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ID
1748899
Banca
UFF
Órgão
Prefeitura de São Gonçalo - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1       Ponte Vecchio, tesouro arquitetônico e coração turístico de Florença. A multidão ignora a deslumbrante perspectiva das pontes que se sucedem e se refletem no espelho do Rio Arno. Os olhos se voltam para grosseiras imitações de marcas famosas que imigrantes africanos, com os olhos assustados e gestos nervosos dos sem documentos, espalham pelo chão.

2       Um quarteirão adiante, a sede mundial de um dos ícones da moda, instalada em um palácio renascentista, garante a autenticidade de sua marca, símbolo de elegância e nobreza. O palácio é frequentado por poucos. A ponte é um formigueiro humano. Verdadeira ou falsa, todos usam a mesma marca.

3       A publicidade associa uma bolsa a um estilo de vida como se dentro dela viessem a felicidade e o refinamento. Quem não tem acesso ao produto verdadeiro compra na calçada, ao preço do camelô, a ilusão de uma vida que não tem e não terá, mas encena como real. Assim é se lhe parece.

4       Uma celebridade vende a peso de ouro sua imagem para associar seu nome a uma determinada marca. Marcas famosas não precisam produzir beleza ou qualidade. O que elas produzem passa a ser o padrão de beleza e qualidade. Seu valor é simbólico, muito mais do que real. Símbolos cobiçados mesmo sabendo tratar-se de uma contrafação. Mas um dia o feitiço se volta contra o feiticeiro.

5       Anders Breivik, assassino de jovens na Noruega, sinistra celebridade pela carnificina que provocou, ostenta orgulhoso as camisas de renomada marca. No manifesto psicótico que lançou na rede sugere que gente refinada como ele deveria vestir-se assim. Sem arrependimentos, apresenta-se como padrão de elegância. A tentativa da empresa dona da marca de impedi-lo de vestir sua camisa fracassou. Na Noruega, o tratamento dado aos presos, por mais repugnante que tenha sido o crime, é respeitoso. Desastrosa reversão de expectativas, uma anti-propaganda de alcance mundial.

6       Os promotores de marcas famosas sabem − e é a chave do seu sucesso − que as necessidades têm limites, mas os desejos, não. Não previram que assassinos, corruptos, mafiosos, cada vez mais numerosos e milionários, se enfeitariam com suas grifes na tentativa de ascender a uma suposta elite. Agora a publicidade terá que rever suas estratégias e proteger as marcas desvinculando-as de rostos − que ninguém sabe o que farão −, renunciando à sua vocação de vendedora de sonhos e aproximando-se do mundo real, terreno mais seguro e convincente.


                                                 (OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. O Globo: 17/09/2011.)

Cometerá erro no que diz respeito à flexão do verbo “prever" aquele que completar a lacuna deixada na frase: “Os promotores de marcas famosas abandonarão talvez o apelo exclusivo aos nossos desejos _______ que assassinos, corruptos, mafiosos continuarão a ostentar suas grifes", com a seguinte oração:

Alternativas
Comentários
  • “Os promotores de marcas famosas abandonarão (FUTURO DO INDICATIVO) talvez (INDICANDO DÚVIDA) o apelo exclusivo aos nossos desejos se preverem ( SE= DUVIDA, PREVEREM =ELES "os promotores") que assassinos, corruptos, mafiosos continuarão a ostentar suas grifes"

     

    se identificar o talvez já consegue matar a questão!

     

    Gabarito: A

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • Está pedindo a incorreta. Resposta letra A. O correto seria "se previrem" (PESSOA: 3ª do plural - TEMPO: futuro - MODO: subjuntivo)

  • Está pedindo a incorreta. Resposta letra A. O correto seria "se PREVISSEM" (PESSOA: 3ª do plural - TEMPO: futuro - MODO: subjuntivo)

  • se preverem. QUANDO OU SE VER É VIR E VIR É VIER. ASSIM COMO SEUS DERIVADOS. SE PREVIREM

  • Está pedindo a incorreta. Resposta letra A. O correto seria "se PREVISSEM" (PESSOA: 3ª do plural - TEMPO: pretérito imperfeito - MODO: subjuntivo)

    SE eu visse

    SE tu visses

    SE ele visse

    SE nós víssemos

    SE vós vísseis

    SE eles vissem