2001, pp. 188 e 328)

A humanidade tem dominado a natureza a fim de tornar a vida cada vez mais longa e mais cômoda. Na frase acima,

I. a transposição para outra voz verbal implicará em substituir-se tem dominado por tem sido dominada.

II. a substituição de A humanidade por Os homens implicará, obrigatoriamente, alteração na voz verbal.

III. a expressão a fim de tornar a vida tem sentido equivalente ao de a fim de que a vida se torne.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

Alternativas
Comentários
  • Voz verbal  é como a formação verbal aparece segundo a relação do sujeito com o verbo e os complementos verbais.

    A humanidade tem dominado a natureza a fim de tornar a vida cada vez mais longa e mais cômoda. - Voz ativa, o sujeito (humanidade) pratica a ação.

    I. a transposição para outra voz verbal implicará em substituir-se tem dominado por tem sido dominada.
    Sim - A natureza tem sido dominada pela humanidade a fim de tornar a vida cada vez mais longa e mais cômoda. - Voz passiva, o sujeito (natureza) recebe a ação expressa pelo verbo.

    II. a substituição de A humanidade por Os homens implicará, obrigatoriamente, alteração na voz verbal.
    Não - A voz verbal continuaria a mesma, a mudança estaria no número de pessoa. Passaria da 3° pessoal do singular para a 3° pessoa do plural. Com isto, a conjugação do verbo ter seria têm.

    III. a expressão a fim de tornar a vida tem sentido equivalente ao de a fim de que a vida se torne.
    Sim - A humanidade tem dominado a natureza ao fim de que a vida se torne a vida cada vez mais longa e mais cômoda. - A mudança ocorreu somente na forma verbal e não no significado: a fim de tornar = infinitivo e  que a vida se torne  = presente do subjuntivo.
  • Apenas complementando o excelente comentário da colega:

    O item II refere-se à voz do verbo. Os verbos podem ser:

    ATIVO - o sujeito pratica a ação. Ex: O patrão chamou o empregado;
    PASSIVO - o sujeito recebe a ação. Ex: O empregado foi chamado pelo patrão;
    REFLEXIVO - o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente. Faz uma ação cujos efeitos ele mesmo recebe. Ex: a criança feriu-se na gangorra.

    Assim, a substituição de A humanidade por Os homens não implicará alteração na voz verbal ..  . . Nã.

ID
159448
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Apesar da queda relativa, a Região Sudeste ainda responde
por mais da metade do PIB nacional. O Estado de São
Paulo apresentou a maior queda relativa nos últimos anos, mas
responde por cerca de um terço da riqueza produzida no País.
Historicamente baseado na agricultura e na indústria, o Sudeste
está rapidamente descortinando sua vocação para os serviços.
O chamado setor terciário - que engloba o comércio, a
área financeira e todos os tipos de serviços - já é majoritário
nos quatro Estados da Região. Segundo o professor de
economia da Universidade de São Paulo, Carlos Azzoni, a
região está se sofisticando e se especializando na prestação de
serviços. O Sudeste está se transformando numa referência na
América Latina nas áreas de saúde, educação, tecnologia e
informática. O setor financeiro mais sofisticado deve permanecer
concentrado na região por longos anos.
Para o mercado de trabalho, a mudança da vocação
regional significa a perda de vagas fixas e a abertura de muitas
oportunidades de trabalho menos rígidas. A agricultura deverá
manter sua força na Região, mas precisa investir em culturas
extensivas para garantir a competitividade. A tendência será
concentrar a produção em culturas com maior produtividade que
se encaixam nesse perfil, como a cana-de-açúcar, a laranja e as
flores.

Embora as facilidades logísticas desobriguem as
empresas de produzir junto ao mercado, a força de consumo do
Sudeste ainda cria muitas oportunidades. Alguns centros no
interior de São Paulo e Minas Gerais têm força equivalente à de
capitais de Estados menores. Essas cidades médias possuem,
além do mercado, mão-de-obra qualificada e custos reduzidos
em relação aos grandes centros. Por isso, a interiorização do
desenvolvimento é uma tendência irreversível, segundo os
especialistas. Outra aposta recorrente está na área de logística
e distribuição, da qual as empresas dependem cada vez mais,
por ser um setor que se desenvolve necessariamente junto aos
grandes mercados.

(Adaptado de Karla Terra, Novo mapa do Brasil, O Estado de
S. Paulo,
H2, 11 de dezembro de 2005)

... o Sudeste está descortinando sua vocação para os serviços. (final do 1º parágrafo)

Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser, corretamente:

Alternativas
Comentários
  • ... o Sudeste está descortinando sua vocação para os serviços.
                                    vtd                       objeto direto
    Na voz ativa o verbo descortinar está no gerúndio, então o verbo auxiliar ser na voz passiva, deverá também ficar no gerúndio)

    Sua vocação para os serviços está sendo descortinada pelo Sudeste.
        Agente da Passiva                    locução verbal
  • Corrigindo o amigo abaixo, sua vocação para os serviços não é o agente da passiva, e sim o sujeito da oração na voz passiva.O agente da passiva é a expressão pelo sudeste.

  • está sendo descortinada.


ID
160234
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Orgulho ferido

Um editorial da respeitada revista britânica The Lancer
sobre o futuro de Cuba acendeu uma polêmica com
pesquisadores latino-americanos. O texto da revista sugeriu que
o país pode mergulhar num caos após a morte do ditador Fidel
Castro, que sofre de câncer, tal como ocorreu nos países do
Leste Europeu após a queda de seus regimes comunistas. E
conclamou os Estados Unidos a preparar ajuda humanitária
para os cubanos. De quebra, a publicação insinua que há
dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano fazer
frente a esse quadro.

"O editorial é um desrespeito à soberania de Cuba", diz
Maurício Torres Tovar, coordenador-geral da Alames (Associação
Latino-Americana de Medicina Social). "A atenção do
Estado cubano para com a saúde de sua população é um
exemplo para todos. Cuba tem uma notável vocação solidária,
ajudando, com remédios e serviços de profissionais, diversos
países atingidos por catástrofes", afirmou. Sergio Pastrana, da
Academia de Ciências de Cuba, também protestou: "Temos
condição de decidir se precisamos de ajuda e direito de
escolher a quem pedi-la."

(Revista Pesquisa Fapesp. Outubro 2006, n. 128)

A frase que admite transposição para a voz passiva é:

Alternativas
Comentários
  • Fazemos a inversão: Países vítimas de catástofres têm sido auxiliado por Cuba.
    Para se descobrir se uma frase pode ser apassivada, o verbo terá que ser VTD ou raramente VTDI, e ser acompanhado de SER. Nesse caso o verbo "auxiliado" apareçe como VTD, com o verbo SER.
  • Condições para podermos transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva:

    1.º) O verbo deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto.
    2.º) Não pode se tratar de um verbo de ligação.
    3.º) A frase deve formar sentido quando transformada para a voz passiva.

    Analisemos:


    a) O país pode chegar a uma situação caótica. O verbo chegar é VTI, pede preposição.

    b) O editorial é um desrespeito à soberania cubana. O verbo ser é Verbo de Ligação.

    c) A atenção do Estado cubano para com a saúde popular é exemplo para todos.  O verbo ser é Verbo de Ligação.

    d) Houve indignação e protestos contra o editorial da revista. O verbo haver, apesar de ser VTD, não aceita ser apassivado quando for o verbo principal. Só aceita quando for auxiliar de outro verbo.
     

    e) Cuba tem auxiliado países vítimas de catástrofes.  Pode transformar, pois é VTD.


    Países vítimas de catástrofes têm sido auxiliados por Cuba.
     

     
  • Verbo de ligação (ou cópula) é aquele verbo que não indica ação, geralmente tendo o significado de permanência, como nos verbos ser/estar e continuar/permanecer/ficar, mas também no verbo parecer, uma vez que a aparência pode ser efêmera ou duradoura, isto é, possui um certo tempo de permanência, e faz a ligação entre dois termos - o sujeito e o predicativo.

    [editar] Verbos de ligação

    • Ser
    • viver
    • achar
    • encontrar
    • fazer
    • parecer
    • Estar
    • Continuar
    • Afogar
    • Permanecer
    • Ficar
    • Andar
    • Tornar
    • Virar
    • Acabar
    • Gosar

    verbo de ligação liga o predicado ao sujeito


ID
160426
Banca
CESGRANRIO
Órgão
ANP
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A mudança da voz verbal nas frases correspondentes I e II está correta, tanto sintática quanto semanticamente, em:

Alternativas
Comentários
  • suj. passivo + locução verbal + agente da pass. + obj ind.

  • pelas secas que eles previram - esse que é pronome relativo e inicia uma oração adjetiva (ELES PREVIRAM SECAS)

    Passando para a Voz Paasiva temos:

    SECAS FORAM PREVISTAS POR ELES

  • a) Errada. Essa mudança de voz altera semanticamente a frase ," sertanejos" deixou de ser paciente e passou a se agente.

    b) Certa. Tanto sintática, como semanticamente.

    c) Errada. A coluna II não tem voz paassiva, apenas o adjetivo " ocorrido ".

    d) Errada. Ambas os trechos estão na ativa.

    e) Errada. Não há correspondência semântica, porque o verbo de I está no presente e o de II no pretérito.

  • Apenas complementando o q a FLOR ADJUTO postou acima:
    E) A primeira oração está na voz reflexiva. E a seguda está na ativa, sendo FICAR verbo de ligação. Verbo de ligação nunca forma voz passiva, pq verbo não tem OD, e de acordo com a regra, só o OD da ativa é suj. paciente.

ID
160603
Banca
FCC
Órgão
TRE-AP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

O jivaro


Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à

América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio

jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela

ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e

o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com

um inimigo.

O Sr. Matter:

? Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça

de um macaco.

E o índio:

? Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!


(Rubem Braga, Recado de primavera)





Texto II

Anedota búlgara


Era uma vez um czar naturalista

que caçava homens.

Quando lhe disseram que também se caçam borboletas

[e andorinhas ficou muito espantado

e achou uma barbaridade.


(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)


A transposição para a voz passiva de uma frase de um
dos textos está correta em:

Alternativas
Comentários
  • Obsevem que a ordem correta da frase é:

    UMA VIAGEM DE EXPLORAÇÃO À AMÉRICA DO SUL FOI FEITA POR ELE.

    Temos aí uma VOZ PASSIVA ANALÍTICA - VERBO AUXILIAR  + VTD (PAR´TICÍPIO)

  • O erro da alternativa "b" está na transitividade indireta do verbo assistir, que está na oração com sentido de VER ALGO. (Quem assisti, assisti a alguma coisa). Verbos transitivos indiretos não permitem a conversão da voz ativa para a voz passiva.

ID
161041
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Janelas de ontem e de hoje

Os velhinhos de ontem costumavam, sobretudo nos fins
de tarde, abrir as janelas das casas e ficar ali, às vezes com os
cotovelos apoiados em almofadas, esperando que algo
acontecesse: a aproximação de um conhecido, uma correria de
crianças, um cumprimento, uma conversa, o pôr do sol, a
aparição da lua.
Eles se espantariam com as crianças e os jovens de hoje,
fechados nos quartos, que ligam o computador, abrem as
janelas da Internet e navegam por horas por um mundo de
imagens, palavras e formas quase infinitas.
O homem continua sendo um bicho muito curioso. O
mundo segue intrigando-o.
O que ninguém sabe é se o mundo está cada vez maior
ou menor. O que eu imagino é que, de suas janelas, os
velhinhos viam muito pouca coisa, mas pensavam muito sobre
cada uma delas. Tinham tempo para recolher as informações
mínimas da vida e matutar sobre elas. Já quem fica nas janelas
da Internet vê coisas demais, e passa de uma para outra quase
sem se inteirar plenamente do que está vendo. Mudou o tempo
interior do homem, mudou seu jeito de olhar. Mudaram as
janelas para o mundo - e nós seguimos olhando, olhando,
olhando sem parar, sempre com aquela sensação de que
somos parte desse espetáculo que não podemos parar de olhar,
seja o cachorro de verdade que se coça na esquina da padaria,
seja o passeio virtual por Marte, na tela colorida.

(Cristiano Calógeras)

Transpondo-se para a voz passiva a frase Os velhinhos viam muito pouca coisa, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • Pouco coisa era vista pelos velhinhos... Verbo principal esta no pretérito tem que continuar no pretérito o seu auxiliar e concordar com o sujeito.
  • Amigos,

     

     

    Reescrevendo a frase na voz passiva, como nos pede a questão, temos a seguinte construção "Muito pouca coisa era vista pelos vellhinhos". Notem que o verbo ver concorda com o objeto direto da voz ativa: muito pouca coisa, por isso, o verbo principal ver + o auxiliar ser concordam com o novo sujeito.

  • Os velhinhos viam muito pouca coisa

     

    viam o que??? muito pouca coisa=objeto direto(que é o sujeito da voz passiva)

    viam=pretérito imperfeito do indicativo

     

    muita pouca coisa era(pretérito imperfeito do indicativo e concordando com o sujeito muita pouca coisa) vista pelos velinhos!!!

  • Alternativa A

    observação: O verbo ver esta no pretérito imperfeito ''Eles viam'', caso estivesse no pretérito perfeito seria ''eles viram''.

    Caso o verbo estivesse no pretérito perfeito a voz passiva ficaria: FOI vista.

    O correto nesta assertiva é portanto ''muito pouca coisa ERA vista pelos velhinhos''.

    Bons estudos.

  • Os velhinhos viam muito pouca coisa
    Muito pouca coisa era vista pelos velhinhos.

ID
161206
Banca
FCC
Órgão
TRF - 5ª REGIÃO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Brasil abriga 13% das espécies da fauna e da flora
existentes em todo o mundo - e a maior parte delas está na
Amazônia. A floresta de 4,2 milhões de quilômetros quadrados
é habitada por centenas de milhares de plantas, animais, fungos,
bactérias. Um refúgio de suas matas ou um braço de seus
rios pode conter mais espécies do que continentes inteiros.
As estimativas dos cientistas são de que só 10% das
espécies existentes na Amazônia brasileira sejam conhecidas.
Talvez menos. Ainda, assim, na escala amazônica, 10% já englobam
números espantosos. Só de anfíbios são 250 espécies
catalogadas, ante as 81 da Europa. Os mamíferos são 311, com
mais de 20 espécies de macacos e 122 de morcegos. As
abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800. Em uma única
árvore da Amazônia já foram encontradas 95 espécies de
formigas - 10 a menos do que em toda a Alemanha.

Mas há uma imensidão ainda a ser desbravada. E não é
preciso ir longe para encontrar novas espécies: mesmo no rio
Amazonas, o mais explorado da região, as descobertas são rotineiras
- em 2005, foi identificado um exemplar de piraíba, que
pode chegar a mais de dois metros. Levantamentos recentes
feitos com redes de arrasto revelaram um universo de peixes
elétricos e outros animais exóticos, que vivem nas áreas mais
profundas do rio, em escuridão total.

A maior parte da Amazônia ainda é território inexplorado
pela ciência. Estima-se que até 70% das coletas feitas sobre a
biodiversidade estão restritas ao entorno de Manaus e Belém -
onde estão o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa), o Museu Goeldi e as principais universidades. Diante do
tamanho e da heterogeneidade da região, é o mesmo que
observá-la por um buraco de fechadura. Faltam respostas para
perguntas básicas: quantas espécies existem na região? Como
elas estão distribuídas? Qual o papel de cada uma na natureza?
Ninguém sabe dizer ao certo. A maior biodiversidade do planeta
é também a mais desconhecida.

(Adaptado de Herton Escobar. Amazônia. O Estado de S.
Paulo
, nov/dez 2007, p.30/31)

A floresta de 4,2 milhões de quilômetros quadrados é habitada por centenas de milhares de plantas ... (1º parágrafo)

Transpondo para a voz ativa a frase acima, a forma verbal grifada passará a ser, corretamente:

Alternativas
Comentários
  • O verbo auxiliar ser está na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (é habitada), então na voz ativa o verbo principal habitar deve ficar também no presente do indicativo, ou seja, habitam (terceira pessoa do plural).
  • Resposta letra A.

    A frase fica: Centenas de milhares de plantas habitam a floresta de 4,2 milhões de quilômetros quadrados.

ID
161725
Banca
FCC
Órgão
TRF - 5ª REGIÃO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Num encontro pela liberdade de opinião

Vimos aqui hoje para defender a liberdade de opinião
assegurada pela Constituição dos Estados Unidos e também
em defesa da liberdade de ensino. Por isso mesmo, queremos
chamar a atenção dos trabalhadores intelectuais para o grande
perigo que ameaça essa liberdade.

Como é possível uma coisa dessas? Por que o perigo é
mais ameaçador que em anos passados? A centralização da
produção acarretou uma concentração do capital produtivo nas
mãos de um número relativamente pequeno de cidadãos do
país. Esse pequeno grupo exerce um domínio esmagador sobre
as instituições dedicadas à educação de nossa juventude, bem
como sobre os grandes jornais dos Estados Unidos. Ao mesmo
tempo, goza de enorme influência sobre o governo. Por si só,
isso já é suficiente para constituir uma séria ameaça à liberdade
intelectual da nação. Mas ainda há o fato de que esse processo
de concentração econômica deu origem a um problema anteriormente
desconhecido - o desemprego de parte dos que estão
aptos a trabalhar. O governo federal está empenhado em
resolver esse problema, mediante o controle sistemático dos
processos econômicos - isto é, por uma limitação da chamada
livre interação das forças econômicas fundamentais da oferta e
da procura.

Mas as circunstâncias são mais fortes que o homem. A
minoria econômica dominante, até hoje autônoma e desobrigada
de prestar contas a quem quer que seja, colocou-se em
oposição a essa limitação de sua liberdade de agir, exigida para
o bem de todo o povo. Para se defender, essa minoria está
recorrendo a todos os métodos legais conhecidos a seu dispor.
Não deve nos surpreender, pois, que ela esteja usando sua
influência preponderante nas escolas e na imprensa para
impedir que a juventude seja esclarecida sobre esse problema,
tão vital para o desenvolvimento da vida neste país.
Não preciso insistir no argumento de que a liberdade de
ensino e de opinião, nos livros ou na imprensa, é a base do
desenvolvimento estável e natural de qualquer povo. Possamos
todos nós, portanto, somar as nossas forças. Vamos manternos
intelectualmente em guarda, para que um dia não se diga
da elite intelectual deste país: timidamente e sem nenhuma
resistência, eles abriram mão da herança que lhes fora
transmitida por seus antepassados - uma herança de que não
foram merecedores.

(Albert Einstein, Escritos da maturidade. Conferência pronunciada
em 1936)

Transpondo-se para a voz passiva a construção o grande perigo que ameaça essa liberdade, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • O grande perigo que ameaça essa liberdade. (voz ativa)

    O verbo ameaçar é transitivo direto e está no presente do indicativo, então na voz passiva o verbo auxiliar ser deverá também estar no presente do indicativo, ou seja, na forma " é ".

    Portanto, a frase na voz passiva fica: Essa liberdade é ameaçada por grande perigo.
  • d-

    AO passar para voz passiva, deve-se mante ro tempo e modo verbal da oração original, atentando para o gênero do agente que deverá receber a ação, porque nem sempre coincidirá com o do agente praticante da açao.

  • é ameaçada. 

  • Gab d!

    tempo \ modo do verbo da voz ativa precisa ser idêntico ao verbo auxiliar da voz passiva.

    Ana Comeu o bolo (comeu = pretérito perfeito do indicativo)

    o bolo FOI comido pela Ana. (Foi = pretérito perfeito do indicativo)


ID
162145
Banca
FCC
Órgão
TCE-AL
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Propósitos e liberdade

Desde que nascemos e a nossa vida começou, não há
mais nenhum ponto zero possível. Não há como começar do
nada. Talvez seja isso que torna tão difícil cumprir propósitos de
Ano Novo. E, a bem da verdade, o que dificulta realizar qualquer
novo propósito, em qualquer tempo.
O passado é como argila que nos molda e a que estamos
presos, embora chamados imperiosamente pelo futuro.
Não escapamos do tempo, não escapamos da nossa história.
Somos pressionados pela realidade e pelos desejos. Como
pode o ser humano ser livre se ele está inexoravelmente
premido por seus anseios e amarrado ao enredo de sua vida?
Para muitos filósofos, é nesse conflito que está o problema da
nossa liberdade.
Alguns tentam resolver esse dilema afirmando que a
liberdade é a nossa capacidade de escolher, a que chamam
livre-arbítrio. Liberdade se traduziria por ponderar e eleger entre
o que quero e o que não quero ou entre o bem e o mal, por
exemplo. Liberdade seria, portanto, sinônimo de decisão.
Prefiro a interpretação de outros pensadores, que nos
dizem que somos livres quando agimos. E agir é iniciar uma
nova cadeia de acontecimentos, por mais atrelados que estejamos
a uma ordem anterior. Liberdade é, então, começar o
improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças,
determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a
iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir
novos tempos.
Nossa história e nosso passado não são nem cargas
indesejadas, nem determinações absolutas. Sem eles, não
teríamos de onde sair, nem para onde nos projetar. Sem
passado e sem história, quem seríamos? Mas não é porque não
pudemos (fazer, falar, mudar, enfrentar...) que jamais
poderemos. Nossa capacidade de dar um novo início para as
mesmas coisas e situações é nosso poder original e está na raiz
da nossa condição humana. É ela que dá à vida uma direção e
um destino. Somos livres quando, ao agir, recomeçamos.
Nossos gestos e palavras, mesmo inconscientes e
involuntários, sempre destinam nossas vidas para algum lugar.
A função dos propósitos é transformar esse agir, que cria
destinos, numa ação consciente e voluntária. Sua tarefa é a de
romper com a casualidade aparente da vida e apagar a
impressão de que uma mão dirige nossa existência.
Os propósitos nos devolvem a autoria da vida.

(Dulce Critelli. Folha de São Paulo, 24/01/2008)

A transposição para a voz passiva é possível apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Um novo sentido é incutido à nossa vida por novos gestos.
  • Na presente questão, deve-se analisar a transitividade do verbo da oração. Apenas orações com verbos transitivos diretos e os transitivos diretos e indiretos podem ser transpostas para a voz passiva. Assim, vemos:

    a) Incutem (VTDI)

    b) Aposta (VI)

    c) Estaria (VL)

    d) Depende (VTI)

    e) Conspiram (VTI)

  • Atenção!!!
    Para passar para a voz passiva, é obrigatória a presença do Objeto direto, mas pode haver objeto indireto. Ou seja, pode o verbo ser transitivo direto e indireto também!!

ID
167410
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


Com efeito, agentes do serviço de inteligência do Afeganistão [...] prenderam nove funcionários da Emergency. (2º parágrafo)

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    TRANSFORMAÇÕES

    Para ser passado para a voz passiva, o verbo deve ter objeto direto e fazer as seguintes transformações:

    1) O objeto direto da voz ativa passa a sujeito da voz passiva analítica.

    2) O tempo do verbo principal é transferido para o verbo auxiliar"ser", ao passo que o principal vai para o particípio.

    3) O verbo, na voz passiva, concorda com o sujeito paciente.

    PRENDERAM nove funcionários = Nove funcionários foram presos

  • NOVE FUNCIONÁRIOS DA EMERGENCY FORAM PRESOS...

                                                                 1º VERBO NO PRET.PERF.IND. + 2º VERBO FORMA NOMINAL.
     

ID
167974
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Estradas e viajantes

A linguagem nossa de cada dia pode ser altamente
expressiva. Não sei até quando sobreviverão expressões, ditados,
fórmulas proverbiais, modos de dizer que atravessaram o
tempo falando as coisas de um jeito muito especial, gostoso,
sugestivo. Acabarão por cair todas em desuso numa época como
a nossa, cheia de pressa e sem nenhuma paciência, ou
apenas se renovarão?

Algumas expressões são tão fortes que resistem aos
séculos. Haverá alguma língua que não estabeleça formas de
comparação entre vida e viagem, vida e caminho, vida e estrada?
O grande Dante já começava a Divina Comédia com "No
meio do caminho de nossa vida...". Se a vida é uma viagem, a
grande viagem só pode ser... a morte, fim do nosso caminho.
"Ela partiu", "Ele se foi", dizemos. E assim vamos seguindo...

Quando menino, ouvia com estranheza a frase "Cuidado,
tem boi na linha". Como não havia linha de trem nem boi
por perto, e as pessoas olhavam disfarçadamente para mim, comecei
a desconfiar, mas sem compreender, que o boi era eu;
mas como assim? Mais tarde vim a entender a tradução completa
e prosaica: "suspendamos a conversa, porque há alguém
que não deve ouvi-la". Uma outra expressão pitoresca, que eu
já entendia, era "calça de pular brejo" ou "calça de atravessar
rio", no caso de pernas crescidas ou calças encolhidas, tudo
constatado antes de pegar algum caminho.

Já adulto, vim a dar com o termo "passagem", no
sentido fúnebre. "Passou desta para melhor". Situação difícil:
"estar numa encruzilhada". Fim de vida penoso? "Também, já
está subindo a ladeira dos oitenta..." São incontáveis os exemplos,
é uma retórica inteira dedicada a imagens como essas.
Obviamente, os poetas, especialistas em imagens, se encarregam
de multiplicá-las. "Tinha uma pedra no meio do caminho",
queixou-se uma vez, e para sempre, o poeta Carlos Drummond
de Andrade, fornecendo-nos um símbolo essencial para todo e
qualquer obstáculo que um caminhante fatalmente enfrenta na
estrada da vida, neste mundo velho sem porteira...


(Peregrino Solerte, inédito)

Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde vim a entender a tradução completa, a forma verbal resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Mais tarde vim a entender a tradução completa --> Mais tarde a tradução completa veio a ser entendida por mim.

  • Mais tarde vim a entender a tradução completa

     

    a tradução completa veio a ser entendida mais tarde(  O OBJETO DIRETO DA VOZ ATIVA PASSA A SUJEITO PACIENTE DA VOZ PASSIVA).

  • Alternativa A

    Mais tarde vim a entender a tradução completa - observe que na voz ativa ja existe uma locuçao verbal, quando ela passar para a forma passiva ela deve manter o mesmo tempo e modo em que está conjugada.

    VIM a entender - auxiliar ( vim ) no presente quer dizer que a locução está no pretérito perfeito. Para que o tempo e o modo verbal sejam mantidos na voz passiva, a única alternativa que está no pretérito perfeito é a ALTERNATIVA A.

    BONS ESTUDOS!!!

     

  • resp. "A"

    como diz o professor Alexandre soares: " Pão, pão, queijo queijo" kkkkkkk

    NA VOZ ATIVA: 1verbo PASSIVA: 2 verbos

    NA VOZ ATIVA: 2verbos PASSIVA: 3 verbos

    NA VOZ ATIVA: 3verbos PASSIVA 4 verbos

    NA VOZ ATIVA: 1.987.456verbos PASSIVA 1.987.457 verbos

    * atentando para o tempo/modo/pessoa.

    Bons estudos à Todos


ID
173662
Banca
VUNESP
Órgão
CETESB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O que distingue os milhares de anos de história do que
consideramos os tempos modernos? A resposta transcende em
muito o progresso da ciência, da tecnologia, do capitalismo e da
democracia.
O passado remoto foi repleto de cientistas brilhantes, de matemáticos,
de inventores, de tecnólogos e de filósofos políticos.
Centenas de anos antes do nascimento de Cristo, os céus haviam
sido mapeados, a grande biblioteca de Alexandria fora construída
e a geometria de Euclides era ensinada. A demanda por inovações
tecnológicas para fins bélicos era tão insaciável quanto atualmente.
Carvão, óleo, ferro e cobre estiveram a serviço dos seres humanos
por milênios, e as viagens e comunicações marcaram os primórdios
da civilização conhecida.
A ideia revolucionária que define a fronteira entre os tempos
modernos e o passado é o domínio do risco: a noção de que o
futuro é mais do que um capricho dos deuses e de que homens e
mulheres não são passivos ante a natureza. Até os seres humanos
descobrirem como transpor essa fronteira, o futuro era um espelho
do passado ou o domínio obscuro de oráculos e adivinhos que detinham
o monopólio sobre o conhecimento dos eventos previstos.

(Peter L. Bernstein, Desafio aos Deuses)

Assinale a alternativa que apresenta a voz passiva da frase: viagens e comunicações marcaram os primórdios da civilização...

Alternativas
Comentários
  • Letra E

     ...os primórdios da civilização foram marcados por viagens e comunicações...

  • Alternativa E

    Observe que na voz ativa o verbo MARCAR esta conjugado no pretérito perfeito do modo indicativo, portanto o verbo auxiliar da voz passiva ( ser ) deve estar no mesmo tempo e modo.

    Ativa: MARCAM os primordios       Passiva: FORAM ( verbo ser no pretérito perfeito do indicativo ) marcados.

    Bons estudos!

  • Voz passiva: quando o sujeito é o paciente, isto é, o receptor da ação expressa pelo verbo.

    Há 2 tipos de voz passiva:

    a) Passiva Analítica: formada por verbo auxiliar + particípio.
    A banana foi comida pelo macaco.
    O livro foi lido pelo aluno.

    b) Passiva Sintética: quando é formada pelo verbo na 3ª pessoa + partícula apassivadora se.
    Comeu-se a banana.
    Leu-se o livro.

  • verbos ser/estar + particípio

    VTD (3º pessoa) + se

  • Qual o erro da B?

  • Porque não pode ser a letra A, utlizando "eram"?

  • ...viagens e comunicações marcaram os primórdios da civilização...


    ...os primórdios da civilização foram marcados por viagens e comunicações..


    Ambos os verbos destacados estão no pretérito do presente do indicativo.



    A letra B tem tempo VERBAL diferente,portanto está errada..


    .. os primórdios da civilização são marcados por viagens e comunicações...


    O verbo destacado está no presente do indicativo.


    .




  • Assertiva e

    apresenta a voz passiva = ..os primórdios da civilização foram marcados por viagens e comunicações...


ID
174316
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Representatividade ética

Costuma-se repetir à exaustão, e com as consequências
características do abuso de frases feitas e lugares-comuns, que
as esferas do poder público são o reflexo direto das melhores
qualidades e dos piores defeitos do povo do país. Na esteira
dessa convicção geral, afirma-se que as casas legislativas brasileiras
espelham fielmente os temperamentos e os interesses
dos eleitores brasileiros. É o caso de se perguntar: mesmo que
seja assim, deve ser assim? Pois uma vez aceita essa correspondência
mecânica, ela acaba se tornando um oportuno álibi
para quem deseja inocentar de plano a classe política, atribuindo
seus deslizes a vocações disseminadas pela nação inteira...
Perguntariam os cínicos se não seria o caso, então, de não
mais delegar o poder apenas a uns poucos, mas buscar repartilo
entre todos, numa grande e festiva anarquia, eliminando-se
os intermediários. O velho e divertido Barão de Itararé já reivindicava,
com a acidez típica de seu humor: "Restaure-se a
moralidade, ou então nos locupletemos todos!".

As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos
pelo voto direto, não podem ser vistas como uma síntese
cristalizada da índole de toda uma sociedade, incluindo-se aí as
perversões, os interesses escusos, as distorções de valor. A
chancela da representatividade, que legitima os legisladores,
não os autoriza em hipótese alguma a duplicar os vícios sociais;
de fato, tal representação deve ser considerada, entre outras
coisas, como um compromisso firmado para a eliminação
dessas mazelas. O poder conferido aos legisladores deriva,
obviamente, das postulações positivas e construtivas de uma
determinada ordem social, que se pretende cada vez mais justa
e equilibrada.

Combater a circulação dessas frases feitas e lugarescomuns
que pretendem abonar situações injuriosas é uma
forma de combater a estagnação crítica ? essa oportunista aliada
dos que maliciosamente se agarram ao fatalismo das "fraquezas
humanas" para tentar justificar os desvios de conduta do
homem público. Entre as tarefas do legislador, está a de fazer
acreditar que nenhuma sociedade está condenada a ser uma
comprovação de teses derrotistas.

(Demétrio Saraiva, inédito)

As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos pelo voto direto, não podem ser vistas como uma síntese cristalizada da índole de toda uma sociedade (...).

Considerando-se aspectos de construção da frase acima, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Ambos estão no sentido de comparação.

  • É verdade nesse caso é uma comparação, mas vamos combinar que o tal, sem o qual junto fica muito estranho?!

  • Concordo com a colega abaixo...

    As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos pelo voto direto, não podem ser vistas tal uma síntese cristalizada da índole de toda uma sociedade (...)

    Fica meio estranho não!?

  • Concordo com os colegas, pois não é muito usual.

    No entanto, está correto porque "tal" é o mesmo que semelhante, parecido ou análogo, sendo que o "tal qual" é apenas uma expressão que enfatiza comparação.

    Ex.: "Tal pai, tal filho". Veja que o "qual" não foi utilizado, mas a idéia ficou clara de que o filho é semelhante ao pai.

    Correta a alternativa D.

  • Infelizmente, a banca não esté nem aí se a forma é usual ou não. Fica estranho justamente porque não usamos falar ou escrever assim.
  • a) não tem verbo exigindo a preposição "em", logo ela não pode ser empregada ates de "cujos" e, além disso, o pronome relativo "cujo" não admite artigo nem antes e nem depois dele.

    b) com a eliminação da vírgula, a oração passa de subordinada adjetiva explicativa (com o sentido de generalização) para subordinada adjetiva restritiva (com o sentido de limitação). Portanto, alteraria o sentido.

    c) Não se pode ver as casas legislativas como... = As casas legislativas não podem ser vistas como...

    d) como, que nem, assim como, como se, tal qual, tal como, tal, feito, tanto quanto... são conjunções subordinativas comparativas, logo pode ser substituído sem prejuízo gramatical.

    e) de toda sociedade = qualquer sociedade

        de toda uma sociedade = sociedade específica


ID
175726
Banca
FCC
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pensando os clássicos

Os pensadores da antiguidade clássica deixaram-nos um
tesouro nem sempre avaliado em sua justa riqueza. O filósofo
Sêneca, por exemplo, mestre da corrente estoica, legou-nos
uma série preciosa de reflexões sobre a tranquilidade da alma
- este é o título da tradução para o português. É ler o livrinho
com calma e aprender muito. Reproduzo aqui três fragmentos,
para incitar o leitor a ir atrás de todo o restante.

I. Quem temer a morte nunca fará nada em prol dos
vivos; mas aquele que tomar consciência de que
sua sorte foi estabelecida já na sua concepção
viverá de acordo com a natureza, e saberá que
nada do que lhe suceda seja imprevisto. Pois,
prevendo tudo quanto possa de fato vir a suceder,
atenuará o impacto de todos males, que são fardos
somente para os que se creem seguros e vivem na
expectativa da felicidade absoluta.

II. Algumas pessoas vagam sem propósito, buscando
não as ocupações a que se propuseram, mas
entregando-se àquelas com que deparam ao acaso.
A caminhada lhes é irrefletida e vã, como a das
formigas que trepam nas árvores e, depois de subir
ao mais alto topo, descem vazias à terra.

III. Nossos desejos não devem ser levados muito
longe; permitamos-lhes apenas sair para as proximidades,
porque não podem ser totalmente reprimidos.
Abandonando aquilo que não pode acontecer
ou dificilmente pode, sigamos as coisas próximas
que favorecem nossa esperança (...). E não
invejemos os que estão mais alto: o que parece
altura é precipício.

São princípios do estoicismo: aprender a viver sabendo
da morte; não se curvar ao acaso, mas definir objetivos; viver
com a consciência dos próprios limites. Nenhum deles é fácil de
seguir, nem Sêneca jamais acreditou que seja fácil viver. Mas a
sabedoria dos estoicos, que sabem valorizar o que muitos só
sabem temer, continua viva, dois mil anos depois.

(Belarmino Serra, inédito)

A construção que NÃO admite transposição para voz passiva é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A!

      Só tem voz passiva um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto (bitransitivo). Caso contrário, não há na voz ativa um termo que possa ser o sujeito da voz passiva

    A frase "os que vivem na expectativa da felicidade absoluta." não tem voz passiva. O termo da felicidade é objeto indireto, e não há, na voz ativa, objeto direto que possa vir a ser o sujeito da voz passiva.

  • Concordo que a resposta correta seja a letra A, porém surgiu uma dúvida frente ao comentário da colega abaixo. Na alternativa A creio que não é possível a transposição para a voz passiva, porque o verbo é intransitivo e não porque é transitivo indireto como foi comentado. Se eu estiver errado, por favor, me corrijam. obrigado.

  • Também entendo que o verbo viver seja intransitivo.

  • Viver= pode ser transitivo ou intransitivo. 

  • Os que vivem é sujeito indeterminado, não tendo como transpor para a voz passiva.

  • Verbo VIVER:

    Quem vive, vive DE alguma coisa, ou seja, necessita de complemento acompanhado de uma preposição (chamados objetos indiretos)

    Quem vive, vive DE alguma coisa: DE QUE ? da expectativa da felicidade absoluta. VTI

    Questão "a" CORRETA

  • Viver é verbo intransitivo. "na expectativa da felicidade absoluta", é adjunto adverbial de modo. Por isso, "a)" é a questão correta.

    Demais verbos são transitivos diretos.

  • Pessoal, é muito importante lembrar disso na prova, pois é muito triste perder uma questão de transposição de voz.

    Vamos relembrar: Só se pode falar em voz passiva com VERBOS TRANSITIVOS DIRETO E TRANSITIVOS DIRETO E INDIRETO.


    A construção que NÃO admite transposição para voz passiva é:

        a) os que vivem na expectativa da felicidade absoluta. (Viver verbo intransitivo não admite voz passiva) Exceção: Complementos cognatos (também conhecido como OBJETO DIRETO INTERNO) . Ex.: José Alencar viveu uma vida digna. Transposição: Uma vida digna foi vivida por José Alencar.

        b) Os pensadores da antiguidade clássica deixaramnos um tesouro. ( Deixar verbo transitivo direto, admite voz passiva) Tranposição: Um tesouro foi nos deixado pelos pensadores da antiguidade clássica.)

        c) sigamos as coisas próximas (Seguir verbo transitivo direto, admite voz passiva) Transposição: Coisas próximas sejam seguidas por nós.

        d) E não invejemos os que estão mais alto ( Invejar verbo transitivo direto, admite voz passiva) Tranposição: E não sejam invejados por nos os que estão mais alto por nós. ou Os que estão mais alto não sejam invejados por nós.

        e) favorecem nossa esperança. (Favorecer verbo transitivo direto, admite voz passiva) Transposição: Nossa esperança é favorecida.


    DE VERDADE, UMA BOA SORTE A TODOS! ENTENDO A LUTA DE CADA UM! VIVO-A DIARIAMENTE. TENHO UMA FILHA COM 2 MESES DE IDADE E MAL A VEJO, MAS NO FINAL VAI VALER A PENA. (DESABAFEI).
  • "quem vive, vive!"


    pronto! é isso! Não tem o que perguntar mais para esse verbo, para achar eventuais complementos diretos ou indiretos.


    Se eu digo:


    Eu vivo estudando!

    Suj --> quem é que vive? ---> Eu

    Verbo ----> quem vive, vive! ---> intransitivo (não exige complemento)

    estudando ---> adj adverbial (é o modo como eu estou vivendo).


    Bons estudos!

  • A voz passiva SOMENTE será admitia se o verbo da voz ativa for VTD ou VTDI


    a) os que vivem na expectativa da felicidade absoluta. (VIVER - VI)

    b) Os pensadores da antiguidade clássica deixaram-nos um tesouro. (Deixar - VTD)

    Um tesouro foram-nos deixado pelos pensadores da antiguidade clássica.

    c) sigamos as coisas próximas. (Seguir - VTD)

    As coisas próximas sejam seguidas por nós.

    d) E não invejemos os que estão mais alto. (Invejar - VTD)

    E não sejam invejados por nós / os que estão mais alto. --> (passando para ordem direta)

    Os que estão mais alto não sejam invejados por nós.

    e) favorecem nossa esperança. (Favorecer - VTD)

    Nossa esperança foi favorecida por eles.

  • gabarito:

    a) verbo VIVER => é intransitivo, nao pede complemento. Morrer tambem é intransito nao pede complemento. ex: Eu vivo. Eu morro.


ID
202165
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Informalidade reconfigurada

As atividades informais têm sido tradicionalmente
identificadas no Brasil como as práticas de trabalho mais relacionadas
à luta pela sobrevivência. Na maior parte das vezes,
trata-se de um conjunto expressivo da população que se encontra
excluída das regras formais de proteção social e trabalhista.
Salvo períodos conjunturais determinados de desaceleração
econômica, quando o segmento informal funcionava como uma
espécie de colchão amortecedor da temporária situação de desemprego
aberto, percebia-se que a informalidade era uma das
poucas possibilidades de os segmentos vulneráveis se inserirem
no mercado de trabalho. Por não impor praticamente nenhuma
barreira à entrada, o trabalho informal representaria uma
atividade laboral que também poderia compreender a transição
para o emprego assalariado formal.

O trabalho informal submete-se à baixa remuneração
e à vulnerabilidade de quem não conta com a aposentadoria na
velhice, a pensão para o acidente de trabalho, o seguro para o
desemprego, o piso oficial para a menor remuneração, a representação
sindical, entre outras regras de proteção. Pelo menos
durante o ciclo da industrialização nacional (1930-80), a informalidade
foi sendo drasticamente reduzida. A força do assalariamento
com carteira assinada, decorrente de taxas de crescimento
econômico com média anual de 7%, foi a principal responsável
pela queda do trabalho informal.
Apesar disso, o Brasil ingressou na década de 1980
com cerca de 1/3 do total dos ocupados ainda submetidos às
atividades informais. Com o abandono da condição de rápido e
sustentado crescimento econômico, o mercado de trabalho sofreu
uma importante inflexão. O desemprego aberto vem crescendo,
e com ele a ocupação informal. Em vinte anos, o Brasil
gerou um contingente adicional de 13,1 milhões de postos de
trabalho não assalariados (40% do total de novos postos de trabalho).
No mesmo período de tempo, a informalidade cresceu
mais no meio urbano, uma vez que o setor rural continuou a
expulsar mão de obra.

(Adaptado de Marcio Pochmann, revista Forum)

NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção:

Alternativas
Comentários
  •  Gabarito:C

    Para haver transposição para a voz passiva, tem que existir objeto direto na voz ativa.

    Na opção C, não existe objeto direto.

    "O Brasil contava...COM..."  

    Contava_verbo transitivo indireto.Quem conta, conta COM alguém ou alguma coisa.

  • Comentário objetivo:

    Uma frase não admite transposição para a voz passiva quando o verbo da ação não necessitar de um OBJETO DIRETO em sua regência, ou seja, os VTI e VI.

    Vamos às alternativas:

    a) Já identificaram   (VTD - OK)   as atividades informais como práticas de trabalho relacionadas à luta pela sobrevivência.

    b) O trabalho informal leva   
    (VTD - OK)   o trabalhador à baixa remuneração e à privação de quaisquer garantias trabalhistas.

    c) o Brasil contava  
    (VTI - NÃO ACEITA VOZ PASSIVA)  , no início da década de 1980, com 1/3 do total dos trabalhadores submetidos às atividades informais.

    d) A ocupação informal expõe   
    (VTD - OK)   o trabalhador às inseguranças de uma ocupação inteiramente desprotegida.

    e) A retomada do desenvolvimento econômico poderá propiciar  
    (VTD - OK)   o ingresso de muita gente no trabalho formal.

  • Perdoem-me o comentário exíguo, quero apenas fazer um adendum ao comentário do Daniel: verbos de ligação também não aceitam a transposição para a voz passiva.

    De resto, está perfeito o comentário anterior, parabéns! :-)

    Bons estudos a todos!

  • Ajuda muito procurando nas frases o sujeito e o objeto direto e dispensando o restante, pois eles viram agente da passiva e sujeito paciente. Assim:
    a) Já identificaram as atividades: As atividades já foram identificadas;
    b) O trabalho leva o trabalhador: O trabalhador é levado pelo trabalho;
    c) Oops! O Brasil contava com trabalhadores. Objeto indireto na parada! Não dá. É essa.
    d) A ocupação expõe o trabalhador: O trabalhador é exposto pela ocupação;
    e) A retomada poderá propiciar o ingresso: O ingresso poderá ser propiciado pela retomada.
  • olá, colegas concurseiros!
    Essa questão me deixou confusa. Esse "à" significa que tem preposição, ou seja, o complento da frase é indireto,não é isso? ou estou errada?

    AAjuda.
  • Note que a presença de objeto direto, acompanhando verbos transitivos diretos, é condição necessária para a transformação da voz ativa em voz passiva. Sendo assim, os verbos transitivos indiretos e intransitivos tornam impossível essa conversão. No caso, a alternativa C possui o verbo “contar”, que é transitivo indireto, sendo a expressão “com 1/3 do total dos trabalhadores submetidos às atividades informais” objeto indireto. Todas as demais alternativas podem ser assim convertidas: (A) As atividades informais já foram identificadas como práticas de trabalho relacionadas à luta pela sobrevivência; (B) O trabalhador é levado pelo trabalho informal à baixa remuneração e à privação de quaisquer garantias trabalhistas; (D) O trabalhado é exposto pela ocupação informal às inseguranças de uma ocupação inteiramente desprotegida; (E) O ingresso de muita gente no trabalho formal poderá ser propiciado pela retomada do desenvolvimento econômico.

ID
219568
Banca
FCC
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos últimos anos, a discussão sobre o aquecimento
global e suas consequências se tornou onipresente entre
governos, empresas e cidadãos. É louvável que todos queiram
salvar o planeta, mas o debate sobre como fazê-lo chegou ao
patamar da irracionalidade. Entre cientistas e ambientalistas,
estabeleceu-se uma espécie de fervor fanático e doutrinário
pelas conclusões pessimistas do Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU. Segundo
elas, ou se tomam providências radicais para cortar as
emissões de gases do efeito estufa decorrentes da atividade
humana, ou o mundo chegará ao fim do século XXI à beira de
uma catástrofe. Nos últimos três meses, numa reviravolta
espetacular, a doutrina do aquecimento global vem se
desmanchando na esteira de uma série de escândalos.
Descobriu-se que muitas das pesquisas que dão sustentação
aos relatórios emitidos pelo IPCC não passam de especulação
sem base científica. Pior que isso: os cientistas que conduzem
esses estudos manipularam dados para amparar suas
conclusões.

A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início
do ano quando se descobriu um erro grosseiro numa das
pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em
2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem
desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global. O
derretimento traria consequências devastadoras para bilhões de
pessoas na Ásia, que dependem da água produzida pelo degelo
nas montanhas. Os próprios cientistas que compõem o IPCC
reconheceram que a previsão não tem o menor fundamento
científico e foi elaborada com base em uma especulação. O
mais espantoso é que tal previsão tenha sido tratada como
verdade incontestável por três anos, desde a publicação do
documento.

Os relatórios do IPCC são elaborados por 3000
cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor
conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos
climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior,
transformar suas conclusões em dogmas.

(Okky de Souza. Veja, 24 de fevereiro de 2010, pp. 94-95,
com adaptações)

Os relatórios do IPCC são elaborados por 3000 cientistas de todo o mundo ... (3º parágrafo)

O verbo que admite transposição para a voz passiva, como no exemplo grifado acima, está na frase:

Alternativas
Comentários
  • B - CORRETA - O verbo é VTD: Dados para os relatórios sobre os efeitos do aquecimento global são oferecidos por cientistas de todo mundo.

  • Alternativa B

    Complementando. É bastante comum este tipo de questão que pede, entre as alternativas, qual o verbo admite transposição para a voz passiva. Basta o candidato observar qual das afirmações possuem em sua constituição verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto, do contrário não será possível a passagem.

    Bons estudos!!

  • Comentário objetivo:

    Para que um verbo seja passível de transposição para a voz passiva sua regência deve exigir um Objeto Direto, ou seja, o verbo deve ser VTD ou VTDI.

    Veja que é isso que ocorre no verbo citado no enunicado:

    Os relatórios do IPCC são elaborados por 3000 cientistas de todo o mundo ... (3º parágrafo)

    Elaborar: VTD (quem elabora, elabora alguma coisa...)

    Dado isso, vamos às alternativas:

    a) São evidentes os efeitos desastrosos, em todo o mundo, do aquecimento global decorrente   (VTI - NÃO)   da atividade humana.

    b) Cientistas de todo o mundo oferecem   
    (VTDI - OK)   dados para os relatórios sobre os efeitos do aquecimento global.

    c) As geleiras do Himalaia estão   
    (VL - NÃO)   sujeitas a um rápido derretimento, em virtude do aquecimento do planeta.

    d) Os cientistas incorreram  
    (VTI - NÃO)   em erros na análise de dados sobre o derretimento das geleiras do Himalaia.

    e) Populações inteiras dependem   
    (VTI - NÃO)   da água resultante do derretimento de geleiras, especialmente na Ásia.


ID
219592
Banca
FCC
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

João Gilberto ? "Há tanta coisa bonita a ser consertada"

O início de uma vida artística é definidor. Por mais que a
arte e a vida venham a mudar, e a negar as suas origens, o
começo permanece como referência. No caso de João Gilberto,
mais de meio século depois, o início de sua obra é um atestado
de coerência.

O disco que inicia a bossa nova é um compacto simples
que ele gravou em julho de 1958. De um lado, havia Chega de
Saudade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Do outro, Bim
Bom, dele mesmo. Não era nem a primeira gravação de João
Gilberto nem o primeiro disco de bossa nova. Ele já havia
gravado dois compactos com os Garotos da Lua, em 1951, e
outro, solo, no ano seguinte.
A batida da bossa nova, por sua vez, aparecera no LP
Canção do Amor Demais, gravado em abril de 1958 por Elizeth
Cardoso. Nele, João Gilberto tocava violão em Chega de
Saudade e Outra Vez. Apesar das treze faixas serem todas de
Jobim e Vinicius, o LP não é de bossa nova. A "Divina" era uma
cantora presa ao samba-canção, com suas ênfases óbvias e
gastas.

A cápsula da invenção surge mesmo no compacto de
1958. A criação se dá em dois planos. Chega de Saudade havia
sido composta por Jobim como um chorinho. Pois João Gilberto
o transformou num samba enxuto, no qual o violão deixa de ser
um mero acompanhante para dividir o primeiro plano com a voz.
A letra é interpretada como quem fala, de modo íntimo. A
melodia (de fundamento europeu) se amalgama à harmonia
(com inspiração do jazz americano) e ao ritmo (que vem da
África e se condensa no samba) para dar origem a outra coisa:
um som que é uma arte.
No outro lado do disco está o segundo plano inventivo, o
do João Gilberto compositor, autor de Bim Bom, a canção que
não tem nada de baião. A letra oscila entre a negativa absoluta
e a afirmação de um resíduo solitário: "só isso", "não", "nada",
"não" de novo, e outra vez "só". O que resta, de concreto, são
duas palavras, "baião" e "coração".
Em qual instância o criador se manifesta mais: na
interpretação que transforma Chega de Saudade de chorinho
em samba, ou na autoria de Bim Bom? Desde 1958, João
Gilberto segue as duas estratégias, mas dá preferência à
primeira delas. Ele recompõe músicas tradicionais e
contemporâneas. Trabalha com tudo, de sambas a boleros. Em
português, inglês, italiano ou francês. Subtrai notas, altera o
andamento, introduz silêncios, junta versos e muda as letras. O
que resulta é algo bem distante do original. João Gilberto retira
os andaimes da música-matriz para torná-la mais direta,
objetiva e clara.

Quando se pergunta a João Gilberto por que não
compõe mais, sua explicação é singela e generosa: "Mas há
tanta coisa bonita a ser consertada!". Ele prefere o trabalho
modesto de polir a beleza que já existe a satisfazer o seu "eu"
autoral.

(Mario Sergio Conti, Bravo, Março/2010)

Transpondo-se o segmento João Gilberto segue as duas estratégias (penúltimo parágrafo) para a voz passiva, a forma verbal resultante é:

Alternativas
Comentários
  •   João Gilberto segue as duas estratégias. Essa frase na voz ativa como podem ver só tem apenas um verbo que é o verbo seguir, logo na voz passiva terão dois verbos: o verbo auxiliar + o verbo principal obedecendo o mesmo tempo verbal da voz ativa, ou seja segue (está no presente) logo na passiva também estará no presente. Com isso fica evidente que não serão as alternativas a e nem b, tranpondo a frase ficará da seguinte maneira: As duas estratégias (passa a ser o sujeito e vem para o inicio da frase) são seguidas ( verbo auxiliar + verbo principal concordando com o tempo presente e com o sujeito que está no plural) por João Gilberto (passa ser o agente da passiva). As duas estratégias são seguidas por João Gilberto.  Resposta: E, que Jesus Cristo te dê saúde e abra nosso entendimento.

  • as duas estratégias são seguidas é a forma verbal resultante.


ID
236083
Banca
FCC
Órgão
TCE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Pensando nas histórias populares

           Se examinarmos as fábulas populares, verificaremos que  elas representam dois tipos de transformação social, sempre  com final feliz. Num primeiro tipo, existe um príncipe que, por alguma
circunstância, se vê reduzido a guardador de porcos ou  alguma outra condição miserável, para depois reconquistar sua condição real. Num segundo caso, existe um jovem pastor que não possuiu nada desde o nascimento e que, por virtude própria  ou graça do destino, consegue se casar com a princesa e  tornar-se rei.
           Os mesmos esquemas valem para as protagonistas femininas: a donzela nobre é vítima de uma madrasta (Branca  de Neve) ou de irmãs invejosas (Cinderela), até que um príncipe se apaixone por ela e a conduza ao vértice da escala social. Ou  então uma camponesa pobre supera todas as desvantagens da origem e realiza núpcias principescas.
          Poderíamos pensar que as fábulas do segundo tipo são  as que exprimem mais diretamente o desejo popular de uma  reviravolta dos papéis sociais e dos destinos individuais, ao passo  que as do primeiro tipo deixam aparecer tal desejo de forma  mais atenuada, como restauração de uma hipotética ordem  precedente. Mas, pensando bem, os destinos extraordinários do  pastorzinho ou da camponesa representam apenas uma ilusão  miraculosa e consoladora, ao passo que os infortúnios do príncipe
ou da jovem nobre associam a imagem da pobreza com a  ideia de um direito subtraído, de uma justiça a ser reivindicada, isto é, estabelecem no plano da fantasia um ponto que  será fundamental para toda tomada de consciência da época  moderna, da Revolução Francesa em diante.
          No inconsciente coletivo, o príncipe disfarçado de pobre é a prova de que cada pobre é, na realidade, um príncipe que sofreu uma usurpação de poder e por isso deve reconquistar  seu reino.   Quando cavaleiros caídos em desgraça triunfarem sobre seus inimigos, hão de restaurar uma sociedade mais justa, na qual será reconhecida sua verdadeira identidade.

                                                                           (Adaptado de Ítalo Calvino, Por que ler os clássicos)

A forma verbal da voz passiva correspondente exatamente à construção:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A

    É bastante claro que na voz passiva o sujeito sofre a ação.

    Se ( nós ) examinarmos as fábulas populares   /  Se as fábulas populares forem por nós examinadas.

    1) O objeto direto da voz ativa - fábulas populares - torna-se o ''sujeito paciente'' da voz passiva.

    2) O verbo examinar, antes no futuro do subjuntivo, agora assume a forma de locução verbal - forem examinadas

    3) O sujeito da voz ativa agora é agente da passiva, na voz passiva analítica - Nós.

    Forte abraço. 

  • Dá para matar uma questão dessa só no macete:

    Item A) CORRETA

    Item B) ERRADO. Quando a voz ativa tem UM verbo, na voz passiva terá DOIS verbos. A frase na voz passiva, nessa questão, só tem UM verbo.

    Item C) ERRADO. O desejo popular é o sujeito passivo, portanto o verbo TÊM deveria estar no singular.

    Item D) ERRADO. A construção da voz passiva é de VERBO + PARTICÍPIO. Nessa frase, o verbo representando não está no particípio, e sim no gerúndio.

    Item E) ERRADO. Quando a voz ativa tem DOIS verbos, na voz passiva terá TRÊS verbos. A frase na voz passiva, nessa questão, só tem DOIS verbos.
  • Acho que ficaria assim:

    b) um jovem a conduza é: Seja (ela) conduzida por um jovem.

    c) exprimem o desejo popular é: tem sido expressado o desejo popular.

    d) representam apenas uma ilusão miraculosa é: é apenas representada uma ilusão miraculosa.

    e) deve reconquistar seu reino é: deve ser reconquistado seu reino.
  • Alternativa A correta
    Alem de todas as brilhantes explicações, a alternativa tras a preposição POR.
    Abç
  • Uma frase só poderá ser transformada para a voz passiva, se o verbo expressar ação e existir objeto direto.

    Examinar: verbo expressa ação.
    Examinar o quê? As fábulas populares (OD).
  • Resposta – A

    Na alternativa A, o sujeito “nós” (oculto na voz ativa) assume o
    lugar do agente na voz passiva, aquele que vai examinar as fábulas populares.
     
    O objeto direto “fábulas populares” transformou-se no sujeito-paciente, que
    sofrerá a ação de ser examinada. A forma verbal “examinarmos” (futuro do
    subjuntivo) adquiriu forma nominal de particípio.

    Além disso, o verbo auxiliar(ser) flexionou-se corretamente no mesmo tempo e modo (futuro do
    subjuntivo) do verbo “examinarmos”. A correspondência está perfeita!
  • DICAS:
    1) Geralmente, o agente da voz passiva é introduzido pela preposição POR/PER.
    (isso já elimina c,d,e)
    2) Admitem a voz passiva: VTD e VTDI.
    3) Não admitem a voz passiva: VL, VTI, VI e IMPESSOAIS.
    Abs.

  • a) como "As fábulas populares" é o objeto direto na voz ativa, torna-se-á sujeito na voz passiva. Lembrando-nos ainda de que se o verbo "examinarmos" está no futuro do subjuntivo, o verbo SER (da voz passiva) assumirá o mesmo tempo e o mesmo modo.
    * Se as fábulas populares (sujeito) forem examinadas (verbo ser + particípio) por nós (agente da passiva).
    b) Que "ela" ( sujeito) seja conduzida (verbo ser + particípio) por um jovem, (agente da passiva).
    c) O desejo popular (sujeito) é expresso (verbo ser + particípio).
    d)  Uma ilusão miraculosa (sujeito) é representada ( verbo ser + particípio)
    e)  Seu reino ( sujeito) deve ser reconquistado (verbo ser + particípio).
  • a) ok

    b) é conduzida por um jovem .

    c) têm o desejo popular é expressado

    d)estão apenas uma ilusão miraculosa é representanda

    e) seu reino terá sido reconquistado


ID
236428
Banca
FCC
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os filhos dos japoneses davam um duro danado, em poucos anos tinham feito muitas coisas, trabalho de um
século. Na roça deles tinha tudo... Entravam na água e cortavam a juta, eram corajosos e disciplinados.
Vi vários deles, magros e tristes, na ilha das Ciganas, em Saracura, Arari, Itaboraí, e até no Paraná do Limão.
Cortavam juta com um terçado, secavam as fibras num varal e depois as carregavam para a propriedade, onde eram
prensadas e enfardadas; a maioria dos empregados morava em casebres espalhados em redor de Okayama Ken;
quando adoeciam, eram tratados por um dos poucos médicos de Parintins, que uma vez por semana visitava os
trabalhadores da propriedade.

(Cinzas do Norte. Milton Hatoum. São Paulo: Cia das Letras, 2005, p.71, com adaptações)

...secavam as fibras num varal e (...) as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas...

Invertendo-se as vozes passiva e ativa da frase acima, a frase correta resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C.

    secavam as fibras num varal e (...) as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas...

    as fibras = OBJETO DIRETO da voz ativa = SUJEITO da voz passiva

    c) As fibras eram secas num varal e carregadas para a propriedade, onde as prensavam e enfardavam.

    As fibras eram secas num varal... As fibras eram carregadas para a propriedade ...Na propriedade eles prensavam e enfardavam as fibras.

  • Fórmula da voz passiva sintética =====> verbo + se + sujeito (o "se", nessa oração, é partícula apassivadora ou pronome apassivador).
    .
    Exemplo = Reconheceram-se os erros  = os erros foram reconhecidos =====>> Notem que posso passar pra voz passiva, numa boa.
    .
    Tomar cuidado: Se não der pra passar pra voz passiva, o "se" não será partícula apassivadora, será índice de indeterminação do sujeito, dessa forma, não teremos voz passiva, teremos voz ativa com sujeito indeterminado, como neste exemplo: Necessitou-se de ajuda.
    Nesse exemplo, temos uma oração na voz ativa com sujeito indeterminado.
    .
    Fórmula da voz passiva analítica =====> Verbo ser + particípio
    Exemplo: muitas pessoas têm sido enganadas =====>> sido (verbo ser) + enganadas (particípio: ado, ada,ido...)
    .
    Cabe, ainda, uma observação: a mesma oração usada no exemplo anterior, tb é uma oração composta.
    .
    Fórmula da oração composta: Verbo ter ou haver + particípio. Não confundir com a voz passiva analítica que é ser + partcípio...
    .
    Exemplo de oração composta e, ao mesmo tempo, passiva analítica: muitas pessoas têm sido enganadas. Aqui temos =====> Ter + particípio e, ao mesmo tempo, ser + particípio.
  • Esta questão foi muito boa mesmo! A questões corretas poderiam ser a letra "a" ou "c", a única coisa que faria a "c" ser a correta está no fato de que o verbo no particípio quando acompanhado pelo auxiliares "ser" e "estar" emprega-se a forma irregular, seca, no caso, e não secada cuja formação do particípio é regular. Exemplo:

    O padre tinha benzido o rapaz. (regular - verbo ter / haver)
    O rapaz foi bento pelo padre. (irregular - verbo ser / estar)

  • Para quem ficou em dúvida entre as letras A e C:
    O verbo SECAR tem duplo particípio passado: secado e seco.
    Regra geral:
    a) O particípio regular (secado) é usado quando os verbos auxiliares forem TER e HAVER.
    b) O particípio irregular (seco) é usado quando os verbos auxiliares forem SER e ESTAR.
  • .. (eles).secavam (VTD- verbo no pretérito imperfeito) as fibras (OD) num varal e  (voz ativa) 
    AS FIBRAS ERAM (verbo ser no pretérito imperfeito) SECAS (particípio)  (por eles)
    o que é OD -- VIRA-----> SUJEITO PACIENTE
    SUJEITO---VIRA------> AGENTE DA PASSIVA
    (...) as (AS FIBRAS) carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas...
    AS FIBRAS ERAM CARREGADAS (por eles)

    As fibras eram secas num varal e carregadas para a propriedade, onde as prensavam e enfardavam. LETRA C.



ID
236431
Banca
FCC
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando eu me encontrava preso 

Na cela de uma cadeia 

Foi que vi pela primeira vez 

As tais fotografias 

Em que apareces inteira

Porém lá não estavas nua

E sim coberta de nuvens... 


Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante 

Quem jamais te esqueceria?... 

        Caetano Veloso

        (fragmento de “Terra” – http://letras.terra.com/caetano-veloso/44780/)

Considere as afirmativas abaixo.

I. Ao transpor-se para a voz passiva o período constituído pelos versos Foi que vi pela primeira vez / As tais fotografias, a forma verbal resultante é foram vistas.

II. Caso o verbo esquecer em Quem jamais te esqueceria?... tivesse sido empregado em sua forma pronominal (esquecer-se), a regência verbal teria permanecido inalterada.

III. Na frase que constitui a segunda estrofe do fragmento transcrito, o verso Por mais distante exerce a função sintática de adjunto adverbial.

Está correto o que se afirma APENAS em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D.

    V.Ativa: Foi EU que vi pela primeira vez / As tais fotografias

    V.Passiva As tais fotografias foram vistas por mim pela primeira vez...

    OBJETO DIRETO da voz ativa = SUJEITO da voz passiva

    O errante navegante, Por mais distante, Quem jamais te esqueceria?

    Por mais distante exerce a função sintática de adjunto adverbial.

  • complementando...

    II) lembrar-se e esquecer-se quando pronominais são vti, por isso a II está errada.

  • SOBRE O VERBO ESQUECER:

    1) Se o verbo for empregado como não-pronominal ("esquecer"), ele não pode ser seguido pela preposição "de". Ex: ele esqueceu as (das) instruções recebidas.

    2) Se o verbo for empregado como pronominal ("esquecer-se"), ele, obrigatoriamente, deve vir seguido da preposição "de". Ex: Todos se esqueceram DE tudo que lhes foi ensinado.

    Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/788625

  • Na III, adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. (Cegalla, 2008, p. 275.).

  • Só complementando o comentário da Vanessa:

    Quando o complemento indireto de "esquecer-se" está na forma ORACIONAL é possível a elipse (omissão) da preposição.

    Ex: Não se esqueça que a construção do autoritarismo configurou o sistema político... [Disso]
    ou Não se esqueça de que construção...

  • II. Caso o verbo esquecer em Quem jamais te esqueceria?... tivesse sido empregado em sua forma pronominal (esquecer-se), a regência verbal teria permanecido inalterada. ERRADO. (de VTD passa para VTI)
    Cuidado com os verbos LEMBRAR, ESQUECER, RECORDAR, ADMIRAR!!!

    São VTD, mas quando acrescidos do "-SE" transformam-se em VTI.
    Ex: O senador esqueceu (VTD) os telefonemas realizados (OD)
    Ex: O  senador esqueceu-se (VTI) dos telefonemas realizados (OI) Neste caso, o "-se" é parte integrante do verbo.

    Fonte: Professor Fernando Moura


  • a III, adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. (Cegalla, 2008, p. 275.).

    Não entendi qual é o Verbo, adjetivo ou advérbio ao qual "Por mais distante" se refere

    A circunstância de lugar está OK

    Mas quem está distante? não seria os Navegadores ou A terra?

    Portanto, substantivos?

  • Bruno, marquei essa como certa meio que no chute, porque fique com a mesma dúvida...


ID
238567
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre o natural e o sobrenatural

Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto é, do senso de mistério que existe além do que se sabe. A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade da razão e da intuição humana (devidamente combinadas) em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados por forças além das relações de causa e efeito.

No meu livro Criação imperfeita, argumentei que a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não há dúvida de que à medida que a ciência avança o círculo cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso? Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada. Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.

Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente "explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas em causas além do natural.

Não é fácil ser coerente quando algo de estranho ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido, uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o grande físico Richard Feynman, "prefiro não saber a ser enganado."
E você?

(Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S. Paulo, 11/07/2010)

... a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas.

Utilizou-se corretamente a voz passiva, preservando-se o sentido original, nesta nova redação da frase acima:

Alternativas
Comentários
  • Voz passiva de responder= sejam respondidas. Letra A.

  • Fórmula da voz passiva sintética =====> verbo + se + sujeito (o "se", nessa oração, é partícula apassivadora ou pronome apassivador).
    .
    Exemplo = Reconheceram-se os erros  = os erros foram reconhecidos =====>> Notem que posso passar pra voz passiva, numa boa.
    .
    Tomar cuidado: Se não der pra passar pra voz passiva, o "se" não será partícula apassivadora, será índice de indeterminação do sujeito, dessa forma, não teremos voz passiva, teremos voz ativa com sujeito indeterminado, como neste exemplo: Necessitou-se de ajuda.
    Nesse exemplo, temos uma oração na voz ativa com sujeito indeterminado.
    .
    Fórmula da voz passiva analítica =====> Verbo ser + particípio
    Exemplo: muitas pessoas têm sido enganadas =====>> sido (verbo ser) + enganadas (particípio: ado, ada,ido...)
    .
    Cabe, ainda, uma observação: a mesma oração usada no exemplo anterior, tb é uma oração composta.
    .
    Fórmula da oração composta: Verbo ter ou haver + particípio. Não confundir com a voz passiva analítica que é ser + partcípio...
    .
    Exemplo de oração composta e, ao mesmo tempo, passiva analítica: muitas pessoas têm sido enganadas. Aqui temos =====> Ter + particípio e, ao mesmo tempo, ser + particípio.
  • Alguém comenta aonde está o termo relativo da palavra "ocorrerá" na 1a frase?
  • Achei essa questão diferente do que geralmente vem cobrando a FCC.

    Tive que analisar dessa forma: como a questão pediu  "preservando-se o sentido original," devemos levar em consideração que a ciência  respoderá as perguntas ENTRETANTO não será todas elas.

    Diante dessa premissa, podemos desconsiderar as alternativas B,,D,E; tendo em vista que elas afirmam que NENHUMA pergunta a ciência será capaz de responder, o que não é verdade.

    Sobrando apenas a letra A e C, sendo que a letra C está totalmente sem nexo a estrutura da frase.

    Posto isto, sobra somente a alternativa A, como correta
  • O verbo ser n é de ligação? Verbos de ligação n impedem a transposição para a passiva?
  • Eu raciocinei da mesma maneira que o colega Henrique!
    Deu certo! 

  • Eu respondi contando os verbos. Passiva sempre terá um verbo a mais do que na ativa. Portanto, a única alternativa que apresenta 3 verbos na passiva é a letra A.

  • questão muito boa!...bem diferente, para quem vem estudando a um tempo a banca fcc.

    Resolvi: Contei verbos - procurei qual estava no particípio - procurei qual o O.D estava como sujeito paciente (invertida).

  • a-

    A unica opção com verbo auxiliar para fazer a voz passiva. Na viz passiva, deve-se manter o tempo verbal e o sujeito é o agente que recebe a ação


ID
244303
Banca
FCC
Órgão
SJDHDS - BA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Terra tem uma idade aproximada de 4,5 bilhões de
anos. Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em torno de
200 mil anos atrás, na África. Se concentrássemos 4,5 bilhões
de anos em uma hora, nosso aparecimento teria ocorrido há
menos de dois décimos de segundo. Somos a presença mais
recente neste planeta.
Evidências fósseis e genéticas indicam que grandes
migrações da África em direção à Eurásia e à Oceania ocorriam
já há 70 mil anos. A fala parece ter surgido há pelo menos
50 mil. Há apenas 10 mil nós nos organizamos em sociedades
agrárias, capazes de se sustentarem com o plantio e colheita
regular de espécies de vegetais domesticados. Certamente,
quando essas sociedades começaram a se organizar, alguns
animais também foram domesticados.
Antes dessas sociedades agrárias, bandos de homens e
mulheres corriam pelas savanas e planícies eurasiáticas à
procura de alimentos e de abrigo. Os perigos eram muitos, de
animais predadores e grupos inimigos a fenômenos naturais
violentos como misteriosos vulcões e terremotos. Para
sobreviver, nunca se podia baixar a guarda.
Desde cedo, ficou claro aos nossos antepassados que a
natureza tinha seus próprios ritmos, alguns regulares e outros
irregulares. A linguagem nasceu tanto para facilitar a sobrevivência
dos grupos quanto para imitar os sons ouvidos pelo
mundo, de cachoeiras e trovões aos pássaros e aos temidos
tigres. Se a natureza cantava, os homens queriam cantar
também.
Recentemente foram descobertos os instrumentos musicais
mais antigos, flautas feitas de ossos de abutres e mamutes,
datando de 35 e 40 mil anos atrás. Os objetos foram encontrados
em uma região da Alemanha, provando que não só humanos
já haviam saído da África, como também haviam desenvolvido
habilidades musicais e artesanais. Se o vento assobiava
ao passar por frestas e galhos, se gotas caíam ritmicamente
das folhas, os homens procuravam imitar esses sons, criando
os instrumentos capazes de fazê-lo.
Pinturas nas cavernas da Europa e da África, algumas
datando de mais de 20 mil anos, mostram uma enorme variedade
de animais e também de cenas de caçadas e de rituais.
Provavelmente grupos se reuniam nas cavernas para comer,
dormir e celebrar uma boa caça. As pinturas poderiam ser tanto
ornamentos quanto desenhos ritualísticos que faziam parte de
cerimônias religiosas. Certamente o som das flautas e dos tambores
acompanhava os rituais, talvez até na tentativa de imitar
os grunhidos dos animais e os sons do ambiente natural onde
viviam.
A música e a pintura não eram as únicas expressões
artísticas dessas sociedades. A escultura também. O impulso
criativo parece ser tão antigo quanto nossa espécie. Do pouco
que conhecemos a respeito dos nossos ancestrais, identificamos
neles bastante do que somos hoje. A diferença é que eles
viviam em comunhão com o mundo ? e não em guerra com ele.

(Marcelo Gleiser. Folha de S. Paulo, Mais!, 23 de
agosto de 2009, com adaptações)

... alguns animais também foram domesticados. (2º parágrafo)

O verbo que admite transposição para a voz passiva, tal como no exemplo grifado acima, está na frase:

Alternativas
Comentários
  • Só é possível colocar na VP a frase da letra E:

    Certamente,os rituais eram acompanhados pelo som das flautas e dos tambores.

  • Verbo intransitivo  e verbo transitivo Indireto: Não se pode passar para a voz passiva.

    a) Somos a presença mais recente neste planeta. (ser: verbo intransitivo)

    b) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas savanas ... (correr: verbo intransitivo)

    c) ... os homens queriam cantar também. (cantar: verbo intransitivo)

    d) Se o vento assobiava ... (assobiar: verbo intransitivo)

    e) Certamente o som das flautas e dos tambores acompanhava os rituais ... (acompanhar: verbo transitivo direto = pode ser transformada em voz passiva) ==> Os rituais eram acompanhados certamente pelo som das flautas... (CORRETA)

  • Somente é possível transpor para a voz passiva analítica orações cujos verbos sejam Transitivos Diretos. Isso porque o objeto direto será o sujeito paciente da nova oração.
    Desse modo não pode haver tal transposição quando os verbos forem: V.L. (verbo de ligação);  V.I. (verbo intransitivo) ou V.T.I (verbo transitivo indireto).
    Analisemos os itens:
    a) Somos a presença mais recente neste planeta. (Verbo de Ligação)
    b) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas savanas ... (Verbo Intransitivo)
    c) ... os homens queriam cantar também(Verbo Transitivo Direto + Verbo Intransitivo)
    d) Se o vento assobiava ... (Verbo Intransitivo)
    e) Certamente o som das flautas e dos tambores acompanhava os rituais ... (Verbo Transitivo Direito) - Certamente os rituais eram acompanhados pelo som das flautas e dos tambores.

    Bons Estudos :)
  • Apenas admitem voz passiva os verbos que possuem objeto direto, isto é, transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Após se certificar da predicação tente inverter a oração.


ID
255268
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       Pensando os blogs


        Há não muito tempo, falava-se em imprensa escrita,  falada e televisada quando se desejava abarcar todas as possibilidades da comunicação jornalística. Os jornais e as  revistas, o rádio e a televisão constituíam o pleno espaço público das informações. Tinham em comum o que se pode chamar de "autoria institucional": dizia-se, por exemplo, que tal notícia "deu no Diário Popular", ou "foi ouvida na rádio Cacique", ou "passou no telejornal da TV Excelsior". Funcionava  como prova de veracidade do fato.
       Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência  dos autores anônimos, ou semi-anônimos, que se valem dos  recursos da internet, entre eles os incontáveis blogs. Considerados uma espécie de cadernos pessoais abertos, os blogs  possibilitam intervenção imediata do público e exploram em seu
espaço virtual as mais distintas formas de linguagem: textos, desenhos, gravuras, fotos, músicas, vídeos, ilustrações, reportagens, entrevistas, arquivos importados etc. etc. A novidade maior dos blogs está nessa imediata conexão que podem realizar entre o que seria essencialmente privado e o que seria  essencialmente público. Até mesmo alguns velhos jornalistas mantêm com regularidade esses espaços abertos da internet, sem prejuízo para suas colunas nos jornais tradicionais. A diferença é que, em seus blogs, eles se permitem  depoimentos subjetivos e apreciações pessoais que não teriam
lugar numa Folha de S. Paulo ou num O Globo, por exemplo. São capazes de narrar a cerimônia de posse do presidente da República incluindo os apartes e as impressões dos filhos  pequenos que também acompanhavam e comentavam o evento.
      Qualquer cidadão pode resolver sair da casca e dizer ao  mundo o que pensa da seleção brasileira, ou da mulher que o abandonou, ou da falta de oportunidades no seu ramo de negócio. Artistas plásticos trocam figurinhas em seus blogs diante de um largo público de espectadores, escritores adiantam um capítulo do próximo romance, um músico resolve divulgar sua nova canção já  acompanhada de cifras para acompanhamento no violão. É só abrir um espaço na internet.
      Outro dia, num blog de algum sucesso, o autor gabava-se de promover democraticamente, entre os incontáveis seguidores seus, uma discussão sobre as mesmas questões que preocupavam a roda fechada e cerimoniosa dos filósofos companheiros de Platão. Isso sim, argumentava ele, é que é um
diálogo verdadeiro. Tal atrevimento supõe que quantidade implicaria qualidade, e que democracia é uma soma infinita das impressões e opiniões de todo mundo...
      Não importa a extensão das descobertas tecnológicas, sempre será imprescindível a atuação do nosso espírito crítico diante de cada fato novo que se imponha à nossa atenção.


                                                                                                                    (Belarmino Braga, inédito)

Transpondo-se para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á a seguinte forma verbal:

Alternativas
Comentários
  • Transpondo para a voz passiva:

    "Séria concorrência doa autores anônimos é enfrentada pela autoria institucional."

    Além disso "HOJE" indica em qual tempo deverá estar o verbo na voz passiva "É".
  • Para transpor a voz ativa em voz passiva analítica e necessário que se utilize a locução verbal ( verbo auxiliar+ verbo principal). Sendo que o verbo auxiliar será "SER" e ficará no mesmo tempo e modo verbal do conjugado na frase da voz ativa e o verbo principal terá marca de particípio "ADO"/ "IDO".
  • a frase: Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos autores anômimos.

    Nessa oração, apesar de a frase estar na voz ativa, o sujeito (Hoje a autoria instituciona) é quem sofre a ação expressa pelo verbo enfrentar. Pode-se perceber, ao passarmos a frase para a voz passiva, que a noção de passividade do sujeito (Hoje a autoria instituciona) permanece.

    passando para a voz passiva: o tempo verbal tem que ser o mesmo - enfrenta é presente do indicativo.

    A séria concorrência dos autores anônimos é enfrentada hoje pela autoria institucional. (verbo ser está no presente do indicativo).

    Essa oração da questão é semelhante a:
    Voz ativa - A noiva recebeu os presentes.
    Voz passiva - Os presentes foram recebidos pela noiva.

  • Simplificando a frase: "A auditoria enfrenta concorrência." Para a voz passiva agora: "Concorrência é enfrentada pela auditoria." Fica mais fácil pensar com poucas palavras, não é?
  •  séria concorrência dos autores anônimos é enfrentada...

    dica:
    1-presença de dois verbos(ser)
    2-enfrentada concorda com o nucleo do sujeito( concorrencia) 
  • e-

    A concorrencia é enfrentada. Dos autores é adjunto adnominal e portanto nao participa na concordância verbo-nominal

  • verbo ser + particípio


ID
256930
Banca
FCC
Órgão
TRE-TO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As questão seguintre refere-se ao texto
abaixo.

O documentário E Agora? pretende revelar detalhes do
tráfico de aves silvestres no Brasil. Segundo o produtor Fábio
Cavalheiro, o longa-metragem apresentará cenas de flagrantes
de tráfico, as rotas do comércio ilegal e entrevistas com
autoridades e representantes de ONGs.
A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aprovou o
projeto e, agora, busca-se patrocínio. A ONG SOS Fauna,
especializada em resgates, foi uma das orientadoras para a
produção do filme.
O longa também se propõe a discutir outro problema: o
fato de que, mesmo quando salvas das mãos dos traficantes,
muitas aves não são reintroduzidas na natureza.
Além da versão final editada para o cinema, as
entrevistas e materiais pesquisados estarão disponíveis para
pesquisadores que queiram se aprofundar no tema. A intenção
é a de que o filme contribua para a educação - e, por isso, será
oferecido para estabelecimentos de ensino.
Entre as espécies mais visadas pelos traficantes estão
papagaios, a araponga, o pixoxó, o canário-da-terra, o tico-tico,
a saíra-preta, o galo-de-campina, sabiás e bigodinho.
(O Estado de S. Paulo, A30 Vida, Planeta, 21 de novembro de
2010)

O longa também se propõe a discutir outro problema: o fato de que, mesmo quando salvas das mãos dos traficantes, muitas aves não são reintroduzidas na natureza.

Considere as afirmativas seguintes, a respeito do parágrafo reproduzido acima:

I. Os dois pontos introduzem um segmento que especifica o sentido da expressão anterior a eles, outro problema.
II. O segmento isolado por vírgulas no período tem sentido concessivo.
III. Transpondo para a voz ativa a última oração do período, ela deverá ser: os traficantes não reintroduzem muitas aves na natureza.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Resposta: ítem A

    I) O emprego dos dois-pontos (:) é basicamente indicar que tudo o que estiver adiante dele estará detalhando ou explicando o texto anterior a ele.
    Geralmente, uma boa dica para o correto emprego dos dois pontos é procurar substituir o dois-pontos por isto é ou pois. Se a substituição fizer sentido, é porque a pontuação está correta. Caso contrário, o dois-pontos tem que ser eliminado.

    II) Orações subordinadas: Concessivas - são aquelas que se caracterizam pela idéia de concessão que transmitem à oração principal. Exemplos:

    Ainda que faça frio, o jogo realizará.
    Cristiano foi ao parque, embora estivesse chovendo.
    Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

    São conjunções concessivas: embora, posto que, se bem que, ainda que, sempre que, desde que, conquanto, mesmo que, por pouco que, por muito que.

  • O erro da assertiva III é muito gritante, porém a banca tentou confundir o candidato.


    Primeiro que a últiamoração do período é: mesmo quando salvas das mãos dos traficantes.

    E tanto ela quanto a outra não trazem agentes da passiva, logo não estão na voz passiva, e se não estão na voz passiva, não  há com transpô-las para voz ativa.
  • Alessandro Santos,
    A ultima oração do periodo é:  "...muitas aves não são reintroduzidas na natureza.", não?
    O que caracteriza a oração é o verbo.
    Transpondo para a voz ativa essa oração ficaria: "A natureza nao reintroduz muitas aves". 
    Me corrija se eu tiver errado, por favor!
    Bons estudos






  • Evandro,

    Me desculpa intrometer, mais eu acho que nesse caso "na natureza" é advérbio, seria assim se fosse um objeto direto. 
  • Neste artigo tem a explicação desta questão. Não consegui copiar, mas vale a pena dar uma conferida pra quem ficou com dúvida na assertiva III, assim como eu tinha ficado.

    http://www.olaamigos.com.br/material/PDF_portugues-daniel-aula01.pdf

  • O correto é: "Não se reintroduzem muitas aves na natureza".

    Ao contrário do que o link acima coloca, o sujeito não é indeterminado. O AGENTE DA PASSIVA é que é.

    Logo, o sujeito deve concordar com o verbo, no plural.

    O sujeito paciente é "aves".
  • Observem que a questão pede a transposição para a voz ativa.


    Muitas aves não são reintroduzidas na natureza. 

    (verbo auxiliar "ser" + verbo transitivo direto no particípio) 

     voz passiva analítica - o sujeito sofre a ação verbal.

    (p.s) - notem que o verbo "ser" está no presente do indicativo


    Não se reintroduzem muitas aves na natureza. 

    (verbo transitivo direto + pronome "se") 

    voz passiva sintética - o sujeito sofre a ação verbal.

    (p.s) - notem que o verbo reintroduzir está no presente do indicativo


    Não reintroduzem muitas aves na natureza. 

    (voz ativa) - o sujeito pratica a ação verbal. Como não é possível identificar o sujeito, o verbo reintroduzir poderia ser flexionado em qualquer pessoa (reintroduzo, reintroduzes, reintroduz, reintroduzimos, reintroduzis, reintroduzem), porém o tempo verbal a ser utilizado deve ser o presente do indicativo.


    cuidado:

    A FCC tentou fazer com que o candidato utilizasse "pelos traficantes" como agente da passiva:

    Muitas aves não são reintroduzidas na natureza pelos traficantes.

    Dessa forma, a transposição para a voz ativa ficaria:

    Os traficantes não reintroduzem muitas aves na natureza.

    O detalhe é que, no texto original, " traficantes" não é agente da passiva (não pratica a ação na voz passiva), sendo assim não poderia ser transformado em sujeito da voz ativa.


    dicas:


    1. Só existe voz passiva com verbo transitivo direto (ou transitivo direto e indireto), pq só o objeto direto da voz ativa pode ser transformado em sujeito da voz passiva.


    2. Ao passar da voz passiva para a ativa, o agente da passiva (quem pratica a ação - age - na voz passiva) será transformado em sujeito da ativa.

  • resp. "A"

    acho que

    Indiquem para Comentários

  • Me corrijam se eu estiver errado:

    O erro da III é que não há voz passiva na oração "muitas aves não são reintroduzidas na natureza",

    As aves não são reintroduzidas por quem?....não tem agente que pratica a ação. Logo, uma oração que não se encontra na passiva, não pode transforma-se em ativa


ID
258298
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes
o efetivo acesso à Justiça, pois elas participam diretamente
no resultado apaziguador do conflito. Além de despertar no
cidadão o sentimento de segurança e confiança, encorajando-o
na defesa de seus direitos, a conciliação devolve credibilidade,
eficiência e, sobretudo, rapidez na prestação jurisdicional”. Com
essas palavras, o desembargador federal coordenador do gabinete
da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3a Região
(TRF3), Antonio Cedenho, define o que é este ato capaz de
reduzir processos na justiça.

(Viviane Ponstinnicoff. “Conciliação é a solução”. Justiça em
Revista - publicação bimestral da Justiça Federal de Primeiro
Grau em São Paulo. Ano IV- dezembro 2010, n. 20, p. 6)

A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito.

Transpondo o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à Justiça

    O efetivo acesso à Justiça, antes de tudo, tem sido proporcionado às partes pela conciliação,
  • Letra "b"

    Completando o comentário acima:

    Na transformação para a voz passiva, o SUJEITO vira agente da passiva e o OBJETO DIRETO vira sujeito.
  • Complementando os comentários dos colegas:

    Na voz ativa "tem proporcionado" está no pretérito perfeito composto do indicativo (verbo aux no presente indic. + principal no particípio).

    Ao passar para passiva, utilizamos a locução verbo ser + particípio do verbo principal, onde o verbo ser segue o tempo do auxiliar da voz ativa, ou seja, "tem sido" (perfeito composto), ficando com a construção "tem sido proporcionado".
  • Verbo transitivo direto e indireto. Neste caso pegamos o objeto direto transformamos em sujeito.
  • Macete:

    Ao transpor para voz passiva, quando a voz ativa tem 1 verbo, a voz ativa ficará com 2; quando a voz ativa tem 2 verbos, a passiva ficará com 3. Aplicando este macete, esta questão torna-se fácil.
  • DICA IMPORTANTE:

    DOIS VERBOS NA ATIVA, OBRIGATORIAMENTE ORIGINARÃO TRÊS VERBOS NA PASSIVA.

  • O examinador tenta confundir o candidato inseguro com frases longas. Além do que já foi comentado seria bom dizer que a frase fica muito mais fácil de ser trabalhada se ficar assim: " A conciliação tem proporcionado o acesso". Para a voz passiva: O acesso tem sido proporcionado pela conciliação.
  • Colegas, concurseiros!
    Um dica: Observem que, para compor estes tempos, basta acrescentar o particípio do verbo SER entre o verbo ter (ou haver) mais o particípio do verbo principal.
    Fonte: portuguesnaveia.
  • GABARITO: B

    Respeitando-se as regras de passagem de voz ativa para passiva, temos a seguinte reescritura: O efetivo acesso à Justiça, antes de tudo, tem sido proporcionado às partes pela conciliação... Note que o tempo composto mudou apenas pela colocação do verbo ser (no particípio) + proporcionado, formando uma locução verbal de voz passiva analítica ser + particípio.
  • LETRA B. Respeitando-se as regras de passagem de voz ativa para passiva, temos a
    seguinte reescritura: O efetivo acesso à Justiça, antes de tudo, tem sido proporcionado às
    partes pela conciliação... Note que o tempo composto mudou apenas pela colocação
    do verbo ser (no particípio) + proporcionado, formando uma locução verbal de voz
    passiva analítica ser + particípio. PROF. FERNANDO PESTANA

  • rapidinha:  se há 2 verbos na voz, ao muda-la para outra voz, inclui-se mais 1 (ser - pela regra de construção) =  3 verbos ao todo!!!

    Em suma, só ha uma questão com 3 verbos: "B"

  • Comentário: o trecho destacado, transposto para a voz passiva, seria: “o
    efetivo acesso à Justiça, antes de tudo, tem sido proporcionado às
    partes pela conciliação”. Observe que o tempo composto mudou apenas pela
    colocação do verbo ser (no particípio) + proporcionado, formando uma locução
    verbal de voz passiva analítica ser + particípio.

     

    GABARITO: B

     

    PROF: RAFAELA FREITAS - ESTRATÉGIA CONCURSOS
     


ID
260431
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de mínimas, ou
seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a alcançar a
sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver.
Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda
convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias. São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo
avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível mas às vezes curioso ou surpreendente.
C.D.A.



(Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3)

...em que estas anotações vadias foram feitas...

Observando o contexto em que a frase acima foi empregada, a sua transposição para a voz ativa produz corretamente a seguinte forma verbal:

Alternativas
Comentários
  • No sentido da oração é importante saber: "quem fez essas anotações vadias?" No caso o autor, então a frase deve ser corretamente escrita dessa forma:
    Andei reunindo pedacinhos de papel em que FIZ estas anotações vadias.  foram feitas

  • ...em que estas anotações vadias foram feitas.. (por mim)
     Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas:

    Voz passiva: Andei reunindo pedacinhos de papel em que FIZ anotações vadias.
  • em que estas anotações vadias foram feitas...
     
    foram feitas- verbo no pretérito perfeito
     faziam- verbo no preterio imperfeito
    fizeram-se voz passiva sintetica


  • Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias.
    "(...) em que estas anotações vadias foram feitas". Observando o contexto em que a frase acima foi empregada, a sua transposição para a voz ativa produz corretamente a seguinte forma verbal:

    letra a) falsa:
    Fizeram-se = é voz passiva sintética!  (O enunciado pede a transposição p/ a voz ativa)
    letra b) falsa:
    Tem dois verbos, qd eu passo da voz passiva p/ a voz ativa, eu tiro um verbo! Como eram dois verbos (foram feitas), agora só fica um verbo!
    letra c) verdadeira
    No texto dá p/ implicitar que estas anotações vadias foram feitas (por mim), então eu FIZ na voz ativa!
    letra d) falsa
    letra e) falsa:

    Tem dois verbos, qd eu passo da voz passiva p/ a voz ativa, eu tiro um verbo! Como eram dois verbos (foram feitas), agora só fica um verbo!

     

  • letra C

    Elas foram feitas por mim

    Eu fiz


ID
262816
Banca
FCC
Órgão
TRE-RN
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O corvo e o jarro

Um pobre corvo, quase morto de sede, avistou de
repente um jarro de água. Aliviado e muito alegre, voou
velozmente para o jarro.
Mas, embora o jarro contivesse água, o nível es-
tava tão baixo que, por mais que o corvo se esforçasse,
não havia meio de alcançá-la. O corvo, então, tentou virá-
lo, na esperança de pelo menos beber um pouco da água
derramada. Mas o jarro era pesado demais para ele.
Por fim, correndo os olhos à volta, viu pedrinhas ali
perto. Foi, então, pegando-as uma a uma e atirando-as
dentro do jarro. Lentamente a água foi subindo até a bor-
da, e finalmente pôde matar a sede.


(Fábulas de Esopo, recontadas por Robert Mathias,
Círculo do Livro, p. 46)

.. viu pedrinhas ali perto. (3o parágrafo)

A passagem para a voz passiva da frase acima resulta na seguinte forma verbal:

Alternativas
Comentários
  • "...(Sujeito) Viu pedrinhas ali perto."
    Ver - verbo transitivo direto, fator que permite a transposição para a voz passiva.

    "Pedrinhas foram vistas (pelo sujeito) ali perto"
  • Para transpor para a voz passiva é necessário observar o tempo do verbo: viu - pretérito perfeito do indicativo.

    Logo, a transposição também tem que observar a forma verbal do pretérito perfeito do indicativo.

    Outro detalhe é que agora o sujeito será PEDRINHAS, necessitando do verbo concordar com ele no plural.

    a) plural, porém o verbo está no presente do indicativo. ERRADA

    b) singular, já podemos descartar. ERRADA 

    c) plural e o verbo está no pretérito perfeito do indicativo. CORRETA

    d) singular, já podemos descartar. ERRADA 

    e) também no singular e já podemos descartar. ERRADA 
     


    Pedrinhas foram vistas ali perto. 


  • Letra C

    Na transformação para a voz passiva o OBJETO DIRETO vira SUJEITO e o SUJEITO vira AGENTE DA PASSIVA.

    São duas as formas de construção da voz passiva:

    1. Passiva analítica ou locucional : Utilizando uma LOCUÇÃO VERBAL (verbo ser + particípio)
    O 1º verbo (auxiliar) deve permanecer no mesmo tempo e modo do verbo transformado (viu/foram)

    2. Passiva sintética ou pronominal : Com verbo transitivo direto + SE (pronome apassivador)
    O OD (pedrinhas) vira sujeito. A letra C estaria correta se fosse "Viram-se", pois, via de regra, o verdo concordará com o sujeito.
  • Para que se faça distinção entra a voz ativa e passiva deve-se obervar na primeira citada(Ativa)seu obejto direto, pois esse será o sujeito na voz ativa e  somente ele e ainda que haja um verbo VTDI na ativa transformando para passiva, o OI não poderá ser convertido em sujeito.

    VOZ ATIVA:VIU PEDRINHAS ALI  PERTO(VOZ ATIVA)
                                          OI                  ADV DE LUGAR.
    VOZ PASSIVA:PEDRINHAS   FORAM VISTAS ALI PERTO

                                 SUJEITO     +   LOCUÇÃO VERBAL          
  • voz ativa: viu pedrinhas.

    voz passiva: pedrinhas foram vistas

    Na transposição o tempo Verbal deve ser Mantido no Plural.
  • Letra "C"


    Viu pedrinhas ali perto

    PEDRINHAS = OBJETO DIRETO DA VOZ ATIVA = SUJEITO DA VOZ PASSIVA 
    VIU = PRET. PERFEITO DO INDICATIVO


    Assim, transpondo para a voz passiva e mantendo-se o tempo verbal, temos:


    Pedrinhas foram vistas ali perto
  • GABARITO:  C

    Viu pedrinhas ali perto. (voz ativa) = Pedrinhas foram vistas ali perto. (voz passiva analítica)
  • Simplificando:

    Imagine a situação:

    Sujeito + verbo + complementos + adj adverbial (ordem direta da frase!!!).

    representado pelos números abaixo nessa ordem:

    1 + 2 + 3 + 4

    Logo, qdo vamos transpor para a voz passiva, geralmente temos que fazer a seguinte mudança na ordem:

    3 + 2 + 1 +4 (com as devidas adaptações de concordância nominal & verbal, ok?! Mas a ordem costuma ser essa!)

    Obs: o 4 (adj. adverbial, nesse caso, não influencia, já que o mesmo pode ser deslocado na frase, com a devida pontuação entre vírgulas...  o importante é analisar os números 1, 2 e 3)Ajuda bastante!
    Bons estudos!!



ID
291916
Banca
FCC
Órgão
TRT - 14ª Região (RO e AC)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Isolados por opção

Imagens inéditas de índios supostamente isolados em meio à floresta amazônica recentemente chamaram a atenção de todo o
mundo. O flagrante dos indígenas vivendo de forma primitiva na região fronteiriça entre o Brasil e o Peru foi divulgado como o novo
registro visual de uma população que estaria até hoje sem contato direto com o homem branco. Porém, uma observação mais atenta
das fotos deixou evidente a presença de utensílios modernos, como facões e panelas, entre as ferramentas usadas pelos índios.
Logo, a polêmica estava criada.
Segundo Elias Bigio, responsável pela coordenação de índios isolados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a tribo em
questão não pode ser descrita como intocada. “Não sabemos exatamente se eles adquiriram aqueles objetos por meio de coleta ou
escambo com outros indígenas, mas certamente são índios com um passado traumático de confrontos com o homem branco”, diz
Bigio. “O que nós podemos afirmar é que eles estão isolados por opção e provavelmente fugiram do território peruano para se
proteger do crescente avanço dos madeireiros”. A exploração da madeira no país vizinho carece de fiscalização e é apontada por
organizações não governamentais internacionais como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região.


(Adaptado de artigo de Paula Rocha. ISTOÉ, 9 de fevereiro de 2011, p. 67)

A exploração da madeira (...) é apontada por organizações não governamentais internacionais como uma das maiores ameaças ao bem-estar dos povos indígenas da região.

Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a frase resultante será:

Alternativas
Comentários
  • O que facilita a resolução da questão é mais buscar a frase que ficou com um sentido mais coerente do que analisar de fato qual ficou na voz ativa. Falha da instituição.
  • Ativa = Passagem para as passivas analíticas e sintéticas.
    Na passiva Analítica = O Sujeito paciente é o Objeto direto na Ativa; o Agente da Passiva é o Sujeito na Ativa
    O verbo ser= deve ser reproduzido no Mesmo Tempo da ativa e vice-versa.
    Assim:
    Passiva Analítica:
    A exploração da madeira (...) é apontada           por organizações não governamentais internacionais
    Sujeito Paciente                       SER + Particípio   Agente da Passiva.

    Ativa:
    Organizações não governamentais internacionais apontam a exploração da madeira
    Sujeito                                                                                   VTD               OD
                                                                                              (o Verbo concorda com o sujeito).

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos.
  • Eu utilizo um macete que acho interessante para resolver as questões EXTENSAS da FCC.
    Ao invés de ficar lendo e tranformando toda a frase, faço um período menor, contendo apenas os elementos
    essenciais, sejeito + verbo + predicado.
    Me ajuda bastante.
    Espero ter ajudado alguém.

    Deus abençoe todos nós!

ID
293731
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Em relação à estrutura morfossintática do texto, pode-se afirmar que há

Alternativas

ID
317563
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

I –_____________ ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral.
II – ____________ muito, atualmente, sobre política.
III – ____________ considerar as ponderações que ela tem feito sobre o assunto.

As palavras que, na sequência, completam corretamente as frases acima são:

Alternativas
Comentários
  • Colocando na ordem direta e voz reflexiva

    I - As questões sobre ética e moral foram debatidas ontem, na reunião. (ordem direta) / foram debatidas = deabateram-se

    II - Fala-se muito sobre política, atualmente. (oração sem sujeito - Note-se que "sobre política" está preposicionado, logo não pode ser o sujeito da oração

    III -  As ponderações que ela tem feito sobre o assunto devem ser consideradas./ devem ser consideradas = devem-se considerar


  • Voz passiva sintética ou pronominal: formada por verbo transitivo direto na 3ª pessoa + se (pronome apassivador ou particula apassivadora) + sujeito paciente e sempre vai estar acompanhado pelo pronome apassivador SE.
    Alugam-se casas.
    Compram-se carros velhos.
  • Voz passiva analítica:formada pelos verbos ser ou estar + particípio do verbo principal + agente da passiva
    As casas são alugadas pelo corretor.

    Bons estudos!



  •  

  • De acordo com os ensinamentos da professora Claudia Kozlowski, do PONTO dos concursos, a alternativa d) também estaria correta

    PODER/DEVER + SE + INFINITIVO + SUBSTANTIVO NO PLURAL

    Na voz passiva, quando os verbos PODER/DEVER estiverem acompanhados do
    pronome apassivador SE, de um verbo no infinitivo e, por fim, de um substantivo
    no plural, há duas formas de análise e, conseqüentemente, de construção.

    Pod...-se identificar duas formas de contágio.

    1ª. POSSIBILIDADE: o verbo PODER forma com o verbo IDENTIFICAR uma
    locução verbal, em que aquele atua como verbo auxiliar e este, principal. Como
    acontece em qualquer locução verbal, quem se flexiona é o verbo auxiliar.
    Observamos, também, que existe um pronome SE acompanhando o verbo
    auxiliar. Como o verbo principal é TRANSITIVO DIRETO (Alguém identifica
    alguma coisa), a locução faz parte de uma construção de voz passiva sintética.
    Quem, então, é o sujeito dessa oração (o que se pode identificar?)? Resposta:
    duas formas de contágio. O sujeito paciente (voz passiva) está no plural,
    levando o verbo auxiliar à mesma flexão. A construção correta seria: Podem-se
    identificar duas formas de contágio.


    2ª. POSSIBILIDADE: Agora, o verbo PODER tem como sujeito uma oração
    reduzida de infinitivo “identificar duas formas de contágio”. Equivale dizer: “É
    possível identificar duas formas de contágio = ISSO é possível”. Assim, mesmo
    em construção de voz passiva (o verbo PODER é transitivo direto e a construção
    apresenta idéia passiva), o verbo PODER permanece na 3ª pessoa do singular por
    apresentar um SUJEITO ORACIONAL (caso 8). A forma correta seria: Pode-se
    identificar duas formas de contágio.


    Note que ambas as formas verbais (flexionada ou não) estão corretas, mas a
    análise que se faz de uma é diferente da da outra.

    O que acham?
  • Eu também achei que fosse a opção D, mas por um outro motivo. Se "as ponderações" for objeto indireto, a frase fica sem sujeito, certo? Nesse caso, o verbo deve estar sempre no singular. O que vocês acham?
  • Também marquei a letra D, pois analisando poderíamos ter: deve-se ISSO ( considerar.... )
    Agora, pode ser também como a colega Cleo colocou: Devem-se considerar as ponderações - VPA " As ponderações devem ser consideradas.."

    Acho que deveria ser anulada essa questão, a meu ver, tem duas respostas.

    Bons estudos
  • Leonara Barbosa, perfeito o seu comentário!
    Essa vou anotar para não esquecer!
    Pelo que pesquisei, a cesgranrio não anulou a questão! humpft!

  • I –_DEBATERAM-SE ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral.
    II – _
    FALA-SE  muito, atualmente, sobre política.
    III –
    _DEVEM-SE considerar as ponderações que ela tem feito sobre o assunto.